21

Park Jimin

Mais uma vez eu corria sem rumo.

Sem chão.

E essa sensação era horrível, horrível demais.

A sensação era que um carro poderia me atropelar a qualquer momento, e o pior de tudo, essa ideia me agradava para caralho! Era nesse momento que todas as minhas dores internas, todos os meus fantasmas, sumiam. E Jeongyeon me falando meia dúzia de palavras já me fizeram sentir tão mal que não pude respirar dentro daquela sala mais.

A resposta foi sair correndo

Eu escutava Jungkook correndo atrás de mim, gritando meu nome, mas de longe, pois a voz dele não passava de fragmentos. Meus sapatos estavam na minha mão e eu corria como se eu estivesse numa maratona.

Esse era meu problema.

Eu me acho intenso demais, me culpo demais. Eu sei que peguei um pouco pesado com Jeongyeon e o pior de tudo, Jungkook poderia estar pensando que eu era um ômega inseguro.

Pensando o pior de mim.

- Jimin! Espera! - Jungkook gritou.

Mas eu não queria ouvir, não quero ouvir bronca, não quero proteção, não quero olhar de pena! Ele precisa ficar longe de mim, pois se ele me olhar dessa forma, ele vai ver minhas dores estampadas em meu rosto.

Eu preciso chegar logo no meu quarto no hotel e encontrar minha calmaria.

Peguei o elevador aberto por sorte, duas senhoras estavam saindo de lá e minha vontade era de chutar a bunda das duas para que eu pudesse fechar as portas e Jungkook não precisasse me alcançar. Entrei no elevador e respirei aliviado um pouco, pois ali pude tentar controlar o monstro que habita em mim.

Merdal O andar não chegava logo, maldito Jungkook que teve escolher justamente a suite presidencial, que fica no último andar!

As portas do elevador mal se abriram e eu corri para o meu quarto e Jungkook saiu gritando comigo do outro elevador, só deu tempo de entrar no meu quarto e trancar a porta e me escorei nela, ouvindo os murros que meu chefe dava na porta.

- Abre essa porta, Park Jimin! Agora! - ele gritava do outro lado acompanhado de gritos.

- Vai embora, Jungkook! Eu estou bem. Só me deixa sozinho.

- O caralho que vou te deixar sozinho, porra! Abre essa merda ou vou arrombar!

Jungkook continuou batendo na porta feito um louco e eu sabia que ele não iria desistir se eu não abrisse, com toda certeza desse mundo ele iria colocar a mesma para baixo. Corri até minha mala e peguei o frasco de remédio, tomei dois de uma vez só e fui até o banheiro, coloquei minha boca na torneira da pia e engoli tudo, minha garganta rasgou com os comprimidos descendo.

Minha cabeça girava e eu sentia uma forte dor no estômago, e de longe pude ouvir um estrondo alto. Eu sabia que ele colocaria a porta abaixo mas não que ele fizesse um escândalo desses.

- Some daqui, Jeon! - falei com os olhos fechados e minhas mãos apoiadas na pia.

- O que você tem, caramba! - Jungkook disse colocando as mãos na minha cintura por trás - Pelo amor de Deus, Jimin! Chega disso...

- Saia daqui.

- Me tira daqui, droga! - ele gritava comigo impaciente.

- Me deixa em paz... - soquei seu peito até ele dar passos pra trás para fora do banheiro - Me deixa sozinho. Vai passar, merda! Some!!

Cada vez mais eu socava o peito dele e nada dele reagir.

Nada! Eu queria que ele virasse as costas e me deixasse aqui sozinho,mas ele nem se mexe. Nem se defender ele é capaz disso. Eu quero gritar ainda mais com ele! Pelo amor de Deus, o que esse homem quer?

- Eu não quero seu olhar de pena, Jungkook! Eu não quero sua proteção. Eu quero que me deixe sozinho!

De repente eu senti meu rosto molhado.

Eu senti minhas lágrimas sendo derramadas na frente dele, e isso era o holocausto do meu fracasso. Nem na frente do meu irmão eu chorei, e agora eu tô aqui, me debulhando em lágrimas na frente do meu chefe que está me olhando assustado.

- Para com isso, Jimin.

- Sai! Eu vou ficar bem! Sai!

- Não vou sair! Vou ficar até você ficar bem, droga! Você está pensando o quê? - ele disse segurando minhas mãos - Que vai ser forte a vida toda?

- Para de falar! - Coloquei minhas mãos nos ouvidos.

Minha cabeça doía.

- Para você com isso!

Nisso senti os braços fortes dele me envolvendo, esse abraço. Esse abraço que nunca senti, estou sentindo algo sobrenatural nele,algo bom demais. É confortável e quentinho. É como se não houvesse chão debaixo dos meus pés. Eu fechei os olhos e me permiti ser amparado por ele. Anos que eu não sabia o que era um abraço sincero, um abraço onde eu me sentia protegido, e isso eu não queria sentir, porém eu estava aqui, desfrutando disso.

Chega ser estranho.

- Se acalme... - ele falava baixinho no meu ouvido enquanto ele passava os braços pelas minhas pernas e caminhava comigo no colo em direção ao quarto onde ele estava hospedado - Tudo vai ficar bem. Você tem a mim agora - percebi que chegamos no seu quarto e ele fechou a porta - Conta tudo pra mim, anjo. Não faça isso nem com você e nem comigo.

- Eu não quero.... - senti minhas costas bater na cama.

- Você não tem que querer... - senti seus lábios beijando meu pescoço carinhosamente - Me diga o que quer que farei, tudo.

