Arquivo 33


Todos os dias o mesmo sonho se repetia.

E lá a mesma garota permanecia.

Encantadora, bela, e cantava em frente a um campo de girassóis.

Girava com seu vestido branco.

Um brilho prateado envolvia seu pescoço imaculado.

Ela sempre lhe sussurrava algo inaudível.

Mas ele sabia o que era...


- Eu também te amo. - respondeu Z ao acordar.

Não havia sido a primeira vez que Z havia tido esse sonho, todas os dias de manhã ele se sentia amargurado por não lembrar quem era aquela pessoa, F estava fazendo de tudo para proteger quem amava, enquanto Z nem sabia onde aquela bela dama poderia estar agora, e se ela tivesse sido uma das pessoas que morreram carbonizadas na praça? E se... Não! Z não conseguia imaginar que algo assim poderia ter acontecido a ela. Havia coisas sobre ele que infelizmente ninguém poderia saber, que ele não poderia compartilhar com ninguém, isso o fazia um lobo solitário na visão do grupo.

Muitas vezes se excluía de todos quando eles conversavam sobre um assunto qualquer, ele sabia que naquele momento sua maior prioridade era salvar e proteger F de tudo o que viesse a acontecer ao redor, e por esse motivo nobre quase havia morrido diversas vezes. Quando Z estava dentro daquele ônibus e pediu para que F e R fugissem, ele não tinha um plano nenhum, iria morrer ali para salvá-los, mas então se lembrou dos coquetéis molotovs que eles haviam guardado nas mochilas. E quando estava prestes a sair do ônibus havia lançado fogo neles e saltado em seguida do automóvel. Mas ele sabia muito bem que, que só estavam vivos até agora por um milagre, e era isso que o preocupava... Milagres não acontecem sempre. Como eles tinham conseguido dar a péssima sorte de pegar um ônibus onde todos estavam contra eles? Pareciam que já os esperavam... ou então.... Será que todos os ônibus estavam sendo vigiados? Os meios de transporte não eram mais seguros agora. Z havia acabado de levantar da cama, saindo do quarto de hóspedes, passou uma mão pelo cabelo dourado, e olhando ao redor não conseguiu localizar ninguém. Passou por um corredor, com paredes ornamentadas de quadros com fotos de família, e chegando na sala se deparou com câmeras instaladas na extremidades da paredes. Um medo crescente o aterrorizou... Onde estava F? Onde estavam todos?

Z correu até sua mochila que ainda estava em cima de uma poltrona na sala, não havia mais nenhuma garrafa, eles haviam jogado todas no túnel. Mas ali ainda havia seu revólver, ele pensou... Se saísse com arma em mãos as câmeras veriam...

Ele disfarçou um semblante tranquilo e saiu até o jardim, onde acabou encontrando todos sentados no pequeno lance de escadas que dava acesso a entrada da casa, por um momento pôde se sentir aliviado.

- O que houve lá dentro, tinha...

- câmeras! - completou H carrancudo. - A iniciativa de proteção do governo já chegou nessa parte da cidade, hoje de manhã foram instaladas as câmeras na casa. E já estão construindo uma base militar uns 10 minutos daqui. - Não quero envolver minha irmã nessa história toda de vocês. Está ficando muito perigoso.

- H não! Eu prometi para eles que estaria com eles, se não fosse a ajuda do Z estaríamos mortos agora.

A menina constestou seu irmão, seus olhos começaram a lacrimejar, mas Z entendia onde o garoto queria chegar, até Z se sentia inseguro sobre sua segurança, as chances de uma garota de apenas dezessete anos sobreviver em um caos como esse eram muito escassas.

- Mas a questão agora não é essa! - disse R séria, aquilo havia surpreendido Z de uma certa forma, mas ele não demonstrou nenhuma expressão. - A questão é que hoje no jornal passou o caso das mortes na praça, e queríamos discutir isso quando você acordasse Z.

- O que saiu no jornal? - perguntou Z, mas R se calou. F que estava ao lado de M deu um passo a frente o respondendo.

- Que a causa das carbonizações havia sido descoberta por alguns cientistas... Um vírus raro e altamente inflamável, parece que quando uma grande quantidade deles entra em contato com o sangue de um determinado indivíduo ele pega fogo... E destrói a pessoa de dentro para fora.

- E como nós sobrevivemos se estávamos no mesmo local que eles? Por que só alguns foram atingidos? - O cérebro de Z começava a trabalhar a mil por hora, tentando achar alguma justificativa que se encaixava com aquela informação, então algo lhe veio à mente. - Aqueles aparelhos em cima dos prédios...

- Como? - perguntou E assustada.

Mas parecia que F e R haviam compreendido o que Z dizia.

- Então era isso? Aquelas máquinas no topo dos prédios lá na praça conseguiam alterar algo no corpo das pessoas que eram atingidas pelo laser vermelho. Mas nunca ouvi falar de uma tecnologia capaz de criar vírus... - disse F apreensivo.

- talvez não seja exatamente um vírus, mas uma espécie de arma nuclear silenciosa. Por algum motivo nossa cidade está sendo atacada e ninguém percebe... - dizia Z para si mesmo. - ... ou então...

Todos encaravam Z em busca de uma resposta, uma saída, esperando ele dizer o que estava pensando naquele momento. Z não gostava dessa expectativa em cima dele, dessa pressão, mas sabia que naquele momento só ele poderia ajudá-los.

- Ou então as pessoas perceberam, mas logo se esqueceram... - Uma tensão se estabilizou sobre eles. - E como sequelas de uma perda de memória forçada as pessoas acabam esquecendo também de outras memórias pessoais importantes para elas.

- Isso é loucura! Não tem como alguém tirar a memória de outra pessoa ou alterar o estada físico ou mental de qualquer outra. - Disse M confuso, falando pela primeira vez durante aquela conversa. - Até hoje não existe nenhuma arma militar capaz de fazer isso...

- Isso foi só uma dedução minha, mas também não iria fazer sentido os militares revelarem para a população as armas de destruição em massa que eles têm. Isso só causaria pânico e terror na população, haveria saques, protestos, suicídios. A raça humana é muito fraca. - Z continuava a falar, todos ali permaneciam quietos com um misto de susto, choque e pavor. Todos olhavam ou para o chão ou para o horizonte. Somente M continuava a encarar Z. Mas algo ali cortou o clima de silêncio estabelecido entre eles.

- É capaz de já ter acontecido algo grande nesse tempo e nem lembrarmos do que... - Ali atrás a cerca branca um rapaz havia chegado silenciosamente, e agora permanecia parado diante deles do lado de fora de casa. Apenas uma cerca separava aquele homem deles...





































😱😱😱😱😱 jesuix! Será que eles finalmente estão vendo uma luz no fim do túnel ou será que agora foi tudo por água abaixo??? Complicado! ENFIM, estpu amando ver novas pessoinhas começando a ler e desde já agradeço a todos vocês, e continuarei esforçando para dar meu melhor a vocês, o melhor de 5 Days! Indiquem esse livo linduuu para seus amigos que curtem suspense, com uma pitada de ação e romance. E semana que vem tem mais capítuloooooos!!! Obrigado galera!

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