Capítulo 15






Nenhum dos meus irmãos pode vim me buscar, estavam ocupados. Eu voltava para casa cantarolando baixinho uma música. O céu estava nublado, os ventos fortes, e trovões indicavam uma chuva se aproximando.

Parei em uma barraquinha de comida, comprando um bolinho de arroz para ir comendo. Minha casa ficava na rua de cima da oficina de Shini, e como era caminho resolvi da uma passadinha por lá para ver como eles estavam.

Atravessei a rua avistando a moto deles estacionada na frente.

—— Kylie, se eu fosse você não entrava aí agora — ouvi a voz de Mitsuya, ele saia de dentro da oficina — digamos que Wakasa está muito ocupado..

—— Ocupado?

—— Sim, com uma amiga de infância

Uma mulher de cabelos pretos saiu de dentro da oficina, abaixando o vestido, e o rosto todo marcado. Logo atrás dela, Wakasa.

—— Kylie? — murmurou nervoso

—— Por isso não tinha horário para sair, né? — meus olhos começaram a lacrimejar, e passei a mão devagar. — valeu por avisar, Mitsuya.

Sai dali o mais rápido que podia, as lágrimas insistam em cair, e aos poucos pingos de chuva iam caindo junto. Tirei minha sandália, subindo a rua o mais rápido que podia.

Entrei em casa, subindo para meu quarto e a trancando. Tirei o brinco jogando em cima da minha cama, e me sentei no chão ao lado da porta. Havia um silêncio enorme, apenas o meu choro abafado de barulho.

Ouvi a porta da entrada batendo, e na mesma hora tapei minha boca. Os passos iam se aproximando, até que eu sentir alguém perto da porta.

—— Kylie, abre essa porta — ouvi a voz de Wakasa, e eu não aguentei, o barulho de choro só se intensificou — por favor, abre essa porta, meu amor. Deixa eu explicar

—— Você consegue falar daí... Wakasa — minha voz estava chorosa, e meu rosto começando a inchar

—— Aquela mulher é minha amiga, e não, eu não fiquei com ela. O Mitsuya ficou. Ele saiu primeiro que ela, e ela ficou atrás. Eu nem estava perto deles, eu estava falando com o Shini atrás do balcão de costas para eles, mas eu ouvi sua voz e resolvi sair. — ele se enrolou um pouco com as palavras, e um suspiro irritado foi ouvido — eu não fiquei com ela, minha princesa.

Fiquei calada ouvindo tudo, até que escutei passos se afastando. E assim que ia abrir a porta, os passos se aproximaram novamente.

—— Vai tê um confronto da Black Bragons e uma outra gangue que vem causando problemas, eu queria poder me despedir, então... Até logo, minha Devil. Eu te amo. Só você, não vejo importância de amar, ou olhar para outra garota tendo uma perfeição como você. — me encostei na porta, ouvindo suas palavras. Eu acredito nele, eu não sei se deveria, mas eu acredito nele. Eu já não ouvia nada do outro lado.

—— Eu também te amo, minha zebrinha. — sussurrei, deslizando pela porta até está sentada no chão — espero que volte bem.

















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