𝑹𝒆𝒊𝒈𝒆𝒏 𝑨𝒓𝒂𝒕𝒂𝒌𝒂 - 𝑴𝒆𝒏𝒕𝒊𝒓𝒂𝒔 𝑽𝒊𝒄𝒊𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔
P.o.v Reigen
Mais um cliente, mais mentiras, mais conversas, entretanto (desta vez) meu querido aluno, Shigeo, não estava presente.
Como todas as vezes, abro a porta para a mulher entrar. Assim que a encaro, meu queixo caí.
Eu pensava que era só mais uma solteirona velha, mas é bem o contrário disso.
-Eh... posso entrar? - Ela questionou, me encarando confusamente.
-P-Pode sim! - Afirmei, dando espaço para ela passar.
Fechei a porta e engoli seco. Eu estou na frente da mulher mais linda que já vi em toda minha vida... Olhe que já vi coisas que até o Criador desconfia!
-O senhor é realmente paranormal, não é? - Ela questiona, se sentando na cadeira em frente a minha mesa.
-Claro que sim, pode confiar em mim! - Confirmei me sentando - Qualquer que seja o seu problema, pode me contar!
Ela olha para baixo por um tempo, volta a me encarar envergonhada e respira fundo.
-Meu nome é S/n S/s, meu problema é paralisia do sono... - Ela conta, parecendo exausta - Minha mãe brinca dizendo que, na realidade, me jogaram uma maldição e que é por isso que ninguém namora comigo. - Ela afirma rindo, mas logo me encara voltando a seriedade - Voltando ao que eu dizia: eu tenho paralisia do sono recorrentemente e isso têm afetado a qualidade do meu sono. O que não pode acontecer de jeito nenhum! Afinal, eu sou executiva e trabalho em escritório é cansativo, se precisa de um sono de qualidade para trabalhar bem!
-Nossa... Eu entendo como é; já trabalhei um tempo em escritório. - Digo me aprumando na cadeira.
-Enfim, teria como me ajudar nisso? Pagaria qualquer coisa pra me livrar disso! - S/n afirma com certo desespero.
A encarei analítico.
-Onde você mora? - Perguntei calmamente - É apenas para o exorcismo.
-Oh... é à algumas ruas daqui. - Ela afirmou mexendo em sua (bolsa/mochila) e retirando um papel - Aqui!
-Hm... é perto mesmo. Engraçado eu nunca tê-la visto por aqui... - Resmunguei intrigado.
-O que disse?
-Ah... Nada! - Declarei nervoso - Enfim, o problema pode estar no seu apartamento.
-É pode até ser... Quando comprei, o antigo proprietário afirmou que havia algo de ruim lá. - Ela contou tranquilamente.
-Desculpe a indelicadeza, mas a moça tem idade pra comprar o próprio imóvel? - Questionei curioso.
"Não quero ser tachado de pedófilo..."
Ela sorriu gentilmente e cobriu a boca com as mãos.
-Eu sei... o rosto engana, mas eu tenho 25 anos.
-25? - Questionei surpreso.
"Graças a Deus..."
-Isso mesmo. - Afirmou sorrindo - Mas vamos aos pôr menores? Quanto?
"Pra você? Até de graça..."
-Uns 100 ienes... - Afirmei vagamente.
-Sério? Só isso - Ela questionou sorrindo - Eu pago 200.
-Não precisa, vai ser bem simples. 100 está bom. - Disse gentil.
-200 ienes, Arakata Sam...
-Guarde seu dinheiro para sair ou coisas importantes. - Afirmo me levantando - E pode me chamar apenas de Reigen.
Ela me encarou sorrindo confusa, se levantando e ajeitando a (bolsa/mochila) nos ombros.
-Okay, Reigen Sam.
-Bom, só preciso que meu aluno chegue. - Falei, encarando meu relógio de pulso - Não gosto de ir sem ele.
-Oh, você tem alunos? - Ela questiona curiosa.
