O aniversário é meu, mas quem ganha presente é vocês. Aproveitem💜

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Park Jimin

Fui caminhando em passos rápidos até a sala dele. Não sei porque, mas minhas mãos e pernas estão tremendo. Eu não consigo raciocinar direito depois das palavras de Jeongyeon.

Será que ele falou algo a ela que a deixou furiosa? Mulher maluca! Deve estar fantasiando coisas. Tenho que parar de ver filmes melosos, isso está acabando com meu raciocínio e minha forma de pensar.

- Queria falar comigo? - disse entrando na sua sala e sentando na cadeira em frente a sua mesa.

- Sim - ele falava e digitava rapidamente algo em seu Notebook - Tenho uma proposta pra te fazer.

- Diga - amo quando falam isso para mim.

Geralmente vem coisa boa por aí.

- Quero que vá comigo no desfile deste ano.

Oi? Então realmente ele estava falando sério? Mas isso não tem sentido nenhum. A doida da ex poderia ser uma maluca de pedra, mas tenho que reconhecer que a puta sabia fazer um trabalho excelente.

- Eu achei que você não estava falando sério, Jungkook... - falei meio hesitante.

- Por que acha isso? - perguntou olhando sério pra mim - Por que eu brincaria em um assunto tão sério desses?

- Eu acho que tem pessoas mais qualificadas para isso. - eu não sei por que porra eu estou tão nervoso.

Ah não! Não, não, não!

Ele larga a caneta depois de assinar algo em algumas folhas, se encosta na cadeira com aquela posição relaxada me dando a visão do paraíso. Não fantasie com ele agora! Não fantasie com ele agora! Pense no Yoongi usando biquíni, isso, Porra! Não ajudou nenhum pouco, porque é outro Deus grego que eu não duvidaria nada que ficasse mais gostoso ainda dentro de um biquíni.

Eu sei, minha imaginação é mais suja que passado de político corrupto e mais fértil que cadela no cio!

- Algum problema, Park? - coloquei a mão disfarçadamente na boca e fechei os olhos por alguns segundos, deixando minha cabeça de lado.

Preciso ir pra igreja rápido!

- Vai se foder! - Falei baixo mas o desgraçado escutou

Ele tem todos os motivos para me demitir, e se não for um "vai se foder" que vai me deixar sem meu emprego amado, não vai ser mais nada nessa vida.

- Vem foder comigo! - disse voltando a analisar os documentos que havia assinado como se nada tivesse acontecido.

Que ele não faça esse convite duas vezes, senhor!

- Então, chefe! - praticamente gritei, fazendo ele pular de susto na cadeira - O desfile, estou sem entender nada... Pode continuar.

- Sim, Park o desfile - disse voltando a me olhar com aquela cara de que está dominando todo o ambiente. Para com isso, merda! - Eu falava sério quando disse aqui que você faz um excelente trabalho e que gostaria muito de lhe dar essa oportunidade.

- Choquei - falei e ele me olhou sem entender - Abismado, lavado a seco, passado e guardado.

- Aqui está o contrato - me entregou as folhas que estava assinando antes - Nele está tudo esclarecido, as pautas do evento, quantos dias será, o seu salário bônus.

- Salário bônus?! - Perguntei animado que pareceu uma criança que acabou de escutar do avô que vai ganhar doce

- Salário bônus, Park. Deixe-me continuar

- Quem sou eu para impedir, continue - agora a conversa ficou mais interessante e eu estava tremendo menos.

- Vão ser quinze dias. Você viaja comigo e volta comigo. Eu e minha mãe fazemos parte de todo evento, damos palestras para os convidados, ajudamos a organizar o desfile e muitas outras coisas a mais. Você me auxiliará em tudo, horários e folgas está tudo escrito no contrato, se quiser levar pra casa para analisar, fique a vontade.

- Não será necessário. Se você está dizendo, está dito - falei folheando as folhas por cima, pois paciência pra ler tudo isso aqui, nem Deus vai me dar.

- Fico feliz com esse seu comentário. - sorriu.

- Aproveita que não é sempre.

