32
Comentem. 60 comentários para o próximo. ( sem comentários repetidos).
𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗔𝘂𝗴𝘂𝘀𝘁𝗼
Bárbara não falava comigo a dois dias, não literalmente, porque ela falava algumas coisas básicas, mas apenas isso.
Eu não queria ter dado aquele tapa nela, mas quando ela me bateu, foi meio que automático eu bater nela também. Agora estou me sentindo péssimo, só de vê-la machucada, machucado por mim, está acabando comigo.
No momento estamos sentados na sala. Bárbara está com a cabeça apoiada no encosto do sofá e com os olhos fixos no desenho animado que passa na TV.
Sua mãe entrou na sala e deixou um beijo na bochecha dela.
——— Estou indo para o trabalho filha, vejo vocês mais tarde. ——— ela acena pra mim e eu abro um sorriso de lado.
O telefone de Bárbara tocou e ela atendeu, sorrindo conforme o que a outra pessoa do outro lado da linha falava.
——— Ah, Claro. Será muito divertido. ——— ela aumentou o sorriso. ——— Estou esperando vocês.
Ela desligo o telefone e voltou a assistir o desenho, cutuquei ela com a perna e ela me olhou.
——— O que? ——— ela pergunto.
——— Quem era?
——— Tainá. Ela e Lara vão vir passar o ano novo comigo, chegaram lá pelas sete da noite. ——— explicou e pegou o controle da tv, mudando de canal.
——— Bee...——— chamei e ela resmungou um "hum", olhando para mim em seguida. ——— Vamos conversar.
——— Sobre o que, Victor?
——— Sobre nossa briga. Já faz dois dias e você nem está olhando pra mim direito. Vamos conversar...
——— Não temos o que conversar. ——— ela se levanta. ——— Eu te bati e você fez o mesmo, não foi nada demais...
——— Nada demais? Então por que está esquisita? ——— me levantei também.
——— Não estou esquisita, Victor...
——— Sim, você está esquisita. Me diga o porque.
——— Porque você me assustou, poxa! Eu fiquei com medo de você, ainda estou, estou com medo de fazer novamente ou fazer pior. Meu maxilar está doendo e minha boca está cortada...——— sua voz falhou. ——— Eu...eu ainda não estou preparada pra continuar normalmente com você, me de um tempo.
——— Eu pedi desculpa inúmeras vezes, você não está totalmente certa nessa história, também me bateu!
——— Mas...minha força nem se compara com a sua. ——— Bárbara morde os lábios e depois suspira. ——— Mesmo assim, peço desculpas, eu não deveria ter te dado aquele tapa.
——— Eu desculpo, e você? Me desculpa ou não? ——— pergunto e ela abaixa a cabeça, mordendo os lábios. ——— Ei. ——— me aproximo e seguro seu rosto, levantando e fazendo ela me olhar. ——— Eu estou muito arrependido, você não tem ideia do quanto. Eu nunca machucaria você de propósito, foi no automático, quando eu vi já tinha acontecido e partiu meu coração ver você machucada.
——— Victor...——— ela desviou o olhar.
——— Olha pra mim. ——— pedi e ela me olhou. ——— Eu amo você. ——— beijei o canto da sua boca, onde estava machucado. ——— Me desculpa por ter feito isso.
Vi que seus olhos estavam cheios de lágrimas.
——— Você me assustou muito. ——— ela abraçou meu corpo e colocou a cabeça em meu peito, começando a chorar——— Promete que nunca mais vai fazer isso?
——— Eu prometo...——— falei e deixei um beijo no topo da sua cabeça, a abraçando também.
Ficamos assim por um tempo, em silêncio, apenas abraçando um ao outro. Depois de alguns minutos nos afastamos, limpei as lágrimas na bochecha da Bárbara.
——— Está com fome? Vou fazer alguma coisa gostosa para almoçarmos.
——— Sim. Estou morrendo de fome. ——— ela sorriu e terminou de limpar o rosto.
