fallin, tony stark
O coração de Sn estava apertado em seu peito, ele havia quebrado de novo. Mas, não porquê ela não queria mais Tony, não porquê ele a encontrou e ela não teria como mante-lo longe de sua filha, ela acabara de conhece-lo e Sn não saberia dizer que danos isso poderia causar na menina. Mas, seu coração estava doendo por outro motivo. Ele estava doendo porque ela, mesmo o odiando e o amaldiçoando, Ele continuava sendo pai de sua filha e o que mais doía nela, era ter que afirmar pelo menos para si mesma que ela ainda o amava, e não saberia dizer se um dia havia parado de ama-lo.
Sn carregou a pequena para casa. A menina ainda estava em choque por ter encontrado seu pai de uma maneira tão estranha e que em nenhum de seus sonhos em que ela gostaria de encontra-lo havia acontecido desta maneira. E as últimas palavras que sairam dos lábios de Tony ficaram na cabeça da menina. Ele viria atrás dela, ele não havia esquecido dela.
Como em todas as vezes em que precisava pensar, Sn se trancou no pequeno quarto do apartamento em que podia colocar todo seu lado artístico para fora, seja dançando ou compondo em algumas vezes. E a menina sabia que deveria deixar sua mãe pensar, já que não queria vê-la triste pela casa. A menina resolveu se ocupar desenhando com giz de cera na mesa da cozinha.
A garotinha havia aprendido com sua mãe que quando algo acontecia, o melhor a se fazer era esfriar a cabeça com qualquer atividade. O Conselho de Sn poderia parecer algo banal, mas por trás dele está a grande decisão que Sn tomou quando descobriu que estava grávida. Ao invés de se ocupar e pensar melhor, ela fugiu, e mesmo que ela não admita não foi uma das melhores decisões de sua vida.
Fazendo o que sua mãe havia mandado, a menina estava em seu segundo desenho. O primeiro havia sido o desenho de uma boneca que a menina viu na vitrine de uma loja em que ela e sua mãe passaram em frente. E o segundo era a coisa que ela mais cobiçava no mundo, uma coisa que para ela valia bem mais do que qualquer boneca do mundo, mais até que qualquer dinheiro. O que ela mais queria era estar com seu pai e sua mãe, juntos.
A campainha do apartamento tocou fazendo a garotinha se levantar e ir correndo até a porta. Como todas as tardes, a vizinha debaixo, a velha senhora Patty, trazia biscoitos que asava para o chá. A garotinha esperava todos os dias por isso. Como Sn e sua filha moravam no apartamento de cima da casa da senhora Patty, não tinha problema que a menina abrisse a porta, já que quem fosse a pessoa que bateria em sua porta, passaria pela rigorosa senhora Patty.
Com um sorriso no rosto e podendo jurar que estava sentindo o cheiro tão familiar dos biscoitos de Patty, A pequena se ergueu um pouco na ponta dos pés e abriu a porta, fazendo que seu sorriso se transformasse em um perfeito O.
─── Sei que esperava a Senhora Patty, mas ela me pediu pra trazer os biscoitos.─── Tony sorriu erguendo o prato cheio de biscoitos cobertos por um plástico transparente na direção da menina.
A garota não conseguiu formar uma frase completa. Ela sempre murmurava alguma coisa e mantinha a boca aberta.
─── Acho melhor fechar a boca antes que algo entre nela.─── Disse Tony e a menina fechou a boca de imediato.
─── Você! ───Ela conseguiu finalmente dizer algo.
─── Eu! ───Tony disse sorrindo. ─── Posso entrar?
─── Os biscoitos primeiro.─── Ela pediu erguendo as mãos.
─── Claro, Claro. Precisamos de biscoitos todos os dias, não é? ─── Ele disse sorrindo enquanto entregava o prato a ela.
─── Entra ─── Ela disse pegando o prato e correndo para dentro.
Tony revirou os olhos enquanto ria e adentrou ao apartamento parando por alguns segundos. O lugar não era grande como qualquer uma das casas de Tony, mas era espaçoso, amplo e arejado. Todas as paredes eram brancas, mas contavam com diversos desenhos coloridos da menina colados na parede. Na sala havia uma grande porta de vidro, que Levava a varanda, que tinha uma visão perfeita da Golden Gate Bridge. Tony fechou a porta atrás de si e seguiu algumas migalhas de biscoitos que a menina havia deixado pelo caminho e a seguiu até a cozinha.
─── Quer, Senhor Stark? ─── A menina indagou com as mãos cheias de farelos de biscoitos.
─── Você mocinha, pode me chamar de pai.─── Ele disse desabotoando seu paletó.── E como sabe meu sobrenome que é seu também? Aposto que sua mãe não lhe falou.
─── A neta da Senhora Patty pesquisou você na internet. Não quer mesmo os biscoitos? ─── Ela indagou de boca cheia.
─── Espera, O que seriam dos biscoitos sem leite? ─── Tony indagou enquanto caminhava até a geladeira e pegava o galão de leite.
─── É verdade que você mesmo faz as armaduras do homem de ferro? ─── Ela indagou com os olhos brilhando.
─── Docinho, Eu sou o homem de ferro.─── Ele respondeu caçando pela cozinha dois copos para colocar leite.
─── Meu pai é o homem de ferro? ─── Ela indagou mais para si do quê para Tony.
