𝐈𝐈𝐈.𝑑𝑒𝑎𝑙!
DURMSTRANG ERA, sem dúvidas, muito diferente de Hogwarts. Não só pelo país e idioma, mas os costumes, os horários, as matérias... era quase tudo diferente do que ela estava acostumada.
Pra começar, ela se sentia diferente ali, como se ela não agisse da mesma forma que antes, involuntariamente. Por exemplo, Arya não se esforçava nenhum pouco para fazer amigos em sua escola antiga, já estava acostumada a não ter quase ninguém. Mas em Hogwarts era como se uma súbita vontade dela de ser mais sociável e simpática a atingisse em cheio toda vez que via alguém. Claro que já ter conhecido os dois maiores festeiros de Hogwarts (Tico e Teco ruivos) foi um fator pra isso.
A única que parecia não gostar dela era Angelina Johnson. E claro que agora ela era sua maior missão, seria a miss simpatia se precisasse.
Fora isso, ela adorava Hogwarts. Era tudo tão perfeito — menos a quantidade excessiva de escadas —, e harmônico, aconchegante. Parecia que realmente eles se importavam com você, e não enfiavam livros pela sua goela e faziam você acordar cedo e odiar trouxas.
Acordar as 6 da manhã só não era pior do que acordar as 4, como ela fazia em Durmstrang. Quando abriu os olhos pela primeira vez, viu a cama ao seu lado perfeitamente arrumada, e Angelina abrindo seu malão com uma toalha enrolada no cabelo.
— Acorda, Veela Adormecida! — Johnsson suspirou sorrindo ironicamente com o nome do conto de fadas bruxo.
— Bom dia também, florzinha. — Arya responde, num murmúrio cansado. A menina rotaciona na cama, se preparando para levantar. — Que horas são?
— São 06:28! — Katie Bell, um ano abaixo do de Arya, responde do banheiro, com uma escova de dentes na boca.
— Puta que pariu! — Arya de levanta bruscamente, sua pressão cai mais rápido que sua vontade de estudar. Ela abre seu malão de qualquer jeito, pega um par de uniformes e se veste quase que rasgando o algodão da camisa passada.
Enquanto corria contra o tempo se trocando, ela percebe que não sabe dar um nó de gravata decente. Também decidiu que não se importava com uma gravata, então apenas a transpassou pelo pescoço de forma despojada.
Desceu as escadas junto de Angelina, que definitivamente sabia fazer um nó de gravata. Ela era esperada por Katie Bell e Jade, as duas na porta da Sala Comunal.
— Desculpa gente, me atrasei. — Angelina fala, pronta para dar as costas e seguir seu caminho para sua primeira aula.
— Adorei sua gravata, Arya! — Jade elogia, com um sorriso inocente no rosto.
— Ah, valeu, Jade! — a loira responde com um sorriso também. As quatro seguiam para o Grande Salão. — Na verdade, eu não sei dar nó de gravata.
— É bem fácil. — Angelina retruca baixo.
O Grande Salão tinha nas quatro mesas um café da manhã farto. Frutas, pão e até ovos com salsicha estavam sob a mesa, e os alunos devoravam a refeição. Arya localizou duas cabeças ruivas e altas, eram seu ponto de referência para tudo. Se sentou ao lado de um dos gêmeos, e Angelina ao lado do outro, na frente dela.
— Bom dia, doçuras de pimenta. — um deles, ela não fazia a menor ideia de qual, cumprimentou con um sorriso, pegando mais suco de abóbora. — Dormiram bem? A lindona conseguiu se adaptar à loucura que é o lugar?
— A lindona aqui dormiu demais, então digamos que sim. — a loira respondeu com um sorrisinho. Estava desconfortável sentar ali, suas coxas eram bem grossas e o gêmeo (que não sabia o nome) não parecia ter se tocado disso quando ofereceu o espaço.
