CAP. 11 | POLARÓIDES
— ESSE PARECE ser o lugar ideal.
Logan parou atrás de mim, seus olhos avaliando o local que eu escolhi. Eu estava louca para que ele concordasse logo e pudessemos nos instalar no lugar. Eu fui ridícula em supor que teria a resistência melhor do que a dele. Eu estava exausta depois de caminhar subindo e descendo, passando por cima de raízes e tentando me policiar para não cair. Logan pelo contrário estava ótimo. Parece que o homem nasceu para andar nesse tipo de terreno. Mesmo sendo mais velho, ele não parecia nada mal.
Eu tentei disfarçar, torcendo para que ele interpretasse o rubor do meu rosto como excitação e não qualquer sinal de cansaço, ou ele simplesmente não me deixaria em paz.
— Você tem certeza? – Perguntou, franzindo as sobrancelhas. – Aqui tem muitas pedras.
— Não deve ser um problema tão grande, acho que conseguimos estender a toalha ali e...
— Você é uma mentirosa terrível – Ele me interrompeu.
— Ah, tudo bem – Admiti. – Estou exausta e essa idéia foi péssima. Eu me mataria agora mesmo.
Logan me encarou por alguns instantes, a ruga entre as sobrancelhas e uma expressão rígida. Eu poderia dizer que ele estava muito perto de me repreender por ter insistido tanto para algo que eu mesma não aguentaria. No entanto, quando ele falou, seu tom era suave:
— Venha aqui, querida – Chamou para que eu me aproximasse. Ele já estava levando a cesta com coisas para um piquenique, mas assim que cheguei perto, Logan não hesitou em me puxar para cima.
Envolvi rapidamente as pernas envolta do quadril forte dele, um impulso assustado para não despencar no chão, mas eu não deveria me preocupar com isso. Logan nunca me derrubaria.
— Logan, suas costas – Falei quando ele recomeçou a caminhada, agora levando-me com ele.
— Estou bem – Respondeu. Os olhos castanhos pairaram sobre os meus por alguns instantes antes de ele desviar para a trilha novamente. – Esse não é seu elemento, hein?
— Posso desbravar um shopping na véspera de natal como ninguém, mas isso aqui... não, não mesmo – Soltei uma risada e apoiei minha cabeça contra o ombro dele, virando o rosto para acomodar na curva do pescoço.
— Imaginei – Ele observou, mas não acrescentou mais nada.
Quando alcançamos um local realmente agradável, ele me colocou no chão. Peguei a cesta e comecei a preparar o local de piquenique. Era ao lado do lago com quedas d'água então poderíamos mergulhar mais tarde. Ele realmente sabia o que estava fazendo.
Ficamos algum tempo em silêncio enquanto eu aprontava tudo. Percebi que Logan estava aínda mais quieto do que de costume, mas ao mesmo tempo ele tinha uma expressão muito menos estoica e rabugenta. Ele estava sentado ali, observando a floresta, todo àquele verde e marrom. Seu charuto aceso pendendo no canto dos lábios e só. Além é claro da camisa de flanela que lhe dava uma perfeita aparência de lenhador sexy.
— Você gosta mesmo da natureza, né? – Perguntei depois que estava tudo pronto.
— Já falei, gosto do silêncio – Ele balançou levemente a cabeça. – Ar puro, tranquilo... sem pessoas.
— Sem pessoas? – Ergui uma sombrancelha. Ele desviou o olhar das árvores e me olhou. Eu estava sentada encima da toalha, esperando por ele.
Logan se levantou e caminhou pesado até estar ao meu lado onde se sentou na toalha também.
— Não estava falando de você – Disse. – Gosto de ter você por perto.
— Mesmo que eu nunca cale a boca? – Perguntei com um sorriso provocador. Eu sei que nunca prolongo o silêncio, sei que falo demais também.
— Isso não é um problema agora que sei como fazer você ficar quieta – Ele devolveu com uma levantada na sobrancelha.
— Seu velho pervertido – Falei forçando um tom ofendido e ele riu. Ele riu mesmo, de um jeito que não era falso ou sarcástico. Tenho conseguido alguns desses ultimamente. Acho que fazer alguém sorrir nunca me fez tão bem antes.