——— Ótimo. Aqui tem coisas para fazer lasanha?
——— Provavelmente sim. ——— ela segurou minha mão e me puxou para a cozinha, chegando lá começou a abrir os armários e pegar os ingredientes para a lasanha. ——— Tudo aqui. Posso te ajudar?
——— Pode.
——— Então tá, vamos começar logo, estou faminta. ——— ela sorriu.
Tínhamos acabado de almoçar a uns quarenta minutos e estávamos no quarto de Bárbara. Maya estava em cima da cama junta de nós, enquanto tentava ficar mordendo nossas mãos.
——— Que horas suas amigas vão chegar? ——— perguntei.
——— Não sei, mas elas já saíram da cidade da Tainá. ——— Bárbara explicou e tirou o ursinho da boca da cachorrinha. ——— Quero que peça desculpas para a Tainá.
Franzi o cenho. ——— Pedir desculpa por que?
——— Ela me contou o que você fez com ela quando vocês ficaram e depois ela dormiu com outro. ——— ela disse e eu mordi o lábio. Não sabia que ela sabia disso. ——— Foi bem escroto isso que você fez, ela se sentiu mau e merece um pedido de desculpas.
——— Não vai rolar. ——— nego com a cabeça. ——— Não peço desculpas.
——— Pediu desculpas para mim a tipo, duas horas atrás. ——— Bárbara levanta uma sobrancelha.
——— Você é você, Bee. ——— sorrio de lado.
——— Não importa! Quero que peça desculpas pra ela. ——— reviro os meus olhos. ——— Victor...por mim...
Suspiro. ——— Tá. Eu vou tentar!
——— Valeu. ——— ela sorriu sem mostrar os dentes e deixou alguns selinhos na minha boca, que logo se transformaram em um beijo lento.
Tentei puxa-lá pra cima de mim mas Bárbara impediu.
——— O que foi?
——— A cachorra está aqui. ——— ela apontou pra Maya que estava deitada nos nossos pés.
——— E? ——— ergui as sobrancelhas.
——— Vai ficar traumatizada. É uma criança!
——— Larga de bobeira, é um cão. ——— fiz careta.
——— Na frente do bebê não! ——— ela se levantou e pegou Maya no colo, depois colocou a cachorrinha la fora e fechou a porta. ——— Pronto.
Bárbara sorriu e caminhou até mim, sentando no meu colo e voltando a me beijar.
Desci minhas mãos para sua bunda quando ela roçou em mim e apertei. Bárbara separou nossos lábios e tirou seu moletom, revelando seus seios rígidos.
Segurei em sua cintura e troquei nossas posições, ficando por cima dela. Me apressei em tirar sua calça e calcinha e ela fez o mesmo.
Comecei a chupar seus seios e escutei Bárbara arfar. Desci os lábios pela sua barriga sentindo ela se arrepiar.
Abri suas pernas e abaixei minha cabeça até lá, passando a língua devagar.
——— Puta merda. ——— Bárbara xingou e agarrou meu cabelo.
Estávamos na porta da casa de Bárbara porque Tainá e Lara não estavam conseguindo achar o endereço.
Aqui fora estava frio pra caralho mas Babi me obrigou a ficar aqui com ela.
——— Pelo amor de Deus, como elas conseguem se perder em uma cidade tão pequena?! ——— reclamei e abracei meu próprio corpo. ——— Estou congelando aqui.
——— Para de ser reclamão. ——— ela me olhou feio. ——— E é claro que você está com frio, não está vestido adequadamente pra neve!
——— Óbvio! Eu estava deitadinho na cama e fui obrigado a me levantar e vir aqui pra fora.
Bárbara revirou os olhos.
No fim da rua luzes de farol apareceu em meio a neblina. Babi começou a balançar os braços para sinalizar aonde estava.
O carro estacionou e as duas garotas desceram, correndo para abraçar Bárbara. Elas ficaram muito tempo fazendo isso.
