• 𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟸𝟻 •

Boa leitura!

QUE DROGA, CATHERINE!

Por, Tom...

Entro no quarto da Cath, nós vamos dormir juntos, nada demais na verdade, e também não é a primeira vez.
Acabo me distraindo quando me lembro de que já fazia um tempo que eu não dormia aqui. Não que eu costumava vir no quarto dela, só que...Eu não sei explicar, só faz um tempo, já.

Cath diz que já faz quase 3 anos que eu não vinha aqui, ou seja, quase o mesmo tempo desde que conheci a Lea.
Eu não sou burro, pode parecer mas eu não sou! Eu sei que desde que conheci a Lea eu me afastei um pouco de todos, principalmente da Cath...E isso não era justo.

Ela diz que não tem boas lembranças de nós naquele quarto e eu a entendo. Infelizmente maioria das vezes que nós dormimos aqui juntos era por conta de alguma crise que ela estava tendo.

Mas não é só isso, nós também tivemos ótimos momentos aqui, ela pode não lembrar mas temos sim.
Como quando eu a ajudei a organizar o quarto todinho assim que ela mudou para esse apartamento. Ou quando ela me fez pintar o quarto todo pois tinha comprado uma cama, e estava cismada que a cor não combinava com o quarto.

E principalmente no dia em que ela teve sua última consulta, tinha sido uma fase difícil para nós dois e principalmente para ela, que sofreu tanto, tendo que fazer aquelas consultas e tomar aqueles remédios fortes.

Me lembro como se fosse ontem, ela estava alegre, tinha um brilho nos olhos...

* Flashback On

— Tom... Quer dizer que acabou? — Cath me olhou.

— Acabou sim, minha pequena. — sorri para ela. — Não precisa mais tomar esses remédios, nem ir a consultas... Você está livre disso, Cath! — passei a mão em seu rosto.

— Eu...Eu nem acredito! — ela me abraçou.

Catherine agarrava minha cintura forte, e eu envolvi meus braços em suas costas a apertando. Até que escutei ela começar a chorar e comecei a abraçar ela mais forte ainda.

— Não precisa chorar, já acabou pequena. — passei a mão por seus cabelos.

— Eu sei, é que...— ela desfez o abraço e me olhou. — Obrigada, Tom! Obrigada por tudo o que você fez por mim esse tempo todo. Obrigada por aturar todas as minhas crises e cuidar de mim quando eu mais precisei! — seus olhos brilhavam. — Obrigada por ter ficado quase um ano comigo nessa luta e principalmente, por ser meu melhor amigo!

Era tão lindo ver os olhinhos da minha princesa brilharem dessa forma. Ela estava feliz, eu estava feliz e não havia nada que pudesse atrapalhar isso.

Oh minha pequena...— me aproximei dela. — Tudo o que eu fiz foi porquê eu te amo!
Eu faria tudo de novo se fosse preciso, eu jamais Cath...Jamais na minha vida te deixaria sozinha. Eu sempre vou estar aqui ao seu lado quando você mais precisar! — peguei em suas mãos.

— Eu te amo! — ela falou sorrindo, e fechou os olhos, deixando uma lágrima descer.

— Eu também te amo, pequena! — enxuguei sua lágrima e beijei sua testa.

— Vem, temos que comemorar! — falei.

— Acabamos de voltar de uma festa Tom, está chovendo pra caramba, o que mais você quer fazer? — perguntou rindo.

— Sim, nós curtimos uma festa com nossos amigos. Mas agora, vamos curtir só eu e você! — sorri para ela.

— Tom...O que você está fazendo? — coloca as mãos na cintura, seu tom era de repreensão.

— Espere e verás! — peguei meu celular, colocando uma música.

— Tom...Eu não acredito que colocou essa música! — ela falou sorrindo e negando com a cabeça.

— Você ainda lembra? — me aproximei dela.

— Claro, foi do baile de máscaras que teve na escola, nós dançamos juntos. Na verdade, você estava dançando com aquela garota a... —parou um pouco pensando. — Elizabeth! A mais popular da escola, então depois veio dançar comigo... Até hoje não entendi o porquê. — ela sorria lembrando.