Comemos e eu bebi vinho. Logan preferiu cerveja. Era fim de tarde e conseguíamos ter uma boa visão do sol poente através das copas das árvores. Tirei uma máquina fotográfica de polaróides da cesta e antes que Logan tivesse se dado conta, eu havia tirado uma ótima foto dele.
— Onde diabos você arrumou isso? – Ele franziu as sobrancelhas encarando a máquina.
— Eu comprei na Amazon – Respondi com um sorriso. Ergui a máquina novamente virada para ele. – Sorria!
Ele não sorriu, mas eu já esperava por isso. Quando a foto saiu e lentamente a imagem de um Logan de casa fechada surgiu, outro sorriso se abriu nos meus lábios.
— Por que trouxe essa coisa?
— Para registrar momentos – Dei de ombros.
— Achei que a câmera do seu celular fosse para coisas assim.
— Você sabe que eu curto coisas vintages – Pisquei para ele e recebi um revirar de olhos de volta.
Aínda estava abafado, então era quente o bastante para um mergulho. Quando propus que fôssemos para a água ele reclamou, claro, me lembrando de que ele não tinha nada preparado para essa viagem.
— Sou uma pessoa muito empática, sabia? – Perguntei, ficando de pé e começando a me livrar das minhas roupas.
— O que você quer dizer? – Perguntou, mas apesar da confusão evidente na voz, o rosto dele estava com outra expressão. Os olhos escuros devorando cada pedaço de pele que era exposto conforme eu tirava peça por peça.
— Que vou fazer companhia para você no time dos sem camisa – Pisquei com um dos olhos e terminei de me livrar das roupas que vestía.
Logan continuou parado me observando por alguns instantes. Eu posso ver as engrenagens de seu cérebro trabalhando enquanto ele busca uma alternativa que não fosse ser nadar pelado.
— Por favor, Logan – Fiz um biquinho. – Não me faça implorar, mas se eu precisar...
— Certo, tudo bem – Ele topou. Com um revirar de olhos, Logan começou a se livrar de suas roupas também.
Ele me seguiu até a água que estava em uma temperatura bem gelada. Assim que entrei meu corpo inteiro se arrepiou e senti um frio até os ossos. Por sorte Logan veio logo atrás e seu corpo parecia tão quente quanto uma fornalha. Eu me debrucei contra o peito dele e fechei os olhos para relaxar um pouco enquanto ele me envolvia com seus braços e me puxava para mais perto.
— Tudo bem aí, chará?
Ele perguntou seu tom suave, me fazendo rir.
— Acho adorável quando me chama assim – Comentei.
— Já me chamaram de muitas coisas, mas "adorável" nunca esteve nem perto.
Eu dei de ombros. Não duvido que ele esteja falando a verdade. Logan pode ser muito intimidador quando quer e pelo que vi dele até hoje, afastar as pessoas com uma atitude fria e rude é sua estratégia para tudo.
— Você poderia ser mais adorável com as outras pessoas também – Comentei distraídamente.
— Não, obrigada – Ele bufou.
— Eu só estou dizendo que você poderia ser mais gentil de vez em quando – Continuei, mesmo que ele não desse a mínima. – Aposto que as pessoas veriam você de uma forma totalmente diferente.
— Não me importo com como as pessoas me vêem.
Eu suspirei, ele estava na defensiva. Em até certo ponto sua atitude é legal, mas não quando ser rude com as outras pessoas é sua forma de comportamento. Eu me virei nos braços dele, batendo levemente os pés para flutuar na água.
— Não estou criticando você, Logan – Envolvi meus braços envolta do pescoço dele e acariciei os cabelos macios com meus dedos molhados.
— Ótimo, podemos parar de falar sobre isso então.
— Você está sendo um cabeça-dura – Digo, me esforçando para manter um tom leve. Eu não queria que ele levasse todas as coisas tão a sério como sempre faz, e o fato de ele nunca relaxar totalmente está começando a me deixar estressada.
— Não estou não.
— Esta sim – Afirmei.
