III

VOLTEIII, gostou tá gostado. Não gostou? Problema é de vocês.
Galerinha do bem. Sabem como é neh? 13 anos, primeira paixãozinha de nossas vidas(não em todos os casos, óbvio) ... Me perdoem por qualquer coisa que não gostarem...

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Quando chegaram em casa da família Lupin, Helly e Harry subiram para o quarto, eles iriam escolher suas matérias, juntos.
Sentaram de frente um para o outro, esperando alguém falar alguma coisa.

- Hum... Estou pensando em Adivinhação, o que acha? - Harry pergunta.

- Podemos tentar... Trato das Criaturas Mágicas parece legal.

- Sim - Harry aponta em seu caderninho.

Eles, de facto, não tinham muita escolha, não podiam encher o horário de matérias, ainda precisavam de tempo para estudo e, no caso de Harry, para treinar quadribol.
Quando eles ouviram a porta de baixo se abrir correram para ver quem era.
Remus Lupin tinha acabado de chegar, junto dele estava Sirius. Eles tinham vindo de pó de flú para casa, graças ao trabalho os adultos não conseguiram ir pegá-los na plataforma.

Helly correu para abraçar seu pai, enquanto Harry abraçava Sirius.
Eles estavam com imensas saudades, não puderam ir passar a Páscoa com eles porque o trabalho de auror estava cada vez mais exigente.

- Como foi o ano? - Lupin questionou.

- Foi um máximo, ainda mais quando a Grifinória venceu a Sonserina no quadribol. - Helly riu - Draco Malfoy ficou com cara de idiota o resto do ano depois disso.

- Sim, a gente tirou a pose de babaca dele durante quase um ano inteiro - Harry falou orgulhoso de si mesmo.

Os quatro se dirigiram para a sala e ficaram horas conversando sobre aquele ano, que eles tanto amaram.

Quando chegou a hora de Harry voltar para casa, os mais novos se abraçaram e juraram se ver muito em breve.
Eles sabiam que isso não aconteceria tão cedo por conta dos trabalhos, mas talvez pudessem ir ver um ao outro sozinhos, afinal, eles nem moravam tão longe um do outro, não teria perigo algum.

Quando ela viu Sirius e Harry saindo pela porta, se atirou no sofá, suspirando.

- O que é isso mocinha? Tire os pés do sofá. - Remus fala, indo para a cozinha.

- Você não reclama quando o padrinho senta no sofá e ele é um cachorro - a menina protesta.

- Não me teste Helly Orion Lupin.

- Já entendi, vou subir - corre para seu quarto.

Quando chega ela se deita na cama, aproveitando para tirar um cochilo antes de jantar.
Ela só não esperava que seu pai não a acordasse e ela apenas despertasse às plenas 4 da madrugada. A Lupin sabia que não iria voltar a dormir, então desceu as escadas e foi comer alguma coisa, esperando encontrar algo que a agradasse.
Ela se animou quando viu bolo de cenoura em cima do balcão.

×××

A volta à escola era chata, principalmente a parte de arrumar o malão. Ela poderia fazer como Harry tinha feito, arrumar o malão no início das férias, mas ela sempre esquecia ou ignorava por pura preguiça. Agora o Potter estava deitado em sua cama, as mãos pousadas na cabeça, enquanto observava a garota arrumar seu malão para a viagem do dia seguinte.

- Viu meus absorventes? - a garota pergunta, sabendo que o moreno sabia onde tinha cada coisa de sua casa.

Ele se levantou, foi até ao banheiro e voltou com os pacotinhos de absorvente.

- Te amo - agradeceu ao mesmo quando ele guardou os pacotinhos no malão.

Harry não se incomodava com isso. Ele sabia que isso era uma realidade dela, e de muitas outras mulheres, como sua mãe. Todos os meses ele cuidava de Lilly quando ela estava mal com as dores menstruais. Não seria um sacrifício cuidar de sua melhor amiga.

- Ron falou com você? - Harry pergunta, reparando como as bochechas da outra se tornaram um tom escarlate.

- Não...porquê? Ele deveria? - ela se atrapalhou.

