⁵⁹|Você chama isso de amor?

    Há um silêncio na minha mente enquanto encaro a máscara de caveira em minhas mãos. Eu jamais me esquecerei da primeira vez que a vi em seu rosto, de como achei bizarro e até mesmo assustador. Mesmo agora, sinto um arrepio ao encarar a caveira branca com dois buracos nos olhos.

     Por que Khalil teria uma máscara igual a do meu perseguidor? Como ele…

— Por que você está demorando tanto? — Ouço sua voz. Meus olhos se arregalam. Estou maluca ou sua voz é parecida com…

     Não. Você está surtando atoa. É claro que Khalil não é o seu perseguidor. É apenas uma coincidência que eles tenham a mesma máscara bizarra.

     Seus passos param na entrada do closet. Estou de costas para a porta, então ele não pode ver meu rosto ao dizer:

— Não que eu me importe, mas estamos atrasados. — Quando não digo nada, ouço seus passos quando ele adentra o closet. — Kathryn?

     Lentamente, viro-me para ele. Seus olhos disparam para a máscara em minhas mãos. Eu não gosto de como eles parecem assustados agora. Khalil tenta disfarçar, piscando, mas…

— Por que você tem isso? — pergunto, meu tom quase neutro. Pronto. Bem melhor do que ficar criando teorias sem sentido. Khalil não mentiria na minha cara.

     Mas quando ele pega a máscara da minha mão sem me olhar nos olhos, não tenho mais certeza disso.

— Não sei. — Dá de ombros, enfiando a máscara em uma gaveta aleatória, como se não suportasse olhar para ela, como se não quisesse que eu fizesse mais perguntas. — Vamos?

     Ignoro sua mão estendida.

— Como você não sabe? Está no seu closet.

— Alguém deve ter colocado aí há muito tempo.

Quem?

— Já disse: não sei. Por que isso importa? — Está claro que ele não espera uma resposta ao tentar alcançar minha mão.

    Dou um passo para trás.

— Kathryn — Khalil diz. Há algo diferente na sua voz. Ele está suplicando. Quase posso ouvir as palavras: Deixe isso para lá. Não insista.

     E é esse olhar, a culpa nele, que me faz dar outro passo para trás, como se alguém tivesse me dado um soco.

— É você — sussurro, não querendo acreditar nas minhas próprias palavras.

      Então, como se uma venda tivesse sido tirada dos meus olhos, tudo começa a fazer sentido. As datas batem. Não muito tempo depois que comecei a trabalhar para Eros, comecei a desconfiar que estava sendo seguida, sendo observada. Foi logo depois que conheci ele.

     Oito anos. Ele me perseguiu… por oito anos? Eu quero perguntar por quê. Quero dizer tantas coisas mas tudo o que consigo fazer no momento é ficar congelada enquanto cada momento que tive com o homem por trás daquela máscara passa pela minha mente como um filme.

     A primeira vez que ele “se mostrou”, quando atacou a mim e ao Niel naquele carro. Ele me aterrorizou, me perseguiu e.. Horrorizada, percebo que ele pregou as mãos de Niel também. Como ele pôde? Quão doente ele é para fazer algo assim? Como eu pude deixá-lo me tocar na boate aquele outro dia?

     Sentindo uma náusea tão forte que preciso pôr a mão na boca, me dou conta também de que era ele na boate também. Que ele me tocou enquanto se passava por outra pessoa. Como não o reconheci? Ele falou comigo. Como não percebi que eram a mesma pessoa?

     A esperança brilha em algum lugar dentro de mim quando percebo que talvez eu esteja errada porque não pode ser ele. Meu perseguidor tem sotaque. Certo? Eu notei isso quase imediatamente. Não há como…

     “ — Aprendi na faculdade. Estava entediado.

    — Mas por que russo? É tão incomum.

    — Exatamente por isso. As pessoas sempre escolhem espanhol, francês ou italiano. Eu escolhi russo. Gosto do difícil. ”

     Ele forçou um sotaque para me enganar. Sabia que eu reconheceria sua voz, então a moldou com um sotaque pesado… algo que ele saberia fazer com facilidade desde que soubesse outro idioma… Como russo.

