Capítulo 1

A noite estava fria e pouco iluminada. A lua estava cheia, com as grandes nuvens ofuscando seu brilho. A cafeteria ainda estava aberta, e o cheiro de cafeína e doces pairava pelo local. Após pagar sua conta, se retirou do estabelecimento indo em direção à sua casa. Seu telefone tocou e, após uma breve olhada no aparelho, resolveu atender.

—— Sim, irmão. Estou a caminho de casa. Não se preocupe, estou com meu spray de pimenta, canivete e todos os equipamentos de proteção que me passou — deu um breve sorriso, antes de afastar o celular do ouvido e devolvê-lo a bolsa

Passando em frente a uma praça, percebeu alguns casais por ali, algumas em um balanço, outras trocando carícias ousadas, jogando conversa fora. Para completar o clima melancólico, o riacho perto dali fazia uma melodia com suas ondas em movimento, junto com os grilos.

Por um momento, as nuvens desapareceram, deixando a lua brilhar sobre o ambiente.

Após passar pela grande praça, o clima já não estava tão agradável. A sensação de estar sendo seguida a angustiou, fazendo-a apressar seus passos. Ela pegou seu celular, acionando o estado de emergência que iria chegar no celular do irmão dela, avisando que ela estaria em perigo. Ela encostou em um beco, vendo duas sombras passarem direto, suspirou fundo e saiu dali. Mas assustou-se ao ver os dois homens parados ao lado da entrada do beco, com os olhos cheios de maldade.

Eles a empurraram para o beco, e rapidamente ela retirou o spray da bolsa sem receio. Com a ardência em seus olhos, os homens levaram as mãos aos olhos, e ela aproveitou a oportunidade para usar o canivete. Ela causou um corte nas mãos deles e correu dali.

Ela tombou sobre alguém na entrada do beco e, sem conseguir ver o rosto dele, achou que poderiam ser companheiros daqueles que tentaram abusá-la.

—— Tenho um canivete, um spray de pimenta e não tenho medo de usar. Vai encarar? — apontou a lâmina para o jovem que a encarava — diz alguma coisa!

Ele nada disse, apenas entrou no beco escuro. Minutos depois, voltou com alguns respingos de sangue sobre seu rosto, mas não era dele o sangue.

—— Seu irmão pediu para eu vim te buscar — falou pela primeira vez, se aproximando dela — já esqueceu quem eu sou?

—— Foi mal, Wakasa. Em um momento como aquele só prezei pela minha segurança  — murmurou, fazendo ele curvar os lábios em um sorriso mínimo.

—— Vamos, ele está na casa do Shinichiro esperando por você — deu passagem para ela ir na frente, enquanto seguia ela atrás

—— Por que ele não veio me buscar pessoalmente? — perguntou, mexendo em algo no seu celular — sabe, eu estava em perigo!

—— Não sei. — disse simples

Enquanto a garota caminhava, ela fechou os olhos, sentindo aquela doce fragrância de patchouli e sândalo. Uma combinação doce, quente e suave. Intenso e amadeirado.


I love this leopard


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Drogas lícitas e ilícitas


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