- Você acha que eu não sei disso? - rimos juntos - Se você aceitar, viajaremos no domingo pela manhã. O evento começa a dar início na segunda, mas teremos que ir antes para darmos o start.

- O desfile dura exatamente quinze dias? - perguntei curioso. Eu não tinha detalhes do desfile mas sabia que era um evento esperado um ano inteiro.

- Não. Ele dura uma semana, a semana antes usamos para os preparativos, burocracia, essas coisas.

- Entendi.

A ideia de viajar com ele era sim tentadora, eu precisava sair e me dar essa oportunidade, ainda mais que vi o valor por cima do bônus que receberia dessa viagem, seriam quinze dias muito bem pagos. Com o valor eu poderia guardar e quitar algumas contas básicas, não estavam atrasadas mas eu detesto ficar devendo.

De repente a realidade me pega com tudo.

Tae estava na minha casa e a ideia dele sozinho e desprotegido, me atinge como se fosse um tiro no peito. Ele ficaria vulnerável para o Félix e isso não era nada bom.

Agora eu estava entre a cruz e a espada.

Tenho certeza que Namjoon não se importaria se eu viajasse a trabalho e eu ficaria tranquilo em relação a ele, pois tenho certeza que meu irmão sabe se cuidar melhor que ninguém.

- Algum problema, Jimin? - Jungkook perguntou preocupado.

- Aparentemente sim - suspirei - Aceitaria de muito bom grado, chefe, mas deixar Taehyung sozinho está fora de cogitação.

- Ele não ficará sozinho. Se é por isso, meus seguranças farão a segurança dele vinte e quatro horas. Mas ele precisa entender que não pode ir na esquina sem os meus seguranças.

Eu fiquei pasmo.

Fiquei totalmente sem fala e sem reação. Jungkook não teria nenhuma obrigação de fazer a segurança do meu amigo só para que eu viajasse a trabalho. O certo era ele me olhar agora e mandar eu me virar em vinte, caso eu quisesse alguma coisa dentro da empresa dele. Mas não, mais uma vez ele está aqui, tentando ser o alfa protetor na minha vida.

Mas o porquê disso? Eu irei descobrir.

- Por que isso? - perguntei em um sussurro.

- Quantas vezes eu tenho que dizer a você que não está mais sozinho? - ele disse isso tudo me olhando intensamente nos olhos.

- Já pedi a você para parar com isso! - eu gritava para meu subconsciente se acalmar ou eu iria pular no pescoço dele.

- Quero saber quem vai me obrigar a parar.

- Não faz eu sentir ódio de você, Jeon! - eu quero dar na cara dele agora.

- É dois trabalhos que terá. De ficar com ódio de mim e depois não ficar mais, Park.

- Não quero isso! - nem sei mais as palavras que saíram da minha boca.

Levantei exaltado.

Odiava quando uma pessoa tentava me ler, odiava quando isso acontecia.

Não, eu não estou tentando afastá-lo, eu não estou tentando acabar com tudo isso, mas o abandono do meu pai, me fez ser uma pessoa fechada para problemas. Me tornei um ômega que acredita que pode resolver qualquer problema sozinho.

Sem a ajuda de ninguém.

Não estou acostumado com proteção, não estou acostumado com um alfa me olhando com tanto desejo e carinho ao mesmo tempo. E isso está me assustando demais. Pode ser imaturo da minha parte, mas eu não estou sabendo lidar com um alfa desses tendo intenções que não sei qual são, além de sexo, só sei que sentir ele perto, tocando meus braços é algo surreal.

- O que você não quer? - nisso passou as mãos de leve dos meus braços para meus ombros - Viajar comigo? - passou a ponta do nariz e lábios de leve no meu pescoço - Ou me deixar te proteger? Você tem medo que eu descubra todas as suas fraquezas, por que você sabe - nisso ele deu um beijo leve no meu pescoço que me fez fechar os olhos - Que o dia que eu descobrir cada pedacinho que te tira fora do chão, você vai estar aqui - nisso me abraçou forte de lado, sussurrando no meu ouvido - Protegido nos meus braços.

