𝐈𝐈.𝐻𝑜𝑔𝑤𝑎𝑟𝑡𝑠 𝐸𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠
A FAMÍLIA WEASLEY e Harry e Hermione, claro, estavam de pé bem cedo para por os malões e gaiolas nos carros do Mininstério que foram enviados para o transporte da família (e agregados) para a Estação King's Cross, onde pegariam o Expresso Hogwarts para então chegarem na Escola de Magia e Bruxaria.
Claro que, o Sr. Weasley dizia que era apenas um favor de seus superiores pois ele não tinha mais um carro (agora era um brinquedo do Salgueiro Lutador), mas todos, até Harry, sabiam que era por ele e Sirius Black. Era perigoso que o menino saísse por aí, desprotegido, com um louco varrido fugitivo de Askaban atrás dele.
— Bom dia, Roniquinho! — Fred cumprimentou Ron, com a cabeça para dentro do buraco da porta do quarto em que Ron e Percy estavam hospedados.
— Parabéns por ter irritado o Tremendo Chefão hoje! — George continuou o irmão, e os dois desceram as escadas.
O Sr. Weasley lia o jornal da manhã tranquilamente sentado em uma cadeira bamba enquanto Ginny, Hermione e a Sra. Weasley riam juntas.
Mal sabia Fred que aquele era o momento mais tranquilo do dia que ele teria, porque antes que ele pudesse terminar de comer seu pudim de chocolate, os carros do Ministério chegaram e foi o mais puro caos enfiar trinta gaiolas e duzentos malões nos dois carros pequenos do Ministério.
No carro foram: a Sra Weasley na frente, Fred e Jorge nas duas pontas e Ginny no meio, que descansava a cabeça no ombro de um dos irmãos. A viagem fora tranquila, e chegaram na Estação uns minutos antes, fazendo que o transporte de malas até a Plataforma fosse bem mais tranquilo do que em cima da hora.
Primeiro seu pai e Harry atravessaram, depois Ginny e Percy, que correra para sua namoradinha assim que a viu. Fred ainda não acreditava como alguma menina com todas as faculdades mentais em pleno funcionamento gostaria de namorar Percy, aquele idiota.
Quando Fred e George atravessaram, o trem já dava indícios que estaria saindo, já que a fumaça que saía do trem já havia começado a invadir a plataforma.
Depois de se despedir, Fred e George caminharam até o Expresso, sempre indo no mesmo vagão de sempre, e no mesmo que a menina loira havia entrado. Puseram as malas no bagageiro e começaram a andar pelo trem.
Fred estava vagando por seus pensamentos, vezes se pegava pensando na menina do Caldeirão Furado, aquela que já estava acompanhada de Malfoy. Ela realmente era muito bonita, por mais que estivesse com Malfoy e isso a tornava uma idiota. Talvez ele a reencontrasse, mesmo que na Sonserina. Já havia ficado com algumas sonserinas mesmo, que mal faria mais uma?
— Vem, Fred! Achei a Angelina! — George mais uma vez o tirou de seus pensamentos, que hoje estavam mais avoados que o normal.
Os dois meninos entraram no vagão apertado, onde uma menina negra com tranças abria uma mala para pegar algo e uma outra menina (branca como a neve, com cabelos igualmente claros e olhos muito azuis) e um chapéu bem grande bebia água em uma garrafa roxa.
— E aí, Angie! — Fred chegou bem perto do ouvido dela e falou alto, fazendo a menina quase pular de susto.
— Que susto, seu desgraçado! Da próxima eu mato você antes de chegarmos em Hogwarts, e jogo seu corpo pela janela. — ela ameaça, se sentando de novo em seu banco, abrindo espaço para George (pelo que ela achava que era) se sentar. — Lee foi no vagão do lado falar com uma tal de Marie, não sei. Ele vai levar um fora, já deve estar voltando.
— Ciúmes, Angie? — George perguntou, dessa vez, a menina revirou os olhos.
— Ah, me poupe, George! Era só o que me faltava, ter ciúmes de um de vocês três! — a menina exclamou irritada.
— Oi gente... — Lee suspirou cansado ao entrar na cabine meio desanimado, se sentando espremido entre George e Angelina. — Ela namora.
— Claro, eu sabia! Inclusive é um menino lindinho da Corvinal. — Jade exclamou, pegando um feijãozinho (morango) da mão de Fred.