Na cabeça de Fred porém, as pernas dela não haviam passado por despercebido, em nenhum sentido.
Ao lado das meninas, o trio de ouro se sentou para o café da manhã. Harry Potter se sentou ao lado de Arya, o pobrezinho parecia desolado.
Arya soube do que aconteceu, o desmaio. Ela não o culpava, quando os dementadores apareceram naquele vagão, Arya também sentiu uma angústia, era uma tristeza agonizante, que parecia nunca acabar. Parecia que toda a alegria de sua vida foi sugada por um monstro chamado tristeza, e que ele nunca devolveria suas memórias boas de volta. Os dementadores eram criaturas interessantes, de fato.
— Que é que há, Harry? — George perguntou quando o menino se sentou ao lado dele.
— Malfoy — respondeu Rony, ao lado de Arya.
— Ah, aquele babaca. — a loira murmurou, não tendo noção do quão alto isso saiu. As cabeças de Harry, Fred, George, Hermione, Ron e Angelina viraram para ela. Quer dizer, ela era nova, como tinha esse ódio tão grande de Draco? — Eu meio que estava na casa dele antes de vir para Hogwarts. Inclusive foram eles que conseguiram minha carta. Mas isso não significa que eu não ache ele um idiota.
— Parece que a menina nova já se acostumou com o lugar, hum? — Rony provoca, olhando para Harry também, que soltou um meio sorriso.
— Quieto aí, Weasley. — Arya ri olhando para o ruivo amigo de Harry, que se parecia um pouco com Percy. — O que eu quero dizer é: Harry, não liga para o que ele disse, não vale a pena ouvir tudo o que dizem sobre você. — Rosier aconselha.
O resto da conversa seguiu com Rony surpreso com os horários de Hermione, já que a menina tinha três aulas no mesmo horário, e a menina mandando ele ir cuidar da vida dele.
Então, Arya, e o resto do Salão inteiro, ouviu alguns gritos no final do corredor, e logo reconheceu a tal voz de quem tanto esperneava.
— Eu não vou deixar minha filha aqui! Nem mais um minuto! — Eleanor Rosier, sua mãe, era a dona daquele escândalo. Ela balançava os braços, esperneava e gritava, enquanto andava em sua direção. Ela parecia muito irritada, parecia puta da vida. Junto dela, Minerva McGonagall estava atrás dela, parecia aflita.
— Merda! — Arya murmurou, vendo sua mãe indo em direção a ela.
— Quem é? — Fred perguntou sussurrando para a loira, notando que ela encarava a mulher e a confusão que acontecia. Arya teria se arrepiado com a voz dele sussurrando em sua nuca em um sopro, se não fosse pela situação atual.
— Mamãe! — ela murmurou: para Fred, para a mulher que estava parada na frente dela, e para ela mesma, tentando se controlar.
Enquanto isso acontecia, o salão inteiro olhava para elas, inclusive seus mais novos colegas de sala. Arya começou a suar, agora entendia sobre o que tudo aquilo era. Entrar na Grifinória. Ela sabia que isso aconteceria, já havia pensado nisso, mas nunca pensou que seria desse jeito, que ela invadiria Hogwarts e mandaria que a trocassem de casa.
— Olha o que fizeram com a minha filha! Acham mesmo que vou deixar minha própria filha, uma Rosier, tendo contato com — Eleanor deu uma rápida olhada para o grupo que estava com Arya, mais precisamente os Weasley. — com pessoas desse nível?
— Eu não vejo problema! Já que todos aqui em Hogwarts possuem a mesma condição social, são estudantes, independente de qualquer classificação que a senhora ache válida para discriminar algum aluno. — Minerva rebate, tomando as rédeas da situação.
— Mamãe, não faz escândalo... — Arya sussurrou para Eleanor, sentindo suas bochechas queimarem.
