Mistake 3

The Prom

2016

Cansado não era o suficiente para descrever o estado que Tom se encontrava. Depois de uma semana á trabalho em LA, cheia de reuniões, gravações e autógrafos, ele sentia seu corpo esgotado e tudo que ele mais queria no momento, era uma cama. Mas, ele havia feito uma promessa e, como já sabemos, Tom sempre cumpria suas promessas. Então, antes de poder descansar, ele embarcou no primeiro vôo com destino á Londres, chegando no aeroporto de sua cidade natal algumas horas depois.

Do outro lado da cidade, Josephine sentava em sua penteadeira, dando alguns últimos detalhes na sua maquiagem, quando viu o irmão mais velho entrar.
—Então? O que achou? — questionou a loira, olhando diretamente para ele.
—É... até que dá pro gasto! — provocou o garoto.
—Oh, cala a boca! — retrucou Jo, voltando a se olhar no espelho.
—Hey, vem cá! Eu estou brincando, você sabe que está perfeita! — disse Harrison á puxando para um abraço.
—Obrigada, Haz! — agradeceu a mais nova.
—Já está pronta? — pediu ele depositando um beijo na cabeça da loira.
—Quase! — respondeu Jo, repassando o batom em seus lábios.
—Tá bem, desce quando estiver. Tem uma surpresa lá embaixo! — disse Harrison piscando.
—Como assim? O que é? — questionou ela sorrindo.
—Desce... — disse ele piscando.
Com a maquiagem finalizada, Jo calçou sua sandália e passou mais alguns sprays de seu perfume favorito, antes de desligar as luzes do quarto e descer.
—Haz, eu to pronta! O que você...? — ela falava mas parou ao ver um certo garoto de olhos castanhos, vestindo terno, na sala da sua casa. —Tom? O que? O você que tá fazendo aqui? — questionou a loira.
—Oi Jo! Eu disse que seria seu par no baile de formatura, não disse? — exclamou ele.
Com isso, a garota abriu um enorme sorriso e correu para os braços de Tom, que a recebeu com um de seus melhores abraços.
—Achei que estivesse em LA. — disse ela ao se separarem.
Nah, terminei tudo antes pra ter certeza de que estaria aqui hoje! — afirmou o moreno. —Ah, eu trouxe isso! — disse ele á entregando uma caixa de acrílico com um lindo corsage, que combinava perfeitamente com seu vestido, lá dentro.
—Tom! Não precisava! — respondeu ela sem graça.
—É tradição, então... precisava! Eu quero que essa noite seja perfeita! — afirmou, vendo as bochechas da loira corarem.
—Obrigada, Tom! — agradeceu ela sorrindo, enquanto ele colocava o acessório em seu pulso.
—Todo mundo pronto? Podemos ir? — gritou Haz, saindo da cozinha com uma lata de cerveja na mão.
—Espera, espera! Eu preciso tirar uma foto de vocês todos juntos! — exclamou Phil, procurando seu celular para capturar o momento.
Depois de muitas fotos, que no final já estavam constrangedoras, Phil finalmente se deu por satisfeita e os liberou. Ao saírem de casa, Jo imediatamente parou e ficou olhando para os lados, como se procurasse por alguma coisa.
—Sem limousine? Tom, você disse que queria que hoje fosse perfeito! — resmungou a garota, cruzando os braços.
—Eu... não pensei nisso! Desculpa... — sussurrou o moreno, com os olhos arregalados.
—Tom, eu to brincando!!! Ai meu Deus, não acredito que caiu nessa!!! Eu te mataria se tivesse pedido uma limousine! — respondeu Jo, que gargalhava junto ao irmão mais velho.
—Eu... devia ter esperado por essa! — Tom sorriu, balançando a cabeça.
—Vem, agora vamos! A festa já começou! — disse ela, entrando no carro.
Ao chegarem na escola, os três amigos viram que, como Jo havia dito, a festa realmente já havia começado, então, depois de deixarem o carro no estacionamento, eles foram em direção á entrada da escola, que estava coberta de balões e fitas coloridas.
—Nossa, quanto tempo! — exclamou Harrison, com os braços no ombro da irmã, que rolou os olhos com o comentário.
—Por favor, Haz! Só fazem dois anos que você se formou! — retrucou ela.
—Bom... pra mim, parecem décadas! — respondeu ele sorrindo.
Depois de alguns corredores, eles chegaram ao ginásio da escola, onde o baile de formatura estava sendo realizado. É claro que, com o agora famoso Tom Holland os acompanhando, os olhares de todos se voltaram á eles. Não que isso fosse novidade para Harrison ou Josephine, que já estavam acostumados com a atenção que acabavam recebendo por conta do amigo.
—Vou pegar uma bebida, vocês querem alguma coisa? — questionou Harrison, chamando a atenção da irmã e do melhor amigo.
—Eu estou dirigindo, então, um refrigerante. — disse Tom dando de ombros.
—Jo? — insistiu o loiro.
—É claro que quero, não é todo dia que se termina o ensino médio. — exclamou a garota, os fazendo rir.

