ii. trasgo! masmorras!

–  S E C R E T S   !
harry potter, golden era
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HARRY, HERMIONE E AMÉLIA estavam na comunal, ainda tentando resolver o problema com as malas, ou aumentando ainda mais o problema — na visão de Hermione —. Potter e a Burke pareciam estar travando uma batalha de quem encarava o outro com mais raiva, fazendo Granger se cansar daquilo.

— Vocês podem apenas simplesmente esquecer tudo o que aconteceu e trocarem as malas! — Hermione dizia impaciente, enquanto pegava a mala da mão de Harry, entregando para Amélia e devolvendo a mala de Harry que era segurada pela Burke. — Ótimo, resolvido! Agora vamos, está tarde, daqui a pouco vão vir brigar conosco.

Hermione empurrou Harry para ele ir até as escadas que levavam ao dormitório masculino e em seguida foi até Amélia, que foi puxada para poderem voltar ao dormitório que ambas dividem com outras duas garotas.

Amélia respirou fundo, para poder manter a calma e dormir tranquila, já que no dia seguinte teriam suas primeiras aulas e sentia a necessidade de ser melhor que o Potter. Mas precisaria se empenhar nos estudos, por um instante sentiu arrependimento de não ter pelo menos lido um pouco dos livros antes de embarcar no trem. Já era tarde demais, precisava descansar.

NO SEGUNDO DIA EM HOGWARTS, após a aula de Minerva, todos se dirigiram até outra sala, onde teriam aula com o professor Snape, que quando entrou na sala abrindo a porta de maneira agressiva, Amélia o reconheceu do dia anterior, enquanto esperava seu nome ser chamado na cerimônia do chapéu seletor.

— Não permito brincadeiras com as varinhas e nem feitiços idiotas nesta aula. — Snape alertou, enquanto os alunos estavam se recompondo do susto. — Pois bem, eu não espero que muitos de vocês apreciem a ciência sutil e a arte exata do preparo de poções. Porém, para aqueles poucos que estejam dispostos a aprender... — Ele deu uma pausa, ajeitando sua capa e levando seus olhos até a Burke. — Eu posso ensinar como enfeitiçar a mente e confundir os sentidos, eu posso ensinar a como engarrafar a fama, a cozinhar a glória e até por um fim na morte.

Outra pausa foi dada e Amélia não sabia como reagir ao escutar aquele discurso, não entendia o motivo de Snape a encarar enquanto falava aquilo, mas a atenção dele foi para outro lugar, mais especificamente, Harry Potter, que escrevia algo, deixando Snape irritado.

— Contudo, talvez alguns de vocês tenham vindo para Hogwarts com habilidades tão formidáveis e confiantes o bastante para não prestarem atenção. — Com esta fala e o olhar fixo de Snape, todos olharam para Harry. Hermione ao notar, chamou sua atenção e logo Harry largou sua pena. — Senhor Potter, nossa nova celeridade. — Amélia não conseguiu deixar de revirar os olhos.

Snape começou a perguntar diversas coisas que nem Amélia sabia dizer o que era e como poderia fazer. Ele fez de propósito, para envergonhar Harry, mas a Burke não soube dizer se parecia algo pessoal ou se era apenas um professor que gostava de fazer isso com seus alunos. Talvez sejam os dois.

Após a aula de Snape, todos foram para o salão principal. Amélia e quase todos os outros alunos estavam focados em estudar. Simas tentava transformar a água em rum e a garota estava começando a ficar com medo dele acertar alguém pela forma que ele balançava a varinha. Logo um barulho de explosão foi escutado, Amélia virou o rosto e balançou a cabeça negativamente, achando graça ao ver que Simas havia causado a explosão. Iria se lembrar sempre de nunca fazer dupla com ele.

Som de corujas foram ecoando pelo salão e aos poucos iam entrando, jogando as correspondências para os alunos. Amélia sabia que não iria receber nada, então, apenas ia voltar a estudar, mas a fala de Harry chamou sua atenção, sobre o roubo da espécie de banco que Amélia foi juntamente com Hagrid.

— “Parece ter sido trabalho dos bruxos das trevas desconhecidas. Os duendes de Gringotts embora admitirem ter acontecido, nada foi roubado. O cofre número 713 havia sido esvaziado mais cedo naquele mesmo dia.”. — Harry lia em voz alta. — Estranho, é o cofre em que eu estive com Hagrid.