— Você estava sozinha em um canto sentada, e eu disse para a garota que iria até você. Então ela disse para eu escolher entre ela e você, e... Bem, eu escolhi você! — me aproximei mais.

— Tom, por que fez aquilo? Ela era a mais popular naquela época, todos os meninos se matariam só para ficar perto de uma garota como ela... E você a deixou sozinha?

— Realmente, eles se matariam por uma garota como ela. Mas eu prefiro e sempre preferi garotas como você! — peguei em suas mãos.

— Você não existe! — sorriu.

— Agora, vamos dançar até essa chuva passar! — nós dois sorrimos.

E assim foi naquela noite. Nós dançamos aquela música enquanto a chuva caía do lado de fora.

* Flashback off

Sorri ao lembrar daquela noite, realmente foi uma noite especial. Então, por que não criar outra? Quem sabe assim, a Cath tenha bons motivos para se lembrar desse quarto.

— Me concede está dança? — coloco a música e pergunto a ela.

— Tom, eu não acredito que...

— Shh... — interrompo ela. — Apenas relaxe, e entre no ritmo da música. — puxo seu corpo contra o meu.

🌈

Estamos dançando, esse momento deveria ser para relembrar o passado e o que vivemos naquela noite. Mas algo ali estava diferente, não era a mesma coisa... E eu sabia exatamente o que era.

A Catherine, ela mudou...Não é mais aquela menininha que eu protegia na escola, não é mais aquela garota que tinha problemas emocionais.
Agora é uma mulher! Uma linda mulher, e que está com seu corpo completamente colado ao meu em uma dança romântica.

Eu sei, sou um filho da puta por estar pensando nisso mas é difícil quando se tem uma mulher em seus braços.

Catherine rebola sua cintura junto com a música, e toda vez se esfregava um pouco no meu pau.
E

u sei que não é de propósito, afinal, eu que a chamei para dançar. Eu deveria parar por aqui mesmo, eu só não consigo.

Ela está com os braços em volta de meu pescoço, as vezes ela fica na ponta dos pés fazendo com que sua boca ficasse na curva de meu pescoço.

Eu não sei porquê, mas quando me dei conta minhas mãos estão na cintura dela a puxando para mais perto... Como se isso fosse possível.

Sinto seu corpo se arrepiar e esse foi o suficiente para fazer meu amiguinho querer dar vida.

Droga Catherine!
Eu estava excitado!

Paro de dançar e ela fica confusa.

— Está tudo bem? — ela pergunta.

—Está...É só que...— não consigo falar.

—Só que? — ela me incentiva a dizer.

— Eu não sei como dizer isso... — coço a cabeça.

— Apenas diga, Tom. — ela parece preocupada.

— Cath, você é uma mulher linda! — elogio ela sem saber como começar.

— Obrigada? — ela diz confusa.

— Quero dizer que você me deixou excitado! — falo de uma vez sem olhar em seus olhos.

• Por, Catherine...

Espera, ele disse o que?

— O que? — pergunto confusa.

— Você ouviu, eu não vou repetir! - ele fala sem olhar nos meus olhos ainda.

Só aí eu percebo e olho em direção a calça dele e... PUTA QUE PARIU!

Gente, o que isso???

— Tom...eu...eu não sei o que dizer! — tento não olhar para o pau dele mas era difícil.

— Só pare de olhar, por favor! -
— ele vira de costas.

Será que ele sente atração por mim novamente? Será que ele me ama?

— Catherine me desculpa, eu estou muito envergonhado, isso jamais deveria ter acontecido. Você é como uma irmã para mim, eu não sei o que aconteceu...Por favor, não ache que eu tenha segundas intenções, pois eu não tenho!

Parabéns, Tom!
Você conseguiu estragar tudo, mais uma vez!

— Tom, eu...

— É melhor eu dormir na sala, me desculpa... — me interrompe. —Boa noite! — ele sai do meu quarto me deixando sozinha.

Eu não acredito que ele teve coragem de fazer isso, mano... Sério, qual o problema dele?

Se ele estava excitado é porque sente algo, não?
Não é possível que eu tenha que passar por tudo isso, meu Deus!