     Por isso ele não queria que eu visse seu rosto quando tirou a máscara na boate. Todos os sinais estavam lá, não estavam? O canivete: “meu perseguidor” usou um para me manter sob seu controle uma vez, e ele, muito tempo depois, me entregou o mesmo canivete quando eu precisava de algo afiado para retirar a bala do meu abdômen. Havia muitas coisas ao mesmo tempo para eu perceber que se tratava do mesmo.

     Ele usava luvas porque eu poderia reconhecê-lo através das tatuagens nas mãos. Ele agia e falava comigo como se me conhecesse intimamente… porque realmente conhecia. Porque meu perseguidor é ele… Khalil.

     Apoio-me na parede do closet, me curvando quando acho que posso vomitar. Esse lugar é pequeno demais e eu não consigo respirar. Não consigo…

— Kathryn… — Ele está me tocando. Sua mão está em meu braço e ele está me tocando como se não tivesse passado os últimos sete meses mentindo para mim. Ele me olha com os olhos cheios de preocupação e culpa como se não tivesse fingido na minha cara que não foi ele mesmo que me mandou aquele buquê de rosas com uma foto minha que ele tirou. Fala comigo como se não tivesse fingindo também que não sabia qual era o meu apartamento ao me levar em casa pela primeira vez, sendo que me perseguiu e me fez rastejar para dentro do meu apartamento, enquanto eu temia o que ele poderia fazer comigo.

— Tire suas mãos de mim — digo a ele exatamente as mesmas palavras que lhe disse quando invadiu a academia e lutou comigo. Eu podia ter acabado com isso naquele mesmo dia, mas não fui incisiva o suficiente. Me deixei enganar, me deixei levar por ele…

— Vamos conversar — Khalil sugere, seu rosto sendo tomado pelo pânico. — Querida, por favor…

— Pare.

— Apenas me ouça. Eu sei o que parece, mas… Porra, eu te amo. Eu posso explicar. Por favor…

     Não posso mais ouvi-lo. Estou tentando não desmoronar, mas não vou conseguir me manter firme se continuar aqui.

     Aproveito a brecha de Khalil para passar por ele e sair do closet. Meu coração está batendo tão forte e tão alto que quase não consigo ouvir nada à minha volta, inclusive sua aproximação.

     Khalil pega meu braço, me parando. Seu toque não me machuca, mas me dá nojo. Dele, de mim…

     Com um impulso repentino, viro meu corpo na direção oposta à sua, usando sua própria força contra ele. Sinto o momento exato em que ele perde o equilíbrio, e em um movimento fluido, o arrasto comigo em direção ao chão. O impacto é amortecido pelo carpete, mas o choque da queda reverbera em meus ossos.

     Já no chão, Khalil sobre mim, meu corpo entra em modo de sobrevivência. Cada célula está em alerta, pronto para reagir ao menor movimento dele. Com a agilidade treinada ao longo dos anos, me contorço debaixo dele, aproveitando qualquer brecha que possa encontrar. Eu só quero tirá-lo de cima de mim. Da minha vida… Do meu coração.

— Pare com isso — Khalil pede quando tento me livrar dele a todo custo, não parando um segundo. Minha mente está acelerada demais para eu me concentrar nos meus golpes e movimentos, então é muito fácil para ele prender meus pulsos ao lado da minha cabeça, me mantendo imobilizada.

— Sai de cima de mim! — grito, sentindo a ardência em meus olhos.

— Desculpe — Khalil sussurra, tentando fazer contato visual, mas não suporto olhar para ele. Sei que se o fizer, não vou aguentar. — Não é… não é o que você está pensando…

     Contradizendo a minha vontade, encaro-o. Pisco algumas vezes para afastar as lágrimas. O rosto de Khalil é um misto de desespero e devastação.

— Quer saber o que eu penso de uma pessoa que tem me… me perseguidooito anos, que se passou por outra pessoa, que me aterrorizou…? — Não tento mais conter minhas lágrimas. — Você é doente.

