☃︎ Capítulo 5 ☃︎

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A véspera de Natal é um dia animado na casa dos Park, Mina e Ji-ae acordaram cedo e já começaram a fazer os preparativos para o jantar. Os maridos estavam buscando o que falta no mercado, Kim e os namorados preparando a sobremesa (foram ameaçados), as gêmeas na sala assistindo filme.

Estou me esquecendo de alguém, lembrei! Os protagonistas da história.

Jimin e Jungkook ainda não deram sinal de acordar, Ji-ae ameaçou a família para não acordarem os dois, se desfizesse a cena fofa que está na cama ela desmaiava.

Quando deu dez e meia da manhã, Park começou a acordar, seu corpo estava quente por ter outra pessoa o abraçando, dessa vez não se assustou caindo no chão.

Ficou fazendo desenhos imaginários nos braços de Jeon enquanto ele não acordava, pensando no que Tae disse para ele.

Mas ele não sabia como chegar em Jungkook e falar o que sentia, nem era orgulho, era só vergonha.

Como falo que estou gostando do meu melhor amigo para ele? Se perguntou em pensamento.

— Faz cócegas. — isso já foi motivo para um belo susto, só não caiu por Jeon o segurar. — Não vou te deixar cair novamente, assustado.

— Obrigado, bom dia! — como sempre passando vergonha logo "cedo", ele ainda não sabe ser quase onze horas.

— Bom dia Ji, está acordado tem muito tempo? — o mais novo perguntou, não soltou o outro, e Jimin achou isso ótimo.

— Não tanto. — respondeu, por ele ficaria o dia deitado abraçado com Jeon.

— Você quer levantar né? — foi tirando os braços do menor, Park o segurou.

— Está bom aqui. — a voz sumindo de novo.

Para falar isso quase morri, imagina falar que gosto dele morro na hora. Jimin pensou, tentava achar uma forma de falar.

Sentiu o nariz de Jeon raspar em seu pescoço, se arrepiou inteiro, agora estava tentando deixar seu coração no ritmo normal e não uma escola de samba.

— Trocou de perfume, Ji? — não deu certo quando o mais novo sussurrou isso em seu ouvido.

— S-sim. — desde quando eu comecei a gaguejar? Se perguntou, coçou a garganta para não fazer de novo. — É novo, comprei antes de vir para cá.

— É gostoso, combina com você. — beijou a nuca do Park.

Alguém chama a ambulância que eu estou passando mal, surtou internamente.

— Obrigado Kook. — quase como um sussurrou. — Vou levantar, estou com fome.

Saiu da cama, pegou o celular e saiu tropeçando do quarto, Jungkook o deixou de pernas bambas.

Entrou em seu quarto, a cama ainda sem colchão, trancou a porta.

Precisava de um banho frio, mas ele não faria isso por estar nevando lá fora, estava com um problema para resolver que Jeon o fez ter.

— Sem vergonha, olha a merda que terei fazer. — resmungou entrando no banho, tirou a roupa. — Quase trinta anos batendo punheta, que vergonha!

Jungkook estava em seu quarto orgulhoso do que fez, sabia que deixou seu hyung excitado, ele poderia se oferecer para resolver o problema, mas só fez aquilo para saber como Jimin reagiria aos seus toques.

A conclusão o agradou muito, com toda certeza hoje seria a melhor véspera de Natal.

Park saiu do banheiro, vestiu roupa leve para ficar em casa, estava cantarolando uma música enquanto escovava seu cabelo.

Desligou o secador ao terminar, hoje até passou a chapinha, mas vamos fingir que isso não é para chamar ainda mais a atenção de Jeon.

Passou hidratante labial, o perfume que o outro disse ser gostoso, colocou até o colar que ganhou do mais novo no último aniversário.

— Estou exagerando de mais, só vou ficar em casa. — resmungou se olhando no espelho. — E se eu passar uma sombra para destacar meus olhos?

Não, absolutamente não, isso é suficiente. Respondeu a si mesmo na mente, está enlouquecendo!

Pegou o celular tirando foto, postou no insta apenas para guardar e poder apagar de seu celular.

Deixou o aparelho no quarto, e foi para cozinha atrás de comida, a parte da fome era real.

Não se surpreendeu em ver todos, agora ele sabia que acordou mais tarde que o comum.

— Pensei que não acordaria hoje. — Tae provocou o primo.

— Shiu ladrão de cama. — falou.

Sentou á mesa, pegou o que estava mais fácil e começou a comer ignorando os olhares que estavam sobre ele.

— Cadê o Jungkook? — Mina perguntou.

— No quarto dele. — respondeu, suas bochechas esquentaram pelo episódio vergonhoso que passou.

— Bom dia! — ouviu a voz de Jeon, passou a encarar apenas seu pãozinho com geleia, a vergonha era muita.

Sentiu o maior sentando ao seu lado, começou a ter dificuldade para engolir o pão, pensava que Jungkook pegou pesado no jogo de mostrar interesse.

