14.SENTIMENTO INEVITÁVEL
O que era mais estranho: ter transado com seu suposto inimigo, aquele que tanto dizia odiar, e ainda querer mais, ou simplesmente imaginar-se ao lado dele? Miwa estava extremamente irritada com seus próprios sentimentos, assim como Sasuke estava com os dele.
Ele não queria admitir, mas estava longe de odiá-la, não depois de todas as intrigas e picuinhas que os levaram até aquela cama de hotel.
- Merda, em que quarto estamos? - Miwa penteou os cabelos com os dedos, encarando Sasuke deitado na cama ao seu lado. Era tão perceptível cada rastro que havia deixado no corpo dele, assim como seu próprio corpo parecia ter gravado a assinatura do Uchiha.
- Acho que é o seu quarto, garota. Você é inacreditável; sugeriu que viéssemos para cá e voilà! - Sasuke respondeu com um tom irônico.
Miwa mordeu o lábio inferior, tentando não encarar o semblante debochado de Sasuke ou até mesmo seu torso nu.
- Melhor aqui do que num quarto vagabundo e nojento. - Ela respondeu, tentando escapar da situação desconfortável, e ele sorriu, divertido.
Sasuke se levantou da cama e ainda nu começou a procurar suas roupas espalhadas pelo chão. Miwa o observava com um misto de frustração e curiosidade. O ambiente ainda estava carregado com a tensão do que havia acontecido, e ela lutava para encontrar algum sentido no turbilhão de emoções.
- Então.... - Miwa começou, mantendo a voz firme.
Sasuke olhou para ela com um sorriso enigmático.
- Agora você pode começar a enfrentar o que realmente sente. Não é apenas sobre o que aconteceu nesse quarto, mas sobre o que você quer daqui pra frente. - Deu de ombros
Miwa suspirou, cruzando os braços, detestou o tom solene da voz dele, mesmo sabendo que que ele tinha razão, mas enfrentar seus próprios sentimentos era mais complicado. Odiá-lo era fácil, o moleque que a perturbava desde cedo nas festas de família, aquele que colou chiclete em seu cabelo e sempre a atentava e que quando cresceu continuou um chato. Não, ela nunca o viu realmente desse jeito.
- E quanto a você? - Ela desafiou. - O que você vai fazer com tudo isso?
Sasuke se aproximou, suas palavras carregadas de sinceridade.
- Talvez eu tenha que admitir que, no meio de tudo isso, eu não posso negar o que sinto. Não é apenas ódio, e não é apenas desejo.
Miwa sentiu o coração acelerar, e uma nova tensão surgiu entre eles. O que era para ser uma noite de desprezo e raiva que desaguaria com um descarrego de tanto que dançaria naquela boate havia se transformado em algo que ambos tinham que lidar. A sensação de desconforto estava se misturando com uma curiosidade inesperada a respeito dos próprios sentimentos.
- Parece que inimigos acabam transando de vez enquanto. - Afirmou ainda naquela cama.
- É...- A frase de Sasuke foi interrompida por batidas na porta.
- Querida. - A voz de Alana se fez presente e a castanha respirou pesado.
- Merda, se esconde no banheiro. - Afirmou e ele revirou os olhos antes de seguir até lá, quando fechou a porta, Miwa ficou de pé rapidamente.
- Aí, droga, Uchiha desgraçado, você me paga! - Apesar da reclamação em tom pouco elevado Sasuke escutou e riu satisfeito enquanto ela ainda resmungava e respirando fundo e indo até a cadeira próxima a cama a garota catou o robe escondendo enfim a própria nudez, ao passar pelo espelho enorme que havia no corredor de entrada do quarto deu de cara com o estado deplorável em que estava, coberta de marcas que só faltavam falar: Sasuke Uchiha esteve aqui. Miwa fechou o robe e apoiou a parte do pescoço o encobrindo com o tecido fino como se fosse uma blusa de gola alta e só assim abriu a porta.