─── Sim, agora você pode se gabar para todos que conhece.─── Ele achou dois copos e colocou em cima da mesa em seguida os enchendo com leite.
─── Mamãe acha feio se gabar.─── Ela disse pegando um dos copos.
─── Sua mãe virou uma ranzinza.─── Ele brincou com ela e virou o copo de leite.─── Mais um rodada, senhorita?
─── Por favor.─── Ela limpou com a mão o resto de leite que ficou no canto de sua boca.
─── Filha? Está com a Patty? ─── Sn vinha distraidamente até a cozinha. Mas, ela parou no meio do caminho quando viu Tony, o mesmo acenou sorrindo para ela.─── Como você entrou? ─── Ela conseguiu dizer depois de alguns segundos.
─── Pela porta.─── Ele sorriu.
─── A senhora Patty o deixou entrar.─── Respondeu a menina com a boca cheia.
─── Você. No meu quarto. Agora.─── Ela apontou para Tony com raiva.
─── Hum, mal conversamos e você já quer me levar para o quarto? Eu não te reconheço mais.─── Ele largou o copo em cima da mesa e acenou para a menina enquanto seguia Sn.
A mulher o levou até o quarto onde ela trabalhava antes. O lugar estava cheio de papéis jogados, na maior parte deles letras de músicas, outros estavam ameaçados perto da lixeira, provavelmente ela tentou joga-las no lixo de longe e acabou errando ─── Feio ─── alguns instrumentos estavam jogados pelo quarto, algumas caixas de som e até uma barra do tipo que as bailarinas usam estava em um canto.
─── O quê faz na minha casa, Tony? ─── Ela indagou fechando a porta depois que ele entrou.
─── Não posso visitar a mãe da minha filha e a minha filha? Que eu saiba está na lei. ─── Ele disse olhando ao redor do quarto.
─── Desde quando se importa comigo ou com Ela? ───A mulher indagou.
─── Desde o dia em que eu descobri da existência dela, O que foi à uma semana atrás, eu me preocupo com ela. E desde que nos conhecemos eu me preocupo com você.
─── Não ao ponto de me largar e voltar para a Pepper.
─── Estou tentando criar um clima e me declarar pra você, será que você pode colocaborar? ─── Ele indagou caminhando ao lado dos instrumentos dela.
─── Não sei. Se eu colaborar você vai embora? ─── Ela rebateu.
─── Depende, você me deixará voltar? ─── Ele indagou mexendo em alguns dos papéis dela. ─── Sabia que é bom fazer uma limpeza de vez em quando?
─── Você já limpou a oficina?
─── Sempre com a língua afiada.─── Ele parou de andar quando leu o título de uma das músicas que ela escreveu, ele poderia jurar que o nome dele estava na margem da Folha, como se ela estivesse pensando nele quando escreveu.
Tony pegou a folha nas mãos e começou a ler para si.
Eu continuo caindo
I keep on fallin'
Apaixonado e desapaixonado
In and out of love
Com você
With you
Às vezes eu te amo
Sometimes I love ya
Às vezes você me deixa triste
Sometimes you make me blue
Às vezes me sinto bem
Sometimes I feel good
Às vezes me sinto usado
At times I feel used
Amando você querido
Lovin' you darlin'
Me deixa tão confuso
Makes me so confused
Ele sabia que a letra era sobre ele. Tony sabia que ela não havia superado tão bem quanto tinha dito à ele. Tony sabia que teria que se superar, teria que engolir o seu orgulho e ser para ela quem ele deveria ter sido desde o começo.
─── É uma letra tocante.─── Ele começou.
─── Que não era para você nem ninguém ler.─── Ela tomou a Folha de suas mãos e a dobrou guardando em seu bolso.
─── Eu estou aqui, Sn. Estou aqui para você e nossa filha. Passei muitos anos da vida dela longe e não pretendo continuar Assim, quero estar aqui para vocês duas.
─── Você vem aqui, aparece do nada faz que nós duas criemos expectativas e diz que quer ficar do nosso lado...
─── E estou sendo sincero sobre isso.
─── Nossa filha e eu não podemos ter mais uma decepção, Tony. Espero que esteja sendo sincero sobre isso, porque eu juro que se for mentira eu levo ela para outra país se necessário! ─── Ela disse alto se virando para ele.
Tony estava encostado na parede com os braços cruzados e um sorriso no rosto.
─── Por que diabos você está rindo?
─── Você disse nossa filha.─── Ele sorriu.
─── Sim, eu disse.
─── Mamãe, Papai! ─── A menina gritou entrando no quarto.───Vamos ser uma família? ─── Ela indagou mais calma.
─── Nós já somos uma família.─── Ele sorriu se abaixando na altura dela.
─── Mas, se seu pai pisar na bola ele estará morto.─── A mulher disse sorrindo enquanto acariciava o rosto da menina.
─── Pare de dizer essas coisas pra ela.─── Tony disse puxando a menina para seu colo.
─── É a verdade. ─── Sn disse irredutível.
─── Agora, querida. Você vai ser a menina mais rica do mundo, o que quer comprar primeiro.─── Ele indagou para a menina.
─── Um sundae gigante! ─── Ela disse jogando as mãos pra cima.
─── É eu preciso te ensinar como gastar dinheiro de verdade.─── Ele riu fazendo Sn revirar os olhos.
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