Pouco tempo e algumas bebidas depois, Jo estava na da pista de dança com suas amigas, dançando ao som de alguma música do momento, enquanto Tom e Harrison sentavam em uma das mesas. Não era exagero dizer que a cada cinco minutos, uma garota diferente vinha falar com Tom, pedindo se ele queria dançar ou mesmo conversar fora dali.
—Não, eu estou acompanhado. Desculpa! — era a resposta do moreno, na maioria das vezes.
Quando uma delas se afastou, Harrison deu um tapa brincalhão nas costas do amigo, enquanto bebia sua cerveja.
—Cara, eu queria que tivesse sido assim nos tempos da escola! — exclamou o loiro. —Teríamos nos dado tão bem! — completou.
—É... é verdade, Haz! — disse Tom, mesmo sabendo que era mentira. Afinal, tanto agora, quanto há dois anos atrás, ele só tinha olhos para uma única pessoa.
Quando a música animada que as garotas dançavam parou e foi substituída por uma muito mais lenta, Tom levantou da mesa onde estava e foi em direção ás garotas, não sem antes receber um olhar confuso do amigo ao seu lado.
—Onde você está indo? — questionou ele.
—Dançar com meu par! respondeu ele piscando.
—Hey, eu to de olho em vocês! — avisou Harrison, arrancando um sorriso do amigo.
Assim que se aproximou do grupo de garotas, elas pararam imediatamente o que faziam e transferiram sua total atenção ao ator á sua frente.
—Com licença, meninas! Eu posso roubar a Jo por alguns minutos? — disse ele vendo a loira rolar os olhos.
Com suspiros e assentos afirmativos, Josephine se despediu das amigas e pegou a mão do moreno, o seguindo até a pista de dança, onde alguns casais já dançavam.
—Você não precisava ter pedido permissão pra elas, Tom! — disse a loira balançando a cabeça.
—Oh, me desculpe se eu sou educado! — retrucou ele, colocando as mãos na cintura de Jo, enquanto as dela foram parar em seus ombros.
Ao som de Girl Crush, eles balançavam os corpos de um lado pro outro, numa dança descoordenada, mas que para eles, estava perfeita.
—Eu ainda não acredito que você veio! — admitiu Josephine.
—Bom, eu prometi que seria seu par! — respondeu o moreno.
—É... antes de você ser o homem-aranha! — disse a loira, percebendo os olhares, que acabou recebendo a noite toda, de alguns de seus colegas.
—Hey, eu prometi, não foi? E eu sempre cumpro minhas promessas. Bom... ás vezes! — respondeu ele, os fazendo rir. —Além do mais, eu continuo sendo o mesmo Tom, Jo! — completou.
—Eu sei, eu sei! Desculpa! — disse ela suspirando.
Percebendo o desconforto da garota com os olhares curiosos, Tom segurou a mão da loira e pediu para que ele a seguisse.
—O que? E o Haz? — questionou ela.
—Eu acho que ele vai ficar bem! — respondeu Tom, inclinando a cabeça para onde o loiro agora dançava com uma garota.
Segurando firme a mão de Tom, Jo o seguiu até uma porta nos fundos da escola, com uma placa que dizia "NÃO ENTRE!"
—Tom, onde estamos indo? — questionou Jo ao vê-lo ignorar o aviso e abrir a porta.
—Você vai ver! — respondeu ele sorrindo.
Depois de passar por um corredor escuro e subir uma escada velha e enferrujada, eles chegaram no que parecia ser... o telhado da escola?!
—Jo, bem vinda ao terraço! — exclamou o garoto, abrindo os braços.
—Eu nem sabia que tinha um terraço aqui! — disse ela, surpresa com o local.
É claro que não era o terraço mais lindo do mundo, na verdade, ele era bem simples. Alguns canteiros com flores mal cuidadas e uma fonte, sem água, eram as únicas coisas que "decoravam" o lugar.
—É incrível, não é? Eu subia aqui sempre que me sentia sobrecarregado. Com a dislexia, isso acontecia bastante. — explicou o garoto, recebendo um sorriso sincero da loira.
—Eu só acho que você deveria ter me mostrado esse lugar antes que eu me formasse! — resmungou ela, lhe dando um tapa brincalhão na cabeça.
—Pra falar a verdade, eu... tinha meio que esquecido disso, até eu voltar pra cá hoje. Esse lugar traz muitas memórias. — afirmou Tom, observando a vista da cidade lá de cima.
—É lindo! — disse Jo, se juntando á ele.
—É, é mesmo! Oh, certo... — disse Tom, tirando o celular do bolso e colocando a música que dançavam há pouco para tocar. —Aqui! — exclamou ele, estendendo uma das mãos.
—O quê? O que é isso, Tom? — questionou a garota.
—Agora podemos dançar sem ter ninguém nos observando! — respondeu ele, fazendo um enorme sorriso aparecer no rosto da loira.
Segurando sua mão, Jo voltou a posicionar as mãos nos ombros de Tom, enquanto as dele voltaram para o seu lugar, na cintura da garota, que ainda tinha um sorriso bobo no rosto.
—Você não existe! — disse a loira, antes deles ficarem em silêncio, apenas dançando lentamente e aproveitando o momento.
—Hey, eu... não consegui falar isso ainda mas, você está... linda! — disse Tom, quebrando o silêncio.
—É? — perguntou Jo, erguendo a cabeça para olhar nos olhos do garoto.
—Muito linda! — ele afirmou sorrindo.
—Obrigada, Tom! — ela agradeceu com as bochechas coradas.
—Sempre! — respondeu ele.
Sem quebrar o contato visual, os dois se inclinaram juntos e acabaram com a pequena distância que ainda havia entre eles. E, como se tudo tivesse sido perfeitamente combinado, os fogos de artifício começaram a explodir no céu, causando um espetáculo de luzes coloridas, logo acima deles. Não que isso fosse importante pra eles, pois naquele momento, tudo que Jo conseguia pensar era em como os lábios de Tom se encaixavam perfeitamente nos dela e como as mãos dele seguravam firme a sua cintura, a puxando pra perto. Já Tom, sentia o sabor dos lábios da garota o embriagar, enquanto se perdia na sensação de tê-la em seus braços novamente.
A queima de fogos já havia terminado há algum tempo, mas o espetáculo que acontecia entre Tom e Jo continuava. Ao se separarem, apenas para recuperar o fôlego, eles exibiam sorrisos bobos nos rostos, como dois adolescentes apaixonados, o que não estava muito longe de ser a realidade.
—Deveríamos voltar, sabe... antes que o Haz nos assassine! — disse o moreno arrancando uma risada da garota, que continuava em seus braços.
—Verdade! — ela respondeu.
—Vamos! — disse ele depositando um beijo na testa de Jo.
Pegando seu celular, Tom foi em direção ás escadas, quando ouviu a loira chamando seu nome.
—Hum? — ele murmurou voltando o olhar á garota.
—Obrigada, de novo! — agradeceu sorrindo.
—Sempre! — respondeu o moreno, estendendo uma das mãos, que Jo alegremente segurou.