- Não sei, foi só uma pergunta. - dá de ombros, sentindo seu estômago formigar, algo que nunca tinha lhe acontecido - Mamãe já deve estar preocupada, vou indo - ele se apressa a abrir a porta do quarto.

- Não vai sair sem se despedir, vai? - a garota sorri de canto, enquanto cruza os braços.

Harry se apressa em dar um beijo na bochecha da amiga, sentindo seus lábios formigarem, e sai correndo para casa.
Ele chegou em casa suando frio, não sabia o que estava acontecendo consigo, mas não era algo normal.

Quando ele notou que seus pais estavam sentados no sofá, o olhando assustado, ele se apressou a subir as escadas e ir para o banheiro. Ele se olhou no espelho, seus cabelos caiam na testa e seu rosto estava inteiramente corado, talvez pela corrida.

Quando ele desceu para o jantar seus pais estavam estranhos, ele apenas comeu em silêncio, ou tentou comer, porque o resultado foi mínimo. No fim do jantar seu prato ainda estava cheio e ele gostava dessa comida, mas ele simplesmente estava sem fome. Seus pais disseram que tudo bem, ele podia comer quando sentisse fome.
O problema era que ele não estava sentindo fome, nem sono. A única coisa que ele sentia era um bolo na garganta, seus lábios formigando, sua barriga dando voltas... Ele estava enlouquecendo. Eram 5 da madrugada e ele ainda não tinha conseguido pegar no sono, ele estava ferrado porque ele iria ter uma viagem das 11 horas até as 19 horas e 30 minutos e não tinha conseguido pegar no sono.

Quando Lilly entrou no quarto para acordar o filho, ela reparou que ele ainda estava acordado, ela suspirou.

- Seu pai e seu padrinho estão lá em baixo te esperando - deixa um selar na testa do garoto.

Harry se levantou, tomou seu banho e se vestiu, escovou os dentes e nem se deu ao trabalho de arrumar o cabelo, não iria funcionar de qualquer jeito.
Quando desceu ele observou sua família, eles estavam sentados à mesa, tomando o café da manhã. Harry se sentou do lado de sua mãe e ficou mexendo a colherzinha na caneca, mas sem beber nenhum pingo de leite que ali tinha.

- O que tem de errado comigo? Eu não consigo comer, não consigo dormir... Talvez eu esteja morrendo ou alguma coisa do tipo. - Harry falou, jogando seu corpo nas costas da cadeira e suspirando derrotado.

- Oh, eu sei o que você tem... A palavra com a letra "A". - James falou sorrindo.

- Sim! Avestruz! - Sirius falou, do nada, ele nem parecia estar presente no ambiente até agora.

- Não Sirius, são quatro letras, começa com "A"  e termina com "R".  - Lilly sorriu cúmplice.

- Aha! AMOR!  - Sirius começou a rir.

- Isso, meu caro amigo, Harry está apaixonado. - James deixou um sorriso largo tomar conta de seu rosto.

- Eu não estou apaixonado. - ele falou como se fosse a coisa mais absurda que já ouvira.

Harry se chateou quando viu como os adultos o olhavam. Eles estavam olhando com um sorriso, grande demais, para Harry. Ele estava levemente desconfortável, então, se levantou e foi pegar seu malão, pronto para mais uma viagem a Hogwarts.

×××

Harry estava ficando com raiva. Ele via Helly toda risinhos para o lado de Ron e isso estava o chateando. Ele não queria que ela ficasse mais próxima de Ron. Ela era sua melhor amiga, eles nunca tinham trocado um ao outro, mas ele sabia que, esse ano, isso iria acontecer. Um dia vocês iam se separar e a amizade não ia ser mais a mesma, ele só não esperava que fosse tão cedo.
Observando Helly sentada ao lado de Ron, corada e sorrindo, ele se amaldiçoou lentamente, ele estava sendo idiota, ela poderia ter outros amigos, assim como ele também podia.