Amélia escutou cada palavra e logo presumiu que algo valioso e importante estava naquele cofre para bruxos das trevas tentaram roubar, agora estava com Hagrid ou ele sabe onde está.

A próxima aula era de voo e era uma das aulas que Amélia estava mais ansiosa, principalmente após escutar sobre quadribol. Parecia emocionante poder voar e jogar com sua casa, trazer vitória para grifinória, era uma oportunidade que ela poderia agarrar quando pudesse se candidatar para entrar no time.

Quando a professora chegou, mandou todos ficarem ao lado esquerdo de suas vassouras.

— Estiquem a mão direita sobre a vassoura e digam: suba!

— Suba! — Amélia encarou Harry após vê-lo conseguir de primeira e respirou fundo, precisava ser melhor do que ele.

— Suba! — Burke deu um sorriso quando o cabo da vassoura tocou a palma de sua mão, a fazendo segurar a mesma.

Em uma das tentativas, a vassoura acabou acertando o nariz de Rony, o que fez todos rirem. O ruivo mandou Harry calar a boca, sorrindo. Pareciam ter uma boa amizade.

— Agora, assim que segurar a vassoura eu quero que montem nela e segurem firme. — Ela ordenava, enquanto os alunos faziam que lhes era dito. — Vocês vão escorregar para o outro lado. Quando eu apitar, quero que cada um impulso bem forte com os pés, mantenham as vassouras firmes, fiquem no ar uns minutos e depois curvem o corpo para frente e voltem para o chão. Quando eu apitar: três, dois... — A professora apitou.

Neville começou a levitar com sua vassoura, fazendo a professora chamar sua atenção. Ele ia se mexendo e subindo aos poucos, começando a ficar desesperado e subindo cada vez mais, pedindo para a vassoura que descesse. Amélia olhava para aquilo de forma desesperada, ver a professora parada apenas chamando por Neville para que ele voltasse a deixava ainda mais nervosa.

— Não vê que ele não consegue voltar? — Amélia falou para a professora, fazendo todos olharem para a mesma.

— Senhorita Burke, peço que abaixe o tom de voz.

Todos os olhos voltaram para Neville que após rodopiar, acabou caindo da vassoura e ficando pendurado no alto. Amélia, levada pelo impulso de querer ajudar Neville, deu impulso sobre sua vassoura, voando em direção do garoto, enquanto escutava a professora chamar o seu nome, para que voltasse. Mas não deu ouvidos, quando Neville estava prestes a cair de novo, pois seu uniforme que havia o deixado pendurado em uma das estátuas que segurava uma lança estava rasgando. Amélia passou com a vassoura por baixo, fazendo ele cair sentado sobre a vassoura, o que fez os alunos vibrarem com o ato da garota.

Amélia perdeu um pouco do controle da vassoura, já que agora tinha o peso de duas pessoas sobre ela, mas mesmo com dificuldade conseguiu controlar e voltar para o chão, fazendo os dois caírem sobre a grama, sem nenhum ferimento aparente.

— Vocês estão bem? — A professora se aproximou dos dois caídos na grama, os ajudando a se levantarem. — Vamos até a enfermeira conferir se está tudo em seu devido lugar. Quero que todos fiquem com os pés bem firmes no chão enquanto levo os dois para a enfermaria, entendido?

Guiados pela professora, Amélia e Neville foram para a enfermaria, que analisou os dois e viu que não havia nada além de grama em seus uniformes e alguns rasgos no de Neville, os fazendo serem liberados.

Quando Amélia andava pelo corredor tirando a grama de seu uniforme, para poder voltar a aula, escutou seu nome ser chamado por Minerva. Ao se virar viu que ela estava acompanhada de Harry.

— Senhorita Burke, por favor, acompanhe-me.

Sem contestar, seguiu Minerva juntamente com Potter. Amélia estava pensando que Harry havia contado a Minerva sobre o que fez e que estava sendo levada para levar bronca por ter falado naquele tom com a professora e ter agido daquela forma, mas era para ajudar Neville.

Ao pararem em uma sala e Minerva pedir para chamar outro aluno, Amélia ficou sem entender.

