Capítulo 07 - Meia Noite Na Dinamarca
Summer
Jamie se afastou, levando meu pulso até os lábios.
— Sua temperatura está subindo — ele sorriu.
— Acredito que você fez um ótimo trabalho cuidando de mim.
Ele se levantou com um pequeno riso, fazendo com que eu fizesse uma pequena careta de decepção.
— Eu preciso resolver a questão dos quartos para hoje.
— Que questão?
— Preciso confirmar se vão ter mais um quarto disponível. Sabe, esse lugar pode estar lotado em plena temporada — ele zombou, me fazendo rir.
Eu sorri diante de seu comentário, antes de entender o que ele queria fazer.
— Então você quer outro quarto?
— Bom, acredito que seja necessário — ele me observou.
— Eu não diria necessário. Esse quarto é aconchegante e a cama é espaçosa. Temos uma lareira. Me diz, qual a possibilidade de você conseguir outro quarto com lareira? — eu tentei soar o mais natural possível.
Ele estreitou os olhos, voltando a se sentar ao meu lado.
— Eu diria que a possibilidade é baixa.
— Além disso, nós sabemos que uma pessoa não deve ser deixada sozinha depois de cair em um lago congelado. Eu preciso me manter aquecida — eu ofereci um sorriso inocente a ele.
Ele se inclinou em minha direção, ficando com o rosto a poucos centímetros do meu.
— Suponho que como foi minha culpa você ter caído no córrego…
— Lago congelado — eu o corrigi.
— Aquilo estava longe de ser… OK, era um lago congelado — ele decidiu concordar comigo ao ver a expressão em meu rosto.
— E sim, você praticamente me jogou no lago congelado. Então, tem total responsabilidade por mim.
Seus lábios logo cobriram os meus, movendo-se por eles com cuidado, se inclinando sobre mim até que eu estivesse deitada no chão com ele por cima. Levei a minha mão até seus fios ruivos, desejando não me afastar dele tão cedo.
Jamie, porém, não cumpriu meu desejo, se levantando quando alguém bateu à nossa porta. Eu permaneci deitada, encarando o teto enquanto ele atendia a porta.
— Não, ela está melhor — eu ouvi ele avisar alguém — nós ficaremos com o quarto… certo…
Ele fechou a porta, voltando para junto de mim.
— Eu vou ter que descer para pagar pelo quarto.
— Claro, eu vou tomar um banho e tentar falar com a minha mãe.
— Eu posso te emprestar o meu celular se você quiser — ele me ofereceu o aparelho.
Eu o segurei com um sorriso estampado no rosto.
— Você não tem medo que eu descubra seus segredos? — eu zombei.
— Eu não tenho imagens comprometedoras e o resto está em mandarim. Então, não, eu não tenho medo.
Não pude evitar rir diante de seu comentário, segui até o banheiro, que contava com uma banheira antiga, a colocando para encher antes de digitar o número de minha mãe.
Como será essa conversa?
Enquanto aguardava, voltei para o quarto, apanhando uma toalha limpa antes de me fechar de vez no banheiro. Minha mãe demorou um pouco para atender, e quando sua voz finalmente soou do outro lado, meu coração disparou.
— Alô.
— Mãe. É a Summer.
— Summer? O que aconteceu? Você sumiu, me deixou preocupada.
Eu suspirei ao ouvir seu tom. Fazia horas que eu tinha mandado mensagem para ela avisando que eu estava na Dinamarca. Eu ainda acreditava que conseguiria chegar a tempo por algum tipo de milagre.
— Eu sinto muito. Está tudo dando errado e eu perdi meu celular.
— Summer, Que história é essa de Dinamarca? Você disse que chegaria hoje de manhã.
— Eu sei, mas teve uma confusão com o trem noturno. Ao invés de ir para Londres, acabei na Dinamarca, e estou presa aqui até amanhã — eu me preparei para sua reação.
— Summer por favor, como você espera que eu acredite que você foi parar na Dinamarca por acidente? — sua voz soou impaciente.
— Mas é a verdade — eu protestei.
Coloquei a chamada no viva voz antes de começar a me despir, deixando o aparelho em uma banquetinha ao lado da banheira.
