Arquivo 24
Apesar de tudo havia sido uma morte silenciosa e inesperada.
Z havia tirado o facão escondido atrás de suas costas e o desferido contra a garganta do rapaz, que despencou sufocando em seu próprio sangue. F se sentiu aliviado e ao mesmo tempo admirado com a sagacidade do amigo. Em seguida Z se abaixou retirando o revólver do cadáver e tudo que havia em seus bolsos, e após abandonar o corpo já imóvel o rapaz correu, adentrando a floresta e juntando aos demais. F o abraçou forte e começou a chorar.
- Não nos mate de susto!
Z sorriu e então todos permaneceram adentrando a floresta e caminhando, até estarem distantes o suficiente da praça. Após uma longa caminhada todos se sentaram atrás de uma árvore sobre a folhagem úmida. R que até então permanecia indiferente a tudo ao parar voltou a chorar fechando as mãos em concha tapando seu rosto. E por outro lado estava estonteante e surpreendentemente feliz os agradecendo de terem salvado sua vida, dizendo que os ajudaria em tudo que fosse preciso visto que tinha uma enorme dívida para com eles. Seu irmão H apesar de parecer aliviado por estar a salvo, ainda demonstrava uma expressão de preocupação, principalmente ao ouvir o que sua irmã cabeça de vento dizia.
- Certamente não te deixarei com esses dois caras que mau conheço!
A garota lançou um olhar ferino para o irmão que engoliu em seco e corrigiu.
- Quero dizer... Não te deixarei sozinha com esses dois!
A atitude determinada de E de certa forma comovia Z, e apesar de naquele momento qualquer tipo ajuda de ajuda se fazer necessária ele se sentia culpado nos perigos que acabaria os envolvendo se aceitasse aquilo, mas por hora ele ficou em silêncio, era muito para processar em tão pouco tempo. Logo em seguida o rapaz colocou sobre a terra úmida o revólver que havia retirado do cadáver.
- A partir de agora todos nós devemos andar com algum tipo de arma para podermos nos defender, porque se não fosse o facão da R eu estaria morto agora. - Todos, até R que agora continha as lagrimas, concordaram com o rapaz que agora começava a remexer em alguns itens e colocá-los dispostos ao lado do revólver. - Aqui estão algumas coisas que retirei do bolso daquele homem! Uma chave de carro, um canivete e uma arma de choque.
Eles teriam de dividir entre si as poucas armas que tinham para poderem se proteger, nem que fosse uma chance em cem eles teriam alguma forma de sobreviver e agarrariam por menor que a chance fosse. Z devolveu o facão de R, ficou com o revolver, deu a arma de choque para E e o canivete para F. Já estava amanhecendo depois de um tempo, F e Z continuaram acordados enquanto os demais cochilavam um pouco ali na floresta.
- O que aconteceu lá? - Perguntava Z quase que para si mesmo. - O que está acontecendo?
Apesar de ver e sentir com todo seu coração de que Z estava ao seu lado e também se sentia completamente perdido no que acontecia ao seu redor F ainda tinha uma série de dúvidas e questionamentos sobre o rapaz... E esse era o melhor momento para tirar aquele sentimento incômodo que estava sentindo.
- Por que estava com V naquele dia? Esteve me levando até ela... Você andou até o depósito, estava do lado dela.
- Sei que lhe devo muitas explicações F, mas sabe quando você vê que algo errado está acontecendo no mundo e ninguém além de você percebe? Bem, me sentia assim até a V aparecer me dizendo que eu não estava louco. E por alguma razão sinto que fui usado para atraí-lo até lá. Ela disse que era muito importante que estivesse com a gente. Eu... Sei que é algo difícil de acreditar mas no momento peço que acredite em mim. - Disse o rapaz ao segurar a mão de F.
- No dia que meu quarto explodiu... Como você soube que eu precisava de ajuda? Você nem me conhecia.
- Prefiro manter minhas razões em segredo. Me desculpe...
- Tudo bem, por enquanto era só o que eu precisava. Confio em você!
- Quando salvaremos M? Mesmo se eles não forem com você eu irei.
No rosto de Z se desenhou um leve sorriso amigável ao proferir aquelas palavras e F se sentiu quente por dentro. Ao lado os dois se viraram em alerta ao ouvir o som de folhagem e galhos sendo quebrados.
- Eu também irei! Para onde quer que forem - Disse E que tinha acabado de se levantar com folhas e galhos no cabelo.
Um sentimento melancólico arrebatou F que por algum motivo se lembrou de sua amiga I. Será que era certo envolver mais uma pessoa naquela tremenda bagunça?
- Você é muito nova, é bom que não se envolva com essas coisas - Disse F.
- Já estou envolvida! Vou cumprir minha promessa... Vou fazer de tudo para ser necessária para ajudar vocês .
Sem conseguir se conter Z soltou um riso contagiante que fez com que F
também o acompanhasse. Apesar de tudo que havia acontecido nós últimos tempos puderam aliviar a tensão e rir. Era de um momento de paz que eles estavam precisando. Logo o som de caminhões foi escutado ao longe, eles estavam se retirando da praça e pegando a estrada. Eles estavam livres, estavam bem, e não só isso, como também conseguiram salvar aquela garota e seu irmão. F se sentiu muito leve de saber que poderia confiar nessas pessoas que o cercavam. Que iriam o ajudar a salvar M, e que apesar de tudo ao redor que acontecia, ele tinha uma chance de lutar contra tudo isso.
Será que estamos vendo uma esperança ae? Galera tô deixando os capítulos menores para vocês irem acompanhando com maior facilidade e poderem ler rapidinho e irem pulando pros próximos da mesma forma. Mas se preferirem os capítulos maiores como os iniciais podem dizer. Então lá vai enquete:
Capítulos:
Grandes ( )
Menores ( )
Vocês que sabem leitores linduuuux!!Obrigado por estarem aqui comigo! Quarta tem mais ❤️
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