31
23 𝖽𝖾 𝗇𝗈𝗏𝖾𝗆𝖻𝗋𝗈 𝖽𝖾 2010
Hannah se dividia entre tentar ajudar com o montar do acampamento e ficar de olho na sobrinha que sempre fugia para o quarto de Carl – de uma maneira inocente –. Agora, em seu momento de folga, ela subia a pequena e íngreme colina que Daryl escolheu para se acampar.
— o que faz por aqui, homem das cavernas? – Daryl levou o olhar para a loira, murmurando algo inaudível. — não seja tão antissocial, Dixon.
— não sou antissocial, só não gosto de conviver com pessoas.
— isso é ser antissocial, bonitinho. – se jogou na grama verde, ofegante por ter feito uma caminhada tão longa — ur, isso foi exaustivo.
Daryl soltou uma pequena risada, ainda focando sua atenção na barraca que estava montando.
— precisa praticar mais exercícios, eu sei de uns que são ótimos.
Era evidente o tom da malícia em sua voz. Hannah deu um riso espontâneo, logo compreendendo. Ela balança a cabeça, ainda sorrindo.
— deveria me ensinar qualquer dia, seria bem legal.
Ele a encarou por alguns segundos, seu sorriso pervertido era nítido. Os olhares penetrantes de Daryl deixam os lábios de Hannah extremamente secos e os outros extremamente úmidos, este é o poder que o Dixon tem sobre ela.
— o que veio fazer aqui em cima? É muito alto e longe para uma sedentária como você.
— estou fugindo da Lori – dá de ombros — ela anda meio estranha.
— talvez seja por ter que escolher entre o marido e o amante – ele murmura, Hannah arqueia as sobrancelhas, os olhos quase que saltando para fora — vai me dizer que não percebeu o lance entre ela e o policial metido a líder?
— o observador aqui é você – ela rebate — e não é por isso que ela está estranha, tem algo de errado com ela.
— estar no mesmo ambiente com dois caras com quem já dormiu não é algo comum, isso deixa as pessoas estranhas mesmo.
Hannah rola os olhos.
— não nesse sentido, ô gênio. Estou falando que ela anda mais emotiva do que o normal. Talvez o acidente com o Carl tenha a quebrado.
— deixe que um dos policiais a concerte – Hannah o acerta com um galho, ele se vira para ela, a encarando — por que fez isso?
— não está me levando a sério.
— estou te apresentando soluções. Mas se não quiser, eu deixo você fugir para o meu humilde acampamento quando ela estiver chata demais para suportar.
— você deixando ou não, eu iria vir do mesmo jeito – ela dá de ombros
— atrevida.
— você gosta.
Ela se senta, segurando as pernas enquanto o admirava sem descrição. Daryl lhe deu um sorriso de canto, virando de costas para a mulher.
— precisa de ajuda com isso?
— você não sabe montar barracas, Hannah.
— é claro que sei – ela rebateu ofendida. Daryl lhe encarou com a sobrancelha arqueada. A mulher cruza os braços — tudo bem, eu não sei. Mas sei ajudar.
— prefiro que fique ai, sentadinha na grama enquanto seus olhinhos pequenos estão em mim.
— não estou olhando para você, estou olhando para o que você está fazendo.
— você ainda tem péssimas desculpas, amor.
A palavra de quatro letras saiu no automático, como se eles ainda fossem um casal de verdade, igual a antes. Hannah quis sorrir, mas sabia que se expressase qualquer reação a aquilo, Daryl se sentiria incomodado e provavelmente envergonhado, então ela engoliu a felicidade que sentiu em seu peito e apenas continuou com a conversa.
— vai demorar muito para montar a barraca?
— por que? Vai querer montar em mim? – a garota o olhou maliciosa, umidecendo os lábios carnudos e dando um pequeno sorriso safado.
Ela dá de ombros, jogando para trás o cabelo que caia em seu rosto.
