𝑪𝑨𝑷𝑰́𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑫𝑶𝒁𝑬🌜
Liam Dunbar
— Então... enfia?
— Sim.
— Lá dentro?
— Sim!
— Meu Deus...
Ontem aconteceu uma coisa muito diferente entre eu e o Theo. Eu não sei se isso deveria ter acontecido, na verdade eu não sei ao certo como acabamos naquele ponto, mas foi se tornando tão quente e diferente... eu não consegui me controlar e acabei fazendo uma pergunta a ele.
Eu fiquei com muita vergonha depois de dizer aquilo, mas eu sentia que precisava de Theo mais perto de mim, e uma vez ouvi dizer que quando duas pessoas sentem aquele calor que eu senti ontem, elas acabam fazendo sexo, então aquela dúvida veio em minha mente e eu falei um pouco sem pensar.
Theo disse que já ouviu falar de algumas coisas sobre dois garotos fazendo sexo juntos, mas disse que não queria que um de nós dois nos machucasse, então eu apenas fingi que estava com sono e nós fomos dormir.
Eu não sei muito sobre dois garotos, então eu vim perguntar a quem sabe melhor do assunto. Vim cedo a casa de Corey, saí escondido enquanto todos ainda dormiam - principalmente Theo - e Corey me recebeu em sua casa. Eu sinto que posso confiar no Corey, independente do que eu contar a ele eu sei que ele não vai me julgar ou me achar estranho, então eu depositei um voto de confiança no meu amigo e decidi que a partir de agora sempre que eu tiver dúvidas sobre esse assunto eu vou dividir com ele, mesmo que algum dia ele não tenha a resposta, ainda sei que ele vai me ouvir como um bom amigo.
— Eu sei que parece um pouco assustador ao se ouvir na primeira vez, mas é mais fácil do que parece e também é bom — Corey disse.
Corey me contou como é que dois garotos fazem sexo, tudo que eu ouvi me deixou um pouco assustado, isso parece doer muito. Além da parte de usar a boca...
— Você já...?
— Sim.
— Meu Deus, dói muito? — eu perguntei baixo.
— Depende, na primeira vez pode acontecer um desconforto, até porque é uma coisa dura entrando bem na sua bunda. Mas vai ficando bom.
— Corey, mas...
— Com as garotas é do mesmo jeito, eu não sei porque você está tão espantado, gatinho.
Me assustei ao ouvir um barulho alto na porta do quarto do Corey, em seguida a porta se abriu com certa brutalidade. Havia uma mulher ali, e eu tenho quase certeza que é a mãe do Corey, a mesma mulher que vi no outro dia que vim aqui.
— Quantas vezes eu já falei pra deixar essa porta aberta? E o que está fazendo com visitas uma hora dessas?
— Bom dia pra você também, Marta. Eu dormi muito bem, obrigado por perguntar, viu? — Corey disse com um tom sarcástico.
— Não quero saber de macho dentro do seu quarto, se quer dar essa sua bunda então sai da minha casa, aqui dentro eu não vou admitir isso — ela falou brava, Corey revirou os olhos.
— O que eu faço ou deixo de fazer com a minha bunda é problema meu. Não que seja da sua conta, mas ele é um amigo, então se me der licença, você está atrapalhando a nossa conversa!
— Quero essa porta aberta, se eu ouvir algum barulho você vai se arrepender, Corey!
Ela gritou, dando um tapa na porta e então saiu.
Meu Deus...
— Desculpa por isso — Corey voltou a olhar para mim.
— Eu não deveria ter vindo tão cedo, acho melhor eu ir embora.
— Não, não. Não se preocupe com ela, qualquer hora é uma hora ruim para ter uma figura masculina dentro do meu quarto — ele riu fraco.
Mas ele parece triste.
Não deve ser nada fácil para ele, além de sofrer dentro da escola, Corey também sofre dentro de casa com a sua própria mãe.
— Eu sinto muito, Corey...
— Relaxa, eu já estou acostumado. Vamos continuar falando sobre você, pode ser?
— Tem certeza...?
— Sim, por favor.
O Corey não deve ter tantos amigos, ele parece mais animado quando eu venho aqui na casa dele, eu deveria parar de procurá-lo apenas para dividir os meus problemas e passar a sair com ele como amigos fazem.