- Bom dia, mãe. - A mulher a olhou de cima a baixo, com um olhar claramente cansado e uma expressão relaxada, mas havia algo estranho em seu semblante.
- Bom dia, querida. - Ela entrou no quarto, que estava bem bagunçado, e observou ao redor. Tudo o que deveria estar na cômoda estava sobre o tapete branco. O sorrisinho que apareceu em seu rosto antes de olhar para a filha foi inevitável.
- Temos uma visita ao orfanato. Parece que atrasaram a entrega dos brinquedos de propósito, então vamos resolver pessoalmente. - A mulher sorriu de maneira simples, e só por isso Miwa sabia que sua mãe estava furiosa. Independentemente de política, as ações conjuntas de figuras em destaque na mídia visavam melhorar as condições das crianças refugiadas e órfãs de seu país. A iniciativa começou com uma das alunas de Tsunade na época em que ela substituiu o terceiro Hokage para que ele pudesse passar por uma cirurgia arriscada. Logo depois, quando Minato assumiu, a ideia se consolidou, contando com o apoio de Kushina, Mikoto, Miroku e Alina. Não havia motivos para criar intrigas ou oposição em relação a um trabalho tão solene. Obviamente, Alana Shimura não deixaria a situação como estava, e por isso, entre outros motivos, Miwa sentia tanto orgulho de sua mãe.
- Certo, mãe, e como pensa em fazer isso?
- Ora, querida, da forma mais fácil possível. Mostrando a cara e deixando claro que esse ato é inadmissível. Aquelas crianças já sofreram muito para ficar no meio dessa guerrinha ridícula chamada política. - A castanha sorriu com orgulho da matriarca, que apenas passou os dedos longos e com as unhas bem feitas e curtas pela face da filha. - Agora descanse, meu bem. - Deixou um beijo no topo dos fios dela antes de se dirigir até a porta. De certa forma, sabia exatamente com quem ela havia passado a noite, principalmente porque esqueceram de guardar o sapato, que estava jogado na entrada junto aos saltos, assim como as peças de roupa feminina largadas pelo quarto e todas as outras provas. De maneira classuda, a mais velha seguiu até o corredor de entrada do quarto.
"Esses jovens," pensou satisfeita, antes de pôr a mão na maçaneta e desviar parcialmente o olhar para a filha.
- Só mais uma coisa, querida: pelo menos esconda essas marcas com maquiagem e dê bom dia para o Sasuke. - O olhar de Miwa não poderia ser pior, denunciando-a tão absurdamente que a mãe apenas sorriu, se afastando em direção à porta. - Aguardo você para a coletiva em algumas horas. Mandei subir um café para dois, então aproveitem.
E assim partiu, deixando a castanha extremamente envergonhada.
- Quem precisa de inimigos, Miwa? Quem precisa! - Falou para si mesma conforme ia até a porta do banheiro e dava batidinhas. - Ela já foi. - Se encostou na parede, observando Sasuke sair de lá calmamente e já vestido.
- Pelo visto, a senhora Shimura é tão perspicaz quanto a minha mãe. - Miwa apenas mordeu o lábio, encarando o corpo dele. Sasuke havia tomado um banho, e os fios estavam úmidos, deixando-o ainda mais belo.
- Não consegue nem se conter. - Ele sorriu convencido e ela revirou os olhos.
- Deixa de ser arrogante, nem foi t... -Parou de falar ao encará-lo, o olhar severo de que torcia para ela terminar aquela frase, apenas para fazer novamente e dessa vez seria muito mais intenso. Entretanto, Miwa não é nada boba e precisava sair, do contrário talvez aceitasse a afronta apenas para se divertir mais. - Consegue imaginar como era na nossa época? Devia ser um caos! - concluiu, mudando de assunto e levando o moreno a sorrir verdadeiramente.
- Talvez. É bom saber que possuem outro lado, mas não precisa detalhar. - Nisso, ela concordou, seguindo para o banheiro e aproveitando para tomar um banho.
