☃︎ Capítulo 1 ☃︎
Autora on
— Jimin, pode ir com Jeon comprar essas coisas. — Mina pediu para o filho.
— Claro, como se eu tivesse outra opção. — respondeu.
Pegou a lista com a mãe e foi chamar Jeon, bateu na porta do mais novo ouviu a voz permitindo que ele entrasse, o mesmo estava na cama com o notebook no colo.
— Está trabalhando? — perguntou fechando a porta atrás de si.
— Não, só olhando algumas fotos que meu irmão mandou da família. — respondeu, Jimin sentou ao lado dele para ver.
— Que bonitinha a Mel está, mas qual o motivo dessa fantasia de vaquinha? — perguntou ainda olhando as fotos.
— Não sei, ele disse que foi a Helena que escolheu. — o Jeon mais velho se casou com uma brasileira, conheceu em um carnaval e a trouxe para a Coréia para casar.
— Tá! Pelo menos não foi como ano passado, ainda não entendi a fantasia de biscoito mordido. — Jimin falou. — Vem comigo no mercado, minha mãe pediu.
— Só vou colocar tênis e nós vamos. — Park ficou olhando as fotos enquanto o mais novo se arrumava, viu muitas fotos dos dois e apenas dele sozinho em várias ocasiões que ele não percebeu que foi fotografado.
Uma viagem para Tokyo que fizeram, Jimin iria se apresentar e Jeon foi junto para acompanhar, não notou o mais novo tirando muitas fotos dele.
Só teve uma apresentação que Jeon não conseguiu ir, e foi motivo para o Park ficar bicudo um mês, com muito custo ele voltou ao normal, desde então Jeon não perde uma.
— Vamos? — Jeon perguntou, Jimin desligou o notebook e os dois saíram.
Estavam na porta quando as gêmeas pularam na frente deles pedindo para ir junto, Mina e Ji-ae ouviram.
— Nenhuma das duas vai, podem voltar aqui sem vergonhas. — Mina buscou as filhas levando para cozinha.
Park não entendeu porque as irmãs não poderiam acompanhar ele, mas resolveu esquecer.
O que realmente estava em sua cabeça era sobre a quantidade de fotos que Jeon tem dele, tudo bem que eles são melhores amigos, mas nem ele tinha aquilo tudo de Jeon.
Dos dois juntos eram muitas, de Jeon sozinho bem poucas.
Ele queria evitar o inevitável, se apaixonar por Jungkook, no fundo, ele sabe ser impossível.
Estava tão submerso em seus pensamentos que não notou Jeon observando, ele sabia que algo aconteceu para o mais velho ficar olhando a janela do carro ignorando sua existência.
Diferente de Jeon, Jimin não sabia o que sentia pelo mais novo, era óbvio que tinha algo mais que amor de amizade, mas o que era?
Sinceramente ele não queria descobrir, se aquilo pudesse dar um fim na amizade dele com Jungkook ele não iria tentar saber o que era.
— Chegamos pensativo. — Jeon falou trazendo Jimin de volta para a Terra.
Os dois saíram e entraram no mercado, Jungkook pegou um carrinho e acompanhou Jimin pegar o que estava na lista que sua mãe passou.
Park estava abaixado olhando uma das prateleiras tentando escolher qual gota de chocolate era melhor para os Cookies que iria fazer, Jeon só olhando o menor escolher.
— Oi! — ouviu uma voz feminina falar com Jeon, só olhou de relance e voltou a prestar atenção nas gotas.
— Oi! — Jeon respondeu.
— Desculpa a pergunta, mas você é gay ou bi? — a moça perguntou.
Jimin pegou o maior pacote, se levantou e colocou no carrinho, ficou parado esperando os dois terminarem.
— Gay. — respondeu e não entendeu o que estava acontecendo.
— Aquele meu amigo queria seu número. — Jungkook e Jimin olharam para direção que ela apontou, bonito pensaram.
Jeon recusou passar seu número, a moça olhou para Jimin.
— Ah! Você namora. — concluiu.
— Não moça, sou melhor amigo dele, nós não namoramos. — Jimin falou.
— Tudo bem, tchau! — se afastou dos dois amigos.
Park já estava acostumado em serem parados nesses lugares porque alguém queria o número de Jeon, e ele nunca passou.
— Por que você nunca passa seu número? — perguntou, pegou mais ingredientes para o Cook.
— Não quero namorar. — com eles, se fosse Jimin ele aceita na hora.
