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𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀
Me encaro no espelho do guarda roupa e enxugo meu rosto molhado, prendo meu cabelo em um coque e começo a tirar minha roupa.
Abri a porta do guarda roupa e peguei uma blusa de frio e uma calça de moletom de Victor. Me vesti e fui até o banheiro, lavando meu rosto pra tirar a pouca maquiagem que eu usava.
Enxuguei meu rosto molhado e retornei para o quarto. Arrumei a cama e desci para o andar de baixo, fui direto para cozinha, ignorando o Victor que estava sentado no sofá.
Abri a geladeira e peguei a garrafa de água, depois peguei um copo e o enchi até o meio, guardando a garrafa na geladeira novamente depois.
Me apoiei no balcão enquanto bebia a água. Meus olhos vão até o Victor, que estava sentado no sofá, fumando um baseado e olhando pra cima.
Terminei de beber minha água e fui pra sala, me sentando ao lado de Victor e cobrindo minhas pernas com um cobertor que tinha ali.
Peguei o controle da televisão que estava entre a gente e liguei, colocando em um canal aleatório.
Por mais que eu estivesse com sono, eu não iria conseguir dormir depois da nossa briga.
Victor permanecia olhando para cima e tragando aquela merda inúmeras vezes. Meu olhar ficava mais nele do que na televisão.
Odeio brigas. Sempre odiei. Aí vem o Victor, com essa marra toda e sempre estamos brigando.
Eu deveria ter me esforçado para correr dele quando ainda não havia nada de sentimentos. Eu deveria ter tentado e se não conseguisse, até uma medida protetiva resolveria.
Fui fraca no começo. Mas agora eu não consigo mais me afastar. Não quero mais me afastar.
Ao mesmo tempo que ele me faz mau, ele também me faz muito bem. Que raiva disso. Que raiva dele!
——— Para de fumar um pouco! ——— eu falo quando ele traga mais uma vez a maconha.
——— Não enche, Bee! ——— ele responde.
——— São quase três da manhã e você está chapado. ——— pego o baseado da sua boca e ele me olha, com os olhos avermelhados.
——— Me da isso. ——— Victor tenta pegar mas não deixo. ——— Bárbara, não me estressa! ——— ele passa a mão pelo rosto e bufa.
Ignoro e me levanto, indo até a cozinha, apagando o baseado na pedra da pia e depois jogando no lixo.
Volto pra sala e pego Maya no colo, fazendo um carinho em sua cabecinha e depois deixando um beijinho.
——— Seu braço ainda está doendo? ——— Victor pergunta e se levanta, vindo até mim.
——— Um pouco. ——— respondi e desviei o olhar.
——— Me deixe ver. ——— ele pediu e tocou minha mão, mas afastei-a e neguei com a cabeça.
——— Não precisa, não foi nada demais.
——— Bárbara, deixa eu ver! ——— bufei e coloquei Maya no chão. Victor segurou meu braço e levantou a manga do moletom até o local que ele havia apertado. ——— Vai ficar roxo.
——— Sou muito branca, fico roxa por qualquer coisa. ——— dou de ombros.
Victor se abaixa e deixa um beijo no braço avermelhado, depois volta a olhar para mim e segura meu rosto.
——— Me desculpa. ——— seu polegar acaricia minha bochecha. ——— Eu...eu não queria ter te machucado, juro por tudo. Eu estou me sentindo um lixo.
——— Tudo bem, eu desculpo. Só, por favor, não faça isso de novo.
——— Não vou. ——— Victor deixa um beijo em minha testa. ——— Eu prometo. ——— ele praticamente sussurra.
Seus lábios tocam os meus em um beijo calmo. Quando finalizamos, encostamos nossas festas.
——— Eu te amo. ——— ele fala e começa a olhar cada detalhe do meu rosto, me deixando envergonhada e com certeza corada.
——— Eu te amo. ——— falei e abri um sorriso.
Ficamos abraçados ali por um tempinho, em silêncio, escutando apenas o estalar das lenhas sendo queimadas na lareira.
Eu não queria sair de perto dele. Definitivamente não queria!
Essa com certeza é a coisa mais real e profunda que já senti. Nem Luca, nem Nate se comparam, não chegam nem perto...
——— Você está gelada. Vamos subir para nos aquecermos e dormir. ——— tirei minha cabeça do seu peito e confirmei com a cabeça.
Victor pegou Maya no colo e apagou todas as luzes do andar de baixo. Subimos e entramos no quarto.
Victor improvisou uma caminha para Maya ao lado da cama, ela se deitou e pareceu satisfeita.
Me deitei e me cobri, meus olhos quase se fechavam pelo sono que eu estava. Victor apagou a luz e eu logo o senti se deitando ao meu lado.
Nos abraçamos e Victor começou a acariciar minha coxa.
——— Obrigada por hoje. Foi muito divertido, tirando a nossa briga. ——— agradeci.
——— Foi bem divertido mesmo. ——— ele deixou um selinho em meus lábios. ——— Boa noite, Bee.
——— Boa noite, amor.
——— Não sei se eu quero fazer isso. ——— puxei a mão do Victor e ele se virou de frente para mim.