Helly, por outro lado, estava se divertindo bastante com o ruivo. Ela o achava divertido demais. Ron era um bom garoto, sempre animado e não fazia coisas erradas ou se dava com pessoas que as faziam. Ele era, certamente, um bom garoto.

Ginny tinha feito bastantes amigos no ano passado, então ela agora passava a viagem com esses amigos, enquanto Helly, Harry, Ron e Hermione passavam esse tempo juntos.

Quando Harry se levantou, de repente, eles se assustaram. Ele tinha levantado com força, parecendo estar irritado com algo. Hermione, que lia o livro de poções, se assustou.
Os três amigos, na cabine, se olharam. Nenhum entendo o que estava acontecendo com o rapaz. Harry nunca tinha agido tão estranhamente como agora.

- Ele está agindo assim desde ontem à tarde - Helly explica - Talvez ele esteja bravo porque eu lhe pedi para pegar meus absorventes, quando eu estava fazendo o malão, ontem. - dá de ombros - Na real, eu nunca lhe pedi algo assim, talvez seja vergonha.

- Mas você mesma disse que ele ajuda Lilly, nesses dias - Hermione diz, colocando seu livro de lado - Ron, ele falou algo com você?

- Não - fala, enquanto coloca um último sapo de chocolate na boca - Eu não ficaria bravo se você me pedisse absorvente - o ruivo diz, inocentemente, mas mal percebe o efeito que causou em suas bochechas.

×××

No banquete, Harry também não se pronunciou. Ele apertava os dedos em volta do garfo, não com força. Ele apenas recolhia a comida nos talheres e deixava cair no prato, novamente, sem comer.
Quando todos já tinham comido, Dumbledore fez desaparecer os pratos, não reparando em, apenas, um aluno que não tinha tocado na comida.

- Harry? Você está bem? - Helly acaricia seu braço, fazendo ele saltar para o lado de susto. - James? Está doente?

- Eu... Eu... droga...preciso ir no banheiro. - ele saiu correndo, sem esperar ordem de Dumbledore.

Ele não foi ao banheiro, foi ao corujal, onde já se encontrava Hegwig. No canto, largado no chão, tinha um pergaminho, meio amarrotado, mas era apenas isso que ele precisava.
Pegou uma pena que ficava em uma mesinha do canto e escreveu:

Papai,
Talvez eu esteja apaixonado.

Harry.

O rapaz entregou a carta para a coruja de penagem branca e a observou voar. Ele estava apaixonado e não pensou que isso pudesse ter acontecido por alguém tão fora de seus limites. Não que ele não gostasse de Helly, ela era a garota perfeita, inteligente, bonita, sociável, gentil, corajosa, ousada... Helly era a garota dos sonhos para qualquer cara, mas ela estava gostando de Ron e ele nada podia fazer a respeito disso.

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- Harry, preciso te falar uma coisa- a garota entrou no dormitório, fazendo o saltar da cama.

Eles estavam no meio do ano, já tinha passado o Natal e agora eles estavam chegando à Páscoa.
Harry ainda olhava para Helly de outra maneira, sempre que podia a observava estudando, tentando arrumar a gravata, apenas comendo...

- Diga - falou, enquanto olhava seus olhos cor de mel.

- Estou gostando do Ron. - falou rápido e simples - Eu queria falar para você, sabe, por ser meu melhor amigo, acho que seria a pessoa que mais me apoiaria - a garota baixou a cabeça.

Harry já sabia, e isso estava o machucando por dentro. Ele não queria ser egoísta, mas ele queria tanto ser o Ron, nesse momento.
Nada fazia sentido, ele não queria ser injusto, mas, no momento, ele queria que Ron não estivesse em suas vidas.
Mas ele não iria olhar para seu próprio umbigo no momento, ele queria ver a amiga sorrir, então ele iria sorrir e aceitar.

- Que bom - foi a única coisa que saiu, ele realmente não sabia o que dizer nessas horas, talvez, mentir um pouco? -  Estou feliz por você - ele não estava feliz -, já falou isso para ele?

- Não seria estranho? Sabe... Chegar e contar? - perguntou receosa.

