[10]

BELLA SMITH

Desço as escadas e vou ter à cozinha encontrando Zayn, este pousa o telemóvel e dirige-se a mim.

"Eu vou sair e tu vens comigo por isso vai-te vestir." Ordena calmamente e eu cruzo os braços.

"Não me apetece sair." Respondo-lhe baixo, ainda me sinto abalada por o que aconteceu esta manhã e a última coisa que me apetece fazer é sair de casa.

"Mas tens que vir." Olha-me e eu bufo ao me lembrar de que o meu pai me disse que tinha que obedecer a Zayn e ser mais paciente. "Leva algo formal." Fala um bocado mais alto para eu ouvir assim que eu me afasto e começo a subir as escadas.

Visto uma saia preta que me dá um pouco abaixo das coxas e uma camisola branca simples. Olho-me ao espelho e decido adicionar um casaco e uns saltos pretos.

Desço as escadas e por fim saímos de casa.

Zayn está atento à estrada mas eu estou mais interessada em olhar para as casas por onde passamos, o carro acelera e Zayn profere alguns palavrões olhando para o retrovisor algumas vezes.

"Merda, merda, merda..." Acelera mais e contorna uma curva seguindo por uma pequena rua. Olho para o retrovisor e encontro um jipe preto atrás de nós que segue a uma velocidade quase tão alta como nós.

"Zayn..." Chamo baixo e a minha voz falha ao me aperceber de que estamos a ser mesmo seguidos, sinto o meu coração acelerar e mordo o lábio nervosa.

Por fim, Zayn para o carro, o jipe preto é estacionado atrás do carro onde estamos e dois homens enormes saírem do mesmo.

Isto não está a acontecer, não pode estar a acontecer.

"Não saias do carro." Pede e sai do carro não me dando oportunidade de ripostar. Tento agarrar o seu pulso ao mesmo tempo que chamo o seu nome mas ele é mais rápido que eu e fecha a porta do carro. Zayn troca algumas palavras com os dois homens e um deles acerta-lhe na cara fazendo-me pular assustada no meu lugar.A minha respiração torna-se irregular e lágrimas formam-se nos meus olhos ao mesmo tenho que procuro o meu telemóvel.

"Merda. Onde está?!" Grito e as minhas mãos trêmulas começam a tirar tudo de dentro da minha carteira procurando o dispositivo. Um flashback invade a minha mente e sinto o meu mundo cair-me aos pés quando me lembro que deixei o telemóvel em casa, levanto o olhar encontrando Zayn no chão a cuspir sangue e engulo um seco. Sei que há armas na mala do carro mas não sei se tenho coragem para as ir buscar visto que para isso precisarei de sair do veículo.

Ok, tu consegues.

Saio do carro e reparando que um dos homens se dirige a mim na minha direção, corro em direção à mala do carro abrindo-a e tiro de lá uma arma. Não hesito em a apontar para um dos homens que caminha até mim e o mesmo ri-se como se não tivesse qualquer medo de morrer.

"Deixa-a, ela não tem nada a ver com isto." O grito de Zayn ecoa assim que o homem agarra o meu braço e eu aperto o gatilho dando-me conta que a arma está descarregada.

"Vais fazer o que combinamos ou não vais Malik?" Olha-o com um pequeno sorriso e aponta-me uma arma.

Elevo as mãos ao alto e fecho os olhos.

"Vá lá Zayn, se ela tiver que morrer... Morre certo? Não te faz diferença..." Pronuncia e prepara a arma para disparar. "Ou faz?"

"Eu vou, eu vou!!" Pronuncia rendido e olha-me nos olhos como se estivesse a dizer que vai ficar tudo bem.

Finalmente, o homem baixa a arma e fita-me ainda com um sorriso perverso.

"Parece que encontramos o teu ponto franco." Diz e agarra no meu queixo. "Não acredito que te deixaste cair pela miúda." Aperta-me e eu gemo baixo de dor.

"Larga-a!! Eu já disse que vou ok?" O homem que me agarra desata às gargalhadas.

"Quem diria, o famoso Zayn Malik, tão forte, tão cruel... Afinal tens um ponto fraco e eu descobri qual é." O seu riso intensifica-se. "Como é que te chamas?" Dirige-se a mim e eu cuspo na sua cara recebendo um estalo forte.

Deixo de sentir qualquer tipo de contacto com o homem nojento que me agarrava anteriormente e quando abro os olhos encontro o mesmo no chão.

"Zayn." Chamo ao ver o moreno a bater-lhe sem qualquer piedade." Zayn, já chega." Agarro o seu braço.

"Larga-me." Rosna e chuta o estômago do mesmo.

"Zayn! Por favor, vamos embora." Soluço ao ver outros homens a aproximar-se de nós rapidamente depois de estacionar uma van branca.

O rapaz olha-me seguindo o meu olhar e levanta-se rapidamente.

"Chama uma ambulância." Digo baixo mas ele ignora-me agarrando o meu braço e puxando-me para si. Assim que entramos no carro, ele arranca de imediato, verifico o retrovisor e suspiro aliviada ao ver que não estamos a ser seguidos.

"Quero ir para casa." Murmuro e limpo as minhas lágrimas. Zayn não me responde, reparo que os seus olhos estão ligeiramente mais escuros e as suas mãos fazem tanta força no volante que a ponta dos seus dedos está branca.

Assim que chegamos o mais velho estaciona na garagem de uma casa que me é desconhecida e pela sua expressão sei que está mais calmo agora.

"O que foi aquilo? Quem eram aqueles homens e o que queriam? Ires onde? Fazer o quê? Que casa é esta?" Disparo as perguntas todas que tenho entaladas na gargante e encosto-me ao banco tentando acalmar-me.

"Esta casa é minha." Responde apenas a uma das minhas perguntas e embora insatisfeita por não receber mais respostas acabo por ceder ao cansaço que toma conta do meu corpo não insistindo mais.

"Porquê?" Tento fazer mais uma pergunta e espero pacientemente que ele me responda.

"Porque há paparazzis a seguir-nos e não podem saber onde vives." Explica-me calmamente olhando para mim.

"Quem eram aqueles?" Pressiono-o com esperanças de receber uma resposta da sua parte.

"Aqueles quem?" Faz-se de desentendido deixando-me ligeiramente frustrada.

"Aqueles dois homens!" Acabo por o fitar reparando que o mesmo tem uma sobrancelha cortada. "Zayn, ires onde? Onde é que eles te queriam fazer ir? Isto-..."

Sou cortada assim que os seus lábios chocam com os meus e um arrepio percorre o meu corpo, fecho os olhos sentindo o meu corpo relaxar e correspondo de imediato pousando a minha mão na sua bochecha.
Movemos os nossos lábios em sintonia e a assim que a sua língua raspa no meu lábio inferior apercebo-me do que estou a fazer e paro o beijo mantendo-me próxima dele.

"Desculpa." Murmuramos baixo ao mesmo tempo e por fim abro os meus olhos encontrando os seus. O meu olhar percorre os seus agora lábios avermelhados e inchados e não consigo resistir aproximando-me mais uma vez dele para raspar os nossos lábios.

O som do seu telemóvel faz-nos voltar à realidade e eu afasto-me dele rapidamente vendo-o pegar no dispositivo.

"É para ti." Engole um seco e passa-me o telemóvel, clareio a voz assim que vejo o nome do meu pai no ecrã e deslizo o dedo para atender.

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˚ ༘♡ ⋆。˚ ❀ Obrigada por lerem, até o próximo capítulo!

⍣ ೋ with love, slutformalik.

editado.

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