Bónus

Sei que muitos ficaram chocados com o fim de Malfoy Girl.

Eu quero dizer que eu já tinha aquele final plaejado, mas de outra maneira, que eu não irei falar porque não vai mudar nada.

Mas o meu objetivo era separar o casal, devido à guerra... Parece que eu consegui, mas depois me arrependi e tive uma ideia de génio.

Tenho trabalhado nisso nos últimos dias e acontece que me amarrei no resultado final.

Então aproveitem esse bónus.

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Hydra achava que nada podia piorar, a não ser pelo facto de Harry Potter estar morto na sua frente.

A loira não sabia bem como reagir a isso, afinal, ele desaparecera de sua vida, o ano todo, ele nem ao menos dava notícias…A única coisa que ela sabia, era que ele esteve em sua jornada, para destruir Voldemort, mas não correra como o esperado, porque ele mesmo se entregou à morte, depois de tudo.

Hydra estava se sentindo egoísta, por sentir raiva do que Harry acabara de fazer. Ela achava que ele simplesmente não tinha esse direito. Mesmo eles não estando mais juntos, ele não tinha o direito de desaparecer assim de sua vida.

Seu pai estava do seu lado, com sua postura de sempre, mas meio relutante, afinal, eles não estavam em boa posição com o Lorde, ainda mais depois de um assunto vir à tona, um assunto que iria acabar com a reputação Malfoy. Draco foi o que ficara mais chateado, por aceitarem que sua irmã se entregasse aquela situação, como se não fosse nada demais.

Mas Hydra simplesmente não conseguia abandonar aquilo, não quando aquilo era a única maneira de sentir a presença de Harry. Poderia parecer egoísmo, mas a criança que esteve no ventre da Malfoy, era a única maneira de ela sentir Harry perto de si. Ela tinha uma criança, que acabara de nascer, em casa.

A loira já tinha planejado contar para Harry, mesmo não estando juntos, ela sabia que ele iria ajudá-la com isso. Mas agora…agora ela não poderia fazê-lo mais, não depois da confirmação de sua mãe:

- Morto.

xxx

Ela não sabia como, mas Harry realmente não estava morto, ele estava ali, lutando com Voldemort, apenas ele e seu maior inimigo…As horcuxes estavam todas destruídas, havia apenas a distância de dois feitiços. Ambos os bruxos fugindo da morte.

Hydra sabia que não tinha mais coragem de dizer a verdade a Harry, não depois de o ver morrer, olhando em seus olhos, como se fosse um último “adeus”.

A maneira como ele fora embora, a deixando no abismo, completamente sozinha. E mesmo ela tendo uma criança, que era de Harry, ela não sabia se tinha coragem de olhar para o moreno e lhe contar isso, não dez meses depois…

Hydra era apenas uma adolescente de 16 anos, ela sabia que não merecia isso. Ela nunca tivera muita sorte na vida, mas agora tudo estava terminando.

Ela não poderia mais voltar para a escola, não com uma criança pra cuidar. Seus pais aceitaram que ela tivesse a criança, mas com a condição de que ela cuidaria dela e pagaria as despesas que ela e o bebê gastassem.

Era meio difícil fazer tudo isso, mas ela arranjara um emprego, que a ajudou um pouco, mas era algo que ela nunca pensara fazer. Ela se sentia uma idiota, mas foi a única proposta que seu pai lhe dera, porque no Mundo bruxo não estavam aceitando ninguém para trabalho algum.

Então, ela arranjara um trabalho no meio dos comensais. O trabalho que a fazia sentir-se a pessoa mais suja de sempre, algo que ela não faria sorrindo, nunca em sua vida. Todos os dias era uma pessoa diferente, fazendo o que quisesse consigo…Todos os dias ela chegava em casa ensanguentada por entre as pernas, não conseguindo olhar nos olhos de sua filha, por se sentir a pessoa mais suja de todo o mundo.
Havia dias em que tudo era pior...eram mais de um, e alguns tinham prazer em coisas assustadoras, como sadomasoquismo e isso era assustador, vendo todos aqueles objetos para a machucarem.