— Vai ficar titio dos gatos como eu? — confirmou. — Deveria namorar Jungkook.
— Por quê? Está cansado de mim e vai me despachar para outro? — fez drama, Park riu.
— Não estou cansado de você, para sempre serei seu melhor amigo, fica tranquilo. — respondeu. — Mas quero que seja feliz no amor, antes que meu azar passe para você, você é bonito, inteligente, é carinhoso, conquista qualquer um com seu sorriso, uma boa companhia para assistir filmes num dia frio e chuvoso, resumindo o namorado perfeito.
Jeon estava um pouco em choque pelas palavras do outro, Jimin nunca o descreveu dessa forma.
— Sério Jungkook, deixe o amor sorrir para você. — Park puxou o carrinho para o caixa.
Seu estômago embrulhou após falar tudo aquilo, um nó na garganta, mas era o melhor a se fazer.
— Obrigada, e boas festas. — a moça do caixa falou.
Jimin e Jeon se curvaram, pegaram as sacolas e saíram. Após colocar tudo no banco de trás foram para casa, cada um em seu mundinho.
— Maninho nós vamos fazer Cook? — as gêmeas pararam Jimin na porta.
— Sim, mas só amanhã. — falou, ajudou Jeon levar tudo para cozinha.
Após isso Jeon saiu para atender o celular, seu pai querendo saber como estavam as coisas.
— Por que Jeon está aéreo? — Mina perguntou para Jimin que a ajudava guardar as coisas.
— Um cara pediu o número dele, no mercado. — respondeu.
— Ele não passou né? — perguntou desesperada, o plano para juntar os dois iria por água abaixo.
— Não, disse que não quer namorar. — Mina respirou aliviada. — Onde estão os outros?
— Tae foi para um parque de diversões com os namorados, sua tia com seu tio estão dormindo, e seu pai está arrumando o aquecedor do último quarto. — respondeu. — As gêmeas estão em algum lugar da casa aprontando algo.
Jeon entrou na cozinha, Mina falou que senhor Park o chamou para ajudar e ele foi, mas fazia parte do plano.
Enquanto isso Jimin foi para o quarto, se enfiou embaixo das cobertas colocou um filme qualquer de comédia, seu gênero preferido.
— Senhor Park? — bateu á porta, entrou em seguida o homem mais velho estava mexendo nos fios.
— Apenas Jae-in, Jungkook. — falou. — Te conheci ainda estava na barriga da sua mãe, sem formalidades.
— Tudo bem, precisa de ajuda em quê? — perguntou.
— Que me passe essas ferramentas, assim eu não paro só para fazer isso. — falou, pediu a primeira. — Estava no mercado com Jimin?
— Sim, ele pediu. — respondeu.
— Sempre pensei que vocês dois iriam ficar juntos. — soltou, Jeon deu uma leve tossida. — Vocês nunca pareceram apenas amigos.
— Ele é meu melhor amigo. — contestou.
— Mina é minha melhor amiga, se no seu relacionamento não for amigo de seu companheiro ele não vai para frente. — ele está certo.
Muitos falam que para ter um relacionamento é preciso seguir três coisas simples: confiança, amizade, e lealdade.
Jimin e Jungkook tem os três um com o outro, mas não namoram.
— Pode falar a verdade para mim, eu vejo como olha para meu filho, você o ama certo? — aquela pergunta o pegou de surpresa.
— Sim. — respondeu sincero. — Mas ele não sente o mesmo, Jimin desistiu do amor e hoje no mercado disse que eu deveria namorar.
— Você deve mesmo, mas o Jimin. — Jeon não entendeu. — Conhecendo meu filho e ele saiu do ventre da mulher mais orgulhosa que existe, ele não vai admitir tão fácil o que sente, está no sangue.
Isso é verdade, Jungkook sabe como o amigo é orgulhoso, fazer ele admitir algo é missão impossível.
— Com jeitinho você faz ele ver o que sente, ele pode não falar em voz alta por agora, mas você sabe que ele pode se expressar de outra forma. — falou. — Me passe esse alicate de cabo amarelo.
Jeon passou, ficou pensativo com o que Jae-in falou, ele sabia que Jimin era bem fácil de "dizer" o que sente sem abrir a boca.
Mas agora ele não sabia se investia para descobrir o que Jimin sente por ele, ou deixava as coisas como estão e se mudava de vez para New York aceitando a proposta.