— Srta. Burke, Sr. Potter. Este é Oliver Wood. — O garoto acenou levemente com a cabeça. — Acho que achei um apanhador e uma artilheira para você.

Amélia não conseguiu segurar o sorriso que surgiu em seus lábios. Minerva estava de sua janela vendo tudo, provavelmente a movimentação deve ter chamado sua atenção.

Após a bela surpresa, os nomes de Harry e Amélia estavam até mesmo na boca dos fantasmas, que falavam sobre ambos agora fazerem parte do time. Amélia estava sentada sobre um banco de pedra, lendo um livro e logo Cho apareceu, sentando ao seu lado.

— Eu soube que entrou para o time da grifinória, isso é incrível! Você e o Harry são os mais novos jogadores do momento. Parabéns!

— Obrigada, estou tão feliz. Eu não esperava ser colocada no time tão cedo.

— Deve ser de sangue.

— Como assim? — Amélia perguntou, sem entender e Cho fez sinal para que a seguisse.

Cho e Amélia andavam de forma rápida pelos corredores, até que chegaram até uma parte onde tinha uma estante cheia de troféus. Chang apontou para um em específico e então Amélia o analisou com calma, percebendo que havia alguns nomes. “Cassandra Burke” estava gravado nos jogadores da sonserina de um ano em específico, mas como batedora. Amélia levou sua mão até a boca, com tamanha surpresa. Sua mãe, era nome da sua mãe.

— Sua mãe é considerada até hoje a melhor batedora que Hogwarts já pôde ter.

— Isso é incrível, eu não fazia ideia. Mas não sou uma batedora.

— O time da grifinória já possui seus dois batedores.

Amélia virou o rosto para seu lado direito e logo viu se aproximar o trio grifinório se aproximando. Ao olhar novamente para os nomes, notou que no time da grifinória havia um “James Potter”, como apanhador.

Antes que eles pudessem chegar até a estante, Amélia saiu andando para outro lugar, sendo seguida por Cho.

— Parece que quanto mais vocês se odeiam, mais características em comum aparecem. — Cho falou, enquanto Amélia se escorava na parede, suspirando.

— Eu não aguento mais escutar o nome dele por todo canto de Hogwarts.

— É algo impossível, você e ele são os mais falados de Hogwarts.

— Você ficou sabendo? — As duas avistaram dois fantasmas flutuando pelo corredor. — Harry Potter é o novo apanhador da grifinória, eu sabia que ele ia ser grande.

— Falam sobre mim também, é? Percebi. — Amélia bufou, encostando a cabeça na parede e Cho pousou a mão no ombro da amiga. — Os sonserinos estão decepcionados, eu até entendo, mas eu estou me sentindo rejeitada na casa que deveria estar me acolhendo.

— Continue sendo você mesma, tenho certeza de que eles irão perceber que você é uma pessoa incrível. — Cho confortou Amélia, que sorriu sussurrando um “Obrigada”.

— Amélia? — Neville se aproximou um pouco, timidamente. — Eu vim agradecer, não consegui quando saímos da enfermaria porque estava um pouco assustado. Se não fosse você, eu teria me machucado feio.

— Não precisa agradecer, Neville. — Amélia deu um sorriso gentil, que foi retribuído.

— Agora preciso agradecer ao Harry. — Neville pensou em voz alta, fazendo Amélia levantar uma das sobrancelhas.

— Agradecer ao Harry?

— Meu Lembrol caiu do meu bolso e eu não notei, quando estávamos indo pra enfermaria o Malfoy pegou ela e tentou jogá-la longe, mas o Harry conseguiu recuperar. — Neville explicou antes de ir embora.

— Amélia, o Oliver está te esperando. — Avisou um menino do time que surgiu no corredor.

— Preciso ir, até mais tarde. — Amélia se despediu de Cho.

Amélia apertou o passo para poder acompanhar o garoto, que a levaria até Oliver, estava ansiosa para entender melhor sobre sua posição no time, os treinos e quando seria seu primeiro jogo. Quando chegaram no campo aberto, viram que Oliver tinha acabado de falar com Harry, já que o mesmo havia acabado de passar pela Burke.