     Seu maxilar está tenso enquanto seus olhos transbordam de emoção. Ele se arrepende? Ele está desejando que eu não tenha descoberto?

— Por quê? — sussurro, minha necessidade de entendê-lo sendo maior que a dor em meu peito no momento. Ele disse que tem alguma explicação… Mas qualquer coisa que ele disser, bastará?

— Não consegui te esquecer depois daquele Natal — sua voz está rouca ao contar, suas palavras saindo rápidas demais, como se ele estivesse desesperado. — Você… Eu não sei. Havia algo em você que me intrigou e eu…

— Você o quê? — pressiono. — Decidiu me perseguir? Eu virei sua obsessão doentia? Com quantos homens e mulheres você já fez isso?

— Ninguém. Ninguém além de você, eu juro.

     Balanço a cabeça, não acreditando nele. Minha mente está confusa agora e tudo o que sai da sua boca parece mentira.

— Desculpe — Khalil pede.

— “Desculpe?” — Franzo as sobrancelhas, a raiva pingando em meu tom. — Você acha que um simples pedido de desculpas vai consertar tudo o que você fez?

— Eu sei que errei. Mas por favor, me deixe explicar.

     Fecho os olhos para não ter que encarar a súplica em seu olhar. Não vou conseguir sair daqui se continuar olhando para ele como se fosse apenas o homem que eu achei que amava.

    Khalil pressiona sua testa na minha.

— Eu preciso que você me ouça. Você merece saber toda a verdade.

— E o que mais você pode me dizer que já não tenha feito?

— Eu fiz coisas terríveis, eu sei. Mas tudo o que fiz foi porque... — abro os olhos ao senti-lo hesitar — porque eu te amo. E faria qualquer coisa para te proteger.

    Suas palavras me enfurecem e eu tento lhe empurrar mesmo com meus braços imobilizados.

— Proteger? Você me perseguiu, me assustou, me fez questionar minha própria sanidade!

— Eu sei. E eu nunca vou me perdoar por isso. Mas por favor, acredite em mim quando digo que nunca foi minha intenção te machucar…Por favor, Kathryn... Eu te amo mais do que tudo nesse mundo. E…

— Pare. Eu não quero ouvir mais nada que saia da sua boca.

— Kathryn…

— Escarlate.

     É como se o mundo tivesse parado. Khalil e eu nos encaramos enquanto a palavra de segurança, aquela que eu nunca pensei que diria, paira entre nós dois. Mesmo todas as vezes que ele me levou ao limite, foram poucas as que eu pensei em usar a palavra segura. E ainda assim, eu mudava de ideia todas as vezes. Mas agora é diferente e eu sei que Khalil vê isso em meu olhar.

     Lentamente, ele se ergue e solta meus pulsos. Sou rápida ao ficar de pé, enxugando meu rosto mesmo quando mais lágrimas começam a cair.

— Eu preferia que você tivesse me traído com outra pessoa — sussurro, a dor em meu peito tão forte que tenho dificuldade para respirar direito. — Qualquer coisa… Qualquer coisa menos isso.

— Você sabe que eu te amo e nunca seria capaz de … — Khalil rebate, ainda ajoelhado.

— Pare! — grito, levando as mãos à cabeça. — Pare de dizer que me ama como se isso justificasse toda essa merda. Você sequer tem noção do que fez?! Você… Quem é você? Como você consegue se olhar no espelho? Como você teve a coragem de me pedir em casamento? Quão doente você é?

     Khalil fica de pé, a mandíbula cerrada. Quando olha para mim, tudo o que consigo ver é o homem que me perseguiu numa rua deserta às duas da manhã e depois pressionou um canivete no meu pescoço.

— Sinto muito se não quer ouvir isso, mas eu te amo — Khalil declara, dando um passo à frente. — Se você não acredita em mais nada que eu digo, pelo menos acredite nisso.

— Você chama isso de amor? — cuspo a última palavra. — Você colocou pregos nas mãos de um homem. Eu sei que fiz coisas horríveis também, mas se essa é sua forma de dizer que me ama, eu preferia que você nunca tivesse me amado.