— O que está acontecendo aqui? — uma voz calma e firme soa do fim do extenso Salão. Arya virou o pescoço tão rápido que sentiu seu pescoço estalar. Dumbledore, o diretor da escola, estava parado na porta do Grande Salão.
— Agora é que vai ficar bom... — George sussurra para Lee Jordan, que o responde com um sorriso travesso.
O Salão inteiro olhava para aquela confusão toda, e Arya parecia só querer cavar um buraco e sair na Tailândia, do outro lado do planeta. Ela percebeu que Bianca também via tudo de longe. Logo Arya ligou os pontos, foi ela quem contou para a mãe sobre a Seleção das Casas. Foi Bianca.
E Arya se sentia muito irritada para pensar que talvez sua mãe descobriria de qualquer forma.
Dumbledore sugeriu que fossem os quatro para sua sala, assim podendo conversar em paz, sem quase 700 alunos curiosos. Arya, antes de sair com os adultos, deu uma rápida encarada para um dos gêmeos (estando convicta de que era George), revirando os olhos de forma engraçada e abrindo a boca dizendo um "boa sorte".
— Senhora Rosier, — Dumbledore pigarreou. — receio que esteja decepcionada com a casa em que sua filha foi selecionada.
— É exatamente isso. Eu exijo que a transfiram para um lugar adequado. Por Deus, quando foi que essa instituição perdeu o respeito por um sobrenome de classe como os Rosier? — Eleanor gritava na cara do diretor, estava histérica, Arya temia que ela sofresse um AVC a qualquer momento.
— Nossa instituição nunca mudou sua filosofia, Eleanor. Hogwarts sempre foi um lugar de acolhimento e aconchego para todos, independente de assuntos tão mundanos. — o diretor explicava calma e serenamente, com ar de sabedoria.
— Bom, eu quero minha filha na Sonserina. Não me importo se tiver de falar com você, com um chapéu velho, até com Cornelius Fudge! Faça alguma coisa! — Eleanor continuava, tão histérica como no início.
A discussão na sala de Dumbledore — que por sinal, era um dos lugares mais magníficos e interessantes que ela já havia pisado em sua vida. E a fênix então? Era glamurosa! — não terminou bem. E nem começou bem. Foi terrível.
— Eu quero minha filha fora daqui! Não irei tolerar ela tendo contato com aqueles traidores de sangue! Ah, onde já se viu?! Uma Rosier sentando na mesma mesa que um Weasley? — Eleanor continuava seu discurso de ódio, vomitando palavras que Arya nunca enxergara sentindo algum.
Seu olhar encontrou o de sua mãe, e resolveu que seria por ali que começaria. — Mãe, eu gosto muito daqui. E eu não suportaria voltar para Durmstrang, ou ter aulas em casa com mais algum tutor maluco. Eu quero ficar aqui, eu me senti bem aqui pela primeira vez na vida. Por favor, tenta entender o meu lado também!
Eleanor respirou fundo, tentando se acalmar ao ouvir o que ouviu. Arya não tinha certeza do quanto havia de arrependido de falar aquilo, mas pelo menos haveriam testemunhas caso algo acontecesse.
— Tudo bem. Se é isso o que você quer, que seja. — Eleanor respondeu, quase que dopada, mudando bruscamente o tom de voz. — Mas, quando algum de seus amiguinhos traidores de sangue ou mestiços imundos traírem sua confiança, quando se sentir diferente deles por ter sido criada diferente deles, quando ao menos pensar que não se adaptará a vida deles... você vai se lembrar deste dia. Acredite, sua mãe sabe mais.
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"Sua mãe sabe mais", aquelas seriam as palavras que aterrorizariam Arya pelo resto do dia. Afinal, as mães sempre sabem, correto?
Mas os dias passavam, e ela se sentia mais confortável com seus novos amigos do que nunca.
