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Tinha umas 2 horas que Maria Taina tinha ido embora.
Entro na cozinha e pela a minha infelicidade meu pai estava lá. Ignoro totalmente a presença e pego um copo para beber água.
Daniel - mal estou te vendo ultimamente - ele começa e eu suspiro já sabendo onde isso vai acabar.
Bárbara - estou sempre aqui,você que não está - digo se forma bruta e bebo um gole de minha água.
Daniel - como assim ? Estou todos os dias em casa.
Bárbara - é como se não tivesse,sempre foi assim! Imagino que não é agora que vai mudar. Mas relaxa,você não me faz falta desde quando eu tinha 10 anos e parei de ser idiota.
Daniel - como você ousa insinuar que não sou presente na vida das minhas filhas? - coloco o copo na pia e cruzo meus braços sobre meu peito.
Bárbara - Uh,das suas filhas não. Na minha vida!
Daniel - isso é patético garota,você já tem 17 anos,cresça. Você não precisa da minha atenção frequentemente.
Bárbara - Hayley tem 19 anos e você está sempre presente na vida dela.
Daniel - talvez seja porque ela me dá orgulho. Nunca foi igual você! Uma garota rebelde,que sai,bebe,não liga para nada e não respeita os pais. Você é uma irresponsável,talvez se você fosse diferente te trataria igual trato suas irmãs.
Bárbara - se eu fosse diferente?! Cara,você é doente - mordo meu lábio com força para não chorar - eu fiquei assim por sua culpa! Você sempre cobrou demais de mim,sempre me viu como um objeto para ficar apresentável pros filhos de seus sócios,você não enxerga o tanto que isso é problemático? Você não enxerga que já tem anos que não como direito por sua culpa? Se eu saio ou se eu bebo é apenas uma forma de fugir de toda essa merda que é a minha vida,aqui,nessa casa com você!
Meu pai ri pelas narinas e passa a mão nas têmporas.
Daniel - eu tenho vergonha de você. Vergonha de ter você como minha filha,você é uma decepção - mesmo depois de anos escutando,essas palavras ainda me machucam como se fosse a primeira vez que ele tivesse falado isso.
Não consigo controlar minhas lágrimas e elas começam a cair desesperada pela minha bochecha.
Bárbara - VAI SE FODER! - saio da cozinha e subo para o meu quarto.
Só tinha uma coisa que me acalmava no momento. A cocaína.
Perdi a conta da quantidade de pó que eu cheirei naquela hora. Mas...àquilo não me acalmou.
Desço as escadas correndo e saio de casa. Eu não estava conseguindo controlar minhas lágrimas. Minhas vistas estavam embaçadas e eu começo a andar pelas ruas sem rumo.
Victor - ei,Bárbara - Victor estava saindo de sua casa quando passei em frente. Ignoro ele e continuo andando.
Sinto minhas costas baterem em um muro e Victor coloca suas mãos na parede para me impedir de sair.
Bárbara - Sai!
Victor - porra, o que aconteceu com você - ele segura o meu queixo e começa a analisar o meu rosto - você está drogada?
Bárbara - não,por favor me deixa ir - peço com a voz embargada . Tento sair mas ele não deixa - ME DEIXA EM PAZ,SAI - começo a bater em seu peito.
Victor me puxa para o seu peito e passa seus braços ao redor da minha cintura me abraçando. Fico imóvel.
Bárbara - o que você está fazendo?
Victor - eu não sei o que aconteceu para você ficar assim,nesse estado - ele diz em meu ouvido com uma voz acolhedora - te ver assim é péssimo,quero que você fique bem. Quando estou mal eu gosto de receber abraço,isso me acalma.
Abraço o seu corpo e afundo meu rosto da curva do seu pescoço.
Bárbara - eu estou tão cansada Victor!
Victor - vai ficar tudo bem princesa - sinto os dedos dele fazer carinho da minha cabeça delicadamente.
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