— Eu sei que você não gosta do Sam e não o considera bom o bastante. Mas você podia se esforçar um pouco por sua irmã.
Aquela declaração trouxe de volta toda a frustração que senti antes. Entrei na água, que estava agradavelmente quente, deixando o calor me envolver por completo, me livrando de vez de qualquer resquício daquele frio.
— Me esforçar um pouco? Mãe, nos últimos dois dias eu fiquei presa em um país desconhecido no meio de uma nevasca, embarquei numa viagem de trem, passei infindáveis horas em poltronas desconfortáveis, fiquei presa em um banheiro minúsculo, fui assediada, e quando eu pensei que teria o mínimo de conforto, descobri que estava em um trem para a Dinamarca, por fim quando eu tentava conseguir sinal para falar com você eu caí em um lago congelado enquanto e ainda perdi meu telefone. — eu coloquei tudo para fora de uma vez — Você ainda me acusa de não me esforçar?
— Você caiu em um lago congelado? — sua voz soou alarmada do outro lado.
— Não foi nada grave. Jamie me tirou de la depressa e cuidou de me aquecer.
— Quem é Jamie?
Droga, esqueci que ia omitir o detalhe de estar viajando com um cara que eu mal conheço.
— É um rapaz que conheci na Romênia. Ele também precisava chegar a Londres e estamos viajando juntos.
Eu ouvi minha mãe respirar fundo do outro lado da linha.
— Você está cruzando a Europa com um rapaz que você não conhece? Você perdeu o juízo? Ele poderia ser um assassino!
— Mãe, eu perguntei e…
— VOCÊ PERGUNTOU SE ELE ERA UM ASSASSINO?
Foi minha vez de suspirar diante de sua reação. Eu sabia que seria assim.
— Não foi meu melhor momento. Mas ele é legal. Não precisa se preocupar.
— Não preciso? Você está em outro país, sem celular e com um homem desconhecido. Mas está tudo bem, afinal, você perguntou se ele não é um assassino!
— Na verdade, eu perguntei se ele era um sequestrador — eu a corrigi, me divertindo com sua reação.
— Meu Deus! Eu nunca mais vou te deixar viajar sozinha!
— Olha, ele sugeriu isso quando nós nos conhecemos — não pude deixar de gargalhar.
— Summer, isso é sério!
— Eu sei que você se preocupa, mas ele é um cara legal, de verdade. Eu me sinto segura com ele.
E aquilo era verdade. Apesar de todo nosso conturbado início, Jamie sempre me passou uma sensação de segurança. Coisa que eu não sentia com muitos antigos conhecidos em Los Angeles.
— Então, me conta. Ele é bonito? — minha mãe questionou.
Eu afundei meu corpo na água quente, soltando um longo suspiro diante da pergunta.
— Ele é muito bonito. Mas também é inteligente, charmoso, engraçado e gentil.
— Summer, você está apaixonada!
Minha mãe me acusou, me fazendo engasgar.
— O quê? Não! Não estou. Além disso, ele precisa urgentemente de um banho de limpeza espiritual ou algo do tipo. — Eu comentei enquanto ensaboava meu corpo — Você não acreditaria no tanto de coisas que deram errado na vida dele nos últimos dias.
— Apenas na vida dele?
— O que você quer dizer?
— Summer, tudo o que você tinha que fazer era entrar em um avião, fazer uma conexão em Londres e vir para casa, e agora você foi parar em um lago congelado da Dinamarca!
Não pude evitar rir de seu comentário. Mas estava na hora de encerrar de vez aquela conversa.
— A Autumn está aí?
— Sim. Ela já desconfia. Esteve perguntando sobre você. Vou chamá-la.
Eu aguardei em silêncio até que a voz infantil e vacilante de minha irmã soou do outro lado.
— Summer?
— Hey Pumpkin — Eu forcei um sorriso sem saber como começar a explicar tudo o que aconteceu.
Um breve silêncio recaiu sobre nós, mas não durou muito.
— Você não vem, não é?
— Eu sinto muito Pumpkin. Eu estou presa por causa do clima. Eu prometo tentar muito chegar amanhã.