— Olá, Amélia. — Oliver acenou e a garota se aproximou, retribuindo ao aceno. — Te chamei aqui para poder explicar algumas coisas que você precisa saber sobre o quadribol. — Ele abriu uma maleta que estava no chão e pegou uma bola marrom. — Essa é uma goles, os artilheiros podem conduzir e furar elas, tentam acertá-las nos aros para marcarem pontos, cada uma vale dez pontos. Os artilheiros devem ser rápidos e ágeis, pois esse aqui estará tentando te derrubar. — Ele pegou uma bola um pouco menor, que começou a se mexer loucamente, fazendo Amélia dar um passo para trás e Oliver colocou em seu devido lugar, fechando a maleta. — Esses são os balaços, por isso, deve estar sempre muito atenta.

— O que os batedores fazem? — Amélia perguntou curiosa e ao notar seus olhos brilhando, Oliver soube claramente o motivo daquela pergunta.

— A função deles é proteger o time dos balaços e tentar rebatê-los para o outro time, por isso eles possuem um bastão. — Oliver deu uma pausa, pensando se deveria falar o que estava em sua mente. — A verdade é que de acordo com o que me falaram sobre seu feito por Neville, você não perdeu o equilíbrio ou o controle mesmo com ele simplesmente caindo sobre a vassoura, eu realmente acredito que você é perfeita para a artilharia. Sei que gostaria de honrar o passado da sua mãe, mas nosso time já possui seus batedores.

— Está tudo bem, já estar no time é perfeito.

— Quando me formar e o time ficar sem algum batedor, não desista de tentar se for isso que você realmente quer e se identifica. Acredite, dificilmente aceitam uma bruxa como batedora.

— Obrigada por me encorajar.

Passando pelos corredores, parou em frente à estante novamente, encarando o nome de sua mãe novamente. Escutar sobre as bruxas na posição de batedora a fez sentir orgulho de sua mãe, ela deve ter sido uma mulher muito forte para merecer essa posição e iria lutar para provar que também merecia.

— Cassandra foi brilhante durante seus anos jogando quadribol. As outras casas tinham medo de encarar ela nos jogos. — Amélia se assustou, quando escutou a voz de Dumbledore ao seu lado.

— Como ela era?

— Uma aluna excepcional, mas com uma personalidade forte e altas ambições, nos deu um pouco de trabalho. Acabava entrando em algumas, muitas, brigas. — Dumbledore deu uma pausa. — Ela tinha muito potencial, sempre viveu intensamente.

— Acha que se ela estivesse aqui, estaria orgulhosa de mim?

— Ela deve estar, independentemente de onde estiver.

Dumbledore se retirou e Amélia se dirigiu a comunal da grifinória, um pouco cabisbaixa. Apesar de querer tanto saber e entender tudo sobre sua mãe, procurar saber sobre sua família paterna, aquilo a machucava tanto que sempre pensava em deixar para trás. Talvez seja o melhor a se fazer, mas tinha que tentar.

Quando a garota estava subindo as escadas, escutou o trio entrando na comunal um pouco agitados.

— O que eles acham que estão fazendo colocando uma coisa daquelas trancada dentro de uma escola? — Rony perguntou, indignado.

— Você não usa os olhos, não é? — Hermione retrucou, enquanto Amélia ia subindo ainda mais as escadas enquanto escutava os passos se aproximarem. — Não viu que ele estava em cima de algo?

— Não fiquei olhando para as patas dele! — Escutando seus passos na escada, Amélia correu para seu dormitório, ficando com os ouvidos atentos colados na porta. — Estava mais preocupado com as cabeças ou talvez não tenha notado, ele tinha três!

— Estava em cima de um alçapão, não estava lá por acaso. Está guardando alguma coisa.

— Guardando alguma coisa? — Amélia ouviu pela primeira vez a voz de Harry desde quando os três chegaram poucos minutos atrás.

— Exatamente! — Amélia correu para sua cama e deitou nela, pegando um livro, para fingir que estava estudando quando percebeu que a voz da Hermione estava perto demais. — Bom, se vocês não se importam, eu vou dormir antes que um de vocês tenham uma ideia brilhante que podem nos matar, ou pior, nos expulsar!

Fingiu não se importar quando Hermione entrou no dormitório, ela estava realmente nervosa. E Amélia já havia entendido que foram para o terceiro andar, o corredor que Dumbledore havia deixado claro que era proibido guardava algo que o diretor não quer que nenhum aluno saiba.