     Pela primeira vez desde que descobri quem ele realmente é, uma emoção diferente de desespero e dor toma sua expressão: um lampejo de raiva. Fico tão confusa e surpresa que não reajo quando ele se aproxima até estar cara a cara comigo de novo.

— Sim, eu preguei as mãos daquele filho da puta por estar tocando você. Sim, eu pisei na bola, mas eu já estava farto de ver você saindo com homens que não significavam nada para você só porque você estava a procura de alguma emoção diferente. Você estava à procura de mim. — Khalil avança e eu recuo, batendo na parede atrás de mim. — Você sempre soube que eu estava lá, Kathryn. Era quase como se você me provocasse. Me desafiasse a fazer algo a respeito. Bem, eu fiz. Você diz que eu te amedrontei? Mesmo que nunca tenha sido minha intenção, nós dois sabemos que você era capaz de me derrubar, de se defender…

— Você não sabia disso.

— Mas você sabia. E você simplesmente deixou. Você quis.

       Encaro-o sem acreditar que está tentando colocar a culpa em mim.

— Eu não quis ser enganada! — Empurro seu peito. — Não quis ser feita de boba. — De novo, mas dessa vez lágrimas quentes molham minhas bochechas. — Não quis, acima de tudo, me apaixonar pelo meu perseguidor.

     Ficamos aqui, ambos ofegantes, nos encarando. Algo está se quebrando e tenho quase certeza que é o meu coração. Pelo menos ele dói como se uma grande rachadura tivesse sido feita em seu meio.

      Como se estivesse fora do meu corpo, com meus dedos trêmulos tiro o anel de noivado do meu dedo.

— Eu jamais vou perdoar você — digo baixinho a Khalil. — Eu jamais vou entender. Mas se você realmente me ama como diz, me deixa em paz. Não me procure, não me liga… Só me deixa em paz e esquece que um dia eu te amei, porque eu prometo que farei o mesmo.

     Deixo o anel cair no chão, o tintilar sendo o único som no apartamento em meio ao silêncio ensurdecedor.

      Pego minha bolsa em cima da cama e corro para fora do quarto. Não paro até chegar ao elevador. Eu aperto o botão no painel várias vezes e cada toque é como um caco de vidro me perfurando.

     Quando o elevador chega, eu entro, mas assim que eu aperto o botão para descer, ele surge no corredor. Dou um passo para trás como se pudesse atravessar o metal e concreto. Khalil começa a andar quando as portas estão se fechando.

     Por um segundo, apenas um, eu realmente acho que ele vai conseguir e o desespero me alcança, mas é momentâneo. As portas se fecham, e a última coisa que eu vejo são seus olhos arregalados e meu nome se formando em sua boca.

      Então eu desabo no chão.

☠️

    — Oi, querida. Não estava esperando sua ligação. Como você está? — meu pai pergunta do outro lado da linha após atender minha ligação.

— Pai — é tudo o que consigo dizer por um momento. Minha garganta dói por segurar o choro.

     Mas Cedric não precisa de mais palavras para perceber que há algo errado.

O que aconteceu?

    Eu sei que deveria responder corretamente para não preocupá-lo, mas um soluço escapa da minha garganta e começo a chorar de novo. Mesmo depois da vergonha que passei ao receber ajuda do porteiro para sair do elevador e conseguir um táxi em tempo recorde, e ainda ter vindo chorando o caminho todo, ainda tenho lágrimas ao chegar em casa.

     Eu soube, assim que abri a porta do meu apartamento, que eu precisava ligar para o meu pai. Sinto-me como uma garotinha que precisa que seu pai a proteja, mas não me importo com isso agora.

Amaya, você está me preocupando. Está machucada? Precisa de ajuda?

      Enxugo o rosto e começo a andar de um lado para o outro no meu apartamento. Queria que Warrick estivesse aqui.

— Khalil e eu brigamos — consigo contar. Apenas falar o nome dele é doloroso.

Ele machucou você?