— Então, vocês já estão prontos para...?
— Não! Com certeza não — digo — eu... não acho que a gente tenha que fazer isso agora, é tudo tão recente, eu nem sei direito o que está acontecendo entre nós.
— Tudo no seu devido tempo, não se apressem a isso — Corey falou — mas, posso perguntar uma coisa?
— Pode.
— O que você sente pelo Theo? Quero dizer, você acha que é algo momentâneo ou você acha que isso pode se prolongar?
Eu não tinha pensado nisso.
— Eu... não sei — digo — eu e o Theo somos amigos, eu não quero me afastar dele.
— Mas... vocês estão de paquera, tem certeza que tudo isso é só amizade mesmo?
— Nós somos amigos! Temos até uma pulseira da amizade, olha — eu mostrei a pulseira para Corey e ele abriu um pequeno sorriso.
— Tudo bem, gatinho. Acho que ainda não está pronto para essa conversa — ele falou.
— Qual conversa?
— Em breve eu sei que vamos ter ela, então não se preocupe.
Do que será que ele está falando?
— Você entendeu tudo direitinho do que eu te falei?
— Eu acho que sim... um pouco.
— E a parte do oral?
— Não é estranho colocar na boca?
— É maravilhoso, meu bem. Confia.
O Corey é maluco.
— Tudo bem...
— Mas lembre-se, você não pode fazer nada que te deixe desconfortável. Não deixe o calor do momento te levar porque mais tarde você pode se arrepender, então faça apenas quando você já estiver totalmente a vontade para isso — ele me explicou.
— Tudo bem, eu não vou fazer nada antes da hora, prometo.
— Isso aí.
Nós ficamos em silêncio por um instante.
— Hum... acho melhor eu voltar, Jajá o restaurante abre e se meu pai ver que eu não estou lá, ele vai me dar uma baita de uma bronca — digo.
— Tudo bem, volte sempre que quiser.
— Corey, o que você acha de ir no restaurante a qualquer hora? Você já experimentou comida brasileira?
Corey pareceu animado com o convite.
— Sério? Bom, eu nunca comi, mas gostaria de experimentar — ele falou e eu sorri.
— Você já sabe onde é, então pode ir quando quiser. Também pode ir visitar minha casa, eu moro bem ao lado, então quando você quiser conversar ou quiser uma companhia, você pode me procurar.
Corey sorriu.
— Obrigado. Você é um bom amigo, Liam.
— Você também, Corey.
Corey me levou até a porta e nos despedimos, voltei para casa um pouco depressa e quando cheguei, meu pai estava abrindo a porta do restaurante e dei de cara com ele.
— Onde estava uma hora dessas? — Ele me olhou sério.
Eu não sei o que responder.
— Foi levar seu amigo?
Ah, é mesmo!
— Sim, eu... fui levar o Theo até o ponto de ônibus.
— Ele não sabe ir sozinho? Você poderia ter se atrasado!
— Mas não me atrasei...
— Não responda seu pai, moleque! Entre já para dentro e comece a arrumar as coisas lá dentro.
Ele é sempre tão mal humorado, não entendo porque ele sempre trata todos dessa maneira.
Entrei no restaurante e aproveitei que ele estava distraído, então fugi para dentro de casa e corri para o meu quarto. Theo ainda está lá dentro, não sei como vou esconder ele do meu pai de novo.
Entrei no meu quarto, mas estranhei porque Theo não estava no colchão e nem na minha cama, fui até o banheiro, a porta estava aberta e ele não estava lá dentro também. Onde foi que ele se meteu?
Eu estava prestes a sair do quarto para procurar Theo, mas notei um pequeno papel em cima da minha cama, então fui ver do que se tratava. Era um bilhete, um bilhete aparentemente escrito por Theo.
"Decidi voltar para casa, você tinha razão sobre minha mãe estar preocupada e não posso mais preocupa-la. Agradeça sua mãe por mim, ela é muito legal e a comida dela é incrível! Obrigado por tudo que fez por mim, você é o melhor amigo do mundo inteiro, espero poder ver a lua com você para sempre."
Theodore bonitão Raeken.
Ps: Deixei meu número de telefone no verso, me ligue assim que puder.
