extra: Vilarejo e sorvetes | han + ocfem

Extra da primeira oneshot! sailormoonys

Gia e Han estavam na estrada há algum tempinho, eles saíram antes das sete da manhã para chegarem cedo no vilarejo que os pais de Han moravam desde sempre. 

Gia estava nervosa para rever os pais do - agora - seu namorado, uma coisa era conhece-los como amiga do moreno e outra como namorada, era por isso que mordia os lábios e batucava os pés no chão do carro, sem conseguir se conter.

ー Princesa, você tá muito nervosa. Calma. ー Com a voz carinhosa Han proferiu e com uma das mãos pegou nas suas juntas, dirigindo só com uma mão.

ー Como se fosse fácil, bfff. ー Gia resmungou e envolveu suas mãos na dele.

ー Não precisa de tanta ansiedade, você já conhece eles e meus pais te adoram, eles reagiram super bem com nosso namoro. Vai ocorrer tudo bem, querida. ー Ele a confortou e lhe lançou um sorriso amoroso.

ー Uh, você sabe que é difícil não surtar com isso. ー Gia retrucou e encostou a cabeça na parte superior do banco.

Han, sentindo a necessidade de demonstrar que estava tudo bem para a namorada, estacionou o carro na margem da estrada e se virou pra ela em seguida, unindo todas as suas mãos juntas.

ー Eu sei, mas tenta relaxar sim? Mesmo se eles não gostassem de você, o que importa é que eu te amo. ー Ele tocou seu rosto com uma das mãos, fazendo um carinho singelo e aproximou o rosto lhe dando um selinho, beijando sua testa depois.

  Gia respirou fundo e assentiu, tentando esvaziar todo o nervosismo que sentia. No final das contas era só aquilo que importava, o amor que sentiam um pelo outro.

  Pouco tempo depois já estavam no vilarejo, procurando a rua da família Han que foi achada após virarem a esquina de uma sorveteria.

  Han estacionou o carro e o desligou, encarando Gia com os olhinhos brilhando como galáxias, mal sabia ela que Gia era a galáxia de Han. Ela sorriu pra ele, quase perdendo o momento em que ele saiu do carro e foi abrir sua porta, a fechando pra si quando já estava do lado de fora. De mãos dadas os dois foram até a porta, Gia a observava e as janelas vermelhas da casa de tijolinhos, era a mais bonita da rua e se destacava facilmente. Não demorou muito para a porta ser aberta por uma mulher que em nada parecia ter a idade que tinha - a mãe de Han.

   A senhora Hee-Ran sorriu largo e abriu os braços para um braço aconchegante.

ー Meu bem, que saudade de você. ー Disse e puxou, não Han, mas uma Gia perplexa que não estava esperando por essa recepção, para um abraço. A moça retribuiu.

Atrás de si Han soltou uma risada.

ー E você achando que não te aceitariam como minha namorada, é até engraçado. ー Falou e abraçou a mãe quando as duas mulheres terminaram de se abraçar.

ー Que bobagem, eu amo a Gia como se fosse minha filha. ー Hee-Ran afirmou sorrindo e acariciou os ombros do filho.

ー Tudo mundo sabe disso mãe, só ela que não percebeu ainda. ー O jovem comentou e observou, risonho, Gia ficar com as bochechas vermelhas.

   Hee-Ran riu e os chamou para entrar em casa, eles tiraram os sapatos da rua e trocaram por chinelos, se encaminhando para a sala de estar. Han ficou o tempo todo abraçando Gia por trás, o que a fez se envergonhar por estarem daquele jeito na frente da mãe dele, mas Gia nunca recusaria os carinhos do namorado.

  Na sala o senhor Ji-hoon e Seojun - o irmão mais velho de Han - jogavam FIFA, coisa que fez Han se empolgar no mesmo momento.

ー Meninos, olha só quem chegou. ー Hee-Ran chamou e parou ao lado do sofá, enquanto o casal permanecia mais atrás dela.

ー Querida, só um momentinho, eu tô quase fazendo um gol! ー Ji-hoon exclamou, extremamente concentrado no jogo.

ー Até parece! Eu tô marcando o senhor tem horas, não vai sair gol nenhum! ー Seojun brincou.