Ao chegarem em casa, Harrison, que havia bebido além do necessário, correu para dentro, sem nem se despedir de Tom, que havia os acompanhado.
—Parece que alguém vai ter uma ressaca e tanto amanhã. — disse o moreno rindo.
Nah, ele sobrevive! — respondeu Jo dando de ombros.
—Bom, eu... já vou indo! — exclamou o moreno.
—Espera, eu... queria te agradecer de novo por tudo que fez hoje, sério, significou muito. — afirmou Jo.
—Tudo bem, Jo! Como eu disse... sempre! — disse o garoto sorrindo.
—Você... vai embora amanhã? — questionou ela.
—Não, vou passar o fim de semana aqui. — afirmou.
—Oh, legal! Então... podemos fazer alguma coisa? Quer dizer, eu, você e o Haz? — disse a loira, que acabou ficando sem graça.
—Sim, nós podemos! Eu mando uma mensagem no nosso grupo, ele ainda existe, não é? — perguntou.
—Sim, "Os Três Mosqueteiros" ainda existe. — Jo respondeu sorrindo.
—Bom! Eu... te vejo amanhã? — questionou.
—Sim, claro! — respondeu a loira.
—Ok! — disse Tom que, sem perceber, foi se aproximando da garota durante a conversa. Eles estavam tão, tão próximos. Apenas um passo e a distância entre eles acabaria. Ele conseguia sentir a respiração de Josephine aumentar, assim como seus batimentos cardíacos, ansiosa para o que estava prestes a acontecer. Mas, com o que tinha acontecido mais cedo, Tom achou que já havia se arriscado o bastante por hoje e decidiu se afastar.
—Tchau, Jo! — disse ele se afastando, com as mãos no bolso.
—Tchau, Tom! — respondeu a loira, com um sorriso torto.
Depois de entrar no carro e vê-la desaparecer para dentro da casa, Tom ligou o motor e decidiu dar algumas voltas pela cidade, antes de voltar pra casa. Afinal de contas, muito havia acontecido e ele precisava de tempo para pensar em tudo ou passaria a noite toda acordado.

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