— talvez eu queira. – sua língua passa pelo interior da bochecha, ainda sorria para o homem. Ela se levanta, passando as mãos pela calça jeans — eu preciso ver o Carl e a Gigi agora, mas eu volto.
Ela se aproxima do homem sem vergonha alguma. Pousa suas mãos em seu peitoral, dando um selinho demorado em seus lábios, finalizando com um sorriso divertido e outro selinho curto. A mulher dá as costas para Daryl, o deixando sozinho e excitado.
(...)
Houve um funeral para Ottis, o homem que se sacrificou para que Carl pudesse viver. Hershel recitou belas palavras para o velho amigo e Shane teve seu pronunciamento, esse que gerou desconfiança em alguns membros do próprio grupo.
Atualmente, Hannah dorme na poltrona que á ao lado da cama em que Carl está deitado. Carl se esticou, cutucando a tia levemente, mas Giulia foi lá e a sacudiu para todos os lados, totalmente indelicada.
Hannah acordou assustada, dando um pulo da poltrona enquanto agarrava a mão direita da sobrinha.
— quê isso, Tia Hannah? Eu só te acordei – a garota reclama
Hannah solta a asiática, esfregando os olhos e dando um bocejo cumprido.
— o que aconteceu?
— você dormiu na cadeira, tia – Carl diz baixinho, ainda não pode fazer esforços — eu falei que a Giulia não deveria chacoalhar a senhora, mas sabe como ela é.
— um gênio? – ela implica
— não, um saco.
— crianças – a loira repreendeu — Lori ainda não voltou?
— se voltou, nós estávamos dormindo igual a você – dá de ombros — eu não a vi por aqui, você viu, Carl?
— mamãe não apareceu, tia.
Ela sorri pequeno. Carl é tão delicado e carinhoso com a tia, totalmente o oposto de Giulia. Ela ama a diferença gritante de personalidade entre os dois, principalmente quando eles estão em uma conversa. É hilário ver como eles se comunicam.
E então, o modo tia adormece e ela ativa o modo quase formada em uma faculdade de medicina.
— como se sente hoje, meu bem? – põe a mão na testa do garoto, checando se ele tinha febre, estava normal.
— dói se eu falar alto demais, e se eu me mexer demais, e se eu ficar parado por muito tempo – ele bufa — dói sempre.
Hannah dá um sorriso pequeno com a indignação do sobrinho. Carl tinha um biquinho emburrado nos lábios, completamente inconformado com sua dor.
— daqui alguns dias você não irá sentir nada, eu garanto. Está em processo de cura, seus pontos estão cicatrizando e é por isso que não pode fazer esforços. Caso você faça, os pontos irão romper e adeus recuperação rápida, entendeu? – ele assente — vou atrás da sua mãe, o turno é dela agora. E a dona gigi vem comigo.
— o quê? Ai não, tia Hannah – a garota reclama ao escutar a pronuncia de seu nome — eu não quero ir, quero ficar aqui com o Carl.
— já falamos sobre isso, Giulia. Amanhã de manhã você vem de novo, mas agora você vai jantar e dormir, na sua barraca.
A garota bufa, ameaçando rolar os olhos. Mas Hannah a encara, esperando ela cometer seu ato de rebeldia, mas nada aconteceu. Giulia apenas sorriu falsamente e se despediu do melhor amigo.
Hannah curva o corpo ao lado da cama do sobrinho, beijando sua testa suavemente.
— tente descansar e vai estar bem muito em breve, tudo bem?
— não é como se eu tivesse uma outra escolha – ele resmunga — boa noite, tia Bel.
Ela sorri, gosta do apelido, ainda mais quando é ele e Lori quem pronuncia.
— boa noite, o favorito.
_________________________________
001|oi pessoal, demorei mas cheguei.
002|qualquer interação entre o casal principal
E eu tô soltando foguetes.
003|um desabafo; recentemente eu ando tendo uma imensa vontade de produzir fic de Teen Wolf. Estou quase enlouquecendo com isso.
Boa leitura♡
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top