36
NÃO REVISADO ⚠️
Park Jimin
Aos poucos eu voltava a minha consciência e me dava conta do que realmente tinha acontecido.
Abri meus olhos aos poucos com a minha cabeça ainda doendo e flashes do que tinha acontecido, as lembranças não eram nada boas. Lembro muito bem de ser sequestrado por Hyein, e meu pai roubando Jungkook, Luhan cúmplice da vaca da Jeongyeon, e no final, todos acabaram indo para o inferno.
Isso me confortava de uma forma estranhamente boa.
Aos poucos que eu ia abrindo meus olhos, podia ver que eu estava em um hospital, pois aquele aparelho não parava de apitar.
Rodei meus olhos pelo quarto e de relance vi Namjoon agachado na parede do canto com os olhos fechados, Yoongi sentado em um dos pequenos sofás com Taehyung ao seu lado , confesso que isso me surpreendeu pra caralho. Senti uma mão quente segurar a minha e devagar inclinei minha cabeça para o lado, vendo Jungkook deitado em cima da minha barriga enquanto murmurava alguma coisa que eu não conseguia ouvir.
— Cadê minha moto? — perguntei com a voz fraca e em segundos todos os olhares da sala se voltaram para mim.
— Meu amor! — Jeon falou alto, me abraçando.
— Irmão, pelo amor de Deus, como você está? — Namjoon veio para perto de mim com os olhos cheios de lágrimas — Fiquei muito preocupado, cacete!
— Oh, meu caçulinha — disse com lágrimas nos olhos — Nunca vou te abandonar e você sabe disso.
— Como você está, meu amor? — Jun sussurrou nos meus lábios — Sente alguma dor?
— Está tudo bem, kook-ah — disse devagar e logo me lembrei de algo muito importante — Nosso bebê… Jun, pelo amor de Deus, nosso bebê está bem? Me falem logo e não me escondam nada! Que já não acordei bom da cara nesse hospital!
— Mas você não dá sossego, homem! — Yoon disse atrás de Jungkook sorrindo feito um idiota.
— Tá sorrindo por quê, palhaço! Quero saber do meu filho!
— Ji, se acalma — Taehyung veio e segurou na minha outra mão — O seu bebê aparentemente está bem, mas daqui a pouco o médico estará aqui com mais notícias.
— Eu quero ir embora — disse tentando me levantar sentindo uma leve tontura.
— Teimoso feito uma mula — Yoongi disse — O pinto Júnior está bem, Park! E você não pode ir embora agora do hospital!
— Caguei! Quero ir embora agora.
— Ji do céu, você não pode ir ainda, vamos esperar você ganhar alta do médico — Taehyung disse rindo.
— Então vamos ver se não vou dar o fora daqui — disse tentando tirar o acesso do soro que estava na minha veia do braço esquerdo — Já me dei alta!
— Amor, pare! — Jungkook ria tentando me segurar pelos ombros — Espere o médico chegar, precisamos ver se você está bem mesmo...
— Chama esse médico logo, tenho pavor de hospital.
— Tão bonitinho quando estava desacordado... — Yoongi disse baixo, mas foi o suficiente para que eu escutasse.
— Se você não calar a boca é você que vai ficar desacordado daqui a pouco, Min!
— Calado como um rato!
— Estou chamando o médico já, marrentinho — Namjoon disse apertando o botão vermelho em cima da cama — Agora para, antes que eu dê um jeito em você.
— Jimin — Jeon colocou as mãos no meu rosto fazendo eu ter atenção total naqueles lindos olhos que ele tem — Você realmente está bem?
Na mesma hora eu soube o que ele quis dizer.
Em um segundo o quarto estava em um silêncio destruidor esperando a minha reação pelos acontecimentos anteriores. Eu me lembrava direitinho do amigo de Jungkook matando Félix, Luhan e Jeongyeon bem diante dos meus olhos, mas um em especial não tive notícias ainda.
Meu coração se afundou demais, senti que minhas lágrimas logo começariam desabrochar, engoli seco, pois eu sabia o destino que Hwong havia tomado.
