29
NÃO REVISADO⚠️
Park Jimin
Eu não sabia se corria ou se enfrentava toda aquela situação. Tudo aquilo que eu mais evitei está acontecendo nesse exato momento. O momento que eu disse e evitar estava se concretizando e eu queria gritar que aquilo era uma mentira, que não estava acontecendo aquilo comigo.
Pensei que eu era forte, mas estou convencido de que agora eu não sei mais o que essa palavra significava.
Jungkook estava tenso e em alerta ao meu lado, mesmo assim, ele apertava minha mão me passando o máximo de segurança possível.
Meu coração estava batendo na minha garganta e minhas mãos estavam suando frio. Maldito Min Yoongi que escondeu todos os meus remédios, quero matar ele agora.
- Como você cresceu. - a voz do homem à minha frente se prontificou.
- Concordo com você - Jungkook tratou de tomar a frente. Ele olhava para meu pai com indiferença - Ele cresceu e cresceu muito. Acredito que você não possa imaginar o quanto, não é mesmo?
Meu pai olhava para Jungkook perplexo.
Eu sabia exatamente o que meu namorado barra patrão estava fazendo e eu irei agradecê-lo imensamente até o último suspiro que eu der nessa vida, ou vocês acharam que eu ia agir como um garoto mimado, chorar e sair correndo?
Menos dez pontos para a sonserina se você achou isso.
- Desculpe-me, eu sou Park Hwong. - levantou a mão para cumprimentar Jungkook, mas meu namorado fez questão de deixá-lo no vácuo.
- Poupe-me das apresentações desnecessárias, já sei de tudo isso, querido "sogro" - Jungkook deu ênfase na palavra sogro. - Sou Jeon Jungkook, namorado do Jimin e o alfa que está e que vai cuidar dele e de Namjoon, se é que você me entende.
- Olha, eu realmente pretendo conversar com o meu filho e-
- CHEGA! - gritei obtendo sua atenção para mim - Sério mesmo? Depois de dez anos, você vem com essa cara deslavada dizendo que quer conversar comigo? - Jungkook cruzou os braços musculosos naquele peito maravilhoso sorrindo orgulhoso de mim, pois ele sabia que eu daria meu show e o ingresso não seria barato.
- Sim, filho, eu-
- Primeiro e o mais importante - falei - Não me chame de filho. Não sou seu filho, deixei de ser há dez anos atrás então, não, não sou seu filho. Fui claro?
- Não fale assim. Voltei justamente para explicar o por que fui embora. Jimin, me escute-
- Quero deixar uma coisa bem clara aqui, senhor Hwong - meu coração estava acelerando, meu corpo tremia e eu sentia um gosto amargo na minha boca - Eu não quero saber o por que você abandonou a mim e meu irmão, não faz diferença agora e na minha vida não muda nada.
- Jimin, vamos embora - Jungkook segurou meu pulso.
- Vamos - voltei a olhar o alfa na minha frente - Esqueça que eu existo, para mim, você está morto!
Virei as costas com Jungkook segurando firme minha mão. Eu não queria chorar, eu não ia chorar porém eu já sentia as lágrimas em meu rosto, pois eu sentia direitinho o olhar do homem que me cuspiu no mundo cravado sobre minhas costas.
Entrei no carro feito um furacão, sem esperar que meu namorado abrisse a porta para mim.
Meu peito parecia que iria explodir a qualquer momento, faltava ar nos meus pulmões e o choro desesperador estava preso na minha garganta. Jungkook dirigia rápido e eu via flashes das ruas passando pelo lado de fora.
Eu faria falta a alguém se eu abrisse a porta desse carro agora mesmo e me atirasse no asfalto?
Eu sabia o que estava acontecendo comigo perfeitamente. Eu estava tendo uma crise de ansiedade, e não era qualquer crise, era a crise que eu tinha vontade de tirar minha própria vida.
Passei as mãos pelos cabelos e grudei meus dedos em meio aos fios e não aguentei.
Gritei!
Gritei o mais alto que pude, o mais alto que eu consegui até minha garganta doer, gritei com a sensação que minhas cordas vocais estavam sangrando. Cada grito que eu dava, parecia que saía um monstro de dentro de mim, mas o anjo que me dava forças, fez com que eu notasse a figura masculina ao meu lado.
Eu não tinha meus remédios em mãos, a única forma de me acalmar era...
- Para esse carro em algum lugar - disse determinado.
- Você está bem? - a voz de Jungkook era preocupada.
- Só faz o que eu tô pedindo, para agora esse carro.