Ela nunca pediu pra pararem, porque havia momentos que ela não fazia o que queriam e acabava recebendo um Imperius, apenas para fazer seu “trabalho”.

Ela perdera a conta de quantas marcas havia em seu corpo, por fazer o que fazia. Ela nem ao menos tinha estruturas para negar alguém. Seu corpo, agora, era apenas um objeto, que era partilhado entre comensais.

xxx

Mais um dia que ela chegava na Mansão Malfoy, depois de muita procura de emprego.

Graças a Merlin, depois da Guerra, em que Harry derrotou Voldemort, os comensais estavam todos presos ou mortos, então a vida dela estava mais tranquila.

Acontece que, seu pai, Lucius Malfoy, fora preso. Sua mãe não foi, porque não havia provas, ela nem ao menos tinha a marca, assim como Hydra. Draco foi inocentado pelo facto de que, quando ele aceitou a marca, ainda era menor de idade, então estava sob o cuidado dos pais.

Com calma, ela subiu as escadas, indo até seu quarto, vendo que o elfo da família estava ali, ajudando-a a cuidar da bebê de apenas 7 meses. O elfo fazia ela se lembrar de Dobby, que morrera depois de uma “batalha” na Mansão, onde Harry estava, junto de seus amigos.

Nesse dia, ela estava fazendo a primeira de muitas “sessões de trabalho”, que ela tinha. A criança tinha acabado de nascer á uma semana e foi a primeira vez que ela se entregou a alguém, depois de Harry. A primeira vez, de muitas, que ela saiu sangrando entre as pernas.

- Oi Nily – ela cumprimentou o elfo. – Como está nossa menina? – perguntou, indo até sua filha.

- Nily tem cuidado da menina Polaris o dia todo. – o elfo diz – É bem calma, Nily consegue lidar com isso.

- Obrigada, você é um anjo – disse, beijando a cabeça do elfo – Pode ir para seu quarto descansar, eu fico aqui com ela.

Hydra observou o elfo sair do quarto, se aproximando da caminha de neném, vendo a bebê dormindo calmamente, abraçando sua coruja-das-neves de pelúcia.

Isso era uma das coisas que machucava Hydra, era ver como sua filha se apegava em coisas que a lembravam Harry a todo o momento. Não eram apenas os cabelos negros que a lembravam Harry, mas como seu gosto para determinadas coisas, como pelúcias. Até mesmo o jeitinho ousado de um bebê a fazia lembrar de Potter.

- Você é tão linda, meu amor..- disse, arrumando a franja de sua filha – Mamãe te ama mais que tudo. – cheirou os cabelos da menina, sentindo o perfume de neném, fazendo ela se lembrar de algo..

|FLASHBACK|

- Amortentia, senhor. A poção do amor  mais poderosa do mundo. Ela não é capaz de produzir amor, apenas uma paixão ou grande obsessão – ela diz, enquanto podia sentir um cheiro leve – Ela tem um cheiro diferente, dependendo do que atrai a pessoa. Por exemplo, a mim cheira a… Madeira de cabo de vassoura, sapinhos de chocolate, livro antigo, grama molhada, suco de abóbora e..perfume de neném?

|FLASHBACK OFF|

Tudo fazia ela se lembrar de Harry e seu jeitos. Desde a cor do cabelo, às pelúcias, até o perfume…

Isso era um cansaço diário. E saber que Potter andava por aí, construindo sua vida, com seus amigos, fazia ela se questionar, se ele ainda se lembrava dela, ou se era apenas uma memória passada.

- Você é tão parecida com ele..- disse, limpando uma lágrima que descia em sua bochecha – Ele ia adorar te conhecer, meu amor…

xxx

- Mamãe! – a garota chama – Posso ir ao Caldeirão Furado? To querendo sorvete – a garota faz biquinho.

