003.
⚽️' ━ chapter three ━ '⚽️
Stella Almeida
🇧🇷#balada
A MINHA primeira noite em Barcelona não foi exatamente como eu esperava, principalmente ao encontrar o Pedro. Bom, era evidente que isso aconteceria, já que ele e o Artur eram praticamente inseparáveis. Confesso que me senti deslocada, não apenas no jantar com a família, mas também porque não estava à vontade com a situação. Era estranho estar ali, sem as minhas antigas amizades e sem ter construído algo novo ainda.
Suspirei, deslizando os dedos pela tela do celular, mexendo em qualquer coisa que me distraísse daquela sensação incômoda.
— Bom dia, Stellinha! — Artur apareceu de repente, jogando-se ao meu lado no sofá. —
— Bom dia. — Respondi com um sorriso fraco, sem tirar os olhos do celular. —
— Você está bem? Parece meio distante. — Ele me olhou, com aquele jeito de quem sempre percebe as coisas. —
— Estou... Só pensando em como tudo mudou, sabe? — Falei, largando o celular e encarando o teto por alguns segundos. — Eu me sinto meio perdida aqui.
— Ah, isso é normal, Stellinha! Barcelona é incrível, mas no começo pode ser meio solitário. — Ele passou o braço por volta do meu ombro, tentando me animar. — Mas relaxa, você vai fazer amigos rapidinho. E tem a mim e o Pedro também, claro.
— Sim, eu sei. — Sorri de leve, mas ainda com a mente cheia de pensamentos. — Só preciso me acostumar, eu acho.
— E você vai. A gente vai te ajudar! — Ele falou com entusiasmo, antes de mudar de assunto para tentar me distrair. — Então, o que acha de sairmos mais tarde? Mostrar um pouco da cidade?
— Pode ser. Vai ser bom conhecer mais. — Respondi, agradecida pelo esforço dele em me deixar mais confortável. —
— Então, conta pro seu irmãozinho aqui... Não arranjou nenhum namoradinho pelo Brasil, não? — Artur perguntou com um sorriso provocador, me cutucando de leve. —
Revirei os olhos, rindo sem jeito.
— Ah, Artur... você sempre com essas perguntas. — Falei, tentando desconversar enquanto mexia no celular de novo. — Não, não arranjei ninguém.
— Não acredito! — Ele exclamou, fingindo estar chocado. — Uma menina linda que nem você, Stella, solteira por todo esse tempo? Não me engana, vai!
— Acredite se quiser. — Sorri de lado, olhando pra ele. — E não tô exatamente preocupada com isso agora.
— Tá bom, tá bom... Mas se aparecer alguém, me conta, hein? Quero aprovar antes. — Ele piscou e eu apenas balancei a cabeça, rindo. —
— Para você sair explanando pra todo mundo? Acho melhor não. — Respondi, cruzando os braços e olhando pra ele com um sorriso divertido. —
— Nossa, que falta de confiança no seu irmão, hein, Stella? — Artur fez uma expressão de falsa ofensa, colocando a mão no peito. —
— Ah, Artur... — Dei uma risadinha. — Você sabe muito bem que a última vez que confiei em você, a escola inteira soube do meu crush em dois minutos.
— Ei, aquilo foi um deslize! — Ele riu, erguendo as mãos em rendição. — Prometo que dessa vez sou uma fortaleza. Ninguém vai saber.
— Sei... — Fingi desconfiança, mas no fundo estava rindo da situação. Artur sempre sabia como me fazer relaxar, mesmo nas situações mais complicadas. —
— Ok, vou deixar você e sua desconfiança. A Carina vai vir para a sua festa? — Ele perguntou, em um tom curioso. —
— Vai. Por que o interesse nela? — Eu perguntei, desconfiada. —
— Interesse? Nenhum. Só queria saber se todos os seus amigos vão estar lá. Mas, pelo visto, você está bem desconfiado, não é? — Artur respondeu, desinteressado. —
— Eu jamais faria isso. Só achei estranho essa pergunta em específico, Artur — Rebati, em um tom suave, mas ainda desconfiada. —
— Pelo jeito, você não perdeu essa mania inconveniente, né? Foi só uma pergunta, Stella. Você leva tudo tão a sério — Ele respondeu, levantando-se, visivelmente irritado. —
Senti meu peito apertar, mas me mantive firme, sem desviar o olhar.
— Não é sobre levar a sério, Art. É sobre respeito. Se você ainda não entende isso, talvez devêssemos repensar nossas conversas. — Falei, tentando ser mais firme possível. —
Ele parou por um momento, seus olhos encontrando os meus, e algo nele parecia hesitar, como se tentasse achar uma resposta.