-Sim, sim o Shigeo é praticamente um filho pra mim. - Conto, verificando meu celular.
-Ah... você não tem... - Ela indaga, mesmo sem terminar a frase eu já imagino a pergunta.
-Eh... - Dou uma risada nasal antes de responder - Não, não tive tanta sorte assim.
-Esquisito. - S/n afirma sorrindo.
-O que?
-Acho que "a tal maldição" que minha mãe fala, também 'tá em você! - Afirma rindo.
-Que horror! - Digo sorrindo - Bom, só há uma maneira de descobrir. - Solto no ar, enquanto encaro seus lábios.
-Oxi, que jeito? - S/n indaga curiosa.
-Podemos sair e ver se somos mesmo amaldiçoados. - Sugiro colocando as mãos nos bolsos.
-Reigen... está chamando uma desconhecida pra sair? - Pergunta retoricamente, me encarando com desejo.
Um leve arrepio me tomou e eu sorri torto.
-É assim que tornamos as pessoas conhecidas, não?
Ela sorriu docemente e balançou a cabeça, concordando.
Assim que eu ia sugerir o local de encontro, Mob abre a porta com pressa.
-Reigen Sam?! - Ele me chama ofegante - Ah... Oi.
Ele encara S/n e volta a olhar pra mim.
-Me atrasei muito? - Mob questiona, colocando sua bolsa num canto qualquer.
-Não... - Respondi gentil.
"Podia ter demorado bem mais."
-Então, Shigeo... - Disse sorrindo - Esta é S/s S/n, vamos exorcizar um demônio (aparentemente) no apê dela.
Shigeo a encarou analítico.
-É um prazer conhecê-lo! - S/n afirma animada - Graças a Deus, vamos logo acabar com isso!?
-Mestre, pode me contar, o que essa moça precisa? - Shigeo questiona, se aproximando de mim.
-No caminho eu conto, vamos...
[Quebra de Tempo]
Andamos algumas quadras e paramos em frente ao prédio de S/n.
Subimos até o terceiro andar, quarto 69 e ela parou calmamente em frente a porta.
-Bom, eu moro sozinha, não se assustem se estiver muito bagunçado! - Ela avisa gentilmente.
"As bagunceiras são as melhores..."
Assim que ela abre a porta do apartamento, Shigeo me encara paralisado.
-O que foi? - Questionei preocupado.
-Acho melhor o senhor tomar mais cuidado dessa vez. - Mob afirma encarando o local.
Entramos e encarei o apartamento. Aparentemente tudo normal, se não fosse por um urso de pelúcia que estava encima do sofá, com uma coberta e um notebook ao lado.
-Vocês vão ter que entrar no meu quarto, é isso? - Ela questiona, aparentemente em outro cômodo.
-Sim! - Afirmo animado.
-Mestre, quer que eu vá dessa vez?- Shige questiona calmamente.
-O Covinhas está com aí? - Questiono nervoso.
-O que foi Reigen? - Ele questiona aparecendo atrás de Shigeo.
-Preciso de sua ajuda.
-Aceite o conselho de Mob, desta vez o ser é mais perigoso. - Covinhas afirma encarando o corredor.
-Você não está me entendendo, Covinhas! - Afirmo mais nervoso.
-Aaaaaah... Está interessado na moça? - A "bolinha verde" insinua sorrindo.
-Mestre?! - Shigeo me encara abismado.
-O que foi? Oras, eu sou um homem!
-Aconteceu algo? - Ela questiona de longe.
-NÃO! - Respondo alto.
Aparentemente, ela acreditou.
-Mob, façamos assim. Enquanto eu a distraio, você e o Covinhas vão ao quarto dela e exorcizam o ser. Ok? - Explico o plano rapidamente.
-Por mim, tudo bem. - Shigeo concorda, sem se importar muito.
S/n volta com uma bandeja em mãos, repleta de docinhos e uma garrafa de chá.
-Oh, não precisava. - Afirmei sorrindo.
-Muito obrigado, senhorita S/s. - Shigeo disse se curvando levemente. Eu o imitei.