- Por favor, minha filha, toma cuidado – diz, se baixando e entregando algum dinheiro à menina, que saiu correndo como a criança mais feliz do mundo
Polaris estava com 11 anos e era a cara de Hydra, com o cabelo de Harry. Ela finalmente conseguia lidar com o facto de Polaris ter a personalidade e gostos de Harry e isso estava a ajudando muito.

A morena corria o beco Diagonal inteiro, com Hydra indo calmamente atrás de si. A mulher não conseguia deixar sua filha sozinha a nenhum momento, fosse para que fosse.

Com um susto, ela viu a menina indo contra um corpo muito maior que o seu. Ela de facto, não esperava encontrar ali um Harry de 28 anos…

- Polly meu amor, eu falei pra tomar cuidado – Hydra diz, indo até sua filha, observando ela com um corte no joelho.

- Mil desculpas..- ela ouve a voz que não ouvia à quase 13 anos, fazendo ela sentir sua cabeça dar voltas e voltas. – Me perdoa, pequenina – ele sorri para a menina.

- Tudo bem, mamãe diz que eu não posso culpar as pessoas por algo que elas não tê culpa – a menina diz, sendo a criança mais adorável possível.

Hydra se levanta, dessa vez olhando nos olhos do homem na sua frente. Harry não mudara tanto, estava apenas mais velho e, pelo que parecia, com um emprego, porque estava usando terno.

- Oi Harry..- ela fala simples.

- Está brincando?! – o homem ri nervosamente. – Hydra..você realmente..?!

- Olha..Harry, não é o momento agora..eu tenho que..- ela fala, sua garganta completamente seca.

- Mãe! O que tá acontecendo aqui? – a menina pergunta.

- Polly..uhm..- a mulher não sabe realmente o que falar.

- Me diz..quem é ela? – Harry pergunta, com a menina entre eles.

- Minha filha..- ela fala suspirando.

- O quê? – Harry parecia sem estruturas e ele tinha certeza que suas contas estavam batendo certo.- Q-quantos anos tem?

- Não responde..- Hydra pediu para sua filha, vendo ela a olhar confusa.

- Quantos anos você tem? – ele pergunta, agora diretamente para a menina.

- ONZE! – ela diz, assustada. – Agora, porque estão se olhando assim?

- Polaris, meu amor, vá comprar seu sorvete, sim? – a mulher diz – Diga ao Tom que a mamãe ta resolvendo umas coisas.

Polaris concorda, tristemente, indo para o Caldeirão Furado, enquanto os adultos iam ter uma conversa bem séria.

- Olha, Harry..isso tem uma explicação e-  - ela é interrompida.

- Só me diz uma coisa…é nossa filha? – ele pergunta.

- Sim..- diz, baixando a cabeça.

Harry estava em silêncio, ela tinha medo da reação dele, que podia ser qualquer uma. Ela não estava preparada para falar isso dessa maneira, mas agora tinha saído.

- Pega meu braço – ela ouve, levantando a cabeça.

- Mas, Polaris..ela..- a mulher fala, não querendo deixar sua filha sozinha por muito tempo.

- Os Weasley estão lá, vão cuidar dela, de qualquer maneira – ele diz, calmamente, sentindo o toque de Hydra em seu braço. – Vamos conversar – ele aparata.

Hydra abre os olhos, vendo um cómodo cinza, onde havia um sofá branco e alguns móveis pretos.

Harry estava do seu lado, totalmente em silêncio.

- Olha, Harry..eu peço desculpas por isso, você deveria saber e— ela é interrompida.

- Hydra, a gente se distanciou desde aquilo – o homem diz, a puxando para sentar no sofá, olhando em seus olhos – E eu sinto muito por isso…eu não queria ter que deixar você, mas era a única maneira que existia em minha mente…E eu não vou culpar você por não me falar sobre isso, mas a culpa também não é minha…era uma guerra…e pelo visto, você tinha uma criança pra cuidar, no meio de uma guerra, no meio de comensais..