Olhei para Namjoon que também tinha um olhar de dor destruído em minha direção, e nós dois sabíamos que não tínhamos palavras para falar um para o outro naquele momento. Respirei fundo e baixei meu olhar para colocar toda minha mente em ordem e processar tudo o que aconteceu tão rápido.
— Não sei... — disse quase sem voz — Nam?
— Não sei também, Ji. — disse com a voz trêmula.
— Me perdoe por tudo... — Jungkook me abraçou forte e minhas lágrimas desceram sem controle nenhum.
— Eu que te peço perdão por tudo — disse em seus braços — Eu causei tudo isso e...
— Você não causou nada, meu anjo! Jamais isso será culpa sua, mas eu não deveria ter te envolvido nisso, eu deveria ter te levado para casa...
— Eu quis ficar, isso eu lembro bem, amor — disse, limpando minhas lágrimas — E ele?
Jungkook olhou com um olhar frio e duro na direção de Yoongi, que tinha o mesmo olhar.
Eu sei que eles não vão me falar assim de surpresa, eles vão querer me ver bem primeiro para depois me dizer o que eu já sei. Eu já sabia que o tal Danila havia matado meu pai sem dó e sem piedade, mas eu seria poupado de tal surpresa.
— Vocês não precisam falar o que eu já sei...
— Ji, quando você sair daqui, iremos conversar sério, tudo bem? Na verdade, Danila vai explicar tudo para você.
— Ele não precisa me explicar em detalhes que ele matou o meu pai, Jungkook. Eu já sei e está tudo bem!
— Ji, Danila é nosso amigo desde a época do colegial — Yoongi disse — E você viu, da pior maneira, como um dos nossos melhores amigos trabalha e lida com as coisas. Ele disse que quer conversar com você e acredite, vai ser melhor se você escutá-lo.
— Eu irei escutá-lo, Yoongi, está tudo bem. — Deus me livre de contrariar um alfa daqueles — Mas ainda acho desnecessário ele me dizer o que eu já sei, mas está tudo certo.
Antes que alguém pudesse falar algo, um alfa de cabelos grisalhos e com um jaleco branco entra no quarto com algumas folhas em mãos.
— Que bom que acordou, senhor Park! — disse o médico sorridente demais.
— Sim, acordei, estou muito melhor! Quero saber do meu filho e ir embora — todos deram risada dentro do quarto, inclusive o médico.
— Está tudo bem com ele, doutor Kim? — Jungkook perguntou.
— O que tudo indica sim, senhor Jeon — falou enquanto olhava algumas folhas — Prova disso é que ele acordou antes do esperado e isso é muito bom!
— Meu filho, está tudo bem com o meu filho? — perguntei ansioso.
— Sim, senhor Park. — disse sorrindo — Você levou um pequeno susto apenas. Mas seu bebê e você estão bem. Você já está encaminhando para 16 semanas.
— Traduz! — disse impaciente.
— Chegando perto dos quatro meses de gestação — sorri de felicidade.
— Mesmo?! Tudo isso já? — sorri animado — Por isso já o senti mexendo dentro de mim.
— Ele já se mexeu? — Jungkook perguntou emocionado colocando a mão na minha barriga.
— Sim, lá... Naquele lugar... — disse e ele acenou concordando.
— Aparentemente sua gravidez é saudável, mas deve iniciar logo as consultas com um obstetra para começar os exames de pré-natal. É importante se alimentar nos horários certos e evitar estresse.
— Esse último vai ser difícil, hein — Yoongi disse debochando.
— Vai tomar no seu toba!
— O que foi que eu disse? — Yoongi, sem vergonha nenhuma, gargalhou olhando para o médico.
— Certo, já que está tudo bem com meu bebê, quero ir embora. Tira isso aqui do meu braço, Namjoon. — apontei meu braço para ele que me olhou assustado.
— Eu? Mas Ji, eu não posso, eu...
— Tira fazendo o favor, irmão, antes que você tenha algum tipo de problema comigo, tira? — olhei fofo para ele que riu.