- Jungkook - gemi em um sussurro

- Isso mesmo, pequeno - sussurrou de volta - Você nem sabe ainda, mas eu já estou marcado em cada parte sua. Então aceite, venha comigo para Londres. Prometo que seu amigo estará protegido.

- Não me perdoaria nunca se algo acontecesse com ele na minha ausência.

- Nada vai acontecer, eu garanto. Confie em mim.

Nisso voltou para a sua mesa, pegou a caneta e estendeu a mesma na minha direção, fazendo expressões de expectativa, que quase me fez rir de lado. Eu olhava pra esse alfa que me tirava o chão de todas as formas desconhecidas possíveis.

- E então? O que me diz? - ele perguntou esperançoso.

- Com uma condição! - eu disse e ele abriu um sorriso enorme e merda, acho que me apaixonei.

- Irei para trabalhar e sei que o filho do senhor Tuan irá também - falei - Gostaria que tirasse da cabeça dele essa história de me fazer desfilar ou fotografar. Não gosto de me expor

- Sim, o que quiser!

Me estendeu ainda mais a caneta e eu peguei sorrindo. Folheie as folhas até chegar na última onde se encontrava sua assinatura perfeita, e assinei do lado meu nome completo. Sorri ao saber que irei embarcar em mais uma aventura, ainda mais do lado dessa tentação que me fez ter sonhos eróticos com ele.

- Não faça eu me arrepender, Jeon. - Falei com um sorriso sapeca no rosto.

- Isso é outra coisa que eu posso garantir também. Que você não irá se arrepender, mocinho.

Eu arrepiei dos pés a cabeça agora.

Meu pai amado, juro que não queria pensar no mascarado gostoso, mas não deu. Foi impossível não lembrar dele me prensando na parede e me chamando de mocinho bem no meu ouvido com aquela voz sexy pra caralho. Mil vezes merdal

- Algo de errado? - por que ele está sorrindo pra mim.

- Nada não. - resolvi provocar - Lembrei que sábado à noite tenho um compromisso importante, mas não se preocupe - falei já indo em direção a porta, porque se eu ficasse mais alguns segundos aqui, eu ia pular no pescoço dele - Estarei bem disposto no outro dia para viajarmos.

Virei para ele de volta me apoiando na porta e a visão que eu tive, vai fazer meu dia ficar ainda melhor. Meu chefe se encontrava escorado na ponta da sua mesa, com aqueles braços enormes cruzados evidenciando seu peitoral delicioso. E pior, ele me olhava com aquele sorrisinho debochado.

- Será que vai? - me perguntou e sorriu ainda mais.

Tirano de uma figa!

(...)

O resto do dia foi tranquilo. Consegui colocar a agenda de Jungkook em ordem para depois da viagem e revisei alguns possíveis contratos e os arquivei na sala de arquivos. Almocei com Wendy e Jackson, esse que estava enchendo meus ouvidos sobre a minha viagem com meu chefe, pois segundo eles, meu chefe quer alguma coisa comigo. Se quer eu não sei, mas sei que sexo entre eu e ele é praticamente certo.

E confesso que minhas mãos coçavam para que esse dia chegasse logo. E seria magnífico se fosse nessa viagem. Eu mataria o que estava me matando. O desejo e o tesão enorme que eu sentia por ele.

Como aquela Jeongyeon poderia ser tão burra em largar um alfa desses? Existem ômegas tapados nesse mundo e Jeongyeon está aí como prova viva.

Wendy e Jackson voltaram antes para a empresa e eu aproveitei e passei numa lojinha de livros para comprar um livro que eu já estava namorando a muito tempo. Assim que saí da loja senti meu celular vibrar no meu bolso e quando vi era um número que eu não conhecia e que eu não tinha salvo na minha lista de contatos. Resolvi atender.

- Alo?

Nada.

O sujeito do outro lado da linha não falava nada.

Fiquei com um medo enorme e parei no meio da calçada, olhei para os lados para ver se não seria nenhuma pegadinha ou algo do tipo e para meu desespero não era. Eu ouvia a respiração da pessoa do outro lado da linha. Eu li uma situação dessas em livros, mas não imaginaria que poderia acontecer comigo na vida real.