Art suspirou, passando a mão pelos cabelos, claramente frustrado.
— Eu... não era minha intenção desrespeitar você, Stella. Mas, às vezes, parece que qualquer coisa que eu digo te incomoda — Admitiu, o tom de voz mais baixo, quase resignado. —
Eu mantive meu olhar firme, embora uma parte de mim quisesse suavizar a situação.
— Talvez seja porque você ainda não aprendeu a medir suas palavras, Art. Não é a primeira vez que isso acontece, e você sabe disso. Eu não sou mais a mesma garota que aceitava qualquer coisa — Respondi, a voz carregada de uma mistura de cansaço e determinação. —
Ele me encarou por alguns segundos, parecendo lutar consigo mesmo, antes de dar de ombros e virar de costas.
— Talvez você esteja certa. Talvez eu deva mesmo aprender a calar a boca. — Disse, se afastando, com um leve toque de ironia em sua voz. —
Eu o observei sair, meu peito ainda apertado, mas também aliviado. Talvez, enfim, ele começasse a entender.
Nem vinte e quatro horas aqui e já consegui brigar com meu irmão. Mas a verdade é que eu simplesmente não gostava que ele mencionasse o nome de Carina, não depois de tudo o que aconteceu entre eles.
Escutei meu celular vibrar em cima da mesa de centro e o peguei. No instante em que terminei de ler o nome na tela, um sorriso espontâneo apareceu em meu rosto. Matheus.
— E aí, ellinha! Estamos com saudades de você — A voz animada de Matheus soou do outro lado. —
— Muita mesmo! Olha, agora que você foi embora, eu até decidi me esforçar mais nas aulas de inglês — A voz de João surgiu ao fundo, fazendo-me rir. —
— Não acredito! Finalmente, hein, João? — Brinquei, ainda sorrindo. — Acho que eu tinha que sair pra você tomar vergonha na cara.
— Pois é, parece que sua ausência trouxe um milagre — Matheus comentou, em um tom divertido. —
Meu coração se aqueceu com o carinho deles, e senti uma ponta de saudade apertar meu peito. Eles sempre faziam tudo parecer mais leve.
— Mas olha, a gente percebeu a sua carinha assim que você atendeu. Diz aí, o que aconteceu? — João perguntou, direto. —
— Nada de importante... — Tentei desconversar, mas sabia que eles não iriam deixar barato. —
— Quem nada é peixe, desembucha logo, Stella — Matheus insistiu, a impaciência na voz me fazendo suspirar. —
— Eu só tive uma discussão com o Artur, mas tá tudo bem — Respondi, tentando soar casual. —
— Artur? O que ele fez agora? — João perguntou, a curiosidade evidente. —
— Ah, ele só tocou em assuntos que ele sabe que são sensíveis pra mim. Nada de novo, na verdade — Admiti, tentando minimizar a situação. —
— Esse cara nunca aprende, né? — Matheus bufou. — Olha, se precisar de qualquer coisa, você sabe que estamos aqui, certo?
— Eu sei. Vocês são os melhores. Obrigada por sempre estarem do meu lado — Respondi, sorrindo, sentindo o apoio deles aquecer meu coração. —
— Sempre estaremos, ellinha — João afirmou, e pude sentir o carinho em sua voz. — Agora, para de pensar nisso e conta mais sobre como tá sendo aí. Queremos saber tudo!
Abri um leve sorriso, começando a contar sobre o que tinha acontecido em menos de vinte e quatro horas aqui.
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Estava me conformando que hoje o meu dia seria sem graça alguma, não encontrei Artur pela casa para conversarmos, e meus pais tinham saído a trabalho, eu decidi ficar em casa maratonando os mil e um filmes que eu já tinha visto mais de um milhão de vezes mas que eu nunca cansava de rever.
Ouvi batidas na porta, e logo em seguida ela foi aberta. Quando vi Carina entrando, um sorriso instantâneo apareceu em meus lábios. Levantei-me rapidamente e corri até ela, abraçando-a.
