✿Dia 3✿

Imagem ilustrativa mostrando o tamanho do cabelo de Kataryne

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Como sempre fui acordada as 8 da manhã para tomar os meus remédios e me alimentar, só que dessa vez eu quis continuar dormindo. Não acordei muito bem, estava me sentindo mais fraca do que o normal. Fui acordada novamente as 10 horas da manhã, era horário de visita e minha mãe tinha vindo me ver, ela ficou comigo até o horário terminar. Antes de ir ela falou para me alimentar bem e continuar firme, fiz que sim com a cabeça e vi ela indo embora.

Ao meio dia a minha enfermeira veio trazendo com sigo algo para eu comer, era horário de almoço. Depois de comer ela viu que eu estava bem pálida e fraca e então ela resolveu chamar o médico, ele veio e disse que seria bom eu tomar um pouco de soro e continuar descançando. "Nada de dar voltas pelo hospital hoje, mocinha" disse ele.

Acordei novamente e vi que era 2 horas da tarde, era o segundo horário de visitas, eu fiquei olhando para a porta imaginando o Thomas entrando e dizendo "Olá Kataryne, vim te visitar", depois eu me arrependi de ter pensado isso e comecei a rezar para ele não aparecer e tirar essa idéia de querer fazer amizade com uma pessoa que está morrendo. Talvez eu esteja sendo precipitada demais por estar pensando isso, mas eu não quero que outra pessoa seja afetada por mim quando eu morrer. 

- Olá Kataryne! Vim te visitar - disse Thomas aparecendo de repente na minha frente e fazendo meu coração acelerar. 

- Como... como você apareceu aqui? 

- Eu passei pela porta, você não viu? - disse ele apontando para a porta.

- Não vi, desculpa. Estava presa em meus pensamentos.

- Hum... eu já estou aqui á um tempinho, eu estava no terraço esperando você aparecer para te fazer uma surpresa mas você não apareceu, então procurei na recepção qual era o seu quarto e aqui estou - explicou Thomas. - Você... Você está bem?

- Estou um pouco melhor - falei após suspirar. - Hoje não acordei muito bem mas agora já estou um pouco melhor.

- Entendo... desculpe a pergunta idiota mas o seu cabelo está desse tamanho mesmo ou é peruca?

Sorri e disse - É o meu cabelo mesmo, por incrível que parece ele cresceu bem rápido, já está pegando no meu ombro. Minha mãe não mentiu quando disse que ele ia crescer de novo.

- Hum... aposto que você era linda mesmo sem ter o seu cabelo.

- Não era nada - discordei.

- Era sim - disse minha mãe entrando no quarto.

- M-Mãe? - falei, surpresa.

- B-Bem, é... prazer em conhece-la, sou amigo da sua filha. Apesar que nos conhecemos ontem, mas pode-se dizer que sou um amigo - disse Thomas um pouco envergonhado.

- Prazer em conhece-lo, você é um belo rapaz. Posso saber o nome do amigo da minha filha?

- Thomas, Thomas Clark - disse ele estendendo sua mão. - E o seu se me permite perguntar?

- O meu é Sonia Müller - disse minha mãe pegando na mão do Thomas.

- É um belo nome, senhora Müller.

- Obrigada, você é um rapaz muito gentil.

Nós ficamos conversando durante um bom tempo, minha mãe fez muitas perguntas para o Thomas tipo, quanto ele media (1,75), que idade ele tinha (21) e por ai vai. faltando 30 minutos para acabar o horário de visitas a minha mãe resolveu ir embora, ela se despede de mim com um beijo na testa e um aceno para o Thomas. Ficamos conversando sem parar durante esses 30 minutos, não sei da onde tiramos tantos assuntos, era como se ele fosse muito compatível comigo.

- Bem, acabou o horário de visitas, vou ter que ir embora - disse Thomas se levantando da poltrona. - Eu... posso continuar te visitando?

- Bem... pode mas eu não acho que seria uma boa idéia.

- Por quê?

- Tipo, eu gostei de verdade de você ter vindo e conversado comigo, mas eu não quero... não quero machucar você caso você se acostume comigo - falo com o coração apertado.

- Ainda não consigo entender o por que, mocinha.

- Eu... eu estou morrendo Thomas, você quer mesmo ser meu amigo? Você é uma pessoa muito legal, não quero ver você triste quando... quando chegar a minha hora - falo olhando para a janela.

- Sim, quero ser seu amigo, e por você estar morrendo não vai fazer eu mudar de ideia.

- Mas...

- Não! Nada de mas, enquanto você estiver comigo nada de falar que está morrendo ou qualquer coisa relacionada a sua doença, esqueça ela e sorria, apenas sorria Kataryne.

As palavras dele me tocaram e fiquei com elas o dia todo, ele não iria facilmente se desgrudar de mim. Hoje pela primeira vez eu dormi com um sorriso no rosto.

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