- Quem está falando? - tentei mais uma vez e nada.

Desliguei e voltei para a empresa correndo, dei graças a Deus que era perto da loja que eu estava. Tenho certeza que eu não estava bem, minhas mãos suavam e eu tremia todo. Corri com todas as minhas forças.

A sensação ruim percorria meu corpo por inteiro, minha cabeça girava e todo o almoço que estava no meu estômago estava fazendo uma festa dentro de mim.

Deus que eu não passe mal durante o dia. Eu não via nada na minha frente, eu só corria e senti um pequeno alívio quando cheguei na empresa, mas para minha surpresa dei de cara com um paredão de músculos que me seguraram pelo braço me impedindo de cair.

- Fugindo de alguém, Park?

Olhei pra cima e encontrei os olhos preocupados de Yoongi, que estava com um semblante de que não estava entendendo nada. Se ele soubesse que nem eu estava...

- E-eu... Não...

Eu não conseguia dizer uma palavra pois eu estava sentindo o pânico que me tomava sempre que eu me encontrava em situações que eu não sabia lidar. E eu sabia exatamente do que eu precisava. Se eu não me acalmasse, eu tinha a sensação de que eu ia explodir a qualquer momento.

Saí correndo de perto de Yoongi e fui direto para os armários que se encontravam perto do refeitório da empresa. No armário se encontrava minha bolsa que dentro dela estava meu refúgio. Peguei uma garrafinha pequena de água que tinha dentro da bolsa e de lá tirei meus comprimidos que me faziam sentir mais calmo. A loucura e o desespero era tanto que eu tomei dois de uma vez só.

Sentia os remédios descerem pela minha garganta junto com a água e como meu psicológico era bom, eu já estava me acalmando.

- O que você tem, Jimin?

Me virei assustado com uma mão no peito e a outra atrás de mim escondendo meu frasco de remédio para que ele não visse, pois a expressão de Yoongi, parado na minha frente com as mãos no bolso me olhando sério não era nada agradável.

- O que você está fazendo? - perguntou chegando mais perto de mim - O que você está escondendo aí atrás?

- Ora, o que mais eu poderia esconder? - perguntei rindo de nervoso - Eu não estou escondendo nada, ora essa, por que eu esconderia algo?

- Não sei - deu de ombros - Me diz você!

- Você não acredita em mim? - perguntei ofegante, pois eu sentia meu coração bater mais rápido que o normal.

- Não.

- Essa doeu, Min. Doeu, lá no fundo! - fingi estar ofendido para ver se ele esquece essa história e vai embora daqui.

- Não senti nada, que engraçado... - - fingia não se importar - Você vai falar ou vou ter que descobrir?

- Saia daqui, versão piorada do Jungkook!

- Me respeita que eu sou melhor que ele. Anda, Park, é pra hoje!

- É sério, Yoongi! Não é nada.

Se tem uma coisa que eu descobri sobre Min Yoongi é que ele é um alfa sem um pingo de paciência. Ele fez três perguntas pra mim e eu não respondi nenhuma, o resultado foi ele vim em minha direção com passos largos e com expressou fechada.

Eu queria por as mãos no rosto e fazer aquela expressão no rosto igual aquele emoji assustado por que essa era minha expressão por dentro.

Yoongi passou o braço esquerdo nas minhas costas com um movimento só e tirou o frasco da minha mão com uma perfeição que eu fiquei apavorado e surpreso ao mesmo tempo. Se afastou lendo o conteúdo do frasco com as sobrancelhas franzidas e depois olhou pra mim com uma cara nada boa.

- Tô cagado? - perguntei abrindo os braços impaciente.

- Isso aqui é uma grande cagada, Jimin! - me mostrou o frasco indignado - Desde quando você toma esse caralho aqui?

Olhei para a parede constrangido, envergonhado e com ódio de mim mesmo por deixar ele descobrir desse jeito que eu tomava remédios fortíssimos para ansiedade e depressão. Isso vicia e alguns deles são praticamente considerados drogas.

- Vou ficar falando com as paredes, Jimin?! - Yoongi já estava bravo e isso era novidade pra mim.