— Você é quem quer que eu me torne outra pessoa – Ele resmungou, evitando me olhar.
Soltei outro suspiro. Ele entendeu totalmente errado. Começo a me preocupar de que talvez eu tenha ferido os sentimentos dele. Eu sei que ele gosta de fingir que não, mas Logan tem um coração.
— Não quero que você se torne outra pessoa – Empurrei um pouco sua nuca para que ele olhasse para mim. – E... se quer saber, tudo bem se você não for doce ou gentil com mais ninguém além de mim. Eu gosto de ser a única com quem você age assim.
Seus olhos suavizaram quando ele finalmente me olhou. Ele não estava sorrindo realmente, mas havia um pequeno rastro no canto dos lábios e isso me fez querer beijá-lo. Porém, fiz o oposto. Eu me soltei dele e o observei me olhar de maneira desconfiada enquanto me afastava dele na água. Agora que meu corpo já havia se adaptado com a temperatura, não era mais um problema ficar longe dele.
— O que você está fazendo? – Ele perguntou.
— Vamos nos divertir um pouco – Falei, sorrindo. – Veja se consegue me pegar.
Mergulhei antes que ele pensasse direito. Em poucos instantes já estava nadando para longe dele. O lago não é tão profundo assim, mas o suficiente para ser seguro o mergulho sem risco de bater a cabeça em alguma rocha e morrer.
Senti algo agarrar minha perna e arregalei os olhos embaixo d'água. Ele me puxou com uma força tremenda de volta para ele. Emergi ofegante, afastando os cabelos para longe do rosto e engasgando com um pouco de água.
— Porra, você é rápido! – Exclamei, virando para ele. Logan estava tão encharcado quanto eu. Os cabelos molhados penteados para trás eram um charme.
— Sou um bom nadador – Deu de ombros.
— Tem alguma coisa que você não sabe fazer bem? – Perguntei, ao mesmo tempo irritada e impressionada. Ele é lindo, alto e forte. Ele cozinha bem, tem todas as habilidades braçais socialmente exigidas para um homem. Ele tem um pau enorme e fode muito bem. Como ele está solteiro?
Ok, talvez eu não devesse ter deixado meus pensamentos irem por esse caminho. Agora eu estou pensando na razão pela qual Logan não tem ninguém. Talvez ele apenas não queira, mas e se ele tiver um defeito tão horrível que nenhuma mulher aguentou? Ou se ele simplesmente nunca quis estar com alguém realmente e colocou todas para fora de sua vida depois de algumas sessões de sexo?
Afastei esses pensamentos o mais rápido possível. Não é hora e nem lugar para pensar nisso agora. Além do mais, esse nem é o tipo de relacionamento que estou procurando agora. Não devo me importar com isso porque eu e Logan somos apenas casuais. É só sexo.
Talvez eu devesse repetir isto como algum tipo de mantra. Quem sabe isso finalmente entre na minha cabeça estúpida.
Me forcei a retornar para o momento. Mergulhamos mais algumas vezes. Isso era uma brincadeira divertida. Logan me encurralou como um tubarão entre as pedras em vários momentos. Ele realmente nada muito bem. Sempre que me pegava, seus lábios me devoravam por minutos afins. Beijos longos, mãos pesadas pelo meu corpo, me puxando contra ele. Não precisou de muito tempo para que meu clitóris estivesse dolorido.
— Logan... – Eu gemi, um pouco carente demais quando seus dedos puxaram mais cabelos e provocando arrepios por toda a minha espinha.
— Eu sei, querida – Ele murmurou, me virando de costas para seu peito. Uma das mãos enormes dele serpenteou pelo meu corpo, descendo pela minha barriga até estar entre minhas pernas. Ele provocou meu clitóris e empurrou os lábios alcançando minha entrada escorregadia. – Não se preocupe, boneca, vou dar o que você está implorando.
Eu não sabia exatamente com quem ele estava falando agora, se era comigo ou com minha boceta, porém a forma como ele a acariciou depois sugeria com quase total clareza de que era com ela. Logan puxou meus quadris para cima e afastou minha perna, eu consegui apoia-lá em uma pedra. Seu pau estava mais do que pronto para mim, tão grosso e aparentemente dolorido que quando ele arrastou ao longo da minha vagina pude sentir as veias pulsando de excitação.
