Capítulo 43



Point of view— Any Gabrielly

Depois de tantas decepções e enganos, finalmente te encontrei. Te amar faz de mim a pessoa mais completa do mundo.

18 meses depois....

Sorrio ainda sonolenta quando sinto a mão de Noah acariciando lentamente meus seios, fico quieta curtindo o carinho que apesar de ser excitante não é com a intenção de transar que ele faz, Noah tem tara por seios e todos os dias me acorda assim o que eu aprendi a amar com o tempo. Seus lábios alcançam minha nuca quando ele puxa um pouco meu mamilo o que faz imediatamente minha calcinha roxa — a única peça presente em meu corpo — ficar umedecida no mesmo instante. Me enganei, meu caipira quer transar nas primeiras horas do dia.

— Eu sei que está acordada, bonequinha de plástico. Vem mimar seu homem, vem.— A rouquidão em sua voz faz com que eu vire imediatamente para ele e beije seus lábios, sentindo ele apertar minha bunda com uma certa força.

Noah não perde tempo quando seus dedos seguram a fita lateral de minha calcinha e arrebenta as laterais deixando-a em dois pedaços sobre o colchão debaixo do edredom vermelho.

— Noah. — Gemo em seus lábios parando o beijo quando as pontas de seus dedos sobem levemente por minhas pernas me deixando arrepiada.

— O que você quer, bonequinha de plástico? Só peça que eu lhe dou.

Meu baixo ventre se contrai com sua oferta, me aperto de encontro ao meu marido e olho em seus olhos que estão quentes e intensos.

— Me faz gozar, caipira. — Ele sorri sacana e se levanta rapidamente me fazendo quase gritar, ordenando que ele volte e faça sua esposa feliz, mas ao vê-lo se abaixando em frente ao frigobar que tem em nosso quarto pegando uma pedra de gelo esfrego minhas pernas uma na outra ansiosa.

Noah se aproxima da cama e me olha como um animal predador pronto para devorar sua caça e isso me excita absurdamente.

— Com todo prazer, gostosa.

Noah retira de seu corpo a cueca azul escura me dando a visão de seu pau ereto com a glande brilhando e exposta devido a sua excitação. Meu homem vem até mim jogando o edredom no chão, me analisa por alguns segundos como se fosse me devorar e é isso que eu quero, então ele se ajoelha na cama segurando minhas duas pernas as levantando com uma certa brutalidade fazendo com que meus dois pés fiquem contra o colchão e fique bem aberta para ele.

Não me envergonho ou tento fechar as pernas, Noah me fez descobrir como uma mulher desejável e sei o quanto ele fica louco com autoconfiança ao ver uma mulher que sabe o que quer, por isso lambo meus lábios, abrindo um pouco minhas pernas, levo minha mão até minha vagina, mas antes que eu possa me tocar ele segura com força meu pulso.

— Só olhe e aprecie seu homem lhe chupando, quero ouvir somente seus gritos, gritos que eu irei lhe causar. — quase grito quando Noah coloca a pedra de gelo sobre meu mamilo esquerdo e começa beijar minha boca. Não consigo manter minhas pernas abertas e isso faz com ele pare o beijo e me olha safado.

— Está tão excitada que não consegue manter as pernas abertas? Deixe-as bem abertas para mim, bebê.

Noah desce seus lábios para meu pescoço e quando chega aos meus seios pega o gelo que deixou ali, o contato do gelo frio e sua boca quente é absurdamente delicioso não contenho o gemido que vêm até meus lábios. Sua boca desce por minha barriga deixando um rastro fino de água, deixando o pedacinho de gelo em meu umbigo e então sem cerimônia ele suga meu clitóris, Noah sabe o quão excitada estou e quer me ver contorcer sobre nossa cama antes das seis da manhã.

Fecho meus olhos quando dois de seus dedos entram em minha cavidade molhada e sua língua faz movimentos para cima e para baixo me deixando quase cega de tesão e gemidos altos saem de minha boca.

Não sei se meus olhos abrem sozinhos ou eu os abro quando literalmente grito ao sentir o gelo sendo usado em meu clitóris e sua língua me invade com luxúria. Já choraram por estar com tanto tesão? Pois é isso que acontece comigo nesse minuto.

Noah para seus movimentos quando me vê agarrar o lençol da cama e morde seu lábio inferior.

— Você não vai gozar na minha boca, eu quero que mele meu pau, safada.