— Mas você prometeu que estaria comigo à meia-noite. Você disse que soltaríamos fogos juntas!
— Eu sinto muito, Pumpkin. Eu…
Um barulho surdo de uma porta batendo do outro lado me interrompeu, logo em seguida a voz da minha mãe voltou ao telefone.
— Sinto muito, querida. Ela está chateada.
Eu suspirei desanimada. Aquela era a última coisa que eu queria, desapontá-la outra vez.
— Eu vou falar com ela, tente ligar de novo mais tarde — Minha mãe sugeriu antes de encerrar a chamada.
Eu me encolhi mais uma vez dentro da água, me sentindo péssima por toda a situação. Foi quando um barulho soou no quarto.
— Jaime, é você?
Eu me levantei, saindo da banheira e me enrolando na toalha.
— Eu já usei o seu celular e…
Me surpreendi ao abrir a porta do banheiro e encontrar o quarto deserto.
Jaime
Eu saí depressa do quarto antes que Summer me pegasse espiando a conversa com sua família. Eu não conseguia descrever o sentimento que crescia em meu peito desde que ouvi os elogios de Summer.
Não esperava que ela me visse daquela maneira. Na verdade, fazia muito tempo desde que alguém se referisse assim sobre mim.
Apesar de tudo o que ela falou para Meilin mais cedo, eu não pensei que estivesse sendo sincera, e sim que apenas quisesse provocar minha ex noiva.
Não pude conter o pequeno sorriso de despontar em meus lábios enquanto descia as escadas que me levariam de volta a recepção da pousada. Eu queria lhe dar um verdadeiro motivo para sorrir em meio aquele caos, e não demorei para traçar um plano em minha mente depois de ouvir sua conversa com a irmã.
— Sr. Burton, precisa de algo? — Pernilla questionou com seu sotaque carregado.
— Sim, eu preciso de ajuda com algo — eu oferecia à mulher um meio sorriso, esperando que ela me ajudasse a fazer tudo o que eu planejava para mais tarde.
***
As horas se passaram e eu me mantive ocupado. Quando enfim voltei para o quarto, Summer tinha adormecido encolhida na cama.
Observei-a por um momento. Ela estava tão tranquila. Em nada se parecia com o furacão que era quando acordada.
Deixei-a dormir um pouco mais, indo tomar um banho antes de despertá-la. Ela devia estar exausta depois de todos esses dias sem dormir em uma cama de verdade. Mas quando saí do banheiro, ela já acordara e estava sentada com uma expressão confusa.
— Onde você se meteu? Você sumiu — ela reclamou.
— Desculpe, eu estava resolvendo algumas coisas — eu expliquei, subindo no colchão.
— Você não tinha só que pagar pelo quarto? — Summer ficou desconfiada.
— Tive outras coisas para fazer — eu me inclinei, beijando seus lábios com carinho.
— E você vai me contar?
Ela se afastou um pouco para olhar em meus olhos.
— Ainda não. Mas você vai ver assim que se arrumar.
Ela franziu o cenho, sorrindo com uma expressão confusa.
— O que você quer dizer?
— Você não planeja passar a virada do ano de pijama, não é?
— Por que não? Parece bom para mim — ela se espreguiçou, voltando a se deitar na cama.
— Acredite em mim, eu tenho uma ideia melhor.
— Eu vou ter que ouvir mais sobre essa ideia antes de deixar esta cama.
— Assim deixaria de ser surpresa. Mas eu te garanto que você vai gostar.
— Tudo bem, eu vou me arrumar — ela se arrastou para fora da cama, me fazendo sorrir — seu celular está na mesa de cabeceira, obrigada por me emprestar.
Eu peguei o aparelho, estranhando o número de notificações em meu Facebook. Não pude evitar me surpreender quando abri o aplicativo.
— Você postou uma foto sua no meu face?
— Você gostou? Eu adorei essa foto!
Eu encarei a foto sem saber como reagir. Sim, era uma bela foto e ela ficara muito bonita junto à lareira do quarto. Mas…
— Férias na Dinamarca com a melhor atriz do mundo? — Eu a encarei ao ler a legenda em voz alta.