ー Calado garoto! Eu jogo futebol há mais anos do que você! ー Ji-hoon retrucou, se fingindo de bravo - porém todos ali sabiam que era fingimento.

ー Pausem isso aí agora, ou eu vou desligar a televisão. ー A mulher mais velha ordenou e começou a andar até a tomada fazendo os outros dois se desesperarem e o casal rir.

ー Tá bom, mãezinha. Pronto, pronto. ー Seojun disse e deu pause no jogo, fazendo o pai deles suspirar de frustração.

Hee-Ran sorriu contente ー Viu? Não arrancou pedaço. O Han e a Gia estão aqui.

  A fala da senhora fez os jogadores de FIFA assíduos olharem para o lado, quando viram o casal sorriram e se aproximaram para os abraçar. Após matarem as saudades todos sentaram no sofá, Hee-Ran trouxe chá e biscoitinhos e Han contou a todos como foi o pedido oficial de namoro que fez para Gia, que teve que os mostrar sua aliança - um conjunto de dois anéis, um lisinho fino e outro fino com uma pedrinha azul no centro -, que foi muito elogiada.

  Eles conversaram sobre os parentes, os primos que noivaram, os tios que iam ser pais, e sobre o próprio vilarejo também. Seojun os atualizou sobre como estava indo seu trabalho na empresa de vídeo games, Ji-hoon comentou sobre seus passeios a cavalo e Hee-Ran revelou seu mais novo hobbie: correr pequenas maratonas - esse fato fez Gia se sentir muito sedentária, apesar de fazer exercícios físicos.

  Depois de um longo período conversando os donos da casa foram preparar o almoço, deixando Han, Gia e Seojun jogando uma partida de um jogo de sobrevivência. Han estava em último, ele era meio ruim nesse tipo de jogo, Seojun em segundo e Gia estava ganhando.

ー Você tá muito ruim Han, reage cara. ー Seojun provocava o irmão e Gia só sabia rir da cara que o namorado fazia.

ー Tá tudo bem Hanzinho, não dá pra ser bom em tudo. ー Ela completou como se o defendesse, mas isso só fez ele olhar pra ela indignado, arrancando uma risada de Seojun.

ー Isso sim é uma cunhada, muito obrigado universo. ー Seojun proferiu e Gia deu uma risadinha.

ー Que lindo, muito bonito os dois se unindo contra mim. ー Han resmungou emburrado, tentou fazer uma manobra do jogo e falhou.

ー Que isso amor, você tá entendendo errado. ー Gia se defendeu e no jogo, entrou em uma caverna misteriosa atrás de um artefato raro.

ー É Han, está entendendo errado. ー Seojun concordou risonho.

ー É cada coisa. ー Han comentou indignado, finalmente acertando a manobra no jogo.

  Os outros dois somente riram e o três ficaram imersos no jogo, só saindo quando o casal mais velho anunciou que o almoço estava pronto. Eles lavaram a mão antes de comerem, se sentando na mesa que ficava no jardim da família, um ambiente agradável com uma paisagem linda, os pássaros vindo comer as sementes que a senhora Hee-Ran deixava e os gatinhos que pulavam de casa em casa aparecendo de vez em quando.

  O almoço foi leve e cheio de risadas, o assunto não faltou e Gia se sentia mais acolhida ainda, principalmente pelos pais de Han sempre manifestarem estar felizes por eles serem um casal. Seojun fingia costume mas também estava feliz por eles. Quando terminaram o almoço Hee-Ran trouxe uma torta de morango e chocolate como sobremesa, que estava divina por sinal.

  Ficaram na mesa mais uns minutinhos, apenas conversando, e quando a Hee-Ran foi arrumar as coisas todos se levantaram para ajudar nas louças.

  Em dado momento Hee-Ran deixou os rapazes com a louça e puxou Gia até o jardim dela, querendo lhe mostrar suas flores. Gia ficou verdadeiramente admirada pela beleza das plantas, tão esplêndidas que ela poderia chorar por tamanha beleza.

  O que Gia não esperava era que logo depois da Hee-Ran lhe perguntar quais flores ela havia gostado mais, a mais velha começou a fazer um buquê para si. Ato que deixou Gia tão emocionada que ela não soube nem agradecer direito, entretanto a senhora Han percebia nos olhos dela que a mesma tinha gostado muito do presente.

