17.EU FAÇO AS MINHAS REGRAS

O quarto do hotel estava abafado, os gemidos dela estavam altos demais e ele estava cheio de raiva. Miwa estava sendo o diabo na terra pelo menos por algumas horas. Assim que saíram da boate, Sasuke chamou um táxi e a enfiou dentro. Ambos seguiram para um hotel aceitável, quatro estrelas no mínimo, porque ele sabia que se a levasse para qualquer outro local ela iria reclamar.

E foi daí que tudo começou, com Miwa o seduzindo intensamente, falando coisas que ele sabia que, quando ela estivesse cem por cento, não faria e, por fim, tirando as roupas e adentrando o chuveiro, se tocando impudicamente e tudo para atrair a atenção do Uchiha, que estava completamente irritado.

— Você ficar bancando uma vagabunda não vai mudar a minha opinião. — Comentou irritado, apoiado na parede ao lado da porta aberta.

— Então, o que estava fazendo aí? Eu não preciso de você se não notouwh! — Gemeu alto nos próprios dedos. Era um inferno ser drogada com algo que aflorasse o seu lado sexual, uma droga com o intuito puro de foder alguém de todas as formas possíveis em uma violência física e mental. Quando deu o primeiro gole bem generoso e começou a conversar, sentiu o paladar muito seco e uma leve alteração, pediu por uma água e não bebeu mais o drink, porém, o pouco que entrou na corrente sanguínea foi suficiente para fazê-la se evitar. Miwa perdeu completamente a noção do bom senso e sabia como parar com aquilo, mas não sairia por aí transando com qualquer um para sanar com essa maldade. Então ela optou pelo esgotamento físico, pois sabia que faria o mesmo efeito. A ideia era dançar até que perdesse as forças das próprias pernas e depois se trancar em uma das salas privativas e dormir. O problema foi que seu atual estado chegou aos ouvidos de Sasuke e ele jamais permitiria isso, ela, querendo ou não, andaria nos trilhos até que estivessem sozinhos e agora o Uchiha se perguntava mentalmente por que ainda estava naquela porta conversando com ela, quando era mais fácil ir para a varanda.

— Você está drogada, porra, será que não entende?! — Esbravejou, cheio de ódio pela situação.

— Entender, eu entendo — ofegou, fechando os olhos e lavando o cabelo. — O problema é o meu corpo aceitar isso, se não tivesse me tirado de lá, eu teria dado meu jeito, dançado até ficar completamente moída e sem energia que talvez desse no mesmo, mas agora estou aqui desesperada embaixo desse chuveiro porque você não quer me ajudar!

Sasuke sabia que meia dúzia do que ela estava dizendo era da boca para fora, ainda assim o irritava profundamente.

— Mal agradecida do caralho! — Sasuke sussurrou e ela revirou os olhos dentro do box por ter escutado. Sabia que o moreno estava com a razão, assim como entendia perfeitamente o quão canalha estava sendo o colocando nesse tipo de situação.
Miwa respirou pesado, tentando se acalmar e recordou como foi mais fácil da última vez que isso aconteceu. A maldita energia tencionava para o lado ruim e agora nem mesmo a água fria surtia efeito.

— Não leve para o lado pessoal, Uchiha. — Ele só faltou rosnar pela raiva momentânea que sentiu por ela.

— Você é uma desgraçada, tem hora, Shimura! — Ela riu pela falsa aversão, colocando a cabeça para fora do box apenas para observá-lo encostado na parede, mãos nos bolsos e respiração profunda.

— Posso até ser, mas estou completamente consciente e isso está me irritando. — Afirmou, voltando para o chuveiro e fechando os olhos, ficou ali se tocando procurando maneiras de acabar com aquele incômodo que chegava a doer. — Maldita droga... — Sussurrou, o pior era saber que os responsáveis jamais seriam punidos e que se Danzou descobrisse aconteceriam dois tipos de inferno diferentes. Um onde ele penaliza a filha por não seguir as regras e o outro onde ele faria todos pagarem por ter encostado nela e por esses meros motivos que Miwa entendia que deveria voltar para casa intacta e fingir que nada tinha acontecido.

A garota estava tão inerte nos próprios pensamentos que não sentiu quando a porta deslizou, mas o calor de outro corpo fora o suficiente para fazê-la sorrir.

— Finalmente parou de resistir. — Jogou e somente ouviu um som de escárnio por parte dele e sabia que estava ferrada, afinal de contas Sasuke Uchiha não costumava ceder aos impulsos de ninguém. Rapidamente a empurrou na parede, fazendo com que as cotas colidissem no piso frio. A mão de Sasuke se apoiou na parede e a outra puxou o cabelo dela com vontade.

— Eu vou te dar exatamente o que você quer e depois não quero que reclame. — O brilho rubro de ódio nas íris ônix deixava tudo mais excitante, porém os lábios quentes dele a desarmavam de qualquer tentativa ou pensamento dúbio a respeito do que ele poderia fazer e como reagir a cada impulso.