— Chamarei as enfermeiras e elas cuidarão disso — o médico disse risonho.
💜
Depois que eu incomodei todo mundo dentro daquele hospital até me darem alta, finalmente eu estava indo para a casa de Jungkook, pois o mesmo insistiu que queria cuidar de mim.
Confesso que amei a proposta, pois ser mimado e paparicado por ele era tudo o que eu mais queria. Estávamos indo no seu carro em um silêncio reconfortante com ele acariciando minha perna enquanto eu fazia carinho em sua nuca.
Yoongi, Taehyung e Namjoon vinham no carro de trás e quando entramos no condomínio gigante e chique onde meu alfa mora, percebi que não havia nenhum carro na rua, nenhuma pessoa caminhando com seus cachorros caros na calçada e isso me soava muito estranho.
Sei que pessoas ricas não são de fazer muito isso, pois estão ocupadas demais em ficar mais ricas, mas isso parece que está abandonado.
— Que estranho, seu condomínio está tão vazio... — comentei.
— Danila está na nossa casa esperando a gente chegar — meu coração pulou quando ele disse nossa casa.
— E o que isso tem haver?
— Ele fecha o condomínio toda vez que ele vem me visitar ou fazer algum tipo de trabalho.
— Tem necessidade dele fazer isso? — perguntei incrédulo.
— Você está conhecendo um pouco do Danila querido — disse sorrindo — Me admira ele não ter fechado Seul toda apenas por diversão.
— Ele é tão poderoso assim? — Jungkook concordou com a cabeça — Uau, que poder! Queria ser assim, poderoso, foda, deve ser muito legal.
— Você já é! — disse pegando minha mão e beijando suavemente.
Meu coração quase derreteu.
— Fome do caralho.
— Ele consegue cortar o clima em questão de segundos — Jun riu alto e eu o acompanhei.
Chegamos na sua rua e meu queixo quase caiu no chão ao ver, mais ou menos, uns dez carros pretos com vidros muito escuros tomando conta da rua.
Eu sussurrei um "minha nossa" sem acreditar que isso tudo era o poder do amigo do meu namorado. Me dei conta do que ele estava fazendo aqui e minhas mãos começaram a tremer. Jungkook entrou na garagem com o carro de Yoongi atrás.
— Ei — disse pegando minha mão assim que ele puxou o freio de mão do carro — Vai ficar tudo bem. Confie em mim, certo?
— Eu confio em você, só estou nervoso, você sabe.
Jungkook saiu do carro dando a volta e abrindo a porta do carona para mim, logo ele agarrou minha cintura com possessividade. Eu ainda estava um pouco fraco por causa dos medicamentos e por isso ele me abraçava me passando uma proteção incrível. Apertei meus olhos enquanto caminhávamos para dentro de casa com Yoongi, Taehyung e Namjoon em silêncio atrás de nós.
Vários betas e alfas vestidos completamente de preto espalhados pelos cômodos da casa com olhar penetrante e isso me fez lembrar que alguns deles me salvaram.
Às vezes, vinham flashes do que aconteceu e eu me arrepiava inteiro.
Chegando na sala, o alfa que me salvou encontrava-se sentado falando ao celular e ao mesmo tempo fumando um cigarro. Ele usava uma jaqueta de couro, uma calça jeans preta e nos pés ele usava um tênis de alguma marca famosa. Seu cabelo estava perfeitamente alinhado e arrumado, notei que ele tinha barba por fazer. Seu cheiro era dominador, exalava pela sala toda.
Assim que percebeu que havíamos chegado, ele tratou de desligar o telefone na cara de quem quer que ele estava faltando.
— Ora, ora se não é o donzelo em perigo — disse soltando uma fumaça incrível da sua boca.
— Ora, ora se não é o alfa de preto — disse no mesmo tom.
— Gostei do meu novo nome — disse dando mais uma tragada no seu cigarro.
Caralho, esse alfa solta mais fumaça que uma chaminé.
— Como vai, Jungkook? — um beta moreno de barba por fazer foi até Jungkook e o abraçou.