🌞
O Expresso de Hogwarts rodava numa velocidade constante para o norte, mas a paisagem na janela se tornava cada vez mais escura e as nuvens no céu estavam cada vez mais pretas e carregadas. Mas a chuva mesmo só caira mais tarde, pelas quatro da tarde, e fora uma chuva grossa. Uma tempestade caia do céu, as janelas estavas cinzas e as luzes do corredor apagaram. Mas o pior foi quando perceberam que o trem começara a perder velocidade e a tempestade parecia ter aumentado.
O trem parou completamente com um tranco, e baques e pancadas deduravam as malas caindo dos bagageiros, por fim todas as luzes se apagaram. Tudo estava muito escuro e frio, e as janelas estavam embaçadas demais para que se pudesse ver ou entrar alguma luz direta.
— O que aconteceu? — Lee perguntou, como se alguém ali não estivesse se perguntando a mesma coisa.
— Será que são os Dementadores de Askaban? — Jade perguntou inocentemente, tentando olhar pelo vidro da porta da cabine.
— Não tem necessidade de entrar em pânico, daqui umas horas estaremos em Hogwarts de novo, eu acho... — George começou a falar, sendo seguido pelo seu irmão.
— Ou seremos comida de Dementador, olha que divertido! — Fred terminou, meio irônico, meio tenso. — Mas se eu for morrer, quero saber pelo menos por que. Já volto!
Se recusando a ouvir os protestos de Angelina, o ruivo abriu a porta, se aventurando pelo corredor escuro.
— AI! Caramba, olha por onde anda! — um gemido de dor fez Fred parar de andar, ele tinha pisado em alguma coisa, e era um gemido feminino. O menino pegou sua varinha e murmurou um "lumos" para iluminar ao menos o rosto da pessoa, vendo a mesma menina loira do Caldeirão Furado. — Desculpa, eu não te vi...
— É, nem eu e nem ninguém. — o menino responde meio nervoso, forçando uma piada. Dessa vez ele tinha ainda menos como ver o rosto dela direito, memorizar todos os detalhes que podia. Seus olhos eram de um tom bonito de verde, e seu cabelo loiro preso em um rabo de cavalo estava lindo. — Precisa de uma ajuda? Eu posso não ver no escuro, mas eu conheço esse trem.
— Na verdade, eu sou nova nessa escola. Eu nunca andei nesse negócio, fui no banheiro e quando voltei a luz havia apagado, então me considere perdida. — Arya riu, percebendo o clima estranho que a conversa ficou. Seria legal ter uma ajuda, e um pouco de amizades não era nada mal.
— Então... ainda não sabe sua casa? — ele puxou assunto, enquanto voltavam para sua cabine. — Espero que caia na Grifinória, seria legal ter uma menina bonita mais perto.
— Então acha que eu sou do tipo "fácil"? — Arya perguntou soando ofendida (como uma ironia), cruzando os braços, mas entendeu o que o menino queria dizer com "acessível".
— Não! Desculpa, não foi isso que eu que...— Fred se enrolou nas palavras como se nunca tivesse falado com uma menina antes, mesmo que ele se considerasse bastante confiante principalmente com as gatotas.
— Calma, eu entendi o que você disse... — Arya respondeu com uma risadinha sem graça.
— Quer ir até a minha cabine comigo? Sabe, para você não ficar sozinha e tal... e olha, você ainda faz algumas amizades, eu acho um bom negócio.
— Eu estava lá na frente com um... Ah, por mim tudo bem! — a menina disse para o ruivo, o seguindo até sua cabine, não muito longe.
Pelo vidro da porta da cabine, Arya mal podia ver, mas notava uma menina branca como vampira — e mal sabia ela que Jade era mesmo descendente de vampiros — e uma menina com tranças bem longas, ela parecia irritada, mas em uma viagem de 8 horas em uma maria-fumaça, todo mundo estava.
Havia também dois meninos: um era o gêmeo do bar do Beco Diagonal, era bem óbvio que ele estaria ali. E um outro menino, mais baixinho, quase engasgando de tanto rir.
— Bom gente, essa é a Arya ... esses são Lee, George, Angelina e Jade. — Fred apresenta o grupo, enquanto Arya sorria tímida. A loira notava, de canto de olho, que a menina de tranças a olhava estranho, e Fred também havia notado.
"O que eu to fazendo aqui, meu deus?" — ela pensava, mas não transpareceria, apenas sorria constrangida.
— Oi gente... tudo bem? — a loira suspirou, vendo o clima tenso se instalando quando ela chegou.
— Oi. — Lee e George disseram em coro, enquanto Angelina não deu mais do que un sorriso amarelo e Jade um aceno de mão.
— Seja bem-vinda à nossa cabine! Senta! Angie, vai mais pro lado... — Arya se sentou entre Fred e Angelina, com relutância da última.