O não-casal tomou o café em silêncio. Não queriam conversar sobre o ocorrido, mesmo estando tatuado na mente e impregnado pelo local; ainda assim, era divertido estar na presença um do outro, mesmo que não admitissem.
Ao fim daquele momento, ambos se levantaram, e Miwa o acompanhou até a porta.
- Te vejo por aí, Shimura. - Comentou, e ela deu de ombros.
- Até breve, Uchiha. - Ela sentiu vontade de beijá-lo, mas não o fez. Sasuke também estava na mesma, porém preferiu partir sem qualquer toque físico.
No fim, não passavam de jovens complicados e confusos.
[...]
Miwa sorria de forma apaixonada, encarando o lugar repleto de crianças que agora sorriam. Sentimentos como orgulho e a famigerada emoção de dever cumprido passavam pela cabeça da garota. Infelizmente, ela gostava de crianças, queria ter mais irmãos e uma família maior. Porém, Danzou nunca almejou isso. Uma filha era mais do que o suficiente para suprir suas expectativas e se tornar o centro de sua atenção.
Miwa Shimura foi um bebê planejado pelos pais, que queriam uma vida perfeita. Desde seu nascimento, tudo foi extremamente regrado e calculado, e isso só mudou quando ela foi para o internato de Konoha, onde conheceu a liberdade e a falta de bom senso. Antes, tudo era feito por baixo dos panos; não que no internato não fosse assim, a diferença era que havia com quem contar, adolescentes que passaram pela mesma situação ou por situações ainda piores.
Então, ver crianças felizes a enchia de uma felicidade que ela não sabia como mensurar.
O evento ocorreu bem, entre a entrega dos presentes, as averiguações dos locais e comodidades para os acolhidos, e por fim, Miwa ainda se divertiu com os pequenos, ignorando o desconforto tremendo que sentia. Quando finalmente adentraram o carro blindado, Alana a encarou, deixando de lado qualquer forma polida de conversa.
- Que tal me contar quando vai assumir que está namorando o filho de Mikoto? - Miwa não pensou duas vezes em abrir uma das garrafinhas d'água e tomar calmamente.
- O quê? De onde você tirou isso, mãe?
Alana arqueou a sobrancelha.
- Então devo presumir que voltou com o Deidara? - A castanha revirou os olhos. - Pelo visto, não. Querida - a mais velha sorriu, alisando as costas dela - Eu faço um gosto tremendo dessa união e sei que os Uchihas também.
Miwa piscou diversas vezes antes de encarar.
- Mãe, a senhora está equivocada, e ele também. Não temos nada.
"Só transamos intensamente antes deu permitir que ele gozasse dentro." Pensou.
- Ah, a propósito, eu preciso passar na farmácia. Estou com um pouco de dor de cabeça - afirmou, trocando de assunto. Alana respirou fundo, sorrindo e balançando a cabeça negativamente.
- Sabe, vocês jovens esquecem que seus pais também já aprontaram desse jeito. Mas tudo bem - ela disse, abrindo a bolsa lentamente. Tirou de lá uma caixinha pequena e a entregou nas mãos da castanha, que, ao ler o rótulo, ficou extremamente envergonhada.
- Sério isso mãe? Que tipo de safada a senhora acha que eu sou? - Se fez de rogada levando a mais velha a gargalhar.
- Apenas tome logo. Eu até que gostaria de um netinho com a aparência do meu genro ou uma menininha com os seus olhos, mas seu pai surtará, e sei que você não quer ser mãe agora. - Falou calmamente. Apesar da situação ser constrangedora aos olhos de Miwa, para Alana estava tudo bem.
O clima dentro do carro ficou ligeiramente mais leve após a troca de palavras entre mãe e filha. Miwa ainda estava envergonhada com o presente inesperado, mas sabia que Alana sempre pensava um passo à frente, cuidando dela à sua maneira.