— Dimitri, quanto tempo! Não sabia que você tinha vindo para Seul também!
— Quando o trabalho me chama não tem como não vir — Disse dando um olhar brincalhão para Danila — E você que é o famoso Jimin? — confirmei com a cabeça, então ele pegou minha mão gentilmente dando um beijo suave nela — Sou Dimitri Barkov, o braço direito e o irmão mais novo de Danila.
— É um prazer, Dimitri!
Dimitri sorriu para mim, enquanto ia até Yoongi o cumprimentando com um abraço afetuoso. Taehyung veio para meu lado e sorriu quando apertou minha mão.
— Você está bem, Tae?
— Claro que sim, Ji, ainda mais agora que você e o meu sobrinho estão bem — sorriu fofo.
— Você sabe o que eu quero dizer — falei e o sorriso dele morreu na mesma hora.
— Ji, eu estou bem, sério. Não desejo a morte de ninguém, mas saber que nunca mais irei ser perturbado por Félix me conforta um pouco.
— Mesmo? Eu achei que você estaria mal com tudo isso, porque querendo ou não — suspirei — Ele era seu ex namorado.
— É sério, Ji. Eu vou superar, se não fosse assim, sabe-se lá se não poderia acontecer alguma coisa pior, não acha? — concordei com a cabeça.
Nosso momento de descontração foi interrompido quando me chamaram.
— Então, Park Jimin — Danila se levantou do sofá e veio com aquela pose de todo poderoso em minha direção — Você com certeza ouviu falar de mim, mas irei me apresentar — pegou minha mão e depositou um beijo singelo enquanto olha profundamente nos meus olhos — Sou Danila Barkov.
— O cara que salvou minha vida — disse cumprimentando ele de volta.
— Se você quer pensar assim, vai de você — disse Simplesmente — Mas vamos ao que interessa, me siga.
E me deu as costas indo em direção aos fundos da sala que dava exatamente no escritório interno de Jungkook. Olhei em sua direção sem saber o que fazer, ele me lançou um olhar que claramente dizia para segui-lo. Ouvi o sussurrar para que eu ficasse tranquilo e assim eu fiz.
Caminhei devagar indo para o caminho que Danila seguiu, só que com passos devagar. Eu comecei a suar intensamente e meu coração batia forte pois eu sabia o que estava por vim e o que eu ia ouvir. Teria que ter força e coragem para escutar da boca do alfa que matou meu pai, que eu fiquei órfão, definitivamente.
Não que eu me importasse totalmente com isso, mas eu ainda tinha um coração aqui dentro. Não sei ao certo se eu queria que ele morresse, mas certamente queria que ele pagasse pelo mal que ele me fez, mas a morte ainda é um jogo de quebra cabeças para mim.
Cheguei na porta do escritório que se mantinha aberta e quando entrei, Danila estava sentado na cadeira de Jungkook mexendo furiosamente em seu celular enquanto acendia um cigarro.
— Senta — ele não lançava nenhum olhar em minha direção para saber que que havia chegado.
— Essa conversa é realmente necessária? — perguntei me sentando com cuidado na cadeira em sua frente.
— Se eu decidi que é, vai ser, ou nem estaria perdendo meu tempo aqui — largou seu celular na mesa e olhou em minha direção.
— Eu mereci essa — disse baixo.
— Sim, você mereceu — ele é sempre tão direto assim? — Jimin, eu sou direto e reto, eu não faço rodeios, gosto das coisas bem claras, creio que você já deve ter notado.
— Não tem como não notar.
— Ótimo, me poupa tempo de explicar o óbvio — disse dando uma tragada no cigarro e soltando uma fumaça forte.
— E então? Se você não gosta de fazer rodeios, eu também não curto, Danila — disse sem mostrar medo e ele sorri.