Era inevitável não sorrir, as palavras de Theo me deixaram feliz, mesmo que ele tenha ido embora, é bom saber que o tempo que ele passou aqui foi bom para ele. Espero que ele consiga se resolver com o seu pai e reencontrar sua mãe, vou ligar para ele assim que eu tiver um tempo, pois agora tenho que trabalhar.
...⌛...
Theo Raeken
Faz quase uma hora que eu voltei para casa, minha mãe chorou um monte quando me viu, também brigou comigo por eu ter ido embora, mas depois voltou a me abraçar e chorar mais um pouco. Eu expliquei para ela onde eu estava esse tempo todo e ela disse que quer conhecer o Liam, eu disse a ela que nós somos melhores amigos e ela falou que eu devo convidar ele para um almoço a qualquer hora.
Ela também conversou comigo, disse que eu deveria pedir desculpas ao meu pai. Eu não concordei nem um pouco com isso e disse isso a ela, mas ela passou muito tempo falando que meu pai é complicado e que ele não me deixaria ficar se eu não me desculpasse com ele.
É muito injusto eu ter que fazer isso já que foi ele quem quebrou uma garrafa na minha cabeça, ele é quem me deve um pedido de desculpas e eu sei que isso nunca vai acontecer. Eu pensei muito depois que minha mãe disse isso, me sinto injustiçado e revoltado por isso, mas eu estou disposto a pedir desculpas, faço isso por minha mãe.
Peço desculpas sabendo que eu não fiz nada de errado, mas sabendo que para isso talvez meu pai dê uma trégua e as coisas fiquem melhores, pelo menos com a minha mãe, eu sei o quanto ela se importa comigo e se o meu pai me expulsar de casa ela nunca ficaria tranquila, então faço tudo isso apenas porque eu a amo e não quero que ela sofra mais ainda com tudo isso.
Meu pai havia saído, não o vi quando cheguei em casa e minha mãe disse que ele havia ido resolver alguns problema do trabalho. Eu estava na cozinha junto a minha mãe, estava comendo e percebi que senti falta da comida da minha mãe, a mãe do Liam cozinha muito bem, mas eu amo o tempero da minha mãe.
Ontem eu e o Liam nos beijamos de novo, nós não somos tão bons beijando usando a língua, mas se continuarmos treinando isso vai melhorar. O Liam me fez uma pergunta que eu fingi não saber a resposta, eu não sei se estamos prontos para isso, mas quando estivermos, eu posso explicar para ele com detalhes.
Ouço um barulho na porta da frente e sei que meu pai chegou. Bom, é agora.
Não demorou para o mais velho ir para a cozinha, ele olhou para mim e depois para a minha mãe, negou com a cabeça e foi até a pia para beber água.
— Pai, eu...
— Decidiu voltar pra casa da mamãe? — Ele olhou para mim enquanto eu me levantava.
— Eu voltei para me desculpar com o senhor... me arrependo pelo que aconteceu e espero que possa me perdoar.
Eu não consigo olhar em seus olhos, ele me deixa desconfortável.
É um pouco humilhante fazer isso.
— Olha só, percebeu o que fez, não foi?
Eu balancei a cabeça concordando.
— Então trate de não fazer isso nunca mais — ele apontou o dedo em meu rosto — você está dentro da minha casa e da próxima vez que levantar a mão para mim de novo, você vai receber mais do que uma garrafada, entendeu? Entendeu, Theodore?!
Eu suspirei e fechei meus olhos concordando.
Isso é tão injusto.
— Ótimo, vá arrumar suas coisas, consegui um trabalho pra você na cidade do seu primo.
— O que? — Eu encarei ele e em seguida minha mãe.
— Do que você está falan...
— Cale a boca, mulher!
Eu odeio tanto quando ele grita com a minha mãe. Ela tem medo dele, eu sei disso.
— Eu acabei de falar com o seu tio, estão precisando de bilheteiros no cinema da cidade, são apenas sete dias mas eles estão pagando o dobro.
— Pai, mas...
— Eu já falei com o seu tio, você vai para lá amanhã pela manhã e volta daqui uma semana.
Mas que droga.
— Você não me disse nada, Rick.
— Eu planejei com ele agora, estava voltando para casa justamente para ir procurar esse moleque — meu pai falou.