Assim que Jeon estacionou o carro em uma rua distante da rodovia, onde tinha poucas casas ao redor, tirei meu cinto e fui direto para seu colo, colocando as mãos em volta do seu rosto e o beijei profundamente. Meu coração acelerado fazia com que meus movimentos em seu colo se intensificaram cada vez mais.
- Amor, o que você está f-fazendo? Você está bem? - as mãos de Jungkook passavam pelos meus quadris.
- Me fode, não pensa e só me fode. Por favor, preciso de você agora - o beijei sentindo seu pau pulsando na minha entrada - Não pergunta e só vem.
Ataquei sua boca com toda fome possível abrindo os botões da sua camisa enquanto ele passava as mãos em meus mamilos por dentro da minha blusa.
Eu não pensava em mais nada, apenas liberar essa adrenalina e essa ansiedade que está tomando conta do meu corpo. Não sei como conseguimos, mas quando dei por mim, Jungkook já estava com seu pau magnífico me penetrando, deixando minha calcinha mais de lado ainda.
(N/A: Sim, taquei o foda-se e é calcinha)
Gemi de dor e prazer ao mesmo tempo, esse homem é grande e acabei esquecendo de sentar mais devagar. Sei que amanhã vou ter um pouco de dificuldade para andar, exageradamente sendo eu, mas nesse momento eu só queria senti-lo dentro de mim.
Se tinha alguém passando na rua nesse momento eu não sei, mas garanto que viu o carro balançar feito sanfona.
- Jimin, você vai me matar! - Jungkook suspirava gemendo.
- Não, querido, não sei desperdiçar o que é bom.
- Eu sou bom, é? - sorriu cafajeste.
- Bom sou eu, você é fantástico - revirei os olhos sentando com tudo - Agora cala a boca e goza comigo, chefe.
Meus movimentos ficavam cada vez mais intensos e eu ficava mais perto de gozar. A adrenalina que corria nas minhas veias estava a 220 km/h e parecia que ainda estava devagar.
Eu só queria esquecer, esquecer os problemas e gozando pra mim, era a melhor solução.
Tombei a cabeça para trás com as mãos de Jungkook segurando firme minha cintura enquanto eu cavalgava sem parar. Eu tenho certeza, que assim como um mais um é dois, que meus gemidos estavam mais escandalosos que nunca. Atriz pornô sentiria inveja de mim nesse momento, mas eu não estava nem aí.
- Ji, eu vou gozar mais forte que nunca.
- Vem...
Eu e ele entrelaçamos nossas mãos e com as testas coladas uma na outra, gozei feito uma puta descontrolada. Eu sentia todo meu corpo relaxar, meus músculos ficarem moles e meu coração parecia que ia sair pela boca.
Um orgasmo é um orgasmo, e de respeito.
As nossas respirações se misturavam e o silêncio que reinava era mais agoniante que não sei o quê.
- Jungkook...
- Não diga nada. Sempre que tiver uma crise de ansiedade, e quiser melhorar assim, me ligue na hora que largo tudo o que estou fazendo pra te ver bem - seu sorriso era malicioso, assim como seu tom.
- Como sabe que tenho crises de ansiedade.
- Não foi difícil identificar os sintomas - olhei de soslaio para ele - E Yoongi também me contou sobre seus remédios sem prescrição médica.
- Aquele filho de uma chocadeira!
- Não o culpe, eu que o ameacei até ele falar.
- Isso é invasão de privacidade! - falei chocado.
- Acabei de te invadir, meu querido - sorriu - Então não reclame.
- Aprende uma coisa: eu que sentei, você só gozou - pisquei.
- Lição aprendida.
- Assim mesmo.
Sai de cima dele mais calmo e com o coração batendo no ritmo normal.
Não, eu não saía transando feito louco quando tinha uma crise, eu tinha o auxílio dos meus remédios, mas quando conheci Jeon, a intensidade de sentar nesse homem era forte demais para serem contidos com apenas alguns comprimidos.
Seguimos em direção a casa de Jungkook, que mudamos os planos de dormir no meu apartamento, já que pretendemos fazer muito barulho essa noite. Eu já me sentia muito melhor, mais relaxado e menos agressivo. Ver meu pai em carne e osso depois de dez anos, não foi uma coisa fácil de lidar, e vai ser cada vez mais difícil daqui pra frente.
- Como você está? - Jungkook perguntou enquanto eu ligava o rádio, conectei o bluetooth do meu celular e coloquei umas das minhas músicas favoritas, Spring Day.