— Isso te faz um ômega muito inteligente, senhor Park — disse com um sorriso de lado, mas que logo voltou a ficar sério — Vamos aos fatos. Eu fui roubado por um bando de filhos da puta que se autodenominou um quadrilha, que de quadrilha aquilo não tinha nada. — Concordo! — Eu fui roubado por essas pessoas que hoje já se encontram sentadinhos no colo do diabo. Eu não admito que me passem para trás, eu não aceito deslealdade e traição.
— Eu sei, foi um dinheiro alto...
— Eu estou cagando e andando para esse dinheiro, que no mesmo dia eu já consegui colocar de volta no lugar — por essa eu não esperava — Como disse, quando eu descobri que tínhamos um traidor à nossa volta, tratei logo de eliminar a pedra do meu sapato.
— Eu não esperava que Jeongyeon estivesse metida nisso e que você também...— não consegui terminar a frase.
— Não estou nem aí se é alfa, ômega, bicho ou extraterrestre — disse passando a mão em seus cabelos — Se meteu no negócio, foi abraçadinha junto com os outros conhecer o tio Lúcifer.
— Você sempre foi assim? — me olhou com um olhar questionador — Justiceiro?
— Jimin, entenda uma coisa. A partir de hoje, você vai ouvir falar muito de mim, vai me ver muito por aí, por que eu sou o alicerce desse país. As coisas tem que andar do meu jeito, e se não for assim, o destino é totalmente outro.
— Eu ainda me pergunto o por que você me chamou aqui — disse sem paciência e ele ergueu uma sobrancelha — Você vai me falar o óbvio.
— O que eu vou falar para você que é tão óbvio? — me perguntou e eu baixei a cabeça nervoso — Levanta essa cabeça e olhe nos meus olhos — falou e eu fiz o que ele mandou — Me fala o que é tão óbvio? — permaneço em silêncio — Já li sua ficha — nem sabia que eu tinha uma ficha, mas tudo bem — Você é conhecido por ter uma personalidade fortíssima, cheio de marra... O que aconteceu com essa marra que você não consegue nem olhar para mim e me dizer o que eu fiz com o verme do seu pai?
— Eu... — então lágrimas grossas saíam dos meus olhos e minhas mãos começaram a tremer, logo tratei de me acalmar, respirando fundo — Não precisava me trazer aqui pra dizer que matou meu pai porque eu...
— Eu não matei seu pai.
E novamente meu mundo caiu diante dos meus pés.
Eu lancei meu olhar de pura confusão para Danila, ele sustentou meu olhar soltando fumaça de sua boca perfeitamente desenhada.
— Como? O quê? Desculpa mas...
— Eu não matei o merda do seu pai, Jimin.Por mais que ele merecesse, eu não o matei.
— Tenho o direito de saber o por que? Não que eu me importe, mas... — Danila sorriu radiante depois da minha última frase.
— Por que eu decidi que o pai que abandonou os filhos, não merecia a morte. Ele merece coisa muito pior.
— E onde ele está?
— Digamos que ele está longe o suficiente para não te perturbar mais — disse calmo — Mas comigo ele vai aprender o valor das coisas.
— Mas por que você não o matou?
— Por que eu vi a dor em seus belos olhos azuis, mesmo não admitindo. Eu não faço isso por ninguém, Jimin, mas vi uma determinação estampada nesse seu rosto de boneca — minhas bochechas queimaram feito fogo — Qualquer um no seu lugar estaria deitado em uma cama de hospital ou internado em alguma clínica, mas você está aqui na minha frente firme e forte. E por isso, uma vaga na minha família sempre vai estar aberta para você — me levantei.
— Oi? como assim? Tipo, trabalhar para você? — exaltei a minha voz e ele se levantou ficando na minha frente.
— Exatamente! Ouça, é apenas um convite e eu sei que você se sairia muito bem e Jungkook já sabe dessa minha proposta para você. Essa sua beleza não vai te sustentar a vida toda e essa sua determinação me fez te admirar como ômega e ser humano.
— Não sei o que dizer.