A mão direita de Sasuke apertou a cintura dela, enquanto Miwa tentava não gemer naquele beijo gostoso e intenso que recebia. Os olhos estavam fechados e as mãos macias iam aos cabelos dele com gosto, e então ela ergueu a perna direita, convidando-o a entrar, enlaçando no quadril do moreno e o trazendo para mais perto, se é que é possível.
Sasuke sorriu pela iniciativa, Miwa nunca deixava de surpreender. Ele então apertou a coxa com veemência, se esfregando nela antes de segurar no pescoço e se afastar, virou-a de costas e deu um belo tapa no traseiro antes de separar as pernas e sentir empinar bem o quadril rebolando.

"Essa cretina." Sasuke sentiu uma das sobrancelhas tremer por não ter se dado conta do quão excitado ficou e assim segurou firme nos cabelos dela e puxou com vontade, outra apertou o quadril antes de se posicionar na entrada e ir de uma vez. O revirar de olhos e o gemido que saiu dos lábios dela chegaram a alugar um apartamento na mente do Uchiha. Esse era o desejo desenfreado mais absurdo que já sentiu por alguém e o pior de tudo era não conseguir conter essa praga de vontade. Cada estocada passou a ser agressiva, como se ambos estivessem dominados pela luxúria inebriante de seus próprios atos. Ela respondia a cada investida, ele sentia-a apertar com gosto e ainda assim não daria o que ela tanto quer.

Sasuke saiu de dentro da mulher e a virou de frente, invadiu os lábios com urgência, explorando a boca da forma mais gostosa possível antes de a erguer pelo quadril e, ao mero enlace das pernas, a penetrar novamente. O ritmo era seu, mesmo que Miwa lutasse para se manter no controle. As costas estavam amparadas na parede e, enquanto a bunda e as coxas eram apertadas pelas mãos do Uchiha, cada vai e vem era tão pesado e intenso que fazia com que ela quisesse esmorecer.

— Droga Miwa... — Sasuke segurou firme no pescoço conforme investia fundo, ouvindo-a gemer cada vez mais alto, até que invadiu a boca da castanha, o corpo todo arrepiado enquanto sentia os toques dela. Estava tão entregue e queriam cada vez mais. Miwa jazia inerte no nirvana de sensações. Os sons de seus corpos se chocando naquele chuveiro abafavam o som dos gemidos cada vez mais altos dela.

— Não para Sasuke! — A Shimura revirou os olhos ao sentir o corpo todo querer tencionar, a respiração ofegante, as mãos foram nos cabelos dele, a boca que insistia em não largar a do Uchiha, Sasuke voltou a morder o queixo com vontade, as lufadas de ar quente indo de encontro com o pescoço quando a castanha fechou os olhos e apertou com vontade os ombros dele, finalmente se desfazendo. Gozar desse jeito era incrível e muito confuso, pois a vontade parecia não ter fim.

Ao normalizar a respiração, ele finalmente a deixou de pé, deu mais um beijo no topo dos fios e saiu. Miwa terminou de se lavar e se enrolou na toalha, indo em direção ao Uchiha, que já havia vestido a cueca. Ela então se aproximou e o empurrou na cama.

— Chama aquilo de sexo? — A garota sorriu pela própria provocação, tirando a toalha do corpo e encarando o moreno, que dessa vez sorriu com tamanha perversidade.

— Se quer tanto Shimura, faça por merecer. — Por mais ultrajante que fosse o assistir cruzar os braços atrás da cabeça em uma espécie de suporte, segundo ela também era sexy, principalmente por causa do olhar perigoso e único que Sasuke possui, e dessa vez, não estava disposta a enrolar. Miwa o queria e o teria completamente para si, pouco importando o quanto isso lhe custaria depois.

[...]

Camisinhas estavam pelo chão e a garota estava exausta, respirando ofegante no peito dele. O peitoral e o abdômen de Sasuke estavam ardidos devido às unhadas dela durante a madrugada e ainda assim ambos se recusavam a sair daquele quarto. O cansaço verdadeiro começou a bater e, antes que ele fechasse os olhos, foi capaz de escutá-la.

— Então, o que fazemos agora? Acho que não dá pra continuar ignorando essa bagunça sentimental. — Miwa perguntou, tentando manter o tom leve, apesar da seriedade da situação e da vontade enorme de dormir a levando aos poucos.

— Vamos descobrir — Sasuke respondeu, dando-lhe um sorriso leve e, pela primeira vez, parecendo genuinamente interessado em explorar onde aquilo poderia levar, e em um mero carinho, notou que a Shimura finalmente havia apagado em seu peito e essa sensação corriqueira estava o agradando demais, algo que no fundo o fazia questionar se conseguiria simplesmente parar, ou talvez, simplesmente não quisesse parar.


Os arrepios começam a aumentar
The goosebumps start to raise

No momento em que minhas mãos encontram sua cintura
The minute that my left hand meets your waist

E então eu vejo seu rosto
And then I watch your face

Coloco meu dedo em sua língua, porque você ama provar, sim
Put my finger on your tongue, 'cause you love to taste, yeah


Música: Sweater Weather - The Neighbourhood

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