|| 25 ||
No fim do dia, já escurecendo, Louis ainda estava na água e Harry na areia, à espera do mesmo. Dessa vez sozinho. Zayn apenas se fora embora porque Niall e Liam fizeram Harry prometer que levaria Louis para casa do Zayn mais tarde, e disseram que Harry podia ficar lá também. Não é como se Louis não fosse insistir para que isso acontecesse... Zayn ainda não estava satisfeito então decidiu ameaçar Harry, dizendo que o mesmo tinha que dar carona para Louis mesmo que este tivesse puto com ele, pois ''Zayn sabe que ele estaria''.
Zayn estava errado. Louis não estava assim tão puto.
Quando Louis pisou na areia seca, segurando a sua prancha com uma mão, Harry nem o notou abanando a cabeça de um lado para o outro que nem um videoclipe. Harry estava, então, olhando a areia que nem um louco, como se tivesse algo realmente interessante ali.
- Hey. - Louis disse, enterrando a prancha.
- Você já pensou em como toda essa areia veio aqui parar? - Harry perguntou sem encarar Louis ainda, arrancando uma risada do mais pequeno ao ver o maior hipnotizado com algo tão simples como areia.
Louis olhou à volta de Harry e depois o estacionamento.
- Os bastardos levaram a minha roupa? - Louis continuava olhando à volta esperando a roupa aparecer como por milagre.
- Oh, eu nem notei. - Harry finalmente olhou Louis, arregalando os olhos logo em seguida, vendo o mais velho de boxers. Louis havia tirado o fato de surf. Harry relaxou o rosto. - Eu posso te emprestar a minha camisola. - Harry disse rapidamente, abanando a cabeça, quase como tirando pensamentos impuros da sua mente, substituindo estes pela confiança que Louis tinha em Harry ao se despir em frente a ele.
- Aí, você ficaria sem camisola.
- Mas você não ficaria só de boxers. - Harry contra argumentou, vendo Louis se sentando ao seu lado.
- Oh, então me dê suas calças também. - Louis riu, pegando a areia que estava à volta da mão de Harry para a colocar em cima da mesma, sem sentindo nenhum.
- Aí, eu ficaria de boxers. - Harry riu também, sacudindo a sua mão. - Oh, espere! - Harry lembrou, se levantando atrapalhado. - Eu acho que tenho uma t-shirt no carro, da última vez que eu dormi no Nick. - Harry disse, começando a procurar o próprio carro no estacionamento. - Fique aí. - Harry disse avistando o automóvel.
- Maldito Nick. - Louis rangeu por entre dentes, olhando o quão lindo o mar parecia estar debaixo daquele pôr de sol.
- Aqui. - Harry chegou, atirando a camisola na cara de Louis que, por de baixo dela, fez uma cara feia. Louis a abriu e esticou na sua frente vendo o tamanho dela. - Oh, sim, ela vai ficar grande em você.
- Isso é de Maldito Nick? - Louis quase cuspiu, quase atirando aquilo para longe. Harry riu com o apelido que Louis não iria abdicar.
- Não. - Harry gargalhou. - É minha.
- Eu preferia que fosse de Maldito Nick. - Louis falou, arfando, enquanto enfiava a cabeça na camisola e os braços.
- Sim, claro. - Harry riu e encarou a imensidão de água à sua frente.
- É verdade. Eu aposto que isso aqui cheira a... - Louis assegurou, enfiando a cabeça dentro da camisola afim de sentir o seu cheiro. - Você colocou perfume nisso? - Louis encarou Harry, quase perplexo.
- Não.
- Você pôs. - Louis insistiu.
- Eu não pus. - Harry contradisse.
- Pôs sim.
- Ok. - Harry respondeu, querendo mudar de assunto. - Nós devíamos ir porque Niall me fez
- Niall? - Louis interrompeu encarando Harry de novo. - Você está gostando dele?
- Oh Deus. - Harry atirou para o ar. - Quando você vai deixar de pensar que eu ando por aí gostando de pessoas a torto e a direito?
- Isso é um não?
- Não.
- Não, não é? Ou, não, é um sim?
- O quê?! - Harry ficou confuso. - Eu não gosto de Niall. - Ele concluiu por fim.
- Continue. - Louis disse ainda fixando nas belas esmeraldas de Harry, fazendo o mesmo não descolar das pérolas dele.
- O quê?
- O que estava dizendo.
Era impossível. Era como se Louis soubesse que o olhando assim, Harry não diria alguma coisa coerente.