- Eu queria ter te falado, mas pensei que estivesse com ódio de mim, afinal, você me viu entre os comensais, na floresta – ela fala relutante. – Eu não queria te privar de ver isso, sua filha crescendo, mas eu não sabia o que fazer…era tão difícil pra mim..

- Me escuta..- o moreno pega seu rosto – Eu nunca te culparia por nada, eu conheço você e sei que não era aquilo que você queria pra sua vida. Hydra, você era a garota da minha vida – ele nunca larga o rosto dela.

Hydra sente uma lágrima descendo por seu rosto, Harry limpando-a com o polegar.

- Harry, eu não posso me deixar ficar aqui..- ela diz, se levantando.

- Você está bem? – ele pergunta, também se levantando.

- Não, eu realmente não estou bem..- ela diz, limpando as lágrimas que desciam do seu rosto – Harry eu amo você..mesmo depois de tudo isso…

Ela vê Harry se aproximar, puxando-a para um abraço.

- Eu também te amo – ele fala, cheirando os cabelos loiros da mulher.

- Não precisa falar isso por pena – ela ri fraco, se afastando dele.

- Eu não faria isso – ele diz, colando seus corpos, sentindo os lábios roçando um no outro.

Eles sentiam sua respirações quentes, um contra o outro, não se contentando com isso e colando os lábios.

Hydra não sabia o quanto, mas a saudade era grande. Os lábios de Harry tinham o mesmo toque, a mão dele, apertando sua cintura, tinha a mesma firmeza, era aquilo que faltava em sua vida…

xxx

- Pai! – Polaris chama Harry.

- Oi, meu amor – o homem sorri para a garota que já tinha 14 anos.

- Podemos ver o primo Scorp? – ela pede.

Sim, Draco recentemente tinha tido um filho, Scorpius, junto de sua esposa, Astória Grengrass.

- Polaris, você sabe que estamos indo para a plataforma, certo? – o homem ri, vendo Hydra, sua recente noiva, rindo de sua filha – Um dia a gente vê se seu tio pode fazer isso – ele lança um olhar para Hydra, vendo ela assentir.

- Estou cansada da escola – ela resmunga – O Fred não larga do meu pé!
Sim, George tinha feito uma homenagem a seu irmão, depois de sua morte, dando ao seu filho o nome de Fred II. O garoto ruivo estava no terceiro ano e, pelo que eles ouviam, ele não desgrudava de Polaris.

- Seja educada com ele, Polly – Hydra riu fraco – Ele gosta de você.

- Mas eu não gosto dele! – se defende – Ele é como um chiclete!

Hydra e Harry riem fraco, vendo a garota cruzar os braços, completamente chateada.

- Eu por aqui vou sozinha – ela diz – Combinei com Teddy e Victoire. – sorri – Pai, você podia chamar Teddy para morar lá com a gente, junto com a Tia Andrômeda, não podia? – ela faz biquinho – Você é padrinho dele e a tia é da família da mamãe.

- Vou pensar nisso – ele diz sorrindo.

- Legal – ela sorri – Adeus mamãe – ela abraça a mulher, na frente da porta da estação de King’s Cross. – Adeus, papai – ela vai abraçar Harry, mas é parada.

- Você tem que dizer “pai, eu te amo”! – Harry diz.

- Pai! – a garota resmunga.

- “Pai, eu te amo”! – ele diz, cruzando os braços.

- Tá, eu te amo, papai – ela diz, revirando os olhos, rindo e virando as costas para os adultos.

Hydra ri, vendo que, finalmente, sua vida estava completa.

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Eu quero ser sincera com vocês. Eu pensei em fazer segunda temporada dessa fic, mas eu já terminei essa daqui faz tempo, e nem ao menos lembro de muitos dos meus pensamentos enquanto a escrevia.

Além do mais, tenho que manter minha mente em "After Jily", ou então perco minha criatividade.

Então, espero que tenham gostado desse bónus aqui.

Nos vemos por aí, amo vocês🛐

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