Logan inclinou a cabeça para frente, pousando seu rosto na curva do meu pescoço. Ele cravou seus dentes ali enquanto empurrava centímetro por centímetro do cumprimento longo de seu pau dentro de mim. Fechei os olhos, permitindo que o som luxurioso saísse por entre meus lábios abertos de prazer. Joguei um dos braços para trás e agarrei seu cabelo espesso, puxando-o com força e fazendo com que ele rosnasse contra minha pele.
A outra mão dele agarrou um dos meus seios, ele o massageou com uma força quase bruta, apertando e puxando o mamilo ao ponto de provocar algumas pontadas de dor. Mas isso foi bom. Me vi choramingando, implorando que ele não parasse, cobrindo sua mão com a minha para que não houvesse quaisquer risco de ele soltar.
Ele seguiu com o ritmo punitivo, me fodendo com tanta força que meus qudris poderiam doer por dias após isso. Seus lábios saíram do meu pescoço e ele começou a distribuir beijos pela minha pele. Logan parou por um segundo, ignorando todos os meus protestos e saiu de dentro de mim, ele me virou muito rapidamente, me levantando até que eu envolvi minhas pernas na cintura dele.
— Olhando nos meus olhos – Disse de forma breve, mas eu entendi exatamente o que ele queria, era uma ordem.
Só não é tão fácil assim de cumprir. Me esforcei para manter os olhos abertos, encarando-o como ele queria, sustentando seu olhar, mas é difícil. A pressão na parte inferior do meio ventre aumentou muito conforme ele batia cada vez mais forte.
Quando consegui olhar para ele, a visão foi simplesmente o suficiente para me fazer gozar. Ele estava selvagem, as veias saltadas por todo o corpo, seus músculos apreciam ainda maiores e os sons dele... ele não estava se contendo de forma alguma.
Logan me segurou para que eu não caísse quando fiquei sem forças. Envolvi meus braços com mais firmeza envolta dos ombros dele e afundei meu rosto no pescoço dele. Ele continuou até que finalmente gozou fundo dentro de mim.
O lugar voltou a ser preenchido apenas pelo som de água caindo. Minha respiração normalizou depois de um tempo, a dele também se acalmou lentamente. Logan decidiu que era hora de sairmos da água, ele me levou no colo até nossa toalha de piquenique espalhada na grama e me colocou deitada nela.
— Meu corpo parece gelatina – Falei com uma risada.
— Peguei muito pesado com você? – Perguntou usando aquele mesmo tom doce que usou na água.
Balancei a cabeça negativamente.
— Relaxa, eu aguento – Afirmei com uma risada. É engraçado que ele se preocupe com isso agora.
Voltamos para o silêncio confortável que tivemos por vários momentos. Avistei minha câmera pousada suavemente na grama ao lado e a peguei, entregando para Logan. Ele ergueu uma sobrancelha.
— Não quer nenhuma recordação? – Perguntei.
— Que tipo de velho nojento eu seria tirando fotos de uma jovem garota nua? – Ele perguntou, mas Logan não me devolveu a câmera e sua expressão sugeria que ele estava gostando da idéia.
— Do tipo que guarda as fotos na carteira e se masturba durante o expediente – Zombei. Ele riu, com certeza já acostumado com minhas falas absurdas.
— Você disse isso mesmo – Ele balançou a cabeça.
— Eu disse, gosto de ficar tão surpresa com o que sai da minha boca quanto você – Ao terminar de falar, me movi encima da toalha até estar deitada em uma nova posição, dessa vez um pouco mais sexy e olhando para ele. – agora tire logo a droga da foto.
E Logan tirou. Na verdade ele é um fotógrafo muito bom. As polaróides ficaram ótimas. Ele conseguiu deixar algo que poderia ser vulgar em uma imagem sexy e até doce.
— As fotos ficaram ótimas – Comentei depois que eu havia me vestido novamente e ele também. – Que talentoso.
