Peço que comentem ao decorrer do capítulo e votem, isso me motiva e eu gosto muito de ver vocês interagindo com a história.
Vamos fazer com que essa fic também chegue em 1º lugar nas #.

𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗔𝘂𝗴𝘂𝘀𝘁𝗼🥀

Hoje era uma quarta feira e e eu havia acabado de chegar do trabalho. A casa está calma e quieta, Lily está na minha mãe e só vem mais tarde.

Deixo a chave do meu carro em cima do balcão e vou até o banheiro, tirando toda a minha roupa e entrando no banho.

Quando sai, vesti um short de futebol e fui para sala. Estava cheia de brinquedos de Lily. Eu sempre faço ela guardar mas como ela não está aqui, pego os brinquedos no chão e levo até o seu quarto, guardando cada um no devido lugar.

Me sentei no sofá e coloquei uma série para assistir, em menos de quarentena minutos escutei a minha campainha tocar, me levantei e caminhei até a porta, abrindo.

——— Oi papai! ——— Lily pulou nos meus braços e beijou a minha bochecha ——— Eu tava' morrendo de saudade.

——— Eu também filha. ——— beijei sua testa e a coloquei no chão, cumprimentando a minha mãe.

——— Eu já vou, meu filho, marquei de jantar na casa da sua tia. ——— minha mãe deixa um beijo no meu rosto e em seguida sai do apartamento.

——— Como foi lá na vovó, Lily? ——— pergunto para a garotinha que estava sentada no carpete enquanto tirava a sandália.

——— Foi bem legal. ——— terminou de tirar os sapatos e os deixou de lado ——— Ela tava' vendo novela e nessa novela a mulher dizia que toda pessoa precisa de alguém para se apaixonar, namorar e casar para ser feliz ——— ela fica pensativa e depois tomba a cabeça, me olhando com curiosidade ——— Por que você não tem ninguém assim?

Prenso os lábios um no outro e penso no que responder.

Lily não se lembra da sua mãe porque ela nos abandonou ela tinha apenas um ano e nove meses.

Nunca mais tive um relacionamento depois disso, sai com algumas mulheres mas não deu certo. Quando quero sexo, sei exatamente aonde ir procurar, tenho meus contatos.

Lily é muito novinha para entender isso, ela vê seus coleguinhas de escola tendo uma mãe e um pai e ela tem apenas a presença paterna, nunca teve ninguém que ela visse como uma "mãe".

Eu também tenho medo de me envolver com alguém seriamente e essa mulher fazer mau para minha filha.

——— O papai já tem você e estou feliz assim, tudo bem?! ——— digo na tentativa de encerrar o assunto mas Lily é uma garotinha insistente.

——— Não papai! Você precisa sim de uma namoradinha. ——— ela se colou de pé e cruzou os bracinhos, depois pareceu ter uma ideia e sorriu ——— Eu vou ser sua 𝖼𝗎𝗅𝗉𝗂𝖽𝖺'.

Dou risada

——— Não existe a palavra 𝖼𝗎𝗅𝗉𝗂𝖽𝖺', Lily. Se diz cupido.

——— Eu acho 𝖼𝗎𝗅𝗉𝗂𝖽𝖺 mais legal.

——— Mas você deve falar do jeito certo. ——— me levanto ——— Eu não preciso de um cupido, Lily, e se precisasse, eu não escolheria uma garotinha de quatro anos. ——— começo a caminhar rumo a cozinha ——— vai guardar a sandália no lugar e entra no chuveiro, já vou lá te ajudar a tomar banho e depois fazer o jantar.

Entro na cozinha pego os ingredientes que eu usaria para fazer macarrão, deixando todos no balcão. Coloco água para ferver e depois vou até o banheiro ajudar Lily com o banho.

Mesmo depois de eu dizer que não queria que Lily bancasse minha cupido, a garotinha não desistiu disso e já tem uma semana que ela está me fazendo passar vergonha com mulheres.

Outro dia no mercado, ela chegou em uma mulher dizendo: " o meu pai está precisando de uma namorada, aceita ir em um encontro com ele?"

Obviamente a mulher achou engraçada a atitude dela e negou, olhando para mim e rindo.

Estávamos a caminho do hospital para a retirada dos pontos e eu estou rezando para que ela não solte uma de suas pérolas para alguma mulher lá.

Eu e Lily cantávamos a música do Gummy bear quando estacionei no estacionamento do hospital.

Entramos no hospital e eu fiz todo o procedimento de mostrar as documentações de Lily e depois fomos encaminhados para o leito.

——— Lily, larga isso! ——— dei bronca quando ela abriu uma gaveta, na mesma hora a médica entrou e Lily se alegrou.

——— Babi, oi!! ——— Lily disse animada e Bárbara abriu um sorriso.

——— Olá gente. ——— acenou para mim e voltou sua atenção para minha filha ——— como você está, princesa?

——— Bem! ——— respondeu e com minha ajuda se sentou na maca.

——— Que ótimo, então vamos tirar esses pontos.

Bárbara começou a tirar os pontos da testa de Lily, enquanto ambas conversavam animadas.

——— Babi, você tem um namoradinho? ——— Lily me perguntou e eu tentei avisar para ela parar com olhares, mas ela nem estava prestando em mim.

Bárbara sorriu confusa e negou com a cabeça.

——— Não tenho, por que?

Aí, que droga, Lily vai me fazer passar vergonha novamente.

——— É que o papai nunca teve uma namoradinha e eu acho que ele fica triste com isso. ——— Lily começou a contar, chateada——— eu queria muito que o papai fosse para um encontro, se apaixonasse por uma linda garota e fosse feliz com ela. Você aceiraria ir em um encontro com ele? Aí você poderia jantar lá em casa na sexta, porque toda sexta eu vou para a vovó, aí você poderia provar a lasanha do papai que eu disse que era uma delícia. ——— minha filha disparou a falar e deu uma pausa para recuperar o fôlego ——— você aceita? Diz que sim Babi, por favor, diz que sim! ——— ela juntou as mãozinhas e fez um beicinho e um olhar de cachorrinho abandonado.

Vou ter que ter uma conversa com Lily, ela não pode ficar convidando pessoas para algo assim!

Bárbara me olhou sorrindo e provavelmente achando fofinha a atitude de Lily.

——— Não de bola, ela viu isso em uma novela da minha mãe e agora não tira da cabeça. Me desculpa. ——— digo.

——— Está tudo bem, Victor. Ela é sua filha e quer seu bem. ——— a morena volta a olhar para a pequena ——— tudo bem, Lily, eu vou, afinal é apenas um jantar e por coincidência eu estou de folga na sexta, isso é raro!

Franzo cenho e Lily comemora.

——— Espera, você vai? ——— Perguntei confuso.

——— Sim, isso deixará Lily satisfeita, ela quer o seu bem. E também, não tenho nada pra fazer sexta à noite e amo lasanha.

——— Ah, tá bom. ——— sorri e ela retribuiu retornando a tirar os pontos de Lily.