Espero um tempo e vou até a sala, já chega de correr atrás dele, se ele não sente nada por mim. Eu preciso esquecer tudo o que aconteceu de uma vez por todas!

— Tom? — o chamo, me aproximando.

— Sim? — ele estava sentado no sofá com a cabeça jogada para trás.

— Podemos conversar? — pergunto.

— Sim, senta aqui. — aponta para o lado dele.

— Olha, Tom... Eu...

— Catherine, eu preciso dizer. — me interrompe. — Eu nunca, jamais na minha vida pensaria de você nessa forma, eu juro. Eu não sei o que aconteceu comigo, quer dizer, na verdade eu sei. — pega em minhas mãos. — Cath, você se tornou uma mulher, e uma mulher muito atraente e bonita. Eu sou homem, por mais que eu tente, não posso ignorar esse fato.
Nosso jeito um com o outro, nossas brincadeiras, nossa intimidade... —suspira. — Isso já deveria ter mudado, nosso comportamento já deveria ter mudado a partir do momento em que eu virei um homem e você uma mulher.
Não estou dizendo que vou me afastar de você, jamais! Eu só quero dizer que precisamos impor alguns limites em certas coisas, para evitar que isso que aconteceu hoje, aconteça novamente.
Eu amo a Lea, vou me casar com ela. Você não faz ideia de como eu estou me sentindo culpado com tudo isso! Me desculpe, de verdade!

Eu juro, não sei se dou um soco na cara dele ou saio correndo para bem longe.

Como ele pode dizer isso para mim? Impor limites? Quer dizer agora que eu preciso de uma permissão para abraçar ele?
Mas que porra!

Porque ele faz isso comigo? Me faz ir do céu ao inferno em questão de segundos. Faz com que eu me sinta a mulher mais feliz para depois me decepcionar bruscamente.

Eu tô cansada de correr atrás dele, cansada de me humilhar por atenção. Eu o amo, e por isso vou me afastar, para que eu não me machuque mais...Eu sei que vou sofrer, não vai ser fácil, mas eu não suporto mais ter que passar por isso, não mais!

— Você tem razão Thomas, é melhor a gente impor um limite nisso! — solto minha mão da dele.

— Não, Cath... Eu não quero dizer que vou me afastar de você, eu adoro a sua amizade...Eu só... não quero que nada mude entre nós, só isso! — tenta se argumentar.

— Eu entendi, você está certo! - forço um sorriso. — Aliás, acho que já devemos começar com isso... —me levanto do sofá. — É melhor você ir embora! — vou direto ao ponto.

— O que? Espera, você não quer que eu fique? E se você passar mal novamente? — ele fica meio confuso.

— Tom, eu acho que já estou bem grandinha para cuidar de mim mesma! Não se preocupe, eu vou ficar bem! — ando até a porta. — Sua mulher deve estar com saudades, é melhor você ir.

— Sério mesmo? Obrigada, Cath! Você não faz ideia de como preciso vê-la! —  pega suas coisas e vem até a porta.

— Me desculpa te dar todo esse trabalho, seja aqui ou no hospital...Me desculpa ter feito você passar a noite no hospital, prometo que não vou mais te incomodar! — dou espaço e ele passa na porta.

— Cath, Não fala assim por favor eu...— bato a porta na cara dele.

Ele não bate na porta, não fala nada. Apenas escuto seus passos se afastando e ele indo embora.

Rapidamente começo a chorar, e aquela maldita sensação volta.
Eu já sabia o que estava por vir... E agora  não teria ninguém para me ajudar.

O amor da minha vida acaba de sair pela porta da minha casa para sempre. Daqui a menos de 2 meses ele vai se casar e sabe onde eu vou estar?
Eu vou estar aqui, sofrendo por ele, chorando noite e dia por não ser eu no lugar da Lea.

Chorando por um dia eu ter aceitado ir para aquele maldito bar e ter minha vida completamente fodida!

Tom quer espaço, ele vai ter!
E nunca mais, nunca mais mesmo, pretendo vê-lo novamente.

♥️

Aaah gente, tadinha dela 😭😭😭

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top