Claro, Angelina ainda pegava no pé dela, mas Arya ignorava esse fator na conta. Fred e George também eram extremamente amigáveis, e muito engraçados. E Lee era incrivelmente simpático e descolado, era uma ótima compania. Além de que Jade era um amor de pessoa e era super criativa.
O trio de ouro: Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley, também eram cada vez mais parte de seu cotidiano, já que os gêmeos eram irmãos de Ron, e quase irmãos de Harry, também. Gina, irmã mais nova dos gêmeos e de Ron, também era um docinho, por mais que não falasse muito com a ruiva.
Havia um tempo que Arya não via Bianca. Que dizer, ela via a irmã, do outro lado do Salão, na mesa da Sonserina, quase debruçada em livros e conversando com Draco Malfoy e sua gangue de playboys mimados.
Sua relação com Bianca havia esfriado muito desde que chegara em Hogwarts. As vezes Bia ainda sorria quando a via, mas depois, nem a olhava de volta.
Arya sentia que devia conversar com ela, e tentar entender o que estava acontecendo. Mas é óbvio que ela já sabia o que estava acontecendo, Bianca tinha uma expectativa, e essa expectativa foi quebrada em minúsculos pedaços. Bianca esperava sua irmã na Sonserina, junto dela, que voltariam a conviver juntas todos os dias.
Mas o quê Arya poderia fazer? Aquela era a "eu" de verdade dela agora, havia mudado e ninguém podia impedir isso, nem mesmo sua irmãzinha mais nova.
Claro que depois do escândalo público de sua mãe, ainda haviam pessoas que a zoavam. Outras que nem se atreviam falar com ela. E outras que eram extremamente preconceituosas com seu sobrenome. Como em um dia que a loira andava pelo corredor de Hogwarts até a torre da zona Sul do castelo com Angelina e Lee, quando duas corvinas chamaram — em alto e bom tom — Arya de "cobra mimadinha". E Lee apenas respondeu um curto e sincero "vão para o inferno!".
Arya estava extremamente feliz com sua nova "eu". Sendo mais confiante, menos irritada, mais simpática e esforçada no meio social. Ela adorava a compania de seus novos amigos, e pensar que um dia já foi a menina estranha e brava encrenqueira de Durmstrang.
Arya estava mais uma vez, igual em muitos horários vagos, estirada em uma poltrona — e por sinal, que poltrona confortável a Comunal da Grifinória tinha! — com seu walkman, ouvindo alguma música aleatória das Spice Girls, enquanto folheava a revista da Vogue do mês.
— Vamos, loirinha! — sentiu um tapinha em sua cabeça, a tirando de seu mundo paralelo de quando punha os fones do walkman e via alguma revista de moda. A imagem de George (ou Fred) estava atrás dela, parado com os braços cruzados e uma falsa cara de sério. Ao levantar da poltrona, Arya também viu Fred (ou George, ela realmente precisava aprender a diferenciar eles) parado com a mesma cara de sério.
— Quando é o funeral? — ela ironiza, com certeza de que eles dariam uma pequena risadinha ao menos, mas nem isso. Os dois continuavam extremamente sérios,
— Vem com a gente, agora. É importante. — um deles disse, olhando para o irmão e pedindo uma certa autorização para continuar falando. — Juro, você não vai de arrepender.
— Vindo de vocês? Com esse mistério todo? Eu duvido muito. — ela contestou, rindo de nervoso.
— Você pode ir por espontânia vontade ou eu posso te carregar. — Fred afirmou, estreitando os olhos e dando um sorriso. A possibilidade fazia Arya rir, ela aceitou ir com eles.
Fred e George andavam em uns corredores que Arya nunca havia nem visto, por mais que ela apenas estivesse lá há 1 semana e alguns dias. O caminho inteiro eles andavam em silêncio, na frente dela, a guiando até um corredor escuro e úmido, com várias teias de aranha e outros possíveis animais mortos. Arya retorceu o rosto ao ver uma barata que ainda mexia as pernas, meio semi-morta.