- Eu sei, mãe. - Miwa murmurou, guardando a caixinha na bolsa. - Só não precisa ser tão óbvia, sabe?
Alana sorriu suavemente, seus olhos cheios de compreensão e carinho.
Eu só quero que você esteja preparada, querida. Mesmo quando acha que não precisa. E... Sasuke Uchiha é um homem complicado.
Miwa desviou o olhar pela janela, tentando não pensar demais em Sasuke. Ela sabia muito bem como ele era complicado, principalmente depois de todas as idas e vindas que viveram. No entanto, a realidade se impunha — seus encontros nunca foram apenas casuais, havia uma intensidade que os envolvia, algo que ambos ainda não conseguiam nomear.
- Não precisa se preocupar com ele, mãe. Eu sei o que estou fazendo... - A frase saiu de forma automática, sem tanta convicção.
Alana apenas riu, seu olhar astuto percebendo o conflito interno da filha.
- Miwa, querida, você pode até achar que sabe... Mas o coração sempre tem suas próprias regras.
A castanha soltou um suspiro e não respondeu. As palavras de sua mãe ecoavam em sua mente, e ela sabia que havia uma verdade desconfortável ali.
Enquanto as Shimuras seguiam para o comício, Sasuke estava em seu quarto, deitado na cama e jogando uma bolinha para cima. Seria o apanhador da próxima rodada dos jogos amistosos. No momento, a mente de Sasuke estava longe; pensava na confissão premeditada de que estava realmente interessado na Shimura, mesmo que sentisse raiva. No olhar dela fixo no dele, principalmente quando segurou seus cabelos e beijou sua boca, na atmosfera erótica que os enebriou naquele quarto e como gostou de ouvi-la.
- Merda... Isso não devia estar acontecendo. - Pegou a bolinha quando caiu em suas mãos novamente e se levantou. Deixou tudo sobre a mesa e calçou os sapatos. Ao passar pela sala, já no andar debaixo, utilizando a jaqueta de couro e com o celular em mãos, Mikoto estranhou, uma vez que o mais novo não costumava ser assim.
- Vai aonde, querido?
- Visitar o Naruto. Temos algo a discutir. - Itachi, que também estava na sala, apenas levantou o olhar antes de sorrir. Sabia bem o que estava acontecendo na cabeça do mais novo. Finalmente, ele havia se dado conta de que estava interessado na "inimiga".
[...]
Amores não correspondidos causam uma tremenda dor e aflição por estar de mãos atadas, e pior do que isso é quando ambos se querem ao ponto de negar.
Enquanto Sasuke caminhava pelas ruas, seu coração batia forte, não apenas pela ansiedade em relação à conversa com Naruto, principalmente por não ter interesse em se abrir com as pessoas, mas pela crescente angústia sobre seus sentimentos por Shimura tentaria tirar proveito das palavras do amigo.
Chegando à casa de Naruto, Sasuke fez uma pausa na entrada, respirando fundo. Ele sabia que precisava manter o foco, mas a imagem de Miwa, com seu olhar penetrante e o toque inesperado, continuava a assombrá-lo.
Naruto o recebeu com um sorriso confuso, já que a visita de Sasuke não era algo comum.
- E aí, Sask? O que traz você aqui? - O loiro possuía um sorrisinho de satisfação no rosto.
- Cadê os seus pais?
- Jantar fora, comício e encontro romântico, pode escolher. - Sorriu colocando as mãos atrás da cabeça e seguindo para a sala onde o amigo fez o mesmo.
- Precisamos conversar sobre algumas coisas a respeito do próximo jogo, Naruto. - Sasuke tentou esconder o quanto estava perturbado, focando no assunto que veio discutir, mas Naruto percebeu que havia algo mais por trás da visita.
- Beleza Teme. - Naruto sentou em uma das poltronas e Sasuke na outra - Mas antes, quero saber o que realmente está te incomodando. Não é só sobre o que você veio falar, é?