— Muito obrigada pelo elogio — ela gargalhou enquanto revirava sua mala — Onde está aquele vestido…
Eu me calei, sentindo-me confuso com tudo o que estava acontecendo. Quando entreguei meu celular a ela, não esperava que fosse fazer algo assim. O que vão pensar de mim? Minha família sequer sabe sobre o fim do meu relacionamento com a Meilin. E meus amigos. Era fácil saber o que estavam pensando pelos comentários, que não eram poucos, na foto.
— Hey, você ficou chateado? Me desculpa — ela se aproximou com uma expressão preocupada.
Eu não consegui formular uma frase para lhe responder naquele momento.
— De verdade, eu sinto muito. Não pensei que você fosse se importar. Você me deixou sozinha aqui e eu estava entediada e sem o meu celular. Você pode apagar — ela se sentou ao meu lado.
— Todos já viram e estão comentando — eu respirei fundo, bloqueando a tela do celular antes de jogá-lo na cama.
— Desculpe, eu não sabia que você não queria que soubessem sobre mim. Eu apenas pensei que seria engraçado — ela segurou minha mão.
Summer parecia realmente preocupada por eu ter ficado chateado. Mas era outra coisa que me incomodava em toda aquela situação.
— Bom, as pessoas estão achando engraçado — eu forcei um sorriso — uma verdadeira piada.
— Como assim?
— A maioria dos comentários diz que eu provavelmente peguei uma foto de uma modelo aleatória no google e postei para tentar parecer bem — eu expliquei.
— Uau, pensam que sou uma modelo?
Uma pequena risada escapou de meus lábios com seu comentário. Foi nisso que ela focou?
— E pensam que sou um patético mentiroso — eu apontei.
Ela subiu em meu colo, colocando uma perna de cada lado do meu corpo, olhando em meus olhos.
— E quem se importa com o que eles pensam?
— Eu me importo. São meus amigos — eu franzir o cenho.
— Se fossem seus amigos, te apoiariam e não te acusariam de mentir. Então você não deve se importar com a opinião deles.
Sim, ela tem razão. Eu não deveria me importar tanto com isso. Summer deve ter visto isso em meu rosto, já que me deu um beijo rápido antes de se levantar.
— Agora eu preciso de um tempo para deixar meu lado modelo florescer — ela zombou, voltando a procurar um vestido em sua mala.
Algumas horas depois eu estava guiando Summer pelos corredores que nos levaria a sala de jantar da pousada onde todos já estavam reunidos.
Summer me acompanhava com ansiedade. Ela estava muito bonita com um vestido curto de lã vermelho, meia calças preta e um par de botas que iam até seus joelhos.
— O que você está aprontando, Jamie?
— Eu soube que dariam uma festa de ano novo e pensei que seria legal participar. E você está linda, mas vai precisar se agasalhar um pouco mais para mais tarde — eu a instruí.
Ela me encarou com o cenho franzido, parando de caminhar em seguida.
— Por quê? A temperatura está agradável aqui.
— Você vai ver — procurei manter o silêncio antes de abrir a porta para a sala de jantar.
Pernilla nos recebeu com alegria, nos apresentando para o par de casais que estavam ali. Apesar de não conseguir compreender o que diziam, eles foram gentis o suficiente, e com a ajuda de Pernilla, tivemos uma noite agradável ao lado de todos.
Summer parecia não precisar falar a mesma língua que eles para fazer amizade, e até o fim da pequena festa, ela já postara outras fotos nos meus Stories, afirmando que aquilo provaria a todos que eu não estava mentindo.
Quanto mais próximos estamos da meia-noite, mais eu notava o bom-humor de Summer diminuindo, dando lugar a uma sombra em seu olhar que não me agradava em nada. Mas se o que eu planejei der certo, ela ficaria melhor logo.
Não resisti beijá-la quando o relógio bateu meia-noite, iniciando um novo ano da melhor maneira possível. Eu esperava que aquele fosse um sinal de que as coisas começariam a melhorar para mim.
— Você não está pensando em me levar lá para fora, não é? Está nevando! — Summer reclamou enquanto nós vestíamos nossos agasalhos no quarto alguns minutos depois que todos os convidados haviam partido.