Seu linguajar vulgar me excita, amo seu jeito animalesco quando transamos. Noah se coloca entre minhas pernas e me beija fortemente ao que me penetra com força, mordo com força seu lábio quando ele começa a se mover para frente e para trás rapidamente e como consequência sua mão acerta um tapa com uma força extrema em minha coxa.

Gemidos são soltos pelos dois a cada vez que ele vai, vem e rebola dentro de mim. Alcanço sua bunda redonda e grande apertando com minhas unhas ouvindo ele gemer em minha orelha.

— Gostosa pra porra.

Noah em um movimento rápido agarra minha bunda e faz com que eu fique sentada em cima dele.

— Senta vadia.

Fecho meus olhos quando suas duas mãos agarram meus seios e começo a quicar como ele gosta, às vezes paro e rebolo um pouco e um tapa é dado em minha bunda. Sinto meu ápice chegar e quando Noah percebe ele agarra meu quadril com suas mãos grossas e sem que me faça subir e descer em seu pênis, ele me ajuda com movimentos rápidos para frente e para trás, acertando meu ponto G, meu clitóris roça em sua virilha simultaneamente com suas investidas dentro de mim e é quando eu gozo aos gritos sem me conter, esse desgraçado aprendeu a me conhecer como ninguém.

Minhas pernas ficam trêmulas e minhas vistas embaçadas permitem que eu veja apenas pontinhos coloridos.

Meu marido não deixe que eu descanse pois como eu, ele quer gozar. Noah se levanta comigo em seus braços e me coloca contra a parede e mesmo eu sendo pesada, ele me aperta contra a mesma começando a se mover freneticamente.

— Any.. — Meu nome é sussurrado com força, os poucos pêlos presentes em meu corpo se arrepiam com a intensidade do sussurro. — Ah, caralho eu... eu vou gozar.

Ele me coloca no chão e me ajoelho quando ele começa a se masturbar para mim, toco em meus seios o excitando ainda mais, finalmente recebo jatos de sêmen nos mesmos.

— Agora sim, bom dia, amor!

Sorrio pois ele não percebeu que me chamou de amor, levanto-me com sua ajuda e beijo seus lábios. Noah pega a blusa roxa que estava no chão. A mesma que ele tirou antes de dormir ontem a noite e limpa todo o sêmen que está em meus seios.

Ele me puxa para a cama novamente já que seu despertador ainda não tocou.

Deito em seu peitoral e faço uma careta quando ele pega seu maço de cigarro em cima do criado mudo e acende o mesmo.

— Sabe que eu não gosto que fume deitado, Noah. Além de deixar toda cama fedendo ainda vou acordar algum dia com o edredom ou colchão pegando fogo, tenho medo que acabe pegando no sono com essa merda acesa. Acha que esqueci como o colchão do trailer era todo furado de cigarro?

— Você é tão mais bonita quando está gemendo no meu pau ao invés de encher a porra do meu saco antes das seis.

Reviro meus olhos com a ignorância mas fico satisfeita quando ele apaga o cigarro com as pontas dos dedos úmidos.

Noah me puxa para cima de seu peito e beija meus cabelos. Sua mão alisa devagar a pele nua de minha bunda, fecho meus olhos curtindo o carinho.

Quem diria que eu terminaria casada com o caipira, quem diria que Noah fosse melhor do que eu pensava, eu jamais cogitaria algo assim na minha vida. Sei que nossos dois casamentos foram repentinos, contudo não me importo, estamos bem e mesmos com nossas brigas ainda assim me sinto realizada e apaixonada.

Noah e eu somos imaturos às vezes, e estamos cientes disso, não nos condeno por isso, afinal temos apenas vinte e dois anos e juntos vamos aprender a construir um relacionamento saudável e duradouro.

— Caipira, você nunca lembrou sobre a noite de Vegas o que aconteceu de fato entre a gente? — pergunto quando lembro que ele usou a mesma fala da noite em Vegas, a única coisa que me recordo o " senta vadia"

Noah larga o celular que até então não tinha notado que ele tinha pego e me olha, ele umedece os lábios e seus olhos ficam mais serenos.

— Eu prometi que jamais iria mentir para você e irei manter minha palavra, bonequinha de plástico. Eu não sei ao certo como casamos, mas sobre termos transado ou não eu sempre soube a resposta, só não disse nada antes porque você nunca mais voltou ao assunto e você sabe ... para mim era conveniente que ficasse ao meu lado depois que voltamos de Las Vegas, mas não, a gente não transou aquela noite.