- Irei sobreviver, não sei como, mas irei.
- O que pretende fazer?
- Ficar o mais longe dele possível, me mudar para outro país, sumir para que ele nunca mais me ache.
- Não existe essa possibilidade - ele de repente ficou sério.
- Qual?
- De você me deixar. Onde você for, eu estarei lá.
- Jungkook, eu não disse-
- Não importa - ele disse firme - Você insinuou que quer ir embora e foda-se o resto. Porra, Jimin!
Não me dei conta que em menos de minutos já estávamos na garagem da sua luxuosa casa. Jeon saiu do carro soltando fogo pelas narinas e parecia muito chateado.
Oh não, eu não acredito que eu falei merda mais uma vez. Juro por Deus que não queria chateá-lo.
Demorei mais alguns minutos para sair do carro decidido a consertar a cagada que eu acabei de cagar. Jungkook sempre foi gentil comigo e se mostrou que está do meu lado para o que der e vier, e eu solto uma dessas.
Um defeito meu é não pensar na hora de falar, sou muito intenso e explosivo, por isso a partir de hoje irei começar a pensar antes de falar.
Sai do carro em direção a casa e vou em direção ao seu quarto. Não sei onde fica, até porque é a segunda ou terceira, sei lá que dia eu estive aqui, não lembro nem o que eu comi ontem, quem dirá lembrar onde eu estive semanas atrás. Subi as escadas ponderando que lá em cima fica os quartos, caminhei devagar pelo tapete macio e enorme que se encontrava naquele corredor.
Avistei uma porta grande aberta e fui em direção a ela, chegando perto vi Jeon de costas, sem camisa olhando pela enorme janela que dá uma bela vista da cidade. Na sua mão encontra-se um copo de whisky, sua expressão era séria.
- Me desculpe se falei algo que chateou você - continuou imóvel - Não foi minha intenção, meu amor.
- Quando que você vai cair em si, Jimin? - perguntou logo tomando um longo gole da bebida.
- Jungkook, eu não esperava ver meu pai justo hoje. Não estava preparado para isso, você sabe.
- Mesmo? - me olhou de canto, largou o copo e se virou para mim me dando a bela visão do seu peito nu - E quando você vai ficar preparado? Quando o inferno congelar?
- Jungkook-
- Não, me ouça - me interrompeu - Você gosta de falar umas verdades para tudo e todos, não é mesmo? Pois bem, chegou sua hora de cair na real. Senta aí!
Não pensei duas vezes em sentar na ponta da sua cama caladinho como um rato. Em dois anos que trabalho para ele, é a primeira vez que o vejo tão sério que nesse momento, nem uma agulha passava pelo meu cu.
E olha que já passou coisa mais grossa que uma agulha.
- Olha só, você não é mais criança, Park, então precisa enxergar a realidade nua e crua.
- Eu sei disso.
- Só eu falo, você só escuta - tratei de fechar minha boca - Eu não faço a mínima ideia do que você passou e sentiu quando seu pai abandonou você e Namjoon, essa dor é sua e de mais ninguém. Reconheço que existe um trauma em você, mas você ainda insiste em carregar tudo sozinho. Descobri através do meu melhor amigo que meu ômega tomava remédios para ansiedade e depressão. Incontáveis vezes que falei para você que nunca mais estará sozinho, que ninguém vai te machucar. Dei garantia que em você ninguém toca e que você tem a mim, mas mesmo assim você insiste em me tirar da sua vida!
- Jamais quis tirar você da minha vida. É complicado envolver a pessoa que amamos no buraco que já estamos afundados.
- Ah, é? E o que você falou para mim no carro a minutos atrás? - a expressão dele era muito irritada - Você disse que vai fugir, vai me deixar por não ser maduro o suficiente para enfrentar o seu próprio pai. E sim Park Jimin, você querendo ou não, ele é seu pai, uma hora esse encontro ia acabar acontecendo.
- Não está sendo fácil para mim.
- Quê? Meses atrás você deu uma surra em um alfa duas vezes mais forte e maior que você na frente da minha empresa, agora você vem me dizer que não está sendo fácil rever o seu pai depois de dez anos? Francamente, Jimin, esperava mais de você.
- Para você é fácil falar, Jeon, teve seus pais ao seu lado. Já falei, tive que enfrentar barreiras sozinho, por isso na minha mente, eu ainda sigo sozinho.
- MAS VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO, PORRA!
Me assustei quando ele atirou o copo na parede com tudo, espalhando líquido e cacos de vidro para todos os lados.