AMÉLIA HAVIA SAÍDO de sua última aula fazia algum tempo e agora estava em frente a uma janela de Hogwarts, observando a vista que tinha dali, sozinha. Mas seu momento chegou ao fim quando observou um loiro se aproximar de si, a fazendo revirar os olhos.

— Sabe, eu ainda não entendo como uma pessoa como você não pode ter caído na sonserina. Você sabe, sua família carrega uma tradição assim como a minha.

Amélia encarava Draco tentando entender onde ele queria chegar com aquele papo e naquele momento Harry ia passar por aquele corredor, mas ao ver os dois, se escondeu na pilastra, para poder ouvir e ver a cena.

— Não acha que está envergonhando o nome da sua família? Seu nome será motivo de chacota, ainda mais se andar com sujeitos de sangue-ruim ou traidores de sangue. Se andar comigo, posso ajudá-la a levantar o nome da sua família como antigamente. — Draco estendeu a mão em direção a Amélia e aquilo foi o suficiente para Harry tirar conclusões precipitadas a respeito de Amélia, por isso ele foi embora dali.

Quem é você para dizer que estou envergonhando a minha família? — Amélia cuspiu suas palavras, com os olhos cheios de lágrimas, lágrimas de ódio. — Acha que não percebo o quanto você está forçando parecer melhor que os outros, diminuindo as pessoas e infernizando aqueles que não se submetem a fazer parte do seu grupo nojento de amigos? É exatamente o que você faz com o Potter e acha que pode fazer o mesmo comigo, não é? — Amélia se aproximou mais do loiro, que engoliu o seco, abaixando sua mão. — O que você e seu cabelo entupidinho de gel acha que pode fazer pra me afetar? — Draco ia dando passos para trás cada vez que Amélia se aproximava. — Se você sair um pouquinho da linha comigo eu vou fazer da sua vida um inferno, Malfoy.

— O meu pai vai saber disso! — Malfoy tentou colocar bravura em sua voz, mas assim que Amélia ameaçou apontar sua varinha o sonserino encolheu os ombros.

— Que se dane o seu pai!

Amélia foi embora, guardando sua varinha no bolso, deixando um Draco apavorado para trás e foi para o salão principal se sentar na mesa da grifinória, ao lado de Neville. Harry sentiu falta de Hermione ao perceber que ela não estava ali, perguntando onde ela estava, então Neville respondeu:

— Dizem que ela ficou a tarde toda no banheiro das meninas chorando.

— A tarde toda, o que aconteceu para ela ficar assim? — Amélia perguntou sem entender e então Harry olhou para a garota, com suspeita.

Quando ia voltar a se alimentar, Amélia levou um susto quando a porta do salão principal se abriu de maneira agressiva pelo professor Quirrell, que começou a correr pelo corredor do salão gritando:

Trasgo! Masmorras! — Todo o salão ficou em silêncio, olhando para ele, sem entender. — Achei que devia saber.

Ele de repente caiu no chão e os alunos começaram a gritar, em desespero. Amélia estava com os olhos arregalados ainda tentando assimilar o que era um Trasgo, mas pelo desespero dos alunos, imaginou que era algum tipo de monstro feroz.
O medo estava tomando conta de praticamente todos os alunos, que começaram a se levantar, sem saber o que fazer.

SILÊNCIO! — Dumbledore gritou, fazendo todos os que iam sair correndo, pararem imediatamente e todos os gritos cessaram. — Não quero que ninguém entre em pânico! Bem, monitores levem seus alunos de volta aos dormitórios. Professores, vocês vão comigo às masmorras.

Todos se levantaram e os grifinórios começaram a seguir Percy, saindo do salão principal para seguirem em direção aos dormitórios. Ao virar seu rosto para o lado, Amélia viu Harry e Rony correndo para outro lado. Aproveitou toda aquela multidão de alunos e começou a passar entre eles, correndo na mesma direção que os dois foram.

Amélia queria usar aquela oportunidade de tentar fazer com que seu nome se sobressaia, tinha que ser mais rápida que Harry. Podia ver os dois um pouco mais a frente no corredor, mas os três ao verem uma sombra gigante se aproximando, se esconderam. Amélia estava escondida um pouco mais atrás, fazendo os dois amigos não notarem sua presença.