ー Prontinho, meu bem. ー Hee-Ran entregou o buquê - que tinha uma fita rosa enrolada ao redor várias vezes para deixar todas juntinhas - e abraçou Gia de lado.

  A loira observou as flores com admiração e se sentiu amada e acolhida.

ー São lindas, eu adorei. Obrigada. ー Agradeceu e retribuiu o pequeno abraço.

As mulheres voltaram para dentro e viram que a cozinha já estava perfeitamente organizada. Foram para a sala e os viram no sofá, assitndo ao um jogo.

ー Que buquê bonito, minha vida. ー Han exclamou assim que a viu, se aproximando para olhar de perto as flores e aproveitou para lhe dar um selinho.

ー É ou não é? Sua mãe que fez pra mim. ー Gia respondeu sorrindo.

ー Nossa! Eu nunca ganhei um buquê da senhora, mãe! ー Seojun reclamou.

ー E você gosta de flores por acaso? ー A mulher retrucou, já sentada ao lado do marido com ele passando um braço por seus braços.

ー Não, mas podia ter me dado por consideração. ー Seojun argumentou.

Hee-Ran riu ー Aí Seo, por favor né. ー Ela negou com a cabeça.

ー Tá muito bom o papo, ー Han começou e riu ー mas a Gia e eu vamos dar uma volta.

ー Bom passeio pra vocês. ー Ji-hoon disse meigo.

ー Não voltem muito tarde, quero que a Gia me ajude a pintar meus fios brancos. ー Hee-Ran falou e sorriu para a jovem, que sorriu de volta e confirmou com a cabeça.

ー Que fio branco, mulher? Eu não tô vendo nada. ー Seojun se aproximou e fingiu procurar por fios brancos no cabelo da mãe, que o repreendeu e o empurrou para sentar no sofá.

ー Eu ainda te acho linda, querida. ー O marido dela disse e beijou a bochecha da mulher, que brilhou os olhinhos para ele.

  Os jovens soltaram risadinhas discretas pela interação fofa deles, e o casal mais jovem logo tratou de se despedirem de novo e saírem pelas ruas da pequena cidade. Gia levou o buquê para exibir pelas ruas.

  O casal entrelaçou as mãos e sincronizaram os passos, soltando risadinhas e trocando beijinhos e carinhos nas mãos unidas. Após uns minutos de caminhada chegaram em frente à sorveteria da rua, entraram, fizeram os pedidos e esperaram. Han fez questão de sempre abraçar a namorada enquanto esperavam os sorvetes de casquinha e quando pegaram os pedidos eles caminharam rumo a uma pracinha, se sentando num banquinho de madeira que havia lá.

  Han passou o braço pelos ombros de Gia, que se aconchegou nele. O homem não usava a colherzinha, comendo o sorvete e tirando risadas da namorada, que tinha o buquê no colo e usava a sua colherzinha.

Han passou o sorvete para a mão que estava ao redor dos ombros dela, tomando cuidado para não sujar a namorada.

ー Amor. ー Han lhe chamou, dizendo perto de seu ouvido.

ー Hm, o que é? ー Ela respondeu tímida.

ー Eu te amo, muito, muito. ー O moreno sussurrou como se fosse um segredo em sua orelha, um segredo que só os dois eram dignos de saber.

Gia sentiu as bochechas aderem de vergonha e virou o rosto minimamente para ele, capturando o sorriso amoroso que estampava o rosto de Han.

ー Eu também te amor, meu amor. ー Ela respondeu e aproximou a face de seu pescoço, cheirando o mesmo e apoiando a mão livre em seu peito.

ー Eu sei, minha princesa. Eu sinto. ー Ele disse e beijou sua testa, pegando em seu queixo para lhe beijar lentamente, fazendo os corações nas caixas torácicas ficarem quentes de amor.

Gia beijou a face inteira de Han, sendo retribuida com um beijo no pescoço que fez sua pele arrepiar. Os dois se abraçaram e conversaram muito ao que terminavam seus sorvetes, voltando para casa no meio da tarde, nunca soltando as mãos um do outro.


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* Os nomes usados para a família do Han são fictícios.





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