-Sentem-se, por favor! - Ela pediu sorrindo.
Cutuquei Mob, com o cotovelo, para que ele fosse praticar o plano.
Ele me encarou e fitou tristemente a bandeja de doces.
-Eh... Senhorita S/s... - Shigeo gagueja - Onde é o banheiro?
Ela o encara sorrindo, como se já esperasse por isso.
-É no final do corredor! A porta à esquerda. - Ela indica calmamente.
-Obrigado... - Ele agradece se levantando e indo até o corredor.
-Então... Onde você trabalha? - Pergunto me servindo de um doce chá.
-Ah, é confidencial. - S/n diz sorrindo, tomando um gole de sua bebida quente.
-Hm, ela é misteriosa!
-É apenas trabalho, não me importo muito. - Ela diz, levantando levemente os ombros.
-Imagino que tenha estudado muito, para trabalhar em uma empresa assim...
-É, foram 4 anos. - Conta, parecendo cansada - Mas pelo salário, vale muito a pena.
-Hm e foi assim que uma jovem solteira, conseguiu comprar seu próprio apartamento? - Concluo rindo.
-É, praticamente! - Afirma calmamente - Não gosto de depender das pessoas...
-Isso soou um trauma. - Pontuei a encarando fixamente.
-Talvez. - S/n pondera sorrindo - Mas traumas todos nós temos.
-Hm, me diga os seus então. - Afirmo, me ajeitando no sofá e repousando a xícara na mesa da pequena sala.
-Bom... - Ela hesita, se ajeitando em sua poltrona - Meus pais sempre prefiram meus irmãos, por serem homens (óbvio)...
Ela da uma risada nasal e limpa a garganta.
-Os garotos faziam bullying comigo no colegial... Um pouco na faculdade também. - Conta "dando de ombros" - Minha mãe já chegou a insinuar que eu era lésbica, por causa disso né.
A encaro intrigado, que mãe concluí isso apenas por uma menina sofrer bullying?!?
-E... Eu já sofri assédio do meu chefe. - Conta e logo vira sua xícara de chá, numa golada só - Sua vez.
Respiro fundo e a fito perplexo.
-Acho que os meus são bem medíocres. - Digo sinceramente.
-Pode me dizer, nada vai sair daqui. - S/n afirma sorrindo.
-Sabe que está confiando muito em um desconhecido, não? - Ressalto, pegando um biscoito da bandeja.
-Não vejo motivo pra não confiar em você... - Ela afirma sorrindo - Não sei, eu gostei de você.
Senti meu rosto quente e um sorriso sincero tomar-me.
-Bem... Eu sou um fracassado. - Afirmo rindo - Meus pais "foram de ralo"; não tenho irmãos. Estudei até quase enlouquecer, trabalhei como um condenado por um tempo, mas dei a volta por cima. - Conto tranquilo.
-Uau. - Ela ri - Simples e rápido.
-Ah, eu não era tão popular na escola também. Normalmente as meninas me azaralhavam... Então, no máximo, peguei algumas no bar. - Explico extrovertido.
-Hmmm, "Reigen Senpai"! - Ela insinua rindo.
A encaro rindo, normalmente eu ficaria constrangido.
-Não diga isso, S/n...
-Por que? Te deixa envergonhado? - Ela questiona, enchendo sua xícara com mais chá.
-Não sei quanto tempo meu aluno ficará no banheiro. - Declaro a encarando sorrindo, com um olhar baixo e sugestivo.
-Reigen? - Ela diz, começando a rir.
-Voltei! - Mob diz, aparecendo do nada.
-Você quase me assustou! Quase. - Digo levemente irritado.
-Não é que você estava certo? - Ela afirma, me encarando sorrindo.
"Safada..."
-Vamos para o exorcismo? - Questiono me levantando.
-Vamos! - S/n afirma animada.
[Quebra de tempo]
Ocorreu tudo bem, Shigeo me contou que foi tudo tranquilo e dei meu número à S/n...