— Então, você veio de que escola? Fred contou que te viu no Beco Diagonal mas que você- Ai! — Lee perguntou chupando um dedo cheio de chocolate dos sapinhos, e levou uma cotovelada de George. — Doeu...
— Eu vim de Durmstrang, sou meio nova aqui. — a loira respondeu, tentando ser o mais simpática possível. — É legal aqui, confesso que os britânicos me impressionam a cada momento.
— Durmstrang? Parece ser legal lá. Minha prima era de lá. — Jade comenta meio avoada, como ela sempre parecia estar, no mundo da Lua. — Ela sofreu um acidente e morreu em uma explosão em um laboratório.
— Durmstrang? Legal? Nem um pouco, era como o inferno, mas com muito mais gelo. oii yt
— E você tem mais ou menos alguma ideia de que casa você vai cair? — perguntou George, se manifestando pela primeira vez.
— Ah, eu não sei... provavelmente eu vá para a Sonserina. — Angelina, que estava ao seu lado, murmurou um "uh, claro". — Mas eu realmente gosto da Grifinória, era pra onde eu queria ir. Não sei se eu gosto da ideia de um monte de filhos de comensais da morte me julgando de cima a baixo.
— Sabe que você pode manipular o chapéu, né? — Lee comenta, como se fosse óbvio.
— Na verdade, não. A minha mãe é doida para que eu caia na Sonserina, mas pelo que eu ouvi eu odiaria aquele lugar.
— É um lugar que os sangues-puros costumam se dar bem. — Angelina comenta amargamente, de novo.
— Então eu sei que já não é pra mim. — a loira rebate, e Jade muda o assunto pelo amor de Merlin.
Era compreensível que a julgassem pelo seu sobrenome, até porque os Rosier não eram bem a família mais correta do mundo. De qualquer forma, a menina estava determinada a fazer todos mudarem de ideia sobre ela.
🌞
Até a chegada em Hogwarts, tudo fora muito tranquilo — embora o menino Harry Potter houvesse sofrido um acidente com dementadores, para ele nada foi tranquilo —, a viagem havia ido bem e mais nenhuma farpa fora trocada com Angelina, o que deixava o grupo mais tranquilo, porque realmente haviam gostado de Arya.
O castelo era magnífico, diferente de tudo que Arya já havia visto na vida. Deixava Durmstrang anos-luz atrás. Parecia um castelo da era medieval, era maravilhoso.
Embora Arya deveria contar como ponto fraco as grandes escadarias, e se achava que a escada dos Malfoy era exaustiva, a de Hogwarts era interminável.
Arianna seguiu com o grupo de sua idade, onde ela entraria, até um grande salão, cujo teto era uma projeção de um céu de noite estrelada lindo com um lustre enorme de ouro iluminando o enorme salão. Haviam quatro enormes mesas com bancos de pique-nique, e em cima de cada uma havia sua respectiva bandeira da casa que correspondia aos alunos sentados. No fundo havia uma espécie de palco, onde haviam algumas cadeiras e os professores — Arya supôs — estavam sentados.
— Senhorita Rosier? — a loira sentiu uma mão em seu ombro enquanto estava entrando no salão junto do resto dos alunos de sua idade. Ao se virar, deu de cara com uma mulher mais velha que usava um grande chapéu pontiagudo. — Sou Minerva McGonagall, vice-diretora, professora de Transfiguração e responsável pela casa Grifinória, peço que me siga, por favor.
Arya nem piscou, apenas seguiu a mulher qie abria espaço pela multidão de alunos que entrava no Grande Salão. A menina foi guiada até uma sala, que pela quantidade de degraus que a loira teve de subir, presumiu que estava no segundo andar.
— Senhorita, foi transferida da Instituição de Drumstrang, correto? — Arya afirmou, achou melhor não lembrá-la de que foi expulsa. — Certo... acredito que tenho que te explicar mais ou menos como funciona nossa escola. Temos quatro casas: Sonserina, Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal. Você é sorteada para cada uma dessas casas por meio de um chápeu, que analisa sua personalidade e vê onde você mais se encaixa.
Daí a professora McGonagall começou uma grande explicação sobre o funcionamento da escola, que Arya pacientemente ouviu.
— Agora vamos! Acredito que o Diretor Dumbledore já deve estar no final de seu discurso de boas-vindas aos calouros, mas nada que eu já não tenha explicado antes. — a mulher falava delicadamente, tinha uma certa postura, e guiava Arya pelos confusos corredores de Hogwarts.