Quando o Trasgo apareceu, Amélia arregalou os olhos ao notar o quanto aquele monstro era enorme e forte. Não sabia como poderia acabar com ele, ainda mais sendo uma primeirista, mas tinha que tentar, tinha que provar seu valor.

O Trasgo entrou no banheiro feminina e pode escutar os gritos da Hermione vindo de lá, o que fez os três correrem até ele. Harry ao ver Amélia entrando logo depois, a encarou com raiva.

— O que está fazendo aqui?

— O que você acha, seu idiota? — Os três se abaixaram, quando o Trasgo tentou acertá-los com sua arma. — Hermione, cuidado! — Amélia alertou quando o Trasgo viu a Granger ir para baixo das pias, quase acertando ela.

— O que faremos? — Rony perguntou, desesperado.

— Se lembram do feitiço que o professor Flitwick nos ensinou? — Amélia perguntou, mas antes que pudessem responder, o Trasgo pegou Harry pelos pés, o deixando de cabeça para baixo.

Wingardium Leviosa! — Rony recitou o feitiço, enquanto balançava a varinha freneticamente, o que causou mais desastre, a varinha não foi apontada para algo em específico então foram pedaços de destruição causados pelo Trasgo para tudo quanto é canto, incluindo um pedaço de madeira, que bateu no rosto do próprio Weasley.

— Olha o que está fazendo seu idiota! — Amélia exclamou, raivosa. — Wingardium Leviosa! — A Burke apontou sua varinha, fazendo a arma do Trasgo, que estava pronta para acertar Harry Potter, levitar.

Amélia o guiava a levitação com sua varinha para que o Trasgo não conseguisse pegar, o deixando em uma altura mais alta. O monstro, tentando pegar sua arma de volta, largou Harry no chão e Hermione o puxou para longe. Naquele exato momento, Minerva, Snape e Quirrell chegam, vendo a cena de Amélia deixando a arma cair sobre a cabeça do Trasgo, que ficou tonto e caiu no chão desacordado.

Ao olhar para trás, deu de cara com rostos surpresos dos professores que olhavam para o Trasgo caído e para a pequena Burke, que havia acabado de deixá-lo desacordado.

— Foi você, não foi? — Harry se levantou, aproximando-se de Amélia. — Você fez isso tudo de propósito.

— Do que está falando, Potter?

— Ela e o Draco estavam planejando alguma coisa. — Harry olhou para os seus amigos e para os professores.

— Não planejamos coisa alguma, é assim que me agradece por salvar vocês?

— Eu exijo que se expliquem! — Minerva falou, fazendo Harry e Amélia ficarem se encarando.

— A culpa foi minha, professora. — Hermione assumiu a culpa, fazendo todos olharem para ela, surpresos.

— Senhorita Granger? — Minerva perguntou, espantada.

— Eu fui procurar o Trasgo, li sobre eles e achei que podia enfrentar este, mas me enganei. Se a Amélia, Harry e o Rony não tivessem me encontrado, eu poderia estar morta. — Amélia estava surpresa por Hermione também ter a mencionado.

Enquanto Minerva falava sobre tirar pontos dela pela falta de juízo de Hermione — que na verdade foi de Amélia —, a Burke olhou para baixou por um instante e acabou vendo que Snape tinha um machucado na perna, a fazendo encarar seu rosto, que a encarava, cobrindo seu machucado.

O que Snape estava escondendo?

— Quanto aos três, não só espero que percebam a sorte que tiveram. Poucos primeiristas enfrentam um Trasgo adulto e vivem para contar a história. — Minerva continuou sua bronca. — Acredito que o Senhor Potter tenha algo para dizer à Senhorita Burke.

Amélia olhou para Minerva com os olhos levemente arregalados e segurou um sorriso sarcástico, ao levar seu olhar para Harry Potter, que estava com uma expressão não muito boa.

— Desculpa.

A garota deixou um sorriso escapar sem querer, com tamanha diversão. Apesar de ter sido um pedido de desculpas mais seco e sem emoção que já havia escutado, ouvir Harry pedir desculpa após acusá-la injustamente era como música para seus ouvidos.

— Ótimo. — Minerva deu uma pausa, dando um sorrisinho com a cena. — Cinco pontos serão creditados para cada um, por terem tanta sorte.

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