Harry imaginou um cenário onde ele seria Ron. Ele iria gostar se Helly falasse que gostava dele, mas não era ele de quem ela gostava. Talvez, Ron, não gostasse, mas ele iria gostar tanto. Ele iria gostar se as bochechas escarlate, naquele momento, fossem por ele.
O Potter estava se destraindo, mais uma vez, perto da garota dos sonhos. Ele estava a ponto de ir socar Ron, por ele não enxergar a garota perfeita que ele tinha apaixonada por ele.
Como ele poderia não dar valor para uma garota como ela? Talvez ele não tivesse percebido ainda.

Ele sabia que, no fundo, ela nunca contaria a Ron. Helly não era dessas coisas, ainda mais com pessoas próximas. Ele sabia que ela também não queria isso e se ela pudesse escolher, ela não se apaixonaria por Ron, mas foi seu coração que escolheu.
Mas, tirando os olhos de si mesmo, Harry compreendeu, ele tinha que apoiar Helly e sua paixão, ele só esperava estar pronto para isso.

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Harry, definitivamente, não estava pronto para aquilo. Ver sua melhor amiga, apaixonada por seu melhor amigo, estava se tornando pior a cada dia. Ele queria parar essa droga que estava passando por seu sangue e tomando sua cabeça. Então, ele fez algo que nunca quis fazer, não com Helly. Harry se afastou. Ele se afastou para valer, ele queria respirar e isso talvez funcionasse.
O destino não estava ligando para seus sentimentos, porque, na última noite, lá estavam eles os dois, sozinhos na Comunal.
Helly sentiu o afastamento do amigo, e queria entender, então foi direta ao ponto.

- Vai continuar se afastando? - perguntou, esperando uma resposta coerente, mas não veio. - Me diz, o que foi que eu fiz de errado, a gente pode resolver junto.

Harry, de cabeça baixa, não esperava o ar faltar em seus pulmões, mas faltou e ele estava ofegando, mas as palavras queriam sair, elas queriam libertar seu corpo.

- Eu só queria que você soubesse o quanto eu gosto de você - falou, ainda de cabeça baixa.

- Harry, eu também gosto de você - a garota se sentou mais perto dele - Eu não entendo o que está acontecendo, mas pode explicar.

- Eu vejo seus olhos quando ele passa, realmente, algum tipo de droga para seus olhos.

Agora, Helly estava entendendo. Era estranho, Harry era seu melhor amigo, mas ela estava pronta para lidar com isso, se Harry colaborasse.
O Potter se levantou, indo direto para as escadas que davam para o dormitório.
A Lupin foi até ele e segurou seu pulso, fazendo Harry sentir as ondas de energia queimarem seu interior.

- Não faça isso, sabe que isso me machuca. - a garota falou, sentindo um bolo na garganta - Harry, você não entende. Eu mudaria tudo para ser apaixonada por você, mas...eu não posso escolher.

- Porque você se apaixonaria por mim? - Harry estava chorando - Ele é tão perfeito. Você entregou seus sorrisos apaixonados para ele. E, honestamente, eu gostaria imenso de ser o Ron. - quando ele sente que o aperto, em seu pulso, estava fraco o suficiente, ele deixa a garota na sala e vai para o dormitório, passar mais uma noite em claro.

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Acabaram as aulas. Harry estava pronto para passar um verão sem Helly, e poder esquecê-la, mas as cartas que ela mandava todos os dias, querendo saber como ele estava, não estavam ajudando. Isso estava o matando por dentro, então ele parou de ler as cartas, as colocando em cima da mesinha de cabeceira, mesmo sabendo que todas as noites chegaria uma nova.

Ele ia aguentar, desde que sua família não se junte muito e não o faça se juntar, ele iria superar e, quando menos esperasse, estaria superado e voltaria à amizade antiga. Ele iria negar as saudades.

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Não me matem, ainda terá muita história desses dois por detrás dessa paixonite que Helly criou.

Eu estou amando escrever, então as atualizações estão sendo bem rápidas, confesso que estou pegando ideias do tiktok para formular partes de capítulos, para não ficar com nenhum bloqueio criativo.

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