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Esse capítulo vai ser mais de ligações, o que torna ele mais pequeno, então...

Itálico é Louis.

Harry é normal.

-X-

No dia seguinte, Harry estava simplesmente... Perdido.

Louis não estava ali e ele se sentia um babaca.

Porque ele tinha dito aquelas coisas, afinal? Sono? Álcool? Os dois?

Você é uma merda, Harry Styles.

A verdade é que ele não achava justo o que Louis queria fazer com ele, mas depois de acordar e pensar com a mente clara, ele se colocou no lugar do menor, percebendo que eles estavam tão apegados que uma viagem pareceria o inferno para os dois.

Harry procurou o celular por toda a cama e quarto, e quando o finalmente encontrou, na sala, Harry discou o número de Louis, mas o mesmo foi para a caixa postal.

- Como eu faço para morrer? - Ele grunhiu, deixando o corpo cair no sofá e ficar com a a cara contra a almofada.

- Porquê tanto drama, garoto?

Harry gritou de susto quando ouviu a voz de Gemma, entrando em sua casa. Ele se sentou, tentando acalmar a respiração e olhando feio a irmã.

- Eu acordei com uma ressaca... - Ela mandou para o ar, mexendo nos cabelos e se sentando ao lado de Harry. - Eu estava tão bêbada que eu nem disse para vocês que... CARALHO, VOCÊS VÃO CASAR! EU TE DISSE DESDE O INÍCIO GAROTO, EU TE DISSE QUE ISSO IA DAR COISA! E AGORA VOCÊS ESTÃO NOIVOS! OH MEU DEUS! MEU IRMÃO ESTÁ INDO CASAR COM O CARA MAIS GOSTOSO DA CIDADE! AGHHH!

Pelo menor isso fez Harry sorrir. Eles ainda estavam noivos. Mas logo Harry desanimou, afinal seu noivo não estava ali.

- Onde está Louis? - Ela perguntou, se acalmando também.

- Eu não sei... Ele... Ele viajou. - Disse com alguma dificuldade.

- Viajou? Para onde?

- Algum lugar, eu não sei Gemma. - Harry se curvou perante os joelhos, agarrando os seus cabelos e os puxando de leve.

- Como assim você não sabe? Era suposto você sa-

- Porque veio aqui? - O cacheado suspirou, a interrompendo.

- Eu vinha ver vocês. - Ela sussurrou.

- Bom. Nós não estamos. - Ele lamentou. - Apenas Harry. Harry sem Louis. - Harry caiu para o lado, rosto tapado pelo travesseiro de novo.

- Awn, seu bebê. - Ela disse acariciando o cabelo do mesmo. - Quanto tempo ele foi?

- Eu... Eu não sei.

Mas que caco, hein?

-X-

Harry passou o resto do dia se arrastando pelos cômodos, o seu celular sempre consigo, na espera que Louis fosse retornar a sua chamada. Mas isso não aconteceu.

Harry quase esteve para aceitar o convite de Nick para os dois irem beber, como antigamente, mas havia algo o impedindo.

Louis não estava.

Foi quando Harry estava deitado na cama que ele achou que os céus o estavam ouvindo. O seu celular vibrou e, fora os clichês, seu noivo estava ligando. Ele atendeu o celular, se sentando de imediato.

- Oi. - Louis falou baixo.

- Louis! Oh meu Deus, me desculpa! Você está bem? Eu te magoei? Me perdoa, querido, eu não queria.

- Não, Harry, está tudo bem. - Louis fungou. - Eu devia ter te falado e eu só... Eu só não... - Outra fungada.

- Você está chorando?

- Eu não queria ter vindo. E-eu... Era trabalho e e-eu... precisava.

- Não, amor, não chore, está tudo bem. - Harry assegurou. - Eu me pus em seu lugar e... Eu não quereria me despedir de você também. - Suspiro. - Mas o que você estava pensando fazer não era a melhor solução.

- Eu sei. - Louis parecia se acalmar. - Eu só não tinha outra.

- Eu tenho saudade sua. - Confessou, caindo na cama de novo e se cobrindo, encolhido. - Essa cama está fria sem você.

- Eu estou frio sem você. - Disse.

- Não faz isso. - Pediu. - Onde você está?

- Na varanda do hotel. - Respondeu casualmente.

- Não, Louis. - Harry riu. - Onde você esta mesmo?

- Oh, perto! - Exclamou. - Umas dez horas de viagem ou assim. Eu não sei.

- Perto... - Murmurou mais para si.

- Eu não estou noutro país. - Retrucou, provando seu ponto.

- Isso parece o inferno nos perseguindo. - Retorquiu.

- Imagine. - Louis riu.

Harry suspirou, seu bebê estava rindo de novo, graças a Deus.

- Você deveria estar aqui, a gente faria pazes com sexo e seria bem mais divertido.