Sasuke hesitou, olhando para Naruto com um misto de preocupação e determinação. Ele sabia que precisava confrontar essa bagunça sentimental, e falar com Naruto poderia ser o primeiro passo para entender e lidar com eles, mesmo que o loiro fosse péssimo em relacionamentos.
- É complicado... - Sasuke começou, com a voz um pouco baixa. - Mas acho que estou começando a entender melhor o que sinto por alguém que, teoricamente, eu não deveria me importar tanto.
Naruto observou atentamente, piscando várias vezes antes de sorrir amplamente.
- Finalmente! Eu estava começando a achar que você ia ficar nessa lerdeza depois daquele beijo no armário! - Naruto bateu as palmas nas próprias coxas, visivelmente animado com a revelação de Sasuke.
- Dobe, não me faça arrepender de ter vindo falar com você. - Sasuke sussurrou, visivelmente constrangido.
- Ah, vai, Sasuke! Ontem na festa vocês estavam quase se comendo. Eu vi quando saíram juntos, e eu ainda estava bem sóbrio... - Naruto fez uma pausa ao perceber o olhar irritado de Sasuke. - Espera aí, você... você transou com ela, não é?
- Naruto!
- Ah, qual é, Sasuke? Eu vou te contar uma coisa: sabemos que você nunca a odiou de verdade. Se bobear, esse sentimento de raiva era só para esconder uma paixão e um tesão encubado.
Sasuke já estava começando a se arrepender de ter ido até lá, mas a conversa estava lhe aliviando um pouco. Mesmo que Naruto tivesse uma personalidade completamente diferente da sua, ele era seu melhor e único amigo, alguém com quem ele conseguia conversar abertamente, mesmo que fosse de um jeito meio peculiar. Ambos se entendiam perfeitamente, apesar das diferenças.
[...]
O comício havia acabado, e Miwa finalmente retornou para casa. Aproveitando que seus pais estavam conversando na cozinha, ela subiu para seu quarto e se jogou na cama, ainda com os cabelos presos em um coque desleixado. Ouviu o pai reclamar sobre a subida e a perspectiva de ela voltar para o internato em breve, mas estava distante, perdida em seus próprios pensamentos.
Ela passou as mãos pelo pescoço, relembrando os lábios de Sasuke e o quanto havia sido imprudente.
"Sempre que é com ele, eu acabo agindo sem pensar." Pensou, antes de respirar fundo e abraçar o ursinho de pelúcia branco em formato de nuvem.
- Eu consegui agir pior do que quando fui drogada e transei com o Obito no banheiro! É, Miwa, você não tem o mínimo de bom senso e autopreservação. - Sussurrou para si mesma, os olhos fechados enquanto flashes da noite anterior passavam pela sua mente. A realidade de como estava verdadeiramente entregue a Sasuke se chocava com a imagem que tentava manter.
Mesmo que gritasse aos quatro ventos que o odiava, sabia que era mentira. Não havia como odiar alguém por quem se entregava de forma tão transparente. A verdade era que, apesar de seus sentimentos conflitantes e a raiva que às vezes manifestava, o que sentia por Sasuke era genuíno, profundo e desconcertante.
Tentando afastar os pensamentos tumultuados, Miwa se levantou e começou a tirar o excesso de roupa. Caminhou pelo quarto e, ao chegar perto do closet, seu olhar caiu sobre o mural de fotos. Entre as imagens de amigos e momentos felizes, uma foto em particular a fez parar. Era ela abraçada com Sakura, com seus olhos jade fixos no moreno. E isso a fez se sentir ainda mais culpada.
- Puta merda. Eu preciso conversar com a Sakura! - Murmurou para si mesma, decidida. Era claro que as conversas não resolvidas e os sentimentos misturados estavam afetando-a. A presença de Sakura em sua vida e a amizade que ambas compartilhavam eram importantes demais para serem negligenciadas.
O próximo deveria ser o último, mas eu acabei escrevendo muito então teremos mais alguns capítulos pela frente.
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