Ele nem sabia estar jogando, do nada é atingido.

— Não precisa ficar com vergonha. — deu um pulinho na cadeira pelo susto quando Jeon sussurrou em seu ouvido.

— Vergonha do quê? — sussurrou de volta se fazendo de sonso.

— Você sabe. — e se ele matar Jeon? Pensou na hipótese.

— NÃO ESTOU COM... — viu estar gritando. — Vergonha.

— Por que gritou com o Jungkook? — sua tia perguntou.

— Por que estaria com vergonha? — Tae perguntou malicioso.

— Coisa minha e dele xereta. — falou com o primo. — Nada tia, ele acordou para me tirar do sério hoje.

Olhou querendo matar o culpado que escondia o riso pelo que fez Park passar, piscou para Jimin que pegou quase o prato e quebrou na cabeça de seu amigo.

— Eu vou te matar Jungkook, te matar idiota. — sussurrou e saiu da mesa.

— O que deu nele? — Hoseok perguntou.

— Ele está irritado, o motivo não sei. — Tae respondeu o namorado olhando Jeon. — Jungkook deve saber.

— Não sei. — dois sonsos como amigos.

Se levantou e foi procurar o mais velho, estava parecendo um bolinho sentado no sofá, prestava atenção no desenho que as gêmeas estavam assistindo antes de dormirem.

Sentou ao lado do menor, Park nem deu confiança para ele.

— Desculpa te deixar com vergonha na frente da sua família e mais cedo. — pediu.

— Se fizer isso de novo mato você, eles vão me encher de perguntas e eu não gosto. — falou ainda olhando a tela.

— Então posso continuar o demais cedo? — ficou vermelho de novo.

— Você entendeu Jungkook. — resmungou, ele não queria que o outro parasse.

— Tudo bem, que desenho é esse? — perguntou mudando o rumo da conversa.

— Não sei, está na metade. — Jimin respondeu.

O menor se arrastou devagar para encostar em Jeon, descansou a cabeça no ombro do mais novo.

— Por que eles podem não fazer nada? — Yoongi perguntou.

— Sorte com a sogra o nome, você tem a minha mãe doida varrida, e o Jeon tem o amorzinho que é a minha tia. — Tae respondeu. — Por isso eles podem não fazer nada, e nós somos escravos da minha mãe.

— Exatamente por isso. — Mina concordou.

— Isso me lembrou, que está faltando alho-poró, quem dos três vai buscar? — Ji-ae perguntou ao trisal, seu marido e seu cunhado já estavam buscando outras coisas.

— Mãe, precisa de ajuda? — Jimin falou alto da sala.

— Sim, elas querem alho-poró. — Yoongi falou.

— Eu vou buscar. — falou. — Você vai comigo Kook.

Os dois saíram, e todos olharam para o Min.

— Que foi? Sou advogado, sei me aproveitar de uma situação quando vejo a oportunidade certa. — ele precisava sentar e não ir ao mercado de novo, já estava velho.

Jeon e Park foram tranquilos até o mercado, o mais velho estava se concentrando em outra coisa que não fosse a vergonha que passou.

Pensava em como iria falar para Jeon o que sentia, ele estava decidido que não iria reprimir seus sentimentos, e torcendo muito para isso dar certo.

Ele não quer mais uma decepção, e muito menos perder Jungkook, isso seria a maior perda de sua vida. O mais novo tem um espaço no coração dele impossível de ser ocupado por outra pessoa.

— É só alho-poró? — Jeon perguntou enquanto eles iam para o caixa.

— Sim, Yoongi não falou mais nada. — respondeu.

Após pagarem saíram do mercado, o caminho de volta foi mais agitado com Jimin falando sobre sua última apresentação, estava eufórico.

— Já falei de mais. — se calou olhando a janela.

— Sabe que gosto de te ouvir falar, pode continuar. — Jungkook falou olhando de relance para o amigo.

— Eu penso melhor quando estou quieto. — continuou olhando a janela, amanhã ele vai embora e será a última vez em Busan, após voltar para Seul vai para New York.

— No que está pensando? — Jeon insistiu no assunto.

— Uma coisa. — respondeu, ficou pensando olhando a janela até estar em casa, saiu do carro e iria seguir até a entrada da casa, mas a mão do mais novo em seu pulso o parou, olhou seu pulso depois o rosto de quem o segurou. — Sim?

— Podemos conversar depois? — isso foi suficiente para fazer suas mãos suarem.

— Sobre o quê? — perguntou curioso e apreensivo, o que o mais novo queria falar consigo?

— Na hora você descobre. — Jeon fazendo mistério.

— Tudo bem. — se fez de pleno, estava andando até perceber que o outro não estava vindo, olhou para trás. — Você não vem?

— Esqueci que quero algo do mercado, vou lá. — falou.