— E agora sim, podemos iniciar nossa cerimônia de seleção de casas! — o diretor, um velhinho bem alto e com uma barba maior que a menina, vestia um chapéu bem pontiagudo e segurava um outro, velho e remendado. — Gostaria primeiro, antes da cerimônia dos primeiranistas, de chamar a intercambista Arianna Rosier para a seleção.
Ao ouvir seu nome dito, um tanto bem alto, Arya tremeu, talvez ela ainda não estivesse acostumada em subir em um palanque em frente a umas 400 pessoas e um chapéu velho dizer para que mesa ir. Mas tudo bem, ela teria de fazer isso, então era melhor que fizesse direito.
A loira andou todo o salão, passando pelas mesas e sentindo os olhares queimarem sobre a pele dela, era uma situação muito desconfortável, de fato. Se sentia no videoclipe de "Circus" da Britney Spears.
Arya se sentou no banquinho de três pernas e posicionou o chapéu em sua cabeça, era uma sensação muito estranha.
— Você não é daqui, em parte. É velha demais para ser uma primeiranista. — o chapéu começou a falar, e Arya não conseguiu evitar um "valeu pela parte que me toca!" de sair de sua boca. — Entretanto, você parece gostar daqui. E sem dúvida você quer contrariar a opnião de todo mundo sobre você. Sim, você é determinada, esperta e tem muita ambição. Porém não posso negar seu lado corajoso e impulsivo. Mas, a sua família não gostaria nada que eu te pusesse na Grifinória, hum?!
O chapéu ficou um tempo considerável analisando-a. E ela sentia suas mãos suarem, suas pernas tremerem e seu folêgo ficava menor a cada hora. Seus olhos esbarraram na mesa da Grifinória, a casa do famoso Harry Potter. Além disso, de onde a maioria de seus novos amigos eram.
Porém, seus olhos também pararam na mesa de uma casa verde, a Sonserina. Draco Malfoy e seu cabelo ridículamente loiro nem era o que mais a incomodava, mas sim o de sua irmã. Bianca a olhava com tanta esperança. Esperança de que ela fizesse o certo e fosse para Sonserina, que ela não deixasse sua besteira de "traidor de sangue" a impedir de ficar junto de sua irmã. Os olhos dela brilhavam para Arya, e os da loira estavam opacos.
— EMPATA CHAPÉU! — um menino do fundo do salão gritou, e isso desencadeou uma multidão de gritos e aplausos.
— Eu não consigo ver uma chance de isso ser bom... — Arya murmurou para si mesma. O chapéu, embora ela não visse, fazia uma careta, era muito orgulhoso para admitir que estava em uma eterna dúvida entre Sonserina e Grifinória.
— Que se dane... Grifinória! — o chapéu berrou, igual ao que ele fari com todos os próximos primeiranistas. Da mesa da Grifinória, conseguia ver uma multidão de ruivos, mas duas torres de cabelo vermelho a chamaram atenção. Ela se dirigiu à mesa da casa vermelha com um sorriso, então suas rezas deram certo.
Porém, do outro lado do salão, ela conseguia sentir a decepção de Bianca ao ver a irmã comemorando com os outros que ela desprezava. Era isso, decepcionante. E isso era a última coisa que Arya queria que a irmãzinha pensasse dela.
— Sabia que você iria vir para a Grifinória! Eu vi! — Lee comemorou a abraçando de lado, Arya ainda estava um pouco perdida sobre tudo que havia acontecido nos últimos dez minutos.
Arya analisou o ambiente a sua volta. Ao seu lado estava Lee Jordan e mais para o lado George e Fred. Na sua frente sentava o famoso Harry Potter, o menino da cicatriz e óculos redondos, ao lado de um menino mais ruivo que os gêmeos e uma menina de cabelos cacheados e volumosos. Mas, se ela olhasse bem, conseguia ver mais uns 3 ruivos, todos eles com a mesma cara de simpático.
— Me sinto mal por ser da grifinória e não ser ruiva. — ela comenta distraída, mas os Weasleys pareciam ter notado.
— É uma família grande, você também se acostuma. — Harry Potter se dirige pela primeira vez a Arya, que dá uma risadinha.
— Você sabe quem é, não sabe? — Lee a pergunta, chamando sua atenção com uma cotovelada quando Harry já não prestava mais atenção. — Tipo, o menino que sobreviveu... na Alemanha não falavam disso?
— Ah, falavam sim! Na minha família, todo mundo odeia ele. Mas, eu acredito, que ele já sabe que eu conheço ele, e ele deve ouvir a mesma coisa mil vezes por dia. — Arya sussurra de volta durante o discurso de Dumbledore.