— Ah, bom... legal o corredor da morte, eu achei. Mas o que isso tem de tãoo urgente? — ela pergunta debochada, olhando para a cara dos dois gêmeos, que sorriam marotamente.
— Já vai ver, loirinha. — Fred disse (ela sabia que era Fred, já que ele agora só a chamava de apelidos como loirinha ou princesa). George encostou a ponta da varinha em uma parede grande do corredor, fazendo uma estrela, e assim um pedaço da parede se abriu, como uma porta, servindo como esconderijo para o que ela achou que seria a coisa mais maluca que ela já havia visto.
Era uma passagem secreta, que dava exatamente na Sala de Detenções, que ela ainda não havia estreiado, mas estava muito disposta a fazê-lo. Era uma sala normal, como as outras, com mesas e cadeiras e uma lousa enorme, mas era utilizada apenas para as detenções.
Arya entrou na sala e se sentou em cima de uma das primeiras mesas, encarando os dois irmãos. George se apoiou em uma mesa, cruzando os braços e ainda sério. Fred o repetiu, mas batucava os dedos em algum ritmo aleatório enquanto a encarava sério.
Caralho.
— A gente ficou sabendo — Fred começou, a encarando fixamente, ela fazendo o mesmo.
— Que você sabe fazer uns truques de mágica. — George continuou, com um pouco de relutância na voz.
— Que tipo de truque? — ela pergunta, confusa. Realmente não fazia ideia do que eles estavam falando, até porque era impossível eles saberem dos poderes, só sua família e a direção da escola sabiam. — Só porque minha saia está uns dois centimetros acima da regra não quer dizer que eu esteja cobrando por serviços, Weasley.
— Não! Não esse tipo de serviços, Rosier! — Fred respondeu, rindo da ironia da menina, perdendo toda a postura de seriedade que ele tanto se esforçara para manter o caminho todo.
— A gente ficou sabendo que você sabe fazer algumas coisas especiais. Talvez a gente possa chamar de poderes especiais, não é, Fred? — George continua, depois de também rido da fala da loira assim como o irmão.
— Olha só, eu não sei do que vocês estão falando, cenourinha baby. — ameaça Arya, mas por dentro a loira estava gelada de tanto medo. Medo de que pessoas de fora soubessem o que ela fazia, até porque isso seria algo fora de controle. — Mas se espalharem um boato assim de mim, eu faço suflê de Weasley, entendeu?
— Vai fazer alguma ilusão em mim para isso, loirinha? — Fred provoca, um sorriso provocador
pendia de seus lábios.
— Ou vai nos fazer acreditar que nunca ouvimos sobre seus poderes? — George ironiza, com o mesmo sorriso divertido nos lábios que o de seu irmão.
— Como vocês sabem? — ela pergunta num sussurro ralo, sua voz mal tinha força para sair de sua garganta. A ansiedade de Arianna já a fazia viajar pelas piores alternativas: poderia ser expulsa, poderia se tornar pública sua condição e então tudo seria como Durmstrang de novo...
— As paredes tem ouvidos... — Fred responde, desencostando da carteira e chegando mais perto dela. — Relaxa, ninguém mais sabe. Além de nós.
— Hagrid nos contou. — George confessou, Arya encolheu toda sua postura de durona, tinha vontade de chorar de raiva. George pois uma mão em seu ombro, se abaixando ao lado dela. — Ei, relaxa! Ninguém aqui pretende sair espalhando para ninguém. É uma promessa.
Arya, que já estava com as mãos no rosto, tentando segurar suas lágrimas para não chorar na frente deles, nota que haviam duas mãos estendidas para ela, com o dedinho erguido. Promessa de dedinho, algo sagrado.
— Vocês prometeram, se mais alguém souber eu vou arrancar o dedo de vocês dois. — ela disse, rindo enquanto segurava as lágrimas, seu rosto agora era uma bagunça ruborizada e constrangida, morreria de vergonha quando pensasse nesse momento de novo.