Viver longe do Park nunca passou pela sua cabeça, eles sempre ficaram bem perto um do outro.
Quando Jeon foi aceito na faculdade de Seul para cursar finanças, Jimin chorou em seu colo por medo de perder o amigo dizia "você vai encontrar outro amigo e me abandonar aqui", mas três dias depois chegou a carta dizendo que Jimin foi aceito para estudar dança na mesma faculdade.
O destino sempre colocava eles juntos, sempre a favor do óbvio.
Eles não moravam juntos, mas eram vizinhos.
— VAMOS JANTAR. — Mina gritou da cozinha.
Os dois saíram do quarto caminhando para cozinha, Jimin já estava lá comendo com as gêmeas riam de algo besta.
A relação de Jimin com as irmãs era excelente, ele cresceu sem nenhum irmão, só quando já estava na faculdade que sua mãe ligou para dar a notícia da gravidez.
Então ele ficou feliz por finalmente ter irmãs, apesar de não acompanhar tão bem o crescimento delas fazia de tudo para ser um irmão presente na vida delas.
— Não come isso. — Jimin bateu na mão de Jeon quando ele foi pegar um dos molhos. — Tem nozes.
— É mesmo, sua alergia. — Mina falou, pegou outro no armário. — Esse você pode comer, comprei especialmente para você.
— Obrigado Mina. — agradeceu. — Cadê os outros?
— Vadiando por aí. — a tia respondeu. — Tae não para quieto quando está com os namorados, amanhã graças a Deus os dois vão trabalhar e ele vai lembrar que tem família.
— Você é muito dramática. — Mina falou com a irmã.
— No que eles trabalham? — Jeon perguntou.
— Escritório de advocacia. — Ji-ae respondeu. — E como vai o seu cargo de diretor financeiro?
— Vai bem. — respondeu, Jimin notou que algo estava estranho na resposta.
O que Jeon está escondendo? Se perguntou.
O resto do jantar foi tranquilo, com as gêmeas falando sem parar como queriam que chegasse logo o próximo dia para fazerem Cook e biscoitos de Natal com Jimin.
Jeon após olhar o rosto de Jimin pegou um guardanapo de papel, segurou o queixo do menor limpando o canto da boca onde tinha um pouco de molho picante.
Silêncio total na mesa, observando a cena.
— Meu rabo que não namoram. — Ji-ae resmungou.
— Não fala assim querida. — o marido falou com a esposa.
Park voltou a prestar atenção nas gêmeas, sua mãe colocou a sobremesa sobre a mesa, torta de morango.
— Pode comer Jeon, eu olhei todos os ingredientes e nenhum tem nozes. — Mina falou.
— Mimado. — Jimin resmungou.
Tae entrou sem os namorados, que foram para as suas próprias casas.
— Tia, a senhora prometeu que iria me esperar para comer a torta. — reclamou se sentado.
— Se você não enrolasse tanto chupando... — o marido tampou a boca da esposa.
— Ji-ae, tem crianças aqui. — lembrou a mulher.
— Vocês são muito maliciosos, eu iria falar chupando pirulito. — Jimin riu de sua tia doida. — Não enrole tanto da próxima vez, senhor Kim Taehyung.
— Tá bom mãe. — resmungou.
— Por que o Taetae não pode enrolar chupando pirulito? — uma das gêmeas perguntou.
— Porque não, deixem de ser curiosas. — Mina respondeu. — Quer saber, as duas podem ir comer no quarto.
— Eba! — saíram correndo com seus potinhos cheios de torta para o quarto.
— Mas você Jimin, você pode enrolar chupando pirulito. — Ji-ae falou. — Se for o do Jeon melhor ainda.
— Puta que pariu. — engasgou na hora, tossindo sem parar, Jeon na mesma situação.
— Quase mata os dois, está terrível. — Mina colocou dois copos de água na frente dos dois, beberam tudo de uma vez.
— A senhora bebeu né mãe? — Tae perguntou. — Só fica assim quando bebe.
— Não bebi nada, seu pai escondeu minha garrafa de vinho. — falou brava.
Jimin e Jeon estavam vermelhos, terminaram a torta em silêncio. Deram boa noite para todos e foram para os seus quartos.
— Eu deveria ser atriz de dorama sinceramente. — Ji-ae se achou.
— Nós todos. — Mina corrigiu. — Primeiro dia concluído com sucesso.
— Amanhã tem mais coisas.....................
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!
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