— Não precisa, o convite será vitalício. Ouça, não dei a devida lição que o lixo do seu pai merecia por respeito a você — apontou o dedo em minha direção — E a partir de hoje, estarei sempre a sua disposição e você e seu filho sempre terão minha proteção até depois que eu morrer. Basta uma ligação sua ou de Jungkook para eu livrar qualquer problema do seu caminho. Você acaba de ganhar o respeito e a admiração de Danila Barkov, Park Jimin.
— Danila... — meu choro agora era de emoção.
Malditos hormônios!
— Mesmo você não aceitando trabalhar ao meu lado, saiba que você já faz parte da família.
Então senti seus braços em minha volta e por pura emoção eu abracei ele de volta. Não sei por que, mas sinto uma confiança e um carinho enorme por ele, é difícil de explicar. Acho que a gratidão eterna por ele ter salvo minha vida sempre vai existir e isso não tem dinheiro nenhum que pague.
— Você salvou a minha vida! — disse chorando — Eu não tenho como agradecer.
— Salvaria minha família quantas vezes fosse necessário, homem — se afastou de mim e me olhou nos olhos — Me faça a pergunta mais óbvia.
— O que você fez com ele? Por favor, não me poupe, você já viu que sou forte o suficiente para aguentar qualquer coisa.
— Forte o suficiente para saber que mandei Park Hwong para o tráfico humano do Iraque? — meus olhos se arregalaram de surpresa — Ué, ele não queria vender o próprio filho para o tráfico? Pois então, fiz ele sentir o gostinho do que ele ia fazer com você.
— Ele ia mesmo me vender? — meu coração batia rápido.
— Ele já estava com as suas passagens compradas — meu coração se apertou tanto que cheguei a ficar sem ar — Então não fique com pena, ele merece isso e muito mais.
— Quero mais que ele se foda, esse desgraçado!
— É assim que se fala, maninho.
— Só fico preocupado com meu irmão, ele queria ficar próximo ao pai e já estava se rebelando contra mim — suspirei derrotado.
— Me liga — mal percebi quando ele já estava com mais um cigarro na boca, haja pulmão! — Que faço ele passar um mês comigo — eu ri — Te entrego ele com o rabinho entre as pernas e ainda te chamando de meu senhor.
— Não é para tanto, Danila! — Gargalhei.
— Então deixo esse trabalho com você, porque a partir do momento que esse moleque parar nas minhas mãos, ele nunca mais vai ser o mesmo.
Acredito fielmente.
Hoje conheci um Danila diferente do que eu imaginava, o medo deu lugar para a admiração e carinho, coisa que sei que é recíproco.
Danila Barkov, meu mais querido amigo improvável..
💜
Depois da conversa que tivemos, Danila e sua máfia foram embora. Tae voltou para o meu apartamento com meu irmão enquanto Yoongi tinha ido resolver alguns negócios, como ele mesmo havia falado.
Depois de um banho relaxante e ter me alimentado feito um preso de penitenciária, estou deitado na cama enorme e confortável do meu namorado.
— Como foi a conversa? — meu amor entrou no quarto sentando ao meu lado fazendo com que minha cabeça estivesse no seu colo.
— O que acontece na máfia, fica na máfia — pisquei sapeca para ele.
— Ah, é? Terei que ligar para Danila agora mesmo.
— Ligue — ri — Ele não falará nada a você.
— Eu sei da proposta que ele fez a você.
— Sim, ele me fez.
— E você pensa em aceitar? — me perguntou receoso.
— Talvez um dia — Jun me olhou surpreso — Vai que meu chefe gostosão decida me demitir por justa causa — Jungkook depositou um selinho carinhoso em meus lábios.
— Jamais. Você nunca mais vai sair do meu lado.
— Hm, que possessivo — brinquei.
— É sério, Jimin.
Então vi meu namorado barra chefe ficar sério demais, e com isso me sentei na cama para ficar frente a frente com ele.
— Eu não vou mais sair do seu lado. Confia!
— Danila te fez uma proposta, não é mesmo?
— Sim, mas o que isso tem haver?
— Acontece que também tenho uma proposta para te fazer.
— Mesmo? Mas eu já trabalho para você! — disse sorrindo — E qual é?
— Casa comigo?
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