— Na verdade, eu e George queremos lhe propor uma ideia...
— É, queremos que você nos ajude numa coisa. — George completa a fala de seu irmão, pegando em seu bolso um pedaço de pergaminho velho. O ruivo abriu o papel, Arya não estava entendendo nada. Ele aponta a varinha para o pedaço de pergaminho. — Eu juro solenemente não fazer nada de bom.
— Você só pode estar lou... — Arianna começa um comentário irônico, mas é interrompida por um mistério. O pergaminho que George havia mexido, que a loira encarava fixamente, começa a ser deliniado com uma frase.
"Os senhores Aluado, Rabicho,
Almofadinhas e Pontas, fornecedores de recursos para feiticeiros
malfeitores, têm a honra de apresentar: O mapa do Maroto."
E depois, o pergaminho continuou a ser rabiscado, parecia uma planta baixa de algum lugar. Chegando mais perto de George, ela pôde ler melhor, e entendeu sobre o que o mapa era. Todos os corredores de Hogwarts, salas, armários... tudo! E o melhor, haviam pegadas que representavam as pessoas que andavam pelos corredores em Hogwarts, com os nomes delas!
Aquilo era incrível! Arya nunca havia visto nada parecido, nunca. Aquele mapa parecia ser a 8º maravilha do mundo, era capaz de espionar todo mundo que você quiser. Ah, ela faria miséria se tivesse aquele mapa nas mãos...
— Mapa do maroto, hum? — Arya cruzou ou braços, levantando a sobrancelha para os dois Weasleys. — E o que eu tenho a ver com isso?
— Hagrid também nos contou que você foi expulsa de Durmstrang.
— Que explodiu um pedaço da escola.
"Caramba, não existe privacidade nesse lugar não?"— Arya pensou, não conseguindo mascarar sua reação a aquilo.
— Ok, vão em frente, me julguem.— ela foi sarcástica e fria ao dizer isso, estava acostumada ao ouvir a indignação das pessoas ao ouvir sobre isso. Os dois gêmeos soltaram uma risadinha, como se ela tivesse dito algo super engraçado.
— Te julgar?! — Fred respondeu indignado.
— Mulher, nós te idolatramos! — George continou a fala de seu irmão, algo que Arya. percebeu que era bastante frequente entre a dupla. — Além disso, a gente não tem moral nenhuma para te julgar. Somos os maiores arruaceiros da escola.
— Ah, ok, vocês?! — Arya perguntou ironicamente, segurando o riso. — Qual é, vocês não parecem arruaceiros.
— Nem você, princesa. — Fred retrucou, lhe lançando um olhar esperto. Desgraçado.
— Olha, onde a gente quer chegar é: você gosta de uma bagunça, a gente também. Você é esperta, a gente conhece a área. Pra você seria uma boa entrar para os Marotos, pra nós também é negócio. É uma parceria! E também: uma mulher no grupo deixaria as coisas mais equilibradas. — George resume, interrompendo o flerte dos dois, até porque ele não estava arriscando todo o esquema dele por uma mimadinha se não valesse a pena.
Arianna olhou para ele de cima a baixo, repetindo o mesmo com Fred, demorando um pouco o olhar pelo corpo do último.
Será que eles eram tão bons assim? Será que isso daria certo? Era o que ela descobriria.
— Eu topo. — ela respondeu depois de um tempo ponderando, os dois gêmeos se entreolharam e sorriram.
Aquele momento entraria para a história. A primeira mulher nos Marotos, a união oficial de Arianna Rosier e os Gêmeos Weasley, uma parceria.
———
OII!
Os gêmeos e a Arya são minha nova religião, eu confesso.
E a Angelina e a Arya? Essas duas vão se dar bem, eu prometo 😭😭
Beijooss e até o próximo cap gente!
❤️❤️
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