— Apenas confie em mim, Summer. Você vai gostar — eu garanti, a arrastando para fora.
Nós procuramos manter o silêncio enquanto seguíamos pelos corredores desertos da pousada, pois não queríamos incomodar ninguém naquele horário.
Como combinado, Aksel, o marido de Pernilla nos esperava no saguão.
— Estão prontos? — ele questionou com um sotaque tão carregado quanto o de sua esposa.
— Eu me prepararia melhor se soubesse o que está acontecendo — Summer reclamou.
— Seu namorado quer te fazer uma surpresa — o homem explicou, fazendo Summer me lançar um olhar divertido.
— Tudo bem, vou parar de perguntar. Me surpreenda, Burton! — ela zombou.
Summer parecia um pouco insegura em embarcar no snowmobile que Aksel nos emprestou. Ela parou ao meu lado, sussurrando enquanto o homem arrumava as caixas no outro veículo.
— Jamie. Você não espera que eu suba nessa coisa, não é?
— Está com medo? — eu a provoquei.
— É claro que estou, já passa da meia-noite, está nevando e não conhecemos esse lugar. Eu nem sei se você sabe dirigir essa coisa! — ela devolveu.
— Por isso Aksel está aqui, ele sabe onde estamos indo. E não se preocupe, eu sei pilotar um Snowmobile.
Ainda que relutante, Summer embarcou logo atrás de mim, enlaçando minha cintura com seus braços, descansando o rosto em minhas costas.
— Eu vou ficar muito brava se você nos jogar em uma vala — ela me avisou.
Eu me limitei a sorrir antes de nos colocar em movimento, seguindo Aksel com cuidado através da trilha rodeada de árvores que nos levava para dentro do bosque que nos rodeava.
Não demorou para que chegássemos no topo de uma pequena colina, de onde era possível ver a pequena cidade.
— Vou preparar tudo, está quase na hora — Aksel avisou enquanto eu procurava o lugar com o melhor sinal do celular.
— Hora de quê? Jamie, o que está acontecendo? — Summer se encolheu dentro do próprio casaco quando uma rajada de vento nos atingiu, eu fiz a chamada de vídeo programada.
Não tive tempo de responder, pois a chamada logo foi aceita, e a mesma mulher que me atendeu mais cedo surgiu na tela.
— Olá Srª. Monroe, estamos na hora certa?
Summer me encarou surpresa, vindo em minha direção ao ouvir com quem eu estava falando.
— Sr. Burton, onde está a Summer? — a mulher sorriu de maneira cordial.
— Ah meu Deus, mãe! O que está acontecendo? — Summer praticamente tomou o celular da minha mão, parecendo esquecer todo o frio de antes.
— Seu novo amigo encontrou uma maneira de contornar sua situação com a Autumn. — a mulher explicou antes de gritar — Filha, a Summer quer te ver.
Eu me afastei, dando um pouco de privacidade às duas, indo checar com Aksel se tudo estava certo. Ótimo, faltam três minutos para uma da manhã, em breve será meia-noite na Escócia.
Eu retornei para onde a Summer estava falando com a irmã. Pude notar seus olhos marejados enquanto sorria.
— Eu juro que quando chegar aí, vamos soltar fogos e faremos nosso próprio ano novo — ela prometeu a uma garotinha de cabelos encaracolados dourados e óculos.
— Eu espero que você chegue logo — ela suspirou do outro lado — eu queria muito que você estivesse aqui.
— Eu também queria, Pumpkin…
— Pelo menos eu posso ajudar com a parte dos fogos — eu comentei, atraindo a atenção de Summer.
— O que…
Foi quando deu uma hora da manhã, e como combinado, Aksel soltou os fogos que conseguimos trazer, iluminando o céu, fazendo uma expressão surpresa tomar conta de Summer enquanto sua irmã gritava de animação do outro lado da tela.
Eu me aproximei, a abraçando e beijando o seu rosto com carinho, me sentindo satisfeito pelo brilho que despertei em seu olhar, antes de sussurrar em seu ouvido.
— Feliz ano novo.
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