- Então... - Harry pigareou, olhando para longe de Louis e os seus olhos hipnotizantes. - Liam me obrigou
- Não era Niall? - Louis interrompeu de novo, e, num ato de puro reflexo, Harry o olhou de novo se permitindo ficar 3 segundos olhando antes de desviar de novo. - Me está evitando? Eu tenho a cara suja? - Louis disse, esfregando e apalpando a própria cara.
- Não. - Harry disse, pegando as mãos do mais baixo e as pousando na areia.
- Não o quê? Não está me evitando ou não tenho a cara suja?
- Porque está tão irrequieto hoje? Agora? - Harry fez o mesmo que Louis havia feito até agora: Interrompê-lo. Louis se fechou e encarou o mar de novo, não exigindo o olhar de Harry dessa vez. - Então... - Harry continuou. - Liam e Niall me obrigaram a prometer que te levaria para casa de Zayn mais tarde.
- E se eu não quiser ir? E se eu preferir ficar em casa com você?
Harry tentou esconder a surpresa que ganhou com a resposta de Louis, o que não foi difícil sendo que Louis não olhou mais Harry após este ter dito que Louis estava irrequieto.
- Zayn fica puto. - Harry respondeu como se nada fosse.
Desde quando Louis preferia Harry aos seus amigos, ao que pareciam de toda a vida? Era, no mínimo, um elogio ao ego de Harry.
- Zayn! - Louis gritou, estalando uma mão na outra, como um plim. - Me conte agora! - Louis lembrou do assunto anterior.
- Louis, eu não acho que - Harry fora, mais uma vez, interrompido, mas, dessa vez, Louis se tinha sentado em cima dele, o fazendo deitar, e o prensado na areia, prendendo as suas mãos no peitoral do maior, uma perna para cada lado. Harry parecia apavorado.
- Vai. Não saio daqui enquanto você não contar.
- Eu podia viver com isso. - Harry assustou Louis mas depois o descansou soltando uma risada rouca. - Porque você não pergunta para Zayn? - Harry questionou, suspirando, quase derrotado.
- Porque eu quero saber de você. - Louis simplesmente disse.
- Não me obrigue a jogar baixo, porque eu não vou contar para você. - Harry olhou as suas mãos no meio da areia e pensou, seriamente, em jogar Louis nela. Louis seguiu o movimento e se apressou a segurar as mãos do mais novo na areia, levantando os seus braços e prendendo as suas mãos nas dele, mantendo-as na areia, tornando impossível Harry se mexer sem ao menos magoar algum deles. - Hum, ok. - Harry pigareou, ou tentou. Até uma lampadazinha aparecer mesmo ao seu lado, tudo imaginação. - Sabe Louis... - Harry riu torto com a sua própria ideia. - Sua bunda grandona, apenas de boxer, está sentada diretamente em cima de meu
- Oh Deus! - Louis saltou de cima de Harry, se atirando para o lado. - Porque não disse logo?! - Louis delirou enquanto Harry caía na gargalhada por seu plano ter resultado e pelo facto de Louis estar aos saltinhos na areia.
- Eu estava brinc-
- Você ficou duro? Merda, eu deixei você duro? Isso é ruim?
- Eu não disse isso. - Harry se pronunciou mas Louis parecia não ouvir.
- O quão ruim? - Louis perguntou como se Harry tivesse sequer afirmado alguma coisa.
- Lou, você
- Isso não significa que você gosta de mim, significa? Eu já fiquei duro por raparigas que não gostava. Você não pode gostar de mim! - Louis delirou ainda mais e começou aos saltos na areia, como se tivesse enterrando algo ali. - Você não pode gostar de mim porque eu gosto de você! - Louis falou fazendo Harry abrir os olhos mais do que ele conseguia. - Espere! Isso não devia soar assim. - Louis se ajoelhou à frente de Harry e pegou a sua cara, totalmente divertida com a situação. - Eu gosto de você do jeito hetero.
- Lou. - Harry riu e logo se recompôs com medo de que o pequeno ficasse chateado. - Eu não gosto de você desse jeito homossexual e eu não fiquei duro. - Harry declarou tirando as mãos de Louis da sua cara as segurando. - Quer ver? - Harry brincou e logo Louis se apressou a tapar os olhos.
- Mas você disse que
- Eu estava brincando. - Harry interrompeu. Louis desatou a bater no braço de Harry e no seu peitoral.
- Seu bastardo! - Louis resmungava, ainda agredindo Harry.
- Você deliraria assim se eu gostasse de você?
-Fazemos assim. - Louis se sentou nas próprias pernas. - Você me pergunta isso quando a gente estiver na cama, de madrugada, acordados, de olhos fechados.
- Porquê?
- Esse é nosso mundo. E tudo o que a gente falar lá não pode ser sequer prenunciado cá fora. Consegue fazer isso?
- Perfeitamente.
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Adorem! Adorem!
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