— Mas eu não posso ir assim de repente, eu não estava preparado, eu...
— Você não tem nada para fazer aqui, está de férias e não namorada, nada te prende a cidade — ele falou.
— Mas você não me perguntou se eu queria um emprego, ainda mais em outra cidade.
— O Theodore não pode ir para outra cidade assim sozinho de repente, Rick.
— Vocês são tão dramáticos, é apenas uma semana, ele não vai ficar lá para sempre.
Mas o Liam...
— O dinheiro vai ajudar nas contas e ele pode comprar aquelas besteiras de livro que ele gosta — meu pai disse com indiferença.
Se eu tiver dinheiro, eu posso levar o Liam em algum lugar legal para nós dois comermos... como naquele restaurante que vimos quando fomos na cidade, então isso pode ser bom.
Mas eu não quero passar uma semana em outra cidade longe de tudo. Longe do Liam...
— Tudo bem, eu vou arrumar as minhas coisas.
...⌛...
Liam Dunbar
— Liam, você pegou o pedido da mesa 04?
— Ainda não, mãe. Aqui, seu pedido, senhora.
— Obrigado, menino.
Corri de volta para a cozinha para pegar mais um pedido. Hoje o restaurante está muito movimentado, bem mais que o normal. Eu e minha mãe estamos trabalhando muito desde a hora do almoço, o restaurante está lotado e está cheio de pedidos, quase não estamos dando conta de tudo.
— Liam! — Olhei para o lado e me surpreendi.
— Oi, é... Lydia, né?
— Sim! Como você está?
A Lydia é a garota que me pediu uma informação no outro dia, ela disse que viria almoçar a qualquer dia e realmente veio mesmo.
Ela está usando um vestido rosa hoje, ela fez um penteado bonito no cabelo e seu batom é da mesma cor do vestido. A cor do cabelo dela é tão bonita, a Lydia é uma garota bonita.
— Eu estou bem e...
— Liam, termine de fazer o suco para mim — ouvi minha mãe dizer de dentro da cozinha.
— Estou indo. Lydia, pode escolher uma mesa, eu já volto para pegar o seu pedido.
Saí correndo para a cozinha, minha mãe estava saindo com dois pratos e eu fui terminar o suco de maracujá que ela começou a fazer.
Se o Theo tivesse aqui, tenho certeza que ele iria querer ajudar de alguma forma, seria legal ter a ajuda dele aqui.
Olhei para a pulseira em meu braço e lembrei de como ele estava animado quando compramos ela... acho que estou com saudades.
— Com licença, Liam.
— Lydia? Você... Você precisa de alguma coisa?
— Eu vi que você e sua mãe estão com bastante clientes, será que vocês não querem uma ajuda?
— Imagina, você veio aqui para almoçar, não se preocupe com isso.
— Que nada, eu ajudo sem problema algum. Que que eu leve esses copos? — ela apontou para a mesa.
Uma ajuda seria muito bom agora, nós realmente precisamos.
— Hum... sim, para a mesa 09.
— Tudo bem, estou indo.
— Lydia, tem certeza que quer fazer isso? Não precisa, sério.
— Vai ser um prazer ajudar a Liam — ela sorriu.
Ela tem um sorriso muito bonito.
...⌛...
— De modo algum, não precisa, senhora.
— Você nos ajudou a tarde toda, precisa receber algo por isso.
Assim como a minha mãe disse, Lydia nos ajudou a tarde inteira. Enquanto havia clientes aqui no restaurante ela nos ajudou servindo mesas, anotando pedidos, dando comida e até lavando a louça.
Ela é bem legal, pelo pouco que conversamos durante o trabalho, pude perceber que ela é uma boa garota, espero poder ter mais tempo para conversar com ela.
O expediente terminou, meu pai saiu pela manhã e até agora não voltou, me pergunto onde ele deve estar, minha mãe já está preocupada.
Ela está tentando convencer Lydia de aceitar o dinheiro pelo dia de hoje, mas Lydia está recusando dizendo que não é necessário.
— Então para tudo ficar mais justo, considere aquele prato de macarrão que eu comi, como uma retribuição do favor que eu fiz. Eu ajudei e vocês me pagam com o macarrão — Lydia falou.
— Então aceite pelo menos a metade do dinheiro, querida.