Abro minha boca em choque, eu não transei com ele naquela noite, então o que houve? Noah parece entender o que penso pois se senta na cama e me puxa para seu peito.

— Ainda tenho muitas incógnitas na minha mente, quem sabe um dia descobriremos de fato o que houve aquela noite, mas eu lembro perfeitamente de nós dois no quarto, você começou a me beijar, porra, eu sou homem e claro que eu não iria negar uma foda, estava tudo acontecendo normalmente só que em um determinado momento ao invés de você gemer o meu nome você gemeu o nome daquele caralho, foi aí que minha embriaguez deu brecha para a sensatez, você estava bêbada pra caralho e não estava consciente do que estava fazendo. Foi então que parei, eu jamais tocaria em uma mulher sabendo que ela não está de acordo com o que está acontecendo. Então eu te tirei do meu colo e lhe deitei na merda da cama te cobrindo pelada mesmo, dormi de pau duro e com raiva, só lembro que você me acordou aos berros e me acusando de ter casado com você, caralho, queria te matar aquele dia.

— Queria lembrar tudo o que aconteceu aquela noite— murmuro e Noah parece escutar, pois me solta e me olha atentamente.

— Melhor deixar o passado no passado, não sabemos o que aconteceu e sinceramente? Essa noite me trouxe você e isso já basta.

Eu não entendo o porquê ele fala assim, e decido ignorar, ele tem razão estamos bem e isso é o que importa, Noah me pega no colo quando o celular desperta.

— Vamos tomar banho que eu preciso ir trabalhar.

Grito quando Noah me coloca debaixo da água, merda, eu não queria molhar meu cabelo agora.

(...)

Aperto o nó do meu roupão e vou até a cozinha e encontro Rebecca — a mulher que me ajuda em casa — colocando as torradas na mesa. Depois que Noah saiu da oficina, pois conseguiu um estágio em uma empresa e meu curso começou a apertar, decidimos que precisávamos de alguém em casa.

Tempos depois Noah foi efetivado na enorme empresa graças a conta que ele conseguiu ao fazer uma ótima propaganda para uma marca de cerveja e os sócios em questão amaram.

— Bom dia, senhora Urrea.— Por mais que eu peça a Rebecca que pare de me chamar de senhora ela ainda insiste, então resolvi adaptar-me ao meu novo título.

— Bom dia, Rebecca. — Sento-me na mesa e me sirvo com um copo de suco de groselha e Noah chega minutos depois todo de terno preto e sua bolsa cheia de papéis. Meu marido senta-se ao meu lado digitando um e-mail rapidamente no celular e se serve de café preto. Sorrio quando vejo nossa ajudante ficar com as bochechas coradas, a senhora de quase cinquenta anos percebeu que Noah é reservado com quem não conhece, mas ainda assim a beleza dele é algo inegável e quando está de terno como hoje por causa de uma reunião, fica absurdamente gostoso.

— Não esquece, por favor, de pegar seu terno para a formatura hoje à noite. Sua mãe chega à noite e vai direto para o salão de festas. Eu também irei direto, tenho aula integral hoje — olho para minha ajudante que está lavando algumas coisas. — por isso... Rebecca não precisa fazer almoço, pode ir embora mais cedo, só chegaremos pela madrugada.

— Eu não vou nessa porra, só quero meu diploma e foda-se o resto. — Noah coloca uma torrada inteira na boca e, se eu tivesse algum poder seria agora que ele iria engasgar.

— Escuta bem, caipira. Você vai sim na sua formatura, vai pegar seu diploma, tirar muitas fotos e sorrir para todos. Te espero às nove com um lindo vestido vermelho e não vai parecido com um mendigo pois eu vou estar maravilhosa.

Noah sorri depois que acabo de falar e não consigo segurar a gargalhada ao ver Rebecca suspirar ao ver o belo sorriso de meu marido, o sorriso que poucas vezes ele dá na sua frente.

— Vermelho, huh? Se você for sem calcinha eu posso até pensar em ir nessa porra, mas rir para aqueles filhos da puta depois de suportá-los por tantos anos é pedir demais.

Levanto do meu lugar depois que acabo de comer meu mamão, preciso me trocar para ir para a faculdade, mas antes aproximo de seu ouvido.

— Seu desejo é uma ordem, caipira.

Refiro-me sobre ir sem calcinha e vou até nosso quarto trocar de roupa para ir até a faculdade e depois salão, respiro fundo: o dia vai ser longo.

(...)

