|0.5|
Henry respirou fundo