Mal sabia ela, que o menino que sobreviveu a ouvira, e ela ganhara muitos pontos com ele por pensar nisso. E talvez, o menino pensou, eles pudessem ser grandes amigos.
🌞
Mais tarde naquela noite, os alunos subiram cada um para seus dormitórios. E como ironia do destino, o de Arya era no topo de uma torre com mais trocentos lances de escadas — e pior, escadas que se mexiam! —.
Mas a Sala Comunal da Grifinória era um dos lugares mais aconchegantes que Arya já esteve na vida. A mansão dos Rosier era decorada com mármore branco e piso frio de porcelanato branco, parecia até a recepção de um manicômio.
"E não deixava de ser um." — Arya pensou lembrando de sua casa.
— Boa noite! Eu sou o monitor-chefe da Grifinória, Percy Weasley. Vou te acomodar em seu dormitório. — um menino, um pouco mais alto, extremamente ruivo e com sardas iguais a de seus irmãos, e com um óculos redondo de armação prata, disse a ela, quando pediu licença para conversar em particular, sem os gêmeos, Lee e Angelina — Violet já estava em seu dormitório na Lufa-Lufa—.
— Weasley? Tipo... Fred e George Weasley? — Arya pergunta curiosa, o menino finge coçar o cabelo, meio envergonhado.
— Eu prefiro que não me relacione a eles, por favor. — o monitor-chefe responde, baixo demais para que os irmãos possam ouvir, alto demais para que ela já o ache um grandessíssimo babaca.
Ele, entanto, havia continuado o tour normalmente, mostrando a sala de estar, regras de convívio, dormitório e as regras da escola, junto de seu horário de aulas. Comparada a Durmstrang, a escola de Hogwarts era extremamente liberal.
Afinal, o que era "não poder fazer barulho até as 22:00" perto de "toque de recolher as 20:00"?
O dormitório feminino parecia um chalé de uma cabana em alguma montanha bem fria. Eram de madeira práticamente todos os móveis, com excessão do dos banheiros. As camas tinham dosséis, como as camas dos contos de fadas, e cada cama acompanhava uma mesa de cabeceira com algumas gavetas para itens pessoais e um abajur, com uma cômoda em frente a cada cama.
Também foi explicado que alguns elfos domésticos que trabalhavam no castelo que arrumavam as camas, limpavam o quarto e o banheiro e traziam os malões do trem. Arya pensou em arrumar um emprego para Jispy em Hogwarts, eles não pareciam maltratar as pobres criaturinhas, e ela ainda poderia ver a elfa todos os dias. Jispy era um dos poucos pontos fracos de estar longe de casa, era sua melhor amiga e a conhecia mais do que Arya se conhecia.
As meninas de sua idade já haviam subido para o dormitório quando Percy terminou o tour
— Bom, por enquanto é isso. Os horários das refeicões estão escritos no verso do seu horário. E, Arya... tenta não entrar na onda do Fred e do George. Eles não se importam em ser alguém, mas tenho certeza que alguém com o seu sobrenome se importa com isso. — ele aconselhou, antes que a menina subisse as escadas.
— Pode deixar, Percy. — ela fingiu ler o distintivo dele, mas já sabia o nome dele. — Eu consigo julgar as pessoas que me fazem mal por mim mesma.
O menino torçeu o nariz, não esperava aquela resposta vinda dela. Mas alguma coisa em Arya acendia quando o próprio irmão deles não queria que soubessem que eram parentes. Pensava em como Bianca deve se sentir agora, o que todos seus amigos devem ter falado para ela quando Arya foi selecionada para a Grifinória, a maior concorrente dos sonserinos.
A menina subiu as escadas até seu dormitório, não sabendo nem se havia cama para ela, apenas refletindo em tudo o que aconteceu no expresso, na seleção de casas...
— Puxa vida, acho que não sobrou uma cama para você. — Angelina disse, quando Arya abriu a porta do quarto e se deparou com todas as camas ocupadas.
— Certeza? Porque eu vi uma ali. — a loira apontou para a cama ao lado da de Angelina, que deu um sorriso torto. Arya viu isso como uma chance, e se sentou na cama, que não era nada mau.
Angelina não era uma das pessoas mais receptivas do mundo, mas teria que lidar com ela se quisesse viver em paz naquela escola.
— Boa noite! — todas murmuraram após se arrumarem para dormir, desligando o abajur.
———
OII!! Sim, eu sei, esse ficou enorme
Eu juro que tentei editar e cortar um pouco, mas ficou assim, desculpem por isso
Estou tentando escrever numa média de 3000 palavras, as vezes mais (bem mais) as vezes menos, mas sempre assim.
beijoss!!!
❤️❤️
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