Tae saiu correndo de casa, ele também precisava e iria pagar carona com Jeon.

— Posso ir com você? — perguntou.

— Claro, entra aí. — Jimin entrou em casa.

— Mãe e tia, o alho de vocês. — anunciou entrando na cozinha, entregou para sua progenitora.

— Cadê o Jungkook? — perguntou.

— Vai ao mercado com Tae de novo, disse querer algo que esqueceu. — saiu da cozinha e foi para sala, suas irmãs já estavam acordadas.

— Maninho, joga banco imobiliário comigo e Haru? — Ha-nui perguntou mostrando a caixa.

— Tudo bem, tirem essas coisas do chão primeiro. — as duas levaram suas coisas para o próprio quarto e voltaram correndo. — Agora podemos jogar. — sentou no carpete com as gêmeas.

— Podemos jogar? — Yoongi perguntou próximo a Hoseok.

— Sentem aí. — os dois sentaram.

O jogo estava rolando tranquilo, todos unidos pelo espírito natalino, nenhuma ameaça aconteceu.

As gêmeas cansaram e foram brincar no sótão, deixando apenas "adultos" jogando.

Jeon chegou com Tae, após guardar o que comprou voltou para sala, Jimin ainda ameaçava a existência de Yoongi.

— Se comprar mais uma propriedade que eu quero vou pular no seu pescoço, advogado de meia tigela. — talvez levassem o jogo muito a sério.

— É só não falar em voz alta que vai comprar. — provocou a pequena fera.

— Tae olha seu namorado aqui. — o primo ria da situação. — Insuportável.

Continuaram jogando, até que Jimin ganhou esfregando na cara de Yoongi e Hoseok.

Jeon sentado no sofá atrás do Park, começaram outra rodada agora com o Tae, não deixaram Jungkook jogar por ele conhecer muito bem assuntos que envolvem dinheiro.

— Compra o hotel. — sussurrou no ouvido do menor, explicou o porquê e logo Jimin estava na frente de todos com as dicas que seu amigo dava.

— Acho maravilhoso o Jungkook ficar dando dicas para o Jimin. — Tae falou.

— Não seria justo, dois advogados e um que trabalha em banco contra o bailarino, estou deixando o jogo justo. — se defendeu.

Mais uma vez Jimin ganhou, subiu para o sofá deixando o trisal terminar o resto do jogo sem ele.

— Obrigado por me ajudar. — agradeceu Jeon.

— De nada Ji. — senhor Park com senhor Kim entraram cheios de sacolas.

— Finalmente. — Ji-ae falou.

— Trouxemos pizza já que hoje não tem almoço, comer na sala para não atrapalhar as feras. — Jae falou, colocou as três caixas na mesinha de centro.

As gêmeas vieram pelo cheiro, foram as primeiras a pegar em seguida seu irmão mais velho, o trisal em seguida.

— Quem vai pegar o refrigerante? — Jimin perguntou.

— Eu pego. — Tae levantou e foi buscar na geladeira, os homens mais velhos trouxeram os copos e levaram pizza para as esposas que faziam toda a comida.

Park já estava no segundo pedaço quando percebeu que Jeon não pegou nenhum, pegou outro além que estava comendo e ofereceu ao amigo.

— Obrigado Ji, não estou com fome. — falou.

— Só vamos jantar dez horas da noite, é bom você comer isso. — ele aceitou o pedaço. — Bom mesmo.

— Tadinho, nem namoram e já está obedecendo o Jimin. — Hoseok resmungou para Yoongi que concordou.

Após comerem cada um foi procurar seu canto, as duas irmãs estavam terminando com a ajuda dos maridos.

Jimin entrou em seu quarto, após escovar o dente foi procurar Jeon o encontrou no quarto conversando com alguém por ligação em inglês.

Se sentou na cama e ficou encarando a parede sem nem prestar atenção no que o outro falava, não era de seu interesse.

Estava pensando em confessar o que sente quando voltarem para Busan, após sua apresentação, gostava de planejar tudo para sair com perfeição.

Não queria nada forçado, teria que ser naturalmente, e se Jeon o rejeitar? Espantou esse pensamento fazendo careta.

— É engraçado ver você mergulhado em pensamentos. — saiu do mundo da lua e olhou Jeon parado em sua frente. — O que tanto pensa?

— Algo com a minha apresentação. — não era totalmente mentira. — Após ela, na verdade.

— O que acontece após ela? — perguntou se sentando ao lado do menor.

— Você vai ver. — respondeu. — Com quem estava falando? Alguém da empresa?

— Sim, mas de New York. — agora ele entendeu o motivo de estar em inglês. — Estávamos conversando preço de casa.

— Você vai comprar uma? — Park também tem que pensar onde vai morar.

— Sim, mas eles vão pagar metade para acelerar, apesar de eu ter a quantia inteira prefiro fazer eles gastarem. — Jeon sendo mão de vaca como sempre. — São três suítes, cozinha com visão para sala de jantar, sala de estar bem ampla, lavabo e um escritório, quintal atrás com área de lazer.