Nisso, me veio uma ideia absurda, porém, tentadora demais. Eu precisava colocar para fora todo esse sentimento, senão eu iria explodir

- Me fode, Jungkook.

- Oi? - ele parecia surpreso, mas o olhar que ele me deu, foi de preocupação para sedutor.

- Me faz esquecer que essa cadela da sua ex noiva existe! Foi o quê? Um ano e meio me desejando as cegas? Pois então, me fode do jeito que você sempre quis - falei ofegante - Se você não fizer isso, saio desse quarto agora e acho outro que me faça gozar de tudo quanto é jeito!

Nisso ele me coloca sentado no seu colo em cima da cama, tirando meu blazer e minha camisa em um único movimento, me deixando somente com a calça do terno, mas não durou muito e ele a retirou também. Me permitindo sentir seu pau muito mais que duro roçando em meu pau.

- Nunca mais repita isso! - ele disse com a boca encostada na minha - Eu te fodo a hora que você quiser, mas nunca mais, nunca mais na sua vida diga que vai foder com outro na minha frente, pois se você não sabe, você é totalmente mas meu.

- Então tome posse do que é teu! Porque a partir de amanhã você tem dono, e ele se chama Park Jimin!

Então eu mesmo ataquei aquela boca deliciosa e macia.

Eu tinha pressa de tudo, tanto que quase arranquei seu paletó fora junto com a camisa perfeitamente branca. Suas mãos percorriam todo meu corpo até alcançar meus peitos com sua boca fazendo festa com eles. Eu já estava no meu mundo de prazer alucinado.

Prazer que só ele conseguia me fazer sentir.

Deitei seu corpo na cama, tratando de me livrar logo da sua calça. A pressa de tê-lo dentro de mim era tanta que tirei sua cueca junto com sua calça e a visão que tive me fez chorar, só que por baixo. Eu já tinha sentido, mas visto, era coisa de outro mundo. Também já sabia que ele era grande, mas vendo a olho nu, me fez babar. Tanto que caí de boca sem pensar duas vezes.

Pai amado!

Imaginei muitas vezes eu pagando um boquete para esse homem, mas ao vivo eu nunca havia imaginado que era muito melhor. Minha mão chegava a ficar pequena segurando esse pau glorioso.

Mas deixa eu te dizer, se tem duas coisas que eu jamais vou esquecer são: o boquete que eu paguei para ele e os gemidos que ele está me presenteando. Tem coisa mais excitante que um alfa de verdade gemendo de perder para você?

- Caralho, Jimin!

Continuei torturando ele com a minha boca. Passei minha língua pela cabeça rosada junto com minha mão, que fazia movimentos de cima pra baixo. O ápice foi quando ele pegou meus cabelos e guiava minha cabeça junto com meus movimentos

- Desgraçado, gostoso! Acho bom você parar, pequeno, ou eu vou...

Não deixei ele terminar, intensifiquei ainda mais meus movimentos com minhas mãos, língua e boca, fazendo ele ficar gostoso na minha boca. Abri os olhos e encontrei os dele, ainda com seu pau na minha boca, bebendo todo o líquido e lambendo cada extremidade, sem deixar nenhum rastro dele.

- Você está fodido, desgraçado!

- Vem me foder, alfa.

Falei isso com a voz mais sensual que consegui fazer, ficando de joelhos na cama, abaixando minha cueca rendada lentamente, para que ele pudesse ser torturado como merece. Mordi meus lábios enquanto tirava minha peça de roupa, com o olhar penetrante dele.

Em um piscar de olhos, ele já estava em cima de mim, me penetrando com tudo. A dor que senti não foi nem perto com o tesão de ter todo ele dentro de mim. Minha nossa! Transar com ele sem estar com aquela máscara, era outra coisa. Muito melhor, pois agora estou vendo meu chefe, meu mascarado e meu alfa me fodendo pra caralho. E ponha cacete nisso.

- Então você queria ser fodido pelo seu chefe.

- Desde o dia que coloquei meus belos olhos em você, demônio do pau grande!

- E que belos olhos, querido.

Empurrei seu corpo para que ele deitasse novamente na cama, montei em cima dele com tudo fazendo ele me penetrar novamente. Comecei meus movimentos enquanto ele apertava minha cintura com suas mãos grandes.

Nessa hora não existia nada.

Não existia meus problemas, a ex noiva cadela sarnenta, meu pai bosta que me abandonou... Nada. Só existia eu, ele e o orgasmo espetacular que estava por vir.

-- Você! - aprontei pra ele - Vai colocar a aprendiz de puta no lugar dela! Você é meu, entendeu, caralho?

- E você! - apertou ainda mais as mãos na minha cintura - Vai dizer aquela cópia mal feita do Jack Chan ficar longe de você! Você é meu, entendeu, porra?

- Eu que te pergunto se você entendeu que se a vaca da sua ex mulher não sair do meu caminho, ela vai ficar vinte dias no hospital? - intensifiquei ainda mais meus movimentos, chegando no meu ápice - Praga desgraçada! Filho da puta gostoso.

- Acho bom você ter entendido que a próxima cantada que o Tuan Luhan passar para você na minha frente, o próximo evento que iremos comparecer será o velório dele? - nisso senti ele pulsar dentro de mim, gemendo alto - Gostoso de uma figa.

Baixei minha cabeça, fazendo com que meus cabelos caíssem em meus olhos. Minha respiração estava agitada, nossos corpos suados e colados um no outro. Jungkook sentou comigo ainda em cima dele, me abraçando forte.

A vontade de chorar veio com força, mas engoli a seco.

- Agora você não me escapa, Jimin. Você vai me contar tudo, mas tudo mesmo.

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