— Não. Não, mas… Ele mentiu para mim. Ele mentiu sobre… Sobre coisas muito importantes e… E eu… — Paro um momento, me encostando na parede. — Eu não consigo respirar — sussurro, soluçando. — Não consigo respirar, pai.

Ei, ei, ei, está tudo bem. Sente-se um pouco, ok? Vamos nos acalmar, está tudo bem, querida. Papai está aqui, ok? — Eu anuo, mesmo sabendo que ele não pode me ver, e escorrego até o chão. — Você está sentada?

     Faço um som de concordância, não conseguindo falar.

Querida, preciso ouvir sua voz. Preciso saber se ainda está comigo.

— S-sim…

Ótimo. Agora, ponha a mão sobre o seu coração — instrue. Faço o que ele disse. — Consegue sentir o seu coração? Está sentindo as batidas?

— Sim…

Agora feche os olhos e ouça minha voz,  está bem?

— Tá bom.

Vamos respirar juntos, ok? Quando eu falar “inspirar”, vamos prender a respiração, então vou contar até três e vamos soltar.

       Fazemos isso. Pelo menos cinco vezes, meu pai e eu respiramos em sincronia enquanto sinto meu peito subir e descer sob a minha mão, prova de que eu estou conseguindo.

      Mas mesmo quando estou mais calma, ainda choro silenciosamente pelo o que Cedric acabou de fazer por mim.

Sente-se melhor?

— Sim. Obrigada. Eu… Eu acho que tive um ataque de pânico ou algo assim.

     Meu pai não diz que isso é normal ou que pode acontecer com qualquer um. É como se ele soubesse que eu nunca tive crises de pânico, que, nas poucas vezes que deixei a emoção me dominar, nunca foi tão forte a ponto de me deixar no estado que fiquei hoje.

Eu vou matá-lo — é o que meu pai diz. E sendo ele Cedric Kavanagh, um ex membro da máfia irlandesa, eu não tenho dúvidas que pode, sim, cumprir com suas palavras.

— Não, você não vai.

    Ouço um barulho, como se ele estivesse andando, depois um barulho de teclado.

Estou procurando voos para Chicago.

— Pai, você não pode. — Mesmo que eu quisesse ele aqui, tem toda a questão do FBI. — Além disso, eu acho melhor se…

     Dou um pulo ao ouvir batidas na porta.

O que é isso? — meu pai pergunta.

    Engulo em seco. Ele não teria…

— Kathryn, sou eu… Olha, desculpe pelas coisas que eu falei… Vamos conversar, por favor. Sei que está aí. Não precisa me deixar entrar, apenas me ouça.

     Fecho os olhos, apoiando minha testa nos meus joelhos.

É ele?

— Sim — sussurro. Sei o que meu pai está pensando, então acrescento: — Ele não vai me machucar.

Ele já te machucou se te fez chorar.

    Não posso argumentar contra isso.

     Khalil ainda está batendo na porta, dizendo coisas, implorando… É quando eu percebo que vai ser assim de agora em diante: ele vai acampar na minha porta todos os dias até eu ceder. E eu sei que se continuar aqui, é o que vai acontecer. Khalil não sabe o que é limite. Sendo ele quem é… quem eu descobri que ele, mal posso imaginar as medidas que ele pode tomar para me fazer ouvi-lo, perdoá-lo. E eu não estou com medo dele, mas sim que ele possa conseguir.

— Pai, preciso de um favor.

Pode pedir.



     Depois de encerrar a ligação com meu pai, disco outro número no meu telefone, mesmo meu coração doendo e uma voz dizendo que eu não deveria.

Departamento de Polícia de Chicago, Emergências. Como posso ajudar você?




☠️

Gente... Eu não sei oq dizer. Desde o início planejei que o Khalil fosse o perseguidor e esse foi um dos motivos de eu ter demorado tanto para começar esse livro, por isso teve mil versões antes dessa. Planejei outras mil maneiras da Kate descobrir também, e espero ter feito a escolha certa e que vcs tenham gostado!

Mas enfim, me falem a opinião de vcs. Estou curiosa para saber o que estão achando dessa reviravolta 🤍

Beijos e até sexta🖤🥹💋

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2bjs, môres♥

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