— Eu só apertei um botão – Deu de ombros. Ele fez uma pausa e então resmungou: – Agora você se vê como eu a vejo.
— Nua? – Perguntei com uma sobrancelha erguida. Ele grunhiu, me fazendo rir.
— Não – Negou. – Uma garota linda. Olhe as fotos... você brilha, Kloe. É tão cheia de vida e jovem. Alguém que merece muito mais.
— Eu gosto do que tenho – Falei, segurando a câmera e a movendo de uma mão entre a outra. – E claro que poderia ter mais, mas isso não é um problema agora.
Ergui a câmera e o fotografei também. Diferente das anteriores que eu havia tirado dele mais cedo, nesta ele não estava com cara fechada ou algo assim. Era o oposto. Ele parecia vulnerável.
— Você disse que não se importa com como vêem você, mas é assim que eu o vejo – Entregue a foto em suas mãos. Os olhos dele se fixaram na imagem. – Um homem doce, que também merece muito mais, mas não acredita nisso. Alguém que está cansado, mas continua cuidando de tudo sem deixar que cuidem dele, por não achar que merece. Mas é por isso que estamos neste lugar, porque ninguém merece mais do que este cara.
Logan manteve seu olhar na imagem o tempo todo enquanto eu falava. Talvez tentando enxergar este homem que eu tanto falava, ou só não quisesse olhar para mim. Peguei a foto de suas mãos e ele se viu obrigado a olhar.
— Vou guardar isso – Falei. – É minha favorita agora.
Ele não falou mais nada, mas ele não precisava. Seus olhos me acompanharam enquanto eu guardava a foto e terminava de arrumar as coisas para irmos embora. Quando estava tudo pronto, fizemos o caminho de volta pela trilha que era mais fácil do que na ida, pois não haviam tantas escaladas.
O CÉU ESTAVA completamente escuro quando chegamos na cabana.
— Vou tomar um banho – Avisei, passando por ele. Logan resmungou algo em concordância e eu aceitei suas palavras resumidas, porque é o jeito dele afinal.
Durante o banho, pensei em preparar algo para o jantar já que Logan tem sido tão prestativo. Eu não sou a melhor do mundo na cozinha, na verdade não é exatamente bom, mas eu sei o suficiente para ninguém morrer de fome.
Quando sai do banheiro com a toalha envolta do corpo e usando outra para secar o cabelo, estranhei a casa estar tão silenciosa. Um brilho alaranjado suave vinha da sala e caminhando até a porta do quarto vi que a lareira estava acessa. Além da lareira, haviam velas espalhadas pelo cômodo, flores silvestres que eu nem percebi que tinham lá fora, mas agora estavam posicionadas lindamente pela sala e uma garrafa de vinho aberta.
— Logan? – Chamei. Ele entrou pela porta trazendo mais lenha. – O que significa tudo isso?
Ele deixou os pedaços de madeira ao lado da lareira e se voltou para mim, suas mãos na cintura e sua postura parecendo um pouco tímida demais para alguem que costuma ser firme como uma montanha.
— Eu sei que não aceito as coisas muito bem – Ele começou. – Mas... é assim que demonstro que também quero mais.
Meus ombros caíram levemente quando me senti tão emocionada com as palavras dele e um sorriso sincero se espalhou pelos meus lábios. Estendi uma mão em sua direção, pegando na dele e apertando levemente. Eu sei que ele não quer mais conversar sobre isso, carga emocional demais num curto período de tempo para alguém que reprimiu suas emoções por provavelmente sua vida inteira, então eu só me aproximei o suficiente para beijar seu rosto.
— Você pode me servir uma taça de vinho enquanto preparo o nosso jantar? – Perguntei. Ele parecia um pouco tenso, talvez por não saber o que eu estava prestes a dizer, mas seu corpo relaxou imediatamente.
— Pode deixar, chará – Ele levou minha mão que ainda estava na dele até os lábios e beijou o dorso. – Estou curioso sobre sua comida.
— Você vai ficar surpreso – Pisquei para ele.
Eu sabia que ele não ficaria. Não sou boa cozinheira.
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