- Não faz isso. - Louis o imitou. - E, primeiro, não é 'sexo' é 'amor'.

- Onde estava o seu 'amor' ontem, quando você disse que a gente ia transar no banheiro?

- Urgh. - Louis murmurou. - E, segundo, a gente não estava brigando.

- Você saiu sem me dizer nada, me deixando a dormir como idiota que eu sou.

- Na verdade, eu beijei você.

- Isso é estrupo. - Retrucou.

Louis riu de novo e Harry acabou sorrindo por isso. Graças a Deus.

- Me desculpa. - Harry disse, mais sério dessa vez.

- Está tudo bem, Hazz. - Ele murmurou. - Nós não precisamos falar mais sobre isso. Eu prometo que a gente transa quando eu chegar. - Louis riu de novo, e aí Harry sabia realmente que estava tudo bem.

- No banheiro? - Provocou, relembrando.

- No chuveiro. - Falou sedutoramente. - Você sabe... Daquela vez em q-

- Que você se constipou? - Harry riu anasalado, as mãos passando vagamente pela borda da boxer.

- Daquela vez que - Louis aclarou a garganta, retomando a sua frase - Você me fodeu tão bem qu-

- Tão bem que você se constipou? - Harry tentou, ele tinha que se livrar dessa.

- Onde você está? - Louis questionou.

- Na cozinha. - Mentiu. - Você ainda está na varanda?

- Não m-mais. - Louis gemeu sôfrego.

- O que você está fazendo, babe? - Harry provocou, sabendo perfeitamente.

- N-nada. Eu preciso ir.

E assim Louis desligou, deixando um Harry com um sorriso de lado a encarar o celular. Ele baixou a sua boxer, passando o dedo na glande, a circulando. E tal como ele esperava, segundos depois, Louis estava ligando de novo.

- Sim? - Harry chamou, divertido e começando a bombear o seu pênis.

- Eu estou... Oh. Caralho. - Louis xingou, tentando falar direito.

- Está tudo bem, Louis? - Brincou, olhando a sua mão, subindo e descendo, imaginando a pequena de Louis ali, apertando algumas vezes.

- Ahhh... Você.

Harry quase que podia derreter, neste caso, gozar.

- Sim?

- Eu quero você... Aqui. - Ele gemeu de novo.  - Me... Oh! F-fodendo.

- Louis, você está se tocando... ?

- N-Sim. - Quase mentiu. - Eu não devia?

- Você devia estar fazendo isso aqui.

- Se eu estivesse aí, eu não precisaria.

Os dois se mantiveram em silêncio, quase.

Pelo menos eles não falavam, propriamente.

Eles desligaram a ligação com "eu te amo" abafados e um Louis quase dormindo, logo depois de os dois gozarem.

-X-

- Nick? - Harry olhou o moreno alto na sua frente, que acabara de bater na sua porta.

- Parabéns! - Nick o abraçou, pegando as mãos de Harry em seguida. - Parabéns, Harry, de verdade.

- Huh, obrigado, eu acho. - Harry coçou a cabeça.

- Eu vi na revista! - Nick explicou do que estava falando. - Eu nem acredito que Mark deixou você fazer isso!

- Ele disse que queria me ver feliz. - Contou.

- Sei. - Nick riu.

-X-

- Faz dois dias Louis. - Foi a primeira coisa que Harry disse quando Louis atendeu o seu celular.

- Não, não faz. - Louis riu. - Amanhã de manhã faz dois dias.

- Olhe, seu... Urgh. Faz uma eternidade e eu estou quase morrendo. - Harry resmungou.  - Ah, e Nick nos desejou felicidades.

- O quê?

- Nick nos d-

- Você esteve com Nick?

- Ele veio cá, na verdade. - Disse, com toda a casualidade.

- Na sua casa?

- Já pensou que daqui a pouco tempo vai ser nossa casa? - Harry tentou mudar de assunto, sabendo que isso ia acabar em alguma ciumite.

- Nós podemos terminar quando eu voltar? A parede já deve estar mais que seca. - Louis reclamou.

Fazia dias que Harry ficava dizendo que eles não podiam se mudar ainda porque a parede estava secando. E depois já era "porque cheira muito a tinta".

- Eu vou começar a achar que não quer mais se mudar. - Louis prosseguiu.

- Claro que quero! - Foi rápido a responder.  - Mas-

- "Não podemos ir para lá respirar aquele ar" e blablabla. - Louis imitou, fazendo uma voz engraçada. - Sei.

- Amor... Quando você voltar, eu prometo que a gente termina. - Mentiu. - A CASA! - Ele completou. Louis riu, riu alto e Harry acabou por rir com ele.

Louis respirou fundo, deixando a brincadeira de lado.

- Eu te amo. - Louis declarou.

- Yeah? - Brincou. - Eu te amo de volta.

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