Dou leves batidinhas no canto do meu olho esquerdo tirando o excesso da sombra esfumaçada, mais uma vez olho meu reflexo no espelho e constato o que imaginei assim que comprei o vestido longo e vermelho, estou definitivamente maravilhosa.

O vestido é um vermelho vibrante e alcança o chão, suas alças são finíssimas e o decote deixa meus seios quase expostos e lindos.

O vestido tem uma fenda que deixa minha perna esquerda completamente exposta, a sandália de salto vermelho é de tiras finas e completa meu look. Resolvi deixar meus cabelos soltos partido ao meio, o destaque da minha maquiagem é minha boca que está coberta por um batom vermelho intenso que pretendo manchar todo o corpo do meu marido no fim de nossa noite.

Pego minha pequena bolsa de mão, enfim deixo o toalete depois de retocar a maquiagem, sento-me na mesa onde meus pais estão juntamente com meus sogros, não imaginava que Marco estaria presente esta noite e, só quero ver quando Noah ver o pai.

Meu pai conversa com Marco sobre leis enquanto Wendy conta para minha mãe como cuidar de orquídeas.

Olho para os formandos e sorrio ao ver Noah incomodado com a beca preta e capelo mas conversa com nossos amigos avidamente, eu estaria me formando hoje com todos se não tivesse trocado de curso, e não me arrependo, quando for meu momento estarei feliz por estar trabalhando no que eu mais desejo.

Meu celular apita e pego, mesmo vendo ser um e-mail do meu professor, abro o mesmo e não sei o que fazer ou responder sobre o conteúdo do assunto. É complicado.

Sou tirada dos meus devaneios quando uma mão masculina pousa em meu ombro nu, levanto-me imediatamente quando vejo Ryan com sua esposa e filho no colo.

Quando Justin entregou seus convites ele fez questão que Ryan tivesse um lugar em nossa mesa mesmo não admitindo que a presença de seu amigo era importante para ele. 2

— Que bom que pode vir, Ryan.

Abraço ambos e pego o pequeno Gilliard de seus braços, o pequeno dorme e está pesado, por isso me sento com o bebê que está com um pouco mais de um ano, com medo de o derrubar.

Ryan senta depois que Cristina — sua esposa — se acomoda e toma um gole da água que está na taça a sua frente.

— Sim, Gilliard melhorou do resfriado, eu não poderia perder a formatura desse viado, já basta o casamento que não pude ir.

Ryan lamenta mais uma vez, mas ele não tem culpa de sua esposa ter entrado em trabalho de parto no mesmo dia e o que importa é que ele torceu por nós o tempo todo e ainda mostrava para o Noah que ele me queria o tempo todo. Sei que ele deseja nossa felicidade..

— Vamos ter muitos eventos para podermos irmos juntos. — Butller assente e começa a conversar com os homens, Wendy começa a babar no bebê de lindos olhos azuis e joga indiretas para que eu lhe dê netos logo e, eu me faço de desentendida tomando meu vinho branco.

Não é que eu não goste de crianças. Meu momento ainda vai chegar, daqui uns nove anos, mas por enquanto é só dos outros mesmo e aquela típica frase encaixa perfeitamente na fase que estou vivendo no momento: "chorou nos meus braços toma que é seu".

A cerimônia começa e bato palmas contente quando Noah recebe seu diploma da mão do reitor, logo após sobe Ricardo e depois Benjamin. Fico feliz que ele tenha ido até o fim e ainda mais contente quando seus pais estão de pé batendo palmas orgulhosos e mesmo um pouco sem jeito ele acena para os pais. É bom saber que ele está mudando aos poucos.

É estranho não saber de Blair e não vê-la com os formandos de relações públicas, mas se foi sua escolha não posso fazer nada, ela teve sua chance, não a agarrou porque não quis.

Levanto-me indo até meus amigos e abraçando os dois ao mesmo tempo que soltam elogios sem nenhum pudor, Noah ri pois ele adora quando estou deslumbrante e chamando atenção por onde passo.

— Podem babar a vontade até baterem uma punheta se quiserem mais tarde, mas é no meu pau que ela geme inclusive essa manhã Any fez isso com muito afinco.

Noah fala tranquilamente girando a aliança em sua mão esquerda, dou um tapa em seu peitoral e ele me aperta a si com nossos amigos rindo.

— Que caralho ele veio fazer aqui? Essa porra nem torce por minha felicidade. — Justin pensa em ir até lá, mas eu o barro segurando seu pulso.