Lara veio até mim e apertou minha mão, sorrindo e depois se afastando. Tainá fez o mesmo -com mais frieza, claro-.
——— Vamos entrar? Victor está quase congelando ali. ——— Babi disse.
Entramos para dentro e todos nós tiramos os sapatos e os casacos com neve.
Fui pro andar de cima e rapidamente entrei no banho, um banho bem quente. Quando sai, vesti roupas aquecidas e depois desci para a sala, onde as meninas estavam sentadas.
——— Ah, amor, estávamos combinando de ir em algum bar. O que acha? ——— Bárbara pergunta e puxa minha mão me fazendo sentar ao seu lado.
——— Bom...pode ir só vocês.
Falei. Com certeza eu iria ficar entediado. Por mais que eu morra de ciúmes de Bárbara, ela está com as amigas e depois do que eu fiz, vou engolir o ciúmes.
——— Sério? ——— ela perguntou chateada.
——— Sim. Só não chegue tarde e não beba muito, aquele dia você passou muito mal.
——— Tá bom. Então nós vamos nos arrumar para ir. ——— Babi deixou um beijo no meu rosto e se levantou, subindo com as meninas.
Elas demoraram bastante para se arrumar, quando desceram estavam todas muito bem arrumadas.
Babi veio até mim e sentou em meu colo, abraçando meu pescoço.
——— Certeza que não quer ir? Podemos nos divertir...Não quero te deixar aqui sozinho.
——— Vou ficar bem, assistindo um filme e embaixo de coberta. ——— beijei seu pescoço.
——— Então tá.
——— Amiga, esqueci o meu perfume, você pode me emprestar algum pra eu passar? ——— Lara perguntou.
——— Claro, bora lá no meu quarto pegar. ——— as duas se levantaram e subiram as escadas.
Tainá bufou e se sentou no sofá.
Criei coragem e resolvi chamá-la.
——— Tainá. ——— ela me olhou. ——— Queria te pedir desculpas.
——— Desculpas? Por qual das vezes? Todas que você foi um escroto comigo? ——— bufei, mantendo plenitude.
——— Por ter espalhado suas fotos semi-nua no vestiário masculino, ter feito as pessoas comentarem sobre isso por semanas e por todas as coisas ruins de que te chamei.
——— E está fazendo isso porque a consciência pesou ou porque Bárbara obrigou? ——— ela perguntou com a sobrancelha erguida.
——— É mais pelo fato dela ter me obrigado, mas eu sei que o que eu fiz foi muito idiota. Já faz muito tempo isso, devíamos deixar o passado no passado.
——— Bom, tudo bem. Guardar rancor não é bom. Eu te desculpo. ——— Tainá fala e sorri de lado. ——— Se fosse em outra situação eu não perdoaria, mas estou vendo que você está sendo bom para Babi. Você mudou, Victor. Mas saiba, que se fizer alguma coisa com ela, não hesitarei em esculachar você.
——— É claro que não hesitará. ——— sorri, usando um tom sarcástico. ——— Não farei mau algum a ela...
Passei a língua pelos lábios, sabendo que aquilo não tá 100% verdade. Faz alguns dias que machuquei ela e sei que acontecerá de novo, é claro que não digo fisicamente, mas sim verbalmente. Eu falo muita merda sem pensar.
——— Eu espero de verdade. Babi é ótima e merece ser tratada como uma princesa!
——— Sim. Eu sei!
Escutamos as vozes das meninas e encerramos o assunto.
Bárbara me entregou Maya nas mãos e deixou um selinho em meus lábios.
——— A gente está indo. Eu te amo. ——— ela arrumou sua bolsa no ombro.
——— Eu também te amo. ——— Babi sorriu e as três deixaram a casa.
Subi com a cachorrinha e fui pro quarto de Babi. Me deitei e liguei a televisão, colocando um filme para assistir.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top