— Carina, é você mesma?! — Exclamei, surpresa e feliz. —
— Sou eu sim, ellinha. Já estava com saudades — Respondeu, retribuindo o abraço com carinho. —
— Espera! Como você entrou aqui? — Afastei-me um pouco, ainda sorrindo, mas curiosa. —
— Uma das empregadas abriu a porta. Eu já tinha avisado seus pais que chegaria hoje — Explicou, dando de ombros como se fosse a coisa mais normal do mundo. —
— Você é impossível! Mas eu tô tão feliz que você está aqui. Precisamos colocar muita coisa em dia. — Eu ri, aliviada, e a puxei para dentro do quarto. —
— Ok, teremos muito tempo para isso, mas agora você vai lá no seu closet e vai se arrumar, porque vamos aproveitar uma das baladas daqui — Carina disse, determinada. —
— O quê? Como assim? Você mal chegou e já quer me arrastar pra balada? — Perguntei, surpresa. —
— Claro! Se eu não te arrasto para fora dessa casa, quem vai? Tia Marina já me contou que, desde que você chegou, não colocou os pés para fora daqui, e eu não aceito um "não" como resposta. Além disso, quero gastar meu espanhol com esses gatinhos daqui — Respondeu com um sorriso travesso. —
Suspirei, sabendo que seria impossível convencê-la do contrário. Carina sempre foi uma força da natureza, e agora, mais do que nunca, parecia que eu precisava dessa energia.
— Mas, Carina, amanhã é a minha festa, e eu não posso ficar de ressaca. Eu preciso estar cem por cento — Protestei, tentando achar uma desculpa. —
Carina revirou os olhos, divertida.
— Para de ser tão conservadora! Além do mais, a sua festa é só à noite. Você vai ter o dia inteiro pra descansar, e nem precisa beber, é só pra se divertir — Disse, sorrindo com confiança. —
Eu bufei, mas acabei sorrindo. Carina sempre tinha um jeito de tornar tudo mais simples e leve.
— Tá bom, tá bom. Eu aceito. — Respondi, levantando as mãos em rendição. — Vou me arrumar, mas você promete que não vai me deixar fazer nenhuma loucura?
— Prometo! Vamos apenas nos divertir e dançar até cansar — Carina garantiu, piscando para mim. —
Caminhei até o closet, ainda rindo, e comecei a procurar algo para vestir. Apesar das minhas tentativas de não aceitar convite dela, já sentia um certo entusiasmo pela ideia. Talvez fosse exatamente o que eu precisava para relaxar um pouco e deixar de lado as preocupações dos últimos dias.
Quando voltei para o quarto devidamente arrumada, Carina me olhou com um sorriso de aprovação, claramente gostando do que via.
— Eu com certeza tenho a melhor amiga mais linda. Você está um arraso, ellinha — Disse, os olhos brilhando de entusiasmo. —
Eu ri, um pouco envergonhada, mas feliz com o elogio.
— Obrigada, Carina. Mas você também não fica atrás, está incrível! — Elogiei de volta, olhando para sua roupa impecável. —
— Ah, a gente arrasa juntas, né? — Ela piscou, divertida. — Agora, vamos logo, antes que eu mude de ideia e comece a me arrumar de novo!
Peguei minha bolsa e balancei a cabeça, ainda rindo, enquanto saíamos juntas do quarto. Estava pronta para deixar as preocupações de lado por uma noite e aproveitar cada momento ao lado da minha melhor amiga.
Enquanto descia as escadas com Carina, encontrei meu irmão na sala com Pedro. Pareciam discutir um assunto sério, pela expressão dos dois. Quando os olhos de Pedro se fixaram em mim, senti um desconforto que me fez apertar mais o braço de Carina.
— Está indo para onde, Stella? — Artur perguntou, levantando a sobrancelha. —
— Ela vai para uma balada, comigo. E não tente impedir, eu já falei com seus pais e eles deixaram, então nem comece, Artur. Boa noite, meninos — Carina respondeu antes que eu pudesse falar algo, seu tom decidido e firme. —
Artur apenas nos observou, claramente não gostando da ideia, mas não disse nada. Olhei rapidamente para Pedro, que me deu um sorriso pequeno, como se tentasse me tranquilizar, mas eu desviei o olhar, focando em sair dali com Carina o mais rápido possível.
Assim que atravessamos a porta da frente, soltei um suspiro aliviado.
— Você sempre sabe como lidar com ele, Carina. Eu não teria conseguido responder assim — Confessei, olhando para ela. —
— Já lidei muito com ele, não deixaria o Artur estragar nossa noite juntas — Respondeu, dando de ombros e sorrindo. —
Eu ri, sentindo a tensão diminuir. Carina tinha esse jeito único de fazer tudo parecer mais simples e menos pesado. A noite estava apenas começando, e com ela ao meu lado, eu sabia que seria inesquecível.