— Por favor, não faça isso, não estrague a sua noite e da sua mãe. Sei que odeia ela se sujeitar a ele, mas se é a escolha dela, você não pode ajudar, lembra que você mesmo disse que ajudamos quem quer ser ajudado?

Ele assente, mas ainda olha com raiva para o pai, depois de alguns instante seu olhar suaviza ao ver sua mãe com Ariel no colo e seu melhor amigo.

— Vem comigo.

Noah me puxa para um canto mais afastado e me beija com ardor antes de sentar na poltrona que estava naquele canto e me pôr em seu colo, ele tira sua beca revelando seu terno negro alinhado ao seu corpo.

Puta que pariu meu homem é gostoso.

— Vamos ficar aqui só por uns minutos eu não vou fingir quem eu não sou naquela mesa, mas preciso me acalmar nem que seja por alguns segundos para não por aquele bastardo para fora, eu odeio a forma que ele trata minha mãe como se fosse propriedade dele e me deixa ainda mais louco quando ela aceita.

Abraço seu pescoço e tento pensar algo para que ele esqueça seu descontentamento com o pai.

— Vocês souberam o que houve com a Blair?

Noah agora ri de verdade e me aperta em seu colo, sua mão alisa minha bunda e quando não sente a calcinha ele pragueja baixo por saber que se levantar um pouco o vestido ele pode me foder aqui.

— Ouvimos boatos que ela conheceu um velho rico e foi embora com ele para algum lugar da América do Sul. Outros falam que ela virou prostituta de luxo, acho que nunca saberemos o que de fato é verdade.

Fico horrorizada com as duas fofocas e mesmo depois de tudo que ela fez, me entristeço por sua ambição ter sido tão grande ao ponto de abrir mão de certa forma de sua vida por dinheiro.

— Ricardo me contou que quando Blair soube que aquele palerma vendia o almoço para comprar a janta, ela surtou aos berros dentro da lanchonete em que trabalhava e que Benjamin a enganou e que ela jamais perderia tempo com um pobre. — Noah ri novamente — disse que ela deu um tapa na cara dele e foi mandada embora por ter tratado mal um cliente. Quando alguém é filha da puta a vida também é com ela.

Rimos, mas logo lembro do e-mail do meu professor e o meu semblante fica sério.

— Noah, preciso conversar com você. — ganho sua atenção — Antes de nos apaixonar e casar eu preenchi uns papéis onde dois alunos ganhariam uma bolsa para estagiar em restaurantes por vários países. Hoje meu professor mandou uma lista dos prováveis alunos a ganharem e meu nome está na lista.

Despejo tudo de uma vez, porém ele está calmo.

— E? — É a única coisa que ele fala.

— Eu não sei se devo ir se for escolhida, agora estamos juntos e...

— Nem termina, bonequinha de plástico, você não pode abrir mão de um sonho seu por causa do nosso relacionamento, e ainda mais um sonho que veio antes de mim. Eu sei que sou seu marido, mas isso não me dá o direito de te proibir nada e nem de você deixar de fazer algo só porque é casada e quer ficar comigo.

— Mas é para daqui um semestre e é por quase dois anos.— me justifico.

— Não nego que vai ser difícil pra porra ficar longe da minha mulher, mas amar é ver quem amamos feliz e realizado, não me sentiria tranquilo sabendo que você abriu mão de uma coisa que faz parte de você. Você ama cozinhar e eu amo você.

Beijo seu pescoço vendo ele se arrepiar.

— Eu te amo, Noah! E ficar longe de você é horrível. — Declaro-me igualmente a ele e ele faz um carinho em meu rosto.

— Sim e sou grato por isso, pois jamais serei merecedor do seu amor. Você pode me amar... mas jamais me colocar acima de você, e por eu te amar que deixo você ir se for a ganhadora da bolsa.

— Verdade, estou precipitando. — Noah pega um cigarro e acende o mesmo levando-o até os lábios tragando a nicotina.

— Vamos dar um jeito, vou até qualquer parte do mundo onde você estiver nos feriados prolongados ou férias do serviço, quando eu me casei com você foi para sempre e quando você vai entender que eu sou seu independente de onde estejamos? Eu prometi que faria nosso casamento ser duradouro e quer saber de uma coisa? Eu sou bom com promessas!

O beijo sabendo que não importa o que irá acontecer em nossas vidas, de agora em diante de alguma forma iremos acabar nos braços um do outro, afinal não foi isso que aconteceu em uma noite louca em Vegas?

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