- Não é para fins que você pensa...

- Devo ficar aliviado?

- Sim, deve! Pois não me drogo com eles, mas sim, pra aliviar alguns... Sentimentos....

- Você está com algum tipo de problema emocional?

- Yoongi.. - falei hesitante

- Me responda, Jimin!

- Por favor, só não conte a ninguém!

- Não contar a ninguém? - Yoongi ria, claramente nervoso - Você tem sorte que fui eu que te peguei, garoto! Porque se fosse Jungkook, aí sim você ia estar todo fodido. Desde quando você toma essa merda?

- Desde os meus dezoito anos... - sussurrei torcendo para que ele não tenha escutado - Yoongi é sério, não conte a ninguém, muito menos para o Jungkook.

- Por que você faz isso?

- É complicado, Yoongi! Eu não gosto de falar dos meus problemas.

- Para uma pessoa que não gosta de expor os problemas, hoje você deixou transparecer direitinho, não acha? Por que você veio correndo da rua?

- Recebi uma ligação estranha, a pessoa não falava nada e eu ouvia somente a respiração. Me apavorei e o resto você sabe.

- Faz tempo que isso vem acontecendo?

- A primeira vez foi hoje.

- E por que você toma isso desde os seus dezoito anos? - perguntou olhando para o frasco novamente.

- Aí você quer o cu e quer raspado ainda? - Me virei colocando minha bolsa no lugar. Me virei para ele novamente e estendi a mão para que ele me devolvesse o frasco.

- Isso aqui - me apontou o frasco - Fica comigo!

- Eu te quebro inteiro! Me devolva isso logo, Min!

- Você vai falar pra mim ou prefere falar para o Jungkook o porquê de você tomar antidepressivos desde os dezoito anos? Você está sabendo que isso pode te matar em questão de segundos?

- Por favor, Yoongi! - cheguei perto dele unindo minhas mãos - Eu prometo que irei me cuidar e um dia eu falo, mas não agora, é um assunto que mexe muito comigo. Mas posso garantir que não me drogo. Eu tomo esses antidepressivos para acalmar minha ansiedade e para que eu não sinta dores. Mas por favor, Yoongi, não diga nada a Jungkook, não pelo menos por enquanto.

- Jimin, não sei se você percebeu, mas meu amigo se importa demais com você, mais do que você imagina. Então não o deixe no escuro por muito tempo. Só queremos ser seus amigos, e amigos ajudam uns aos outros.

- Eu sei, eu...

- Não é isso que você fez pelo seu amigo? - concordei afirmando com a cabeça - Então, agora que somos seus amigos, jamais deixaremos algo acontecer com você.

- Obrigado, Yoongi! - Sorri e ele sorriu de volta.

- Querido, compre um café decente para aquele seu apartamento que depois conversamos, beleza?

- E quem disse que você vai na minha casa de novo? Quem te convidou?

- Eu encho essa sua bunda de tapa, Park Jimin!

- Vai encher a bunda de quem de tapas, Min Yoongi?

Ouvimos a voz de Jungkook entrando no refeitório e meus olhos só faltaram saltar para fora, Yoongi rapidamente e disfarçadamente colocou o frasco no bolso da sua calça. O olhar que ele me deu me passou calma como se ele me dissesse com o olhar que tudo ia ficar bem.

- Acha que tem só você na fila, otário? - Yoongi falou rindo recebendo um soco no ombro.

- Acho! Porque? Quem mais tá na fila? - Jungkook perguntou com sangue nos olhos olhando para nós dois.

Eu mereço.

- Iludido que só ele! - Yoongi riu ainda mais da cara do meu chefe.

- Experimenta para ver o que te acontece.

- Fala assim não, que eu me apaixono, Senhor Jeon.

Aproveitei para sair de fininho e fui em direção a presidência, pois eu não ficava nenhum segundo mais naquele ambiente com aqueles dois. Estou mais aliviado por saber que Yoongi manteria, por enquanto, meu segredo seguro. Mas agora fiquei ainda mais pressionado e tentado a falar com Jungkook sobre isso.

Pai me dê forças porque irei precisar!