— Obrigada por isso. Eu realmente precisava dessa escapada — Falei, sincera. —
— Ah, ellinha, você merece se divertir um pouco. Agora vamos logo, a música já deve estar tocando, e esses saltos estão pedindo uma pista de dança — Disse Carina, me puxando em direção ao carro com entusiasmo. —
Deixei que a empolgação dela me contagiasse, e com um sorriso, entrei no carro. Estava pronta para aproveitar a noite e me permitir um pouco de liberdade.
— Lembre-se, depois da meia-noite você terá oficialmente dezoito, e estará liberada para ficar com quem quiser, Stella — Carina disse, com um sorriso travesso. —
Revirei os olhos, mas não pude deixar de rir.
— Você não perde uma chance, né? Não estou pensando nisso, Carina — Respondi, tentando parecer séria, mas falhando miseravelmente. —
— Claro que não, mas vai que aparece alguém interessante... — Ela provocou, dando uma piscadela. —
— Vamos só dançar e aproveitar, e quem sabe o que acontece depois — Respondi, finalmente cedendo à brincadeira. —
Carina riu, ligando o carro, e logo estávamos na estrada. A música tocando no rádio, as luzes da cidade passando rapidamente pelas janelas. Senti um arrepio de empolgação percorrer meu corpo. Essa era minha última noite como menor de idade, e eu estava pronta para torná-la memorável.
᯽
Eu ia matar a Carina, com toda a certeza. Ela disse que iria pegar uma bebida e logo voltaria, mas isso já fazia exatamente duas horas. Ela simplesmente me largou aqui no meio dessa balada, e eu ia matá-la quando a encontrasse, sem dúvidas.
Resolvi ir até o balcão para ver se a encontrava por ali ou, pelo menos, tomar algo para me distrair enquanto esperava. Encostei-me ao balcão e pedi um drink, olhando ao redor e tentando não parecer tão perdida.
Foi quando um homem se aproximou, com um sorriso amigável.
— Parece que você está esperando alguém, certo? Posso fazer companhia enquanto isso? — Perguntou ele —
Eu o encarei por um momento, decidindo se queria conversa ou não. Ele tinha um ar descontraído e parecia gentil, então acabei concordando com um aceno de cabeça.
— Claro, estou esperando uma amiga que me deixou sozinha faz tempo. — Respondi, revirando os olhos. —
— Entendi, situações de balada — Ele riu. — Sou Fermin, aliás.
— Stella — Respondi, aceitando sua mão estendida. —
Assim que ele se apresentou, um estalo veio à minha mente. Fermin López. O nome não era desconhecido, e agora, olhando mais atentamente, reconheci seu rosto. Ele era jogador do Barcelona. A ficha caiu de repente, e eu o encarei por um segundo a mais, tentando disfarçar o choque.
— Então... você é o Fermin López, do Barcelona, não é? — Perguntei, não conseguindo esconder completamente minha curiosidade. —
Ele sorriu, parecendo um pouco surpreso, mas também divertido.
— Sim, sou eu mesmo. Então você acompanha futebol? — Ele perguntou, curioso. —
— Um pouco, conheço alguns jogadores — Respondi, tentando parecer casual, mas o nervosismo começava a bater. —
Justo eu, que não estava com nenhuma intenção de me envolver em nada naquela noite, tinha acabado de esbarrar com um jogador famoso. Se Carina estivesse aqui, com certeza não perderia a chance de me provocar.
— Seu sotaque... Você não é daqui, né? — Comentou, curioso. —
Eu sorri, balançando a cabeça.
— Não, sou brasileira. Estava morando no Brasil nos últimos anos, mas voltei para a Espanha recentemente — Expliquei, ainda tentando manter a conversa leve. —
— Ah, isso explica o sotaque. É bem legal, aliás — Ele disse, sorrindo. — E o que te trouxe de volta?
— Bom, vim passar um tempo com a minha família aqui. Não acho que ficarei definitivamente — Respondi, dando de ombros. —
— Entendo. Mas nunca se sabe, né? Às vezes a vida te surpreende — Fermin disse com um sorriso de canto, claramente confortável na conversa. —
— Isso é verdade. Nunca sabemos onde vamos parar. — Eu ri, concordando. —
— E o que você está achando de estar de volta? Já deu para matar a saudade de tudo? — Ele perguntou, parecendo interessado. —
— Estou me acostumando de novo, na verdade. Tem sido bom até agora, mas ainda estou redescobrindo algumas coisas — Falei, sentindo a verdade das minhas palavras enquanto refletia sobre como a Espanha sempre me trazia sentimentos mistos. —
— Que bom. Espero que essa noite faça parte dessas redescobertas — Ele comentou com um sorriso, e eu percebi que ele realmente estava tentando ser gentil. —
— Até agora, está indo bem — Respondi, sorrindo de volta. —
Enquanto conversávamos, comecei a reparar melhor em Fermin. Seus olhos eram intensos, e havia algo no jeito despreocupado como ele sorria que o tornava ainda mais interessante. Ele realmente era bonito, bem mais do que eu havia notado de início. O jeito como falava, gesticulando sutilmente, demonstrava confiança sem ser arrogante.