Marcamos de ir ao bar que é um Karaokê.
E aqui estou eu, esperando minha musa.
S/n chega, usando um vestido (características), me encarando fixamente enquanto caminha até mim.
Algumas pessoas estão cantando no karaokê, enquanto outras bebem e conversam.
-Boa noite, S/s Sam... - Digo educadamente.
-Oh Reigen, não precisa de tanta cerimônia... - Ela afirma sorrindo.
Pego em sua mão, a puxando para mais perto, repouso a outra em sua cintura e aproximo meus lábios de seu ouvido.
-A única cerimônia que será feita hoje, é a que farei enquanto tirar esse seu vestido...
P.o.v S/n
Mamãe já me contou sobre os homens mais velhos, sempre fui muito ríspida e rápida em dar "toco" nesse tipo de homem.
Mas Reigen...
Pisco algumas vezes e tento entender se, realmente, o que acabei de ouvir é o que acabei de ouvir.
-Reigen?
-Me desculpe... - Ele pede, me encarando singelamente - Não pude me conter diante de tamanha beleza.
-Tem certeza que você não costuma ir a encontros? - Questiono sorrindo.
-Digamos que meu último encontro foi quando eu não costumava usar terno. - Ele diz, dando a entender que foi a muito tempo.
-E por que? - Pergunto curiosa.
-Bom, não existem tantas mulheres atraentes por aqui e... Ando muito ocupado. - Responde pausadamente, encarando meus lábios.
Sinto que estamos muito próximos e que há muitas pessoas a nossa volta.
-Eu poderia dizer que estava esperando por você... - Ele sorri - Mas eu jamais esperaria alguém tão magnífica!
Dou uma risada nasal e toco em seus braços.
-Reigen, se quer só ir pra cama comigo, era só dizer.
-Eu quero casar com você. - Ele diz vidrado, me encarando sincero.
Travo.
-Que?
-Eu não tenho tempo para brincadeiras... E sinceramente, transar não é algo tão divertido, quando não se tem amor pela outra pessoa. - Reigen diz com veracidade, seus olhos brilham enquanto ele apertava a mão contra a minha cintura.
-Mas, nós só nos conhecemos há algumas semanas. - Ressalto nervosa.
-Não estou dizendo que vamos nos casar amanhã... - Ele ri - Mas eu adoraria que fosse...
-Acho que precisamos de um lugar mais reservado ... - Digo vasculhando o local com os olhos.
-Venha comigo. - Arakata pede, não soltando minha mão e me guiando entre as pessoas.
Fomos para os fundos e saímos pelos fundos, parando em um beco.
A única iluminação eram as luzes das janelas, de alguns poucos apartamentos em volta, e a própria lua.
-Como tem tanta certeza de que... Sabe... Pra sempre? - Questiono sincera.
-Assim que você entrou na minha sala, com aquele sorriso. - Ele declara, colocando uma mecha dos meus cabelos para trás da orelha.
-Sério?
-Sim. - Reigen afirma, segurando meu queixo com uma das mãos - Posso te beijar?
Começo a rir e ele me encara bobo.
-Que foi? Eu teria perguntado antes, porém haviam muitas pessoas no bar... - Ele responde, envolvendo minha cintura com seus braços.
Selo nossos lábios. Sinto a respiração de Reigen parar subitamente e me afasto.
-O que foi?
-Fazia tempo que eu não beijava. - Ele conta e começamos a rir.
Nos beijamos docemente; Reigen acaricia minha cintura, como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo. Seus lábios, tão macios, parecem fazer uma massagem em minha boca.
Logo a língua de Reigen pede passagem em meus lábios.
Mamãe já me contara que, com o homem certo, um beijo dura uma eternidade.
Mamãe estava certa.
~~~~~~~~~~~||~~~~~~~~~~~
Mais um imagine pra vocês, minhas divas !!!
Arakata é muito lindo man, que isso...
Não esquece da estrelinha camarada😉!
Beijinhooooos
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top