——— Ah, qual é?! Vai ser rapidinho, nem vai doer tanto assim. ——— ele fala e segura a minha cintura.
——— Você tem um monte de tatuagem, é que pra você não dói, se acostumou com a dor. ——— falo e ergo a sobrancelha.
——— Larga de ser cagona, Bárbara! ——— Carol disse. ——— Você mau vai sentir.
——— Disse a outra maluca que é cheia de piercings e tatuagens. ——— cruzei os braços.
——— Exatamente. Eu tenho um monte de tatuagens porque não é uma dor insuportável que nem você está pensando. Anda logo e senta naquela cadeira!
Bufei e me separei de Victor. Indo até a cadeira e me sentando de frente pro tatuador que já estava me esperando criar coragem a um tempinho.
——— Tá bom, pode começar. ——— falei e mordi os lábios quando a agulha entrou em contato com a minha pele.
——— Eu não acredito que ficamos duas horas esperando você se decidir se faria ou não a tatuagem, e você fez apenas um raminho. ——— minha amiga reclama e eu abro um sorriso.
——— Pelo menos ficou bonito. ——— falo e dou de ombros.
——— Sim, muito lindo. ——— a loira sorri.
Nos sentamos embaixo de uma árvore e começamos a conversar coisas aleatórias. Estávamos apenas nós duas agora.
Um pouco distante, observei minha amiga sciences a se aproximar com a namorada. Quando as duas chegaram perto, Tainá olhou com uma cara de bunda pra Carol.
——— Olha...está mau acompanhada. ——— ela disse e Carol riu debochadamente ao meu lado.
——— Ainda com essa dor de cotovelo, Tainazinha? ——— a loira perguntou.
——— Dor de cotovelo?! Você foi uma escrota e sabe disso. ——— a morena disse e mudou seu semblante.
——— Fui escrota e pedi desculpas, mas a orgulhosa aí preferiu ser uma sem educação e me ignorou.
——— E a sem noção preferiu ficar do lado do babaca que fez merda comigo. ——— Tainá desviou o olhar pra mim. ——— Desculpa, Babi...
——— Sem problemas.
——— Ainda fica falando merda do namorado da Bárbara. ——— Carol fala. ——— Que péssima amiga.
——— Eu pedi desculpas!
——— Oh, Claro. Bárbara, que tal você dar uma de Tainá e decidir ignorar o pedido de desculpas dela? ——— Carolina foi sarcástica.
——— Aí gente, que coisa. Parem! ——— me levantei. ——— Parecem duas crianças. Ou se resolvem ou não ficam brigando perto de mim. Eu sou amiga das duas e não vou escolher um lado!
Elas ficaram se olhando, em silêncio e com cara de taxo.
——— Seria muito legal se vocês sentassem e conversassem, porque aí eu poderia ficar com as duas ao mesmo tempo. ——— falei e coloquei meu cabelo atrás da orelha. ——— Pensem nisso.
Comecei a caminhar para longe. Não gosto de ver minhas duas amigas brigando assim. Ela sempre arrumam um jeito de discutir e quebrar o meu clima.
Entrei no meu bloco e comecei a andar pelos corredores. Um grupo de garotas me chamaram a atenção, elas estavam de risadinhas e olhando para mim.
Abaixei a cabeça para passar reto quando uma delas falou comigo.
——— Sabe que ele só está te usando né, querida? ——— ela era loira e tinha um preenchimento labial um pouco exagerado.
Fiquei em silêncio, apenas observando-as.
——— Pobrezinha...Eu não dou um mês para ele começar a enfeitar sua cabeça, se já não estiver enfeitando. ——— uma morena disse e riu. ——— Sabe, sou muito mais gostosa que você, se eu for até ele, Camilo não resiste.
——— Pensem o que quiser...——— falei.
——— Chega a ser ridículo, ele é muita areia pro seu caminhãozinho. Saiba que tem muitas garotas aqui putas com você, né? ——— a loira volta a relinchar.
Dou de ombros. ——— Realmente não ligo.
——— Pois deveria...Você é só uma garotinha indefesa que caiu nos encantos do garanhão. Toda boba...——— as duas riram e eu abaixei a cabeça.
——— Que moral você tem pra falar alguma coisa da minha amiga, boca de salsicha? ——— escutei a voz de Tainá atrás de mim e sorri de lado.
——— Você me chamou de que? ——— a garota perguntou.
——— De boca de salsicha. Seus lábios paragem duas salsichas de tanto preenchimento que você colocou aí, minha filha! ——— segurei a risada. ——— Agora deixei minha garota em paz.
Tainá passou o braço pelo meu ombro e começou a caminhar comigo para longe.
——— Achei que ainda estava discutindo com Carolina...
——— Não, vim te pedir desculpas por aquilo. Eu meio que não consigo me segurar quando vejo ela.
——— Tudo bem. ——— sorrio.
Fomos para o meu dormitório e nos jogamos na cama. Ficamos fazendo vários nada por bastante tempo, apenas jogando conversa fora.
Quando Carol veio pro dormitório, Tainá saiu na mesma hora.
—
" Está tudo bem". " Não foi nada demais" 👀
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