Ele estava sufocando. Vagarosamente, a boca era preenchida, impedindo as vias respiratórias de cumprirem suas funções. Não havia ar que entrasse; não havia dor que partisse; não havia conforto para o seu socorro; não havia prece para a sua partida; não havia quem o quisesse aqui.

— Hoseok…! — ele gritou. Ou achou que o havia feito. Ultimamente, achava muito sobre muitas coisas que não haviam acontecido.

Tudo era muito denso, muito confuso, de mais para aquela mente atormentada de tantos dias no frio, na fome, na falta do amor corrompido. Seria pedir de mais que ele conseguisse a realização de um último pedido? Porque era isso que aconteceria: a morte iminente. Ao menos um último sopro de paz poderia perpassar seus lábios rachados, molhar sua língua lixa.

As unhas curtas arranhavam a esmo, enclausuradas ali, aterradas ali, abandonadas ali, desamadas por ele. Os olhos mergulhados no breu queriam chorar.

Se Jimin pudesse ter qualquer poder naquele momento, escolheria voltar no tempo e ter ficado em casa naquela terça-feira chuvosa, dia esse em que sua cafeteria favorita estava fechada, em que sua folga do trabalho foi adiantada sem o seu conhecimento, em que todos os sinais expressavam em berros que deveria estar em casa, na segurança do seu quarto onde Hoseok não poderia lhe abordar com um sorriso gentil de sutis covinhas e seu café favorito em mãos, perguntando sobre o caminho para qualquer lugar que pudesse abriga-lo da garoa. Porque Jimin deixou-o abrigar-se em seu coração e esse foi o seu erro fatal.

《🐍 》

E como sempre meus textos são a captura de um momento e não o contexto geral com todos os devidos detalhes, peço desculpas por isso (na vdd não, mas a gente finge que sim).
Quem sabe algum dia eu consiga voltar a escrever short e long fics pra vocês não terem de sofrer com isso ️🤷🏻‍♀️
Até lá, agradeço pra caralho cada pessoa que passa por aqui.
xoxo - Ella