- Ergue essa cabeça e mostre o ômega forte e determinado que você tanto diz ser. Hoje o que eu vi foi um menino indefeso que precisou de colo para se acalmar.
- Precisei do seu pau, corrige isso aí.
- Argh, Jimin! - passou a mão no rosto irritado.
- Desculpe - sussurrei - Eu não sei por onde começar. Ver ele hoje foi difícil para mim...
- Se você não quer vínculo, fale para ele. Mas enfrente isso de frente, aceite conversar com ele e acabar com isso de uma vez por todas. Quanto mais cedo melhor e não julgue seu irmão se ele quer conviver com o pai, pois nem todos tem que fazer suas vontades.
- Não são minhas vontades - levantei irritado pois ele já estava passando dos limites - Apenas quero o bem do meu irmão. Eu não quero vê-lo e nem falar com o meu pai, entende isso?
- Ótimo! - sorriu irônico - E vai prolongar isso até quando?
- Você está sendo rude, Jungkook. Estou pedindo desculpas pelo o que eu falei no carro para você, mas estou vendo que não está disposto a ceder - falei com a voz falha.
- Você não entende, não é mesmo?
- Seja mais claro.
- Eu amo você, sou louco por você. Fantasiei e te desejei por dois anos. Quando finalmente tenho você para mim, você quer ir embora e me deixar. Quer fugir - olhou bem nos meus olhos - Igualzinho seu pai fez com você.
- Não fala assim.
- Não estou disposto a abrir mão de você, onde você for eu vou com você, onde eu for você vem comigo, mas se lá no fundo você não quiser mais, o deixarei livre para que você fuja.
- Não, amor... Não quero isso.
- Só quero te alertar uma coisa - disse - Onde você for, ele vai atrás de você, não tem como fugir mais.
- O que você quer dizer?
- Super normal seu pai aparecer depois de dez anos, depois que os filhos já estão com a vida praticamente feita. Muito fácil chegar e conseguir o "perdão". Abre seu olho, um conselho de amigo.
Plaft! Quatrocentos tapas na minha cara, mas o pior de todos foi esse, ele dizer que é meu amigo.
Pronto, agora ele é meu amigo.
O que eu faço agora? Sentar e chorar ou peço para ele fazer uma pipoca para vermos filmes como dois amigos no ensino médio? Enfim, o otário!
Meu coração acelerou de novo e eu soube ficar em silêncio somente. Prometo que iria pensar antes de agir, antes de tomar qualquer decisão precipitada. Mas aqui estou eu, decidido a ir embora e ficar sozinho.
Como sempre fui.
- Você tem razão - falei baixo - Em tudo... Enfim, me perdoe mais uma vez se fui falho.
Caminhei em passos rápidos em direção a porta com a voz dele atrás de mim perguntando onde eu iria. Eu não conseguia falar, o nó que se formava na minha garganta era enorme e eu já estava fraco, agora fiquei vulnerável. Se passasse um vento, me quebrava todinho. Desci as escadas com ele atrás de mim fazendo-me questionamentos que eu não fazia questão de ouvir.
Peguei minha bolsa, meu celular e abri o aplicativo do Uber. Meu coração estava acelerando novamente e eu não estava bem com a situação. Eu sempre soube que eu e Jungkook não dariamos certo.
Eu tenho dores demais e a pessoa que ficar comigo jamais vai entender isso.
- Onde você vai? O que está fazendo? - Ele questionava - Vai me ignorar?
- Jeon, mais uma vez te peço perdão por hoje e se mais alguma vez te decepcionei, mas eu avisei que eu tinha cicatrizes que ainda doíam, eu avisei que eu não era fácil de lidar. Pronto, deu nisso, então vamos acabar logo com isso antes que eu saia mais destruído do que já estou.
- Acabar?! - ele arregalou os olhos em minha direção surpreso - Você está terminando comigo?
- Vai ser melhor assim.
- Melhor para quem? Jimin, seja sincero, você não sente mais nada por mim? É isso? Você não me ama da mesma intensidade que amo você?
- Amo você demais, Jungkook, você não imagina o quanto.
-Você só pode estar de brincadeira...
- Conselho de amigo - pisquei pra ele - Vai ser melhor para você.
- Não quero ser seu amigo!!
- Então vamos ter um grande problema aqui.
- Qual? - perguntou furioso, respirei fundo antes de decidir sair correndo pela aquela porta.
- Também não quero ser seu amigo.
Por que pessoas grávidas distorcem tudo? Eu hein
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