— A senhora é muito gentil, mas realmente não precisa. Fiz realmente de coração — Lydia sorriu.
— Obrigado, Lydia — eu falei.
— Você é uma menina de ouro.
— De nada, gente... — ela coloca o cabelo atrás da orelha enquanto olha para mim — bom... eu tenho que ir agora, minha mãe provavelmente já voltou do trabalho e não quero preocupa-la.
— Tudo bem, volte mais vezes, o Liam vai gostar de ter sua companhia — minha mãe falou.
Eu vou?
— Claro! Tchau!
— Tchau, Lydia — acenei enquanto ela se afastava.
Lydia foi embora e eu me levantei da cadeira.
— Vá descansar um pouco — minha mãe falou.
Eu queria mesmo ir ligar para o Theo...
— Mesmo?
— Sim, eu cuido do restante da louça.
— Tá bom, valeu, mãe — dei um beijo em sua bochecha e saí correndo para dentro de casa.
Já faz tanto tempo que eu não uso o telefone.
Peguei o papel que eu guardei em meu bolso com o número de Theo, me sentei no sofá da sala e disquei o número anotado ali.
Esperei ansioso enquanto chamava.
Minhas mãos estão suando.
Me sinto um pouco nervoso.
— Adivinha quem é?
Ouço sua voz em um tom divertido do outro lado, meu coração acelera um pouco.
— O garoto mais bobo da cidade — falei sorrindo.
— Errou! O correto é "Garoto mais belo da cidade".
Ele falou, me fazendo rir.
— O que está fazendo agora? — Theo me perguntou.
— Terminei o trabalho e estou indo tomar banho.
— Você... pode me encontrar mais tarde?
A voz de Theo mudou um pouco.
— Hum... talvez. Onde?
— Em frente ao lago, na entrada da igreja, sabe onde fica?
— Sei onde é. Mas, está tudo bem? Seu pai brigou com você de novo?
— Não, não é isso, é que eu preciso contar uma coisa.
— Meu pai não vai me deixar sair, mas eu posso fugir. Que horas, Theo?
— Às oito. Também vou fugir.
Nós dois rimos.
— Te vejo mais tarde? — ele perguntou.
— Sim, até mais tarde.
Ficamos em silêncio.
— Um beijo — Theo disse mais baixo e em seguida desligou, me deixando com um sorriso no rosto.
O que será que ele tem para me falar?
De qualquer forma, não vou deixar ele esperando e vou sair daqui logo para encontrá-lo.
...⌛...
— Então... você vai para outra cidade?
— Sim, mas vai ser só por uma semana, não é um trabalho permanente.
Eu vim me encontrar com Theo, ele me contou que seu pai arranjou um trabalho para ele em outra cidade, ele vai trabalhar em um cinema por uma semana inteira, mas pelo menos ele vai voltar...
— Eu não queria, mas sabe, eu estava pensando que com o dinheiro que eu ganharia, nós poderíamos ir naquele restaurante chique que vimos, lembra? — Theo parecia animado com isso, isso me fez sorrir.
Eu queria segurar sua mão, mas tem pessoas na rua agora. Alguém pode nos ver.
— Você não precisa gastar seu dinheiro comigo, a única coisa que eu quero é que você volte a salvo... tá bom?
Theo assentiu.
— Prometo que vou — ele sorriu fraco.
Eu queria beijar ele...
— Eu queria te beijar — Theo falou baixo. Senti minhas bochechas ficando quentes.
— Sabe que não podemos.
— Eu sei — Theo olhou ao redor, então segurou minha mão com cautela — uma semana vai passar rapidinho, continue usando a sua pulseira e sempre que sentir saudades, pense que ainda estamos juntos através dela — ele falou.
— Tudo bem.
Ficamos em silêncio.
— Eu vou partir amanhã cedo, então não vou conseguir te ligar — Theo acariciou a minha mão com cuidado
— Então, até logo, Theo. Tenha uma boa viagem.
Eu sorri para ele.
Mas eu sinto um aperto no peito em saber que eu não vou vê-lo nos próximos dias, sei que é só uma semana, mas parece tanto tempo. Eu só espero que passe rapidinho mesmo.
Eu não posso abraçá-lo aqui...
— Até logo, Liam.
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