— Você vai morar sozinho, para que uma casa desse tamanho? — Jimin não entendeu o plano do mais novo.

— Quem disse que eu vou morar sozinho? — o menor ficou olhando Jeon evidenciando sua confusão. — Você vai morar comigo Ji.

— Vou? — ele não estava sabendo disso.

— Por que morar separados? Só se você não quiser morar comigo. — partiu para o drama para convencer Jimin.

— Tudo bem, eu moro com você. — o mais velho não resistia aos olhos de Jeon pedindo algo.

— Sabia que não conseguiria negar meu convite. — falou convencido.

— Nem teve convite Kook, você praticamente me colocou na casa que comprou sem direto de recusar. — deitou encarando o teto, o outro fez o mesmo.

Estavam em silêncio apenas aproveitando o silêncio, não por muito tempo já que Jimin prefere falar.

— Já pensou sobre como será morar em outro país? — perguntou.

— Estava um pouco assustado antes, mas agora que você vai também não tenho mais medo, sei que vai estar lá para me apoiar. — as palavras do mais novo o pegaram de surpresa, ele ficou um tempo digerindo tudo.

— Sim, eu vou estar lá. — confirmou as palavras de Jeon. — Estou um pouco inseguro de dar aulas na melhor academia de dança dos Estados Unidos.

— Por quê? Tenho certeza que será um ótimo professor. — olhou o amigo de fios azuis.

— Você sempre vai falar isso, fico com o coração acelerado só de pensar na primeira aula. — ainda encarava o teto. — Deveria me elogiar menos.

— Por que faria isso? Gosto de fazer isso. — Jungkook falou.

— Está me deixando mais mimado. — ao olhar para o amigo, o maior viu o bico nos lábios.

— Que bico lindo! Vontade de morder. — de beijar, pensou encarando a boca desenhada por Deus que Jimin tem.

— Não vai morder nada. — tampou a boca com a mão.

— Se bobear farei mais que isso. — falou sabendo que o outro entenderia, e entendeu, Park voltou a olhar o teto sentindo se derreter de tanta vergonha.

— Para. — resmungou ao tirar a mão da boca.

Em todos os vinte e oito anos de amizade com Jeon ele não sabia que o mais novo era tão descarado, mas fazia sentido já que só agora Jungkook resolveu investir para saber dos sentimentos do menor por si.

Na cabeça de Jimin ele queria entender onde o outro escondeu essa parte de si, mas mesmo morrendo de vergonha ele gostou desse lado novo que descobriu do mais alto.

— No que está pensando? — Park levou a mão no coração pelo susto, alguém sussurrando em seu ouvido quase o matou.

— No meu velório se continuar me assustando sem vergonha. — se aproximou do outro, gostava de ficar grudado com Jeon, abraçou deitando a cabeça no peito de seu "amigo".

Esses amigos de hoje em dia são estranhos!

— Vai dormir? — perguntou ao menor.

— Não. — fechou os olhos e começou a fazer círculos imaginários na blusa do outro. — Vai namorar algum americano? — perguntou do nada.

— Você é muito aleatório Ji, e não vou namorar nenhum americano. — só um coreano. — Já estarei com alguém.

— Quem? — perguntou fingindo desinteresse na resposta.

— Você conhece ele, ele tem cabelo azul atualmente, mas pretende ficar ruivo para uma apresentação de ballet em que será cisne negro, é bem menor que eu, fala muito sobre os assuntos que gosta e nem percebe como se torna expressivo fazendo isso, a melhor parte do meu dia é quando estou com ele, apesar de ser um bailarino excelente vai se tornar professor, gostou da descrição dele? — Jungkook perguntou.

Pelo silêncio que recebeu pensou que Jimin tivesse dormido, afinal ele parou de se mexer e sua respiração estava calma.

— Ele não é tão menor que você. — ouviu finalmente a voz do Park. — Ele cresceu o suficiente para proporção do corpo.

— De tudo que falei, a altura te chamou mais atenção? — perguntou achando graça de como Jimin se ofende por chamarem ele de baixinho.

— Lógico, não fale da altura desse cara que você vai ficar. — voltou fazer os círculos.

Por fora pleno, por dentro quase morrendo pela declaração de Jeon, nunca o descreveram dessa forma ele nem sabia ser expressivo enquanto falava mais que a boca.

— Você é muito sonso Ji. — acusou seu "amigo" que tenta raciocinar a declaração que recebeu.

— Por quê? — perguntou sem entender.

— Está sendo sonso ao ignorar o que eu falei. — respondeu.

— Não sou sonso, e não ignorei, estou apenas pensando no que disse. — foi sincero. — Não seja apresado, sabe que gosto de pensar muito antes de tomar alguma decisão.