Fermin pareceu perceber meu olhar mais atento e, depois de um tempo, arqueou uma sobrancelha, sorrindo de lado.
— O que foi? Tem algo em mim que te chamou tanta atenção? — Ele perguntou, divertido. —
Senti minhas bochechas corarem levemente, mas tentei não perder a compostura. Respirei fundo, decidindo entrar na brincadeira.
— Talvez — Falei, fazendo uma pausa proposital. — Só estava pensando que você fica bem melhor pessoalmente do que nas fotos, sabe?
Ele riu, claramente gostando da resposta.
— Ah, é mesmo? Bom saber que faço uma impressão melhor ao vivo — Ele disse, inclinando-se um pouco mais para perto. —
— Pode apostar — Sorri de volta, encarando-o. — Acho que não vou esquecer essa noite tão cedo.
Fermin sorriu mais amplamente, seus olhos brilhando.
— Essa é a ideia, Stella. Vamos garantir que essa seja uma noite inesquecível. — Ele falou, suavemente. —
Senti o calor subir até meu rosto, e o clima entre nós se intensificou. Fermin se aproximou, seus olhos fixos nos meus, e por um instante, o resto da balada desapareceu. Respirei fundo, meu coração disparando. Sem dizer mais nada, ele trouxe o rosto para mais perto, e eu deixei.
Nossos lábios se encontraram, e o beijo foi suave no início, mas logo se tornou mais intenso. Fechei os olhos, me deixando levar pelo momento, enquanto minhas mãos instintivamente tocavam seus ombros. A energia que havia crescido entre nós agora se transformava em algo real e palpável, e tudo ao redor parecia se tornar insignificante.
Até que ouvi uma voz familiar se aproximando.
— Aí está você, Stella! — Carina exclamou, a surpresa clara na sua voz. —
Nos separamos rapidamente, e eu virei na direção de Carina, ainda tentando recuperar o fôlego. Ela nos olhou com uma sobrancelha arqueada e um sorriso malicioso.
— Não acredito que perdi a parte interessante — Disse ela, claramente se divertindo. —
— Você sempre aparece na melhor hora, né? — Rebati, ainda um pouco ofegante, tentando esconder meu embaraço. —
— Vamos lá, precisamos ir embora. Já está ficando tarde e, convenhamos, você ainda tem uma festa para encarar amanhã. — Carina apenas riu e deu de ombros. —
Suspirei, sabendo que não tinha muito como argumentar. Carina tinha razão, e a última coisa que eu queria era estar completamente exausta para o dia seguinte. Acenei rapidamente para Fermin, que me deu um sorriso cúmplice antes de nos separarmos.
Assim que estávamos longe dele, deixei escapar um sorriso e soltei um suspiro exagerado.
— Carina, ele beija bem demais! — Falei, quase surtando de empolgação, enquanto tentava conter um sorriso. —
Carina me lançou um olhar cheio de satisfação, dando um tapinha no meu ombro.
— Eu sabia que algo bom ia sair dessa noite. E olha, pelo menos você esperou até meia-noite, estou muito orgulhosa de você, senhorita responsável! — Disse ela, piscando. —
Revirei os olhos, mas não pude evitar rir.
— Ok, você me arrastou até aqui e estava certa. Foi divertido... Acho que realmente precisava disso. — Admiti, sorrindo. —
— É claro que precisava! Agora, vamos voltar e descansar, porque amanhã você vai ser o centro das atenções e quero ver você brilhando — Carina afirmou, me puxando para fora da balada. —
E, com o sorriso ainda estampado no rosto, eu a segui, pronta para encarar o que viesse pela frente.
ANTES da festinha da estrelinha tinha que ter uma balada, para render entretenimento. Eu amo quando eu coloco o Fermin nas minhas fics.
ESPERO que estejam gostando da Fanfic. Desculpa qualquer erro ortográfico.
VOTEM e COMENTEM muito para liberação do próximo capítulo ser rápido. Bjos da Bia.
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