Park acabou dormindo agarrado com Jeon, pensando na resposta que devia para seu até então amigo. Ele chegou em Busan não acreditando que iria amar alguém, agora estava pensando como dizer amar Jungkook.

Sua vida é uma loucura, uma completa loucura.

[...]

— Jimin. — ouviu a voz de sua mãe na porta de seu quarto, abriu para mais velha, estava terminando de se arrumar.

— Precisa de algo mãe? — perguntou voltando para frente do espelho, estava deixando seu cabelo perfeitamente alinhado, agora ele fez o esfumado dos olhos destacando bem a lente.

Ele usava mais em apresentação, mas decidiu colocar hoje sem nenhum propósito.

— Está lindo filho! — sorriu para sua mãe pelo espelho. — Vim te trazer isso. — mostrou a blusa vermelha de lã com detalhes brancos na altura do peito, bem natalino.

— Obrigado mãe, é para usar agora? — perguntou, se virou pegando ele.

— Sim, dei um parecido para todos. — mentiu um pouco.

— Tudo bem, assim não preciso me matar para escolher algo. — falou.

— Quando terminar venha para cozinha, já são quase dez e meia. — saiu do quarto após falar.

Jimin estava com uma camiseta simples branca, com todo cuidado vestiu a blusa que sua mãe deu, combinou com a calça jeans preta que usava e tênis também preto.

Checou tudo mais uma vez, olhou seu celular e saiu do quarto após responder às mensagens, Jeon também saiu de seu quarto.

Quando ele acordou o mais novo dormia, então saiu de fininho do quarto evitando responder à declaração.

Park olhou a blusa de Jeon, depois para sua.

— Ah! — resmungou.

Estava usando blusa de casal com Jungkook, coisa bem de casal coreano.

— Você está lindo. — o mais alto o tirou do mundo da lua parando em sua frente. — Gostei dos olhos.

— Obrigado Kook. — ele estava se detestando por seu corpo reagir dessa maneira quando Jeon fala dessa forma consigo, era vergonhoso.

— Vamos Ji. — passou o braço pelo ombro do outro, caminharam juntos para a cozinha.

Sentaram lado a lado, no lugar que Ji-ae proibiu o resto da casa de se aproximar.

— Quem está faltando? — Jimin perguntou.

— As gêmeas. — seu pai respondeu.

— Chegamos. — anunciaram entrando correndo na cozinha, sentaram e a família estava completa.

— Mina faz a oração de agradecimento por mais um ano em que estamos juntos, e a família aumentando, espero que tenha netos nos próximos anos. — Jae falou.

Jimin quase se enfiou debaixo da mesa, seus pais eram ótimos em o deixar morrendo de vergonha.

— Sim, quero netos Jimin. — Mina concordou com o marido. — Vamos orar.

Jeon olhou seu amigo que juntou as mãos trazendo próximo ao rosto fechando os olhos esperando sua mãe começar, ele fez o mesmo.

Mina começou a orar enquanto fotografava o futuro casal despercebido, não poderia perder esses momentos.

— Amém. — falaram juntos.

— Vou servir as duas em seguida todos podem pegar. — colocou para as filhas que reclamavam de fome, finalmente ficaram quietas comendo.

Todos puderam se servir, muita comida na mesa.

— Eu coloco para você. — Jimin tomou o prato de Jeon. — Você não sabe o que tem nozes.

— Casados. — Tae falou entre tossida forçada.

— Aqui. — entregou o prato com comida que não mandaria Jungkook para um hospital, com o rosto inchado sem conseguir respirar.

— Já decidiu a cidade que vai ser professor Jimin? — Yoongi perguntou interessado.

A garfada de comida que o Park levava a boca parou no caminho, voltou para o prato.

— É mesmo, então filho? — Mina perguntou.

Jimin desejou matar o namorado de seu primo, enxerido, pensou.

— É melhor contar. — Jeon sussurrou para ele.

— Sim, eu decidi e está tudo certo para minha mudança. — falou, tentando esconder a tremedeira. — Eu vou para New York.

— Como assim New York? — seu pai perguntou.

— Aquela que tem a estátua da liberdade. — Tae falou.

— Eu sei ser essa, quero saber por que escolheu a cidade em outro continente? — Jae perguntou olhando Jimin, que estava sumindo lentamente na cadeira.

— Lá tem a melhor academia de dança, será uma grande oportunidade para mim. — respondeu, ele estava morrendo.

— E como aceitou uma que vai te colocar longe do Jungkook? — Mina perguntou.

— Então mãe, ele também vai para New York. — falou.

— Me ofereceram uma promoção para diretor financeiro chefe. — Jeon falou.

— No caso vocês dois vão para lá? — Mina quis confirmar.

— Sim. — responderam juntos.

— Então tudo bem, pensei que Jeon não iria. — falou aliviada.

Não era bem essa reação que esperava de sua mãe, mas estava ótima.

Continuaram a comer em harmonia conversando sobre a mudança do futuro casal, as gêmeas estavam ansiosas para irem passar as férias de verão em outro país com seu irmão.

Ji-ae com Mina tiraram todos os pratos e panelas da mesa, dando espaço para as sobremesas.

— Essa não. — Jimin falou quando o mais novo iria pegar um pedaço da torta. — Essa aqui. — apontou outra.

— Como sabe todas que tem ou não nozes? — Hoseok perguntou.

— As receitas de tudo é Jimin que passou, a nossa avó ensinou apenas ele então ele sabe o que tem em cada uma das receitas. — Tae respondeu o namorado.

Park mesmo tendo passado para sua mãe e sua tia, as receitas, não colocou o ingrediente secreto que sua avó sempre colocou, e isso ele levaria para o túmulo.

Após comerem os diversos doces foram para a sala de estar, quando bateu meia-noite no relógio começou o amigo secreto.

— Jeon pode ir. — Mina falou.

Pegou seu presente na árvore, Ji-ae e Mina ansiosas para saberem se ele pegou Jimin.

— Meu amigo secreto... — pensou em uma característica marcante. — Tem pouca paciência, e odeia que falem de uma característica de seu corpo por discordar que seja baixinho.

— É o Jimin, e ele é baixinho. — Tae falou primeiro que todos.

— Ele mesmo. — Jeon concordou.

— Vocês dois são idiotas, eu não sou baixinho. — se levantou de seu lugar e foi pegar seu presente, estava doido para saber o que era, abraçou seu Kook. — Obrigado. — sussurrou.

O mais novo entregou o presente ao dono, Park sem paciência rasgou o embrulho louco para descobrir o que tem, uma caixa roxa com PJ na tampa em branco.

— Abre logo. — Ha-nui apressou seu irmão.

Jimin abriu, ainda tinha papel cortado tampando o presente, e um cartão preto com letras douradas.

— Leia em voz alta. — Mina pediu.

— "Quando tínhamos quinze anos, pediu isso de aniversário, mas eu não consegui comprar a tempo porque esgotou e mesmo estando triste você disse estar tudo bem, como sabia o quanto queria, comprei no ano seguinte só não imaginei que ganharia um de sua avó. Mas você deixou cair semana passada ao limpar, chorou muito por ser um presente de alguém querido, então esse é o presente que não pude dar e para se lembrar de sua avó." — Jimin terminou de ler com os olhos cheios de lágrimas, assim como sua mãe e sua tia.

Entregou a tampa e o cartão para Jeon, começou tirar os papéis cortados tremendo, as lágrimas escorreram quando viu o globo de neve.

Tirou da caixa, e viu que Jeon trocou a bailarina por uma senhora na poltrona tricotando na varanda de uma casinha olhando a neve cair, como sua avó costumava ficar.

— Não acredito que fez isso Jungkook. — limpou as lágrimas, abraçou seu amigo de novo. — Te amo para todo o sempre. — beijou a bochecha do mais alto.

— Também te amo. — respondeu, soltou o mais velho.

— Beija na boca. — Tae falou.

— Shiu Tae. — Jimin guardou seu presente na caixa novamente, colocou o cartão na caixa e fechou, pediu para Jeon segurar.

— Sua vez filho. — Jae falou.

— Bom, meu amigo secreto é um amante de jogos de ação. — falou a primeira característica. — E pensava que iria ser criador de jogos, mas desistiu ao perceber que teria que usar a criatividade e ele sempre preferiu a lógica da matemática.

— É o Jungkook, ele gosta de matemática. — Ji-ae falou.

— E jogos. — Tae completou.

— Vem pegar seu presente. — Jimin o chamou, Jeon foi até o amigo o abraçando. — Abre logo.

O outro foi mais devagar para abrir, com calma ele terminou e viu a caixa de uma coleção de jogos.

— Primeira edição do jogo que você jogava, e autografado pelo criador. — Jimin falou. — Se não gostou pode falar.

— Jimin está doido para ficar com o presente. — Mina falou olhando o filho já indo pegar com as mãozinhas para pegar a caixa.

— É, eu não gostei. — Park nunca ficou tão feliz de alguém não gostar de seu presente.

— Maravilha, me dê isso. — pegou sorridente a caixa. — Vou finalmente conseguir abrir algo de colecionador lacrado.

— O que Jimin vai fazer para Jeon? Ele não gostou do presente. — Haru perguntou.

— É Kook, quer que eu te faça o quê? — perguntou.

— Vou pensar. — respondeu, os dois foram se sentar.

O mais velho feliz de ficar com dois presentes, só estava preocupado com o que faria para Jeon.

Foi passando o tempo e eles rindo enquanto passava o amigo secreto, eram uma e meia quando acabou, as gêmeas foram dormir na cama.

Jimin levou seus três presentes para seu quarto, sua mãe deu outro, uma pulseira simples de ouro. Guardou tudo na mala e já colocou outra blusa por estar com frio, voltou para sala onde Jungkook estava.

— Vem. — segurou a mão do mais velho e levou para fora da casa, os dois desceram os degraus sentaram no banco perto da varanda o céu iluminado por fogos silenciosos pela saúde dos animais.

— O que estamos fazendo aqui? — perguntou.

— Já sei o que vai fazer para mim. — Park desviou sua atenção do céu para olhar o outro.

— O quê? — ele sinceramente não queria saber.

— Um beijo. — o mais velho engasgou com a saliva, tossiu até voltar o normal.

— Por que está pedindo isso? — perguntou. — Você poderia pedir algo bem mais difícil.

— Assim não vai fugir como fez na roda-gigante. — Jungkook respondeu.

— Só você para pedir isso. — respira inspira, respira inspira, Jimin pensou tentando se acalmar. — Tudo bem, eu aceito isso.

— Eu imaginei que aceitaria. — falou se aproximando da boca tão linda que Park tem.

— Beija, beija, beija. — Mina e Ji-ae falavam juntas na cozinha observando a cena pela porta de vidro. — Beijou!

— Estou até emocionada. — Ji-ae limpou a lágrima real.

O beijo entre Jeon e Park é calmo, os dois sentindo como é beijar seu melhor amigo de anos, suas línguas ainda se tocavam com cautela experimentando o primeiro contato de muitos.

Parecia uma dança muito ensaiada, perfeita a sintonia das duas bocas juntas, tão linda como uma das melhores danças de todos os tempos.

Jungkook segurando o rosto de Jimin com as duas mãos, fazendo carinho na bochecha do mais velho, ele não se arrependeu de pedir isso, Park tem o melhor o beijo.

O outro pensava o mesmo, Jeon é o melhor no quesito beijo, de todos que já beijou seu melhor amigo está em primeiro lugar. Se sentia amado e desejado naquele contato.

Se separaram com curtos selinhos, Jimin sorriu abrindo os olhos encontrando as duas galáxias de Jungkook brilhando e era ele a causa do brilho.

— Você é perfeito. — as bochechas fofas de Jimin ficaram vermelhas com o elogio, o mais novo soltou seu rosto.

— Você também é. — falou. — Eu não fugi do seu beijo no parque.

— Beijou minha bochecha antes que eu pudesse sentir sua boca. — Jeon falou. — Fugiu.

— Eu não fugi, estava te protegendo de ir ao hospital, a bala que peguei das gêmeas era de nozes com mel. — explicou. — Se fosse outro sabor eu teria deixado você me beijar.

— Como sempre me protegendo das nozes fatais. — Jimin faz isso desde que descobriram que o outro, era alérgico, sempre olha tudo para saber se não vai fazer mal ao seu amigo. — Posso continuar te beijando?

— Pode, vou parar de comer coisas com nozes. — sorriu ao responder. — Lembra o que me falou no quarto?

— A declaração que fiz? Lembro. — o mais novo respondeu.

— Você gosta realmente de mim? — perguntou.

— Eu te amo Ji, sou apaixonado por você desde nossa adolescência que descobri o que era paixão. — confessou. — E você, sente o mesmo?

— Sim, sinto o mesmo por você, sou apenas devagar para perceber meus sentimentos. — um peso de sua costa se foi. — Eu te amo Kook, mas sabe que pode não dar certo né?

— Precisa parar de pensar no amanhã, vamos viver o hoje. — Jeon falou. — Bem que Tae me contou que você estava pensando mais no negativo que positivo.

— Aquele linguarudo, não conto mais nada para ele. — o menor falou irritado.

— Não fique bravo com seu primo, eu precisava saber o que sentia por mim, para isso aqui. — tirou do bolso a caixinha, abriu.

— Como você compra duas alianças sem saber o que eu iria falar? — Jimin perguntou.

— Eu guardei um globo de neve por doze anos, não me importo em esperar até ter a resposta que quero. — falou.

— Destino me pegou de surpresa, eu falando que não iria namorar nunca mais, meu melhor amigo está me pedindo em namoro. — não estava acreditando nisso, esse é o Natal mais louco que teve e o melhor.

— Eu disse que o Jeon o iria pedir o Jimin em namoro. — Ji-ae falou convencida para a irmã. — Ele aceitou Mina.

— Meu bebê cresceu. — Mina assistiu seu genro colocar a aliança na mão de seu filho.

— Não acredito que estou namorando. — olhava a aliança, seus olhinhos brilhando. — Meu melhor namorado. — olhou Jeon.

— E o último, nem pense em me largar para namorar outro. — Jungkook falou brincando.

— Como se eu conseguisse isso, minha vida amorosa nunca deu certo se você não lembra, quer que eu comece meu discurso de novo? — encarou seu namorado.

— Não, ouvi ele mil vezes desde que apanhou quase da mulher do homem casado que saiu. — o mais novo abraçou o outro de lado.

— Aquele dia eu vi a morte. — a mulher o ameaçou com uma faca. — Se sinta sortudo, eu estava determinado não namorar nunca mais.

— E olha só onde está, namorando seu melhor amigo. — provocou, ganhou uma cotovelada na barriga pelo deboche. — Começamos com violência, irei sofrer nesse relacionamento, abusivo.

— Pode ter certeza que vai, se me irritar apanha, se pensar em me estressar apanha, se pensar em provocar advinha? Apanha também. — Jimin falou entrando na brincadeira. — Até parece que consigo bater em você.

— Não mesmo, sou um anjinho. — o menor riu. — Está rindo do quê?

— Anjinho? Só se for caído, está me provocando desde ontem. — falou.

— Não provoco ninguém, você que levou para o lado da provocação. — Jeon se defendeu da acusação.

— Agora eu sou o ocupado, não fiquei sussurrando no ouvido de ninguém nem beijei a nuca de ninguém. — acusou o mais novo de novo. — Você é muito sem vergonha.

— Tenho que concordar. — concordou com o Park. — Vamos entrar, aqui está ficando frio para você.

Voltaram para dentro de mãos dadas, as duas irmãs se esconderam atrás do balcão, após eles irem para o corredor saíram.

— Por que vai entrar aí? — Jeon perguntou quando Jimin soltou sua mão para entrar no quarto.

— Quero trocar de roupa e tirar a maquiagem. — muito resistente a água, ele chorou e nada aconteceu está intacta. — Pode ir deitar, vou ser rápido.

— Tá! — foi contra sua vontade.

Park entrou em seu quarto, primeiro tirou a lente depois usou o produto específico e tirou toda maquiagem, lavou o rosto no banheiro com sabonete próprio para sua pele.

Escovou o dente, e saiu para trocar de roupa, sua casa estava bem quente pelo aquecedor estar ligado para ninguém passar frio durante a noite.

Vestiu shortinho cinza e blusa de manga longa branca, calçou a pantufa e saiu do quarto direto para o de Jeon. Entrou após bater, o outro já estava deitado esperando o menor.

— Você demorou. — falou, Jimin tirou a pantufa e deitou se cobrindo.

— Sim, tirar a maquiagem não foi tão fácil como eu esperava. — abraçou o corpo já quente de Jungkook, aí percebeu que algo faltava no corpo do outro. — Cadê sua blusa?

— Na mala. — respondeu. — Sabe que não costumo dormir de blusa, os dois últimos dias estava mais frios, hoje como a casa está pegando fogo eu ficarei sem ela. — explicou.

Começou a subir e descer com a mão pelo tronco de seu namorado, apenas tentando dormir usando isso como algo relaxante.

— Pare com essa mãozinha. — Jeon segurou a mão do menor.

— Por quê? — levantou a cabeça encantando o mais novo. — Isso te deixou excitado né? Pervertido. — falou rindo.

Voltou a deitar, mas o sono não estava aparecendo ao ficar com tédio começou a caminhar com dois dedos no tronco do outro, bem devagar andou por cima do mamilo de Jungkook.

— Merda. — praguejou. — Isso é uma vingança?

— Com certeza, sabe que não deixo sair impunes. — subiu no colo de Jeon, o outro se assustou.

— O que está fazendo? — perguntou desesperado.

— Nada, vou apenas beijar meu namorado. — beijou Jeon, ele gostou muito do beijo do mais novo, já estava viciado.

Começou calmo assim como o primeiro,  dessa vez Jimin com as mãos no pescoço do outro, e Jeon segurando a cintura enquanto apertava levemente.

— O que será que eles estão fazendo? — Ji-ae perguntou para Mina sussurrando, as duas com a orelha na porta.

— O que você acha? — Mina falou o óbvio. — Não sei se quero ouvir meu filho fazendo isso, vamos sair.

— Ele não é meu filho, posso ficar. — Ji-ae queria ouvir.

— Para de ser safada e vem logo. — Mina tirou sua irmã dali.

O beijo deixou de ser calmo quando Park sentiu um aperto em sua bunda, gemeu na boca de Jeon e o outro sorriu ao ouvir isso, como seu namorado era sensível aos  seus toques.

O mais velho rebolou no lugar que estava atiçando o mais novo, e encerrou o beijo com selinhos demorados.

— Boa noite Kook. — voltou para o seu lugar na cama.

— Como assim boa noite? Faz isso e me deixa aqui no vácuo? — Jeon olhou para seu namorado terrível.

— Exato, boa sorte e feliz Natal! — virou para o lado que costuma dormir, sorriu pelo que fez.

Ele nunca deixa sair impunes, ele iria se vingar pelas provocações que o outro fez, agora estavam quites.

Os dois namorados finalmente dormiram juntinhos, amando estarem juntos não só como amigos.

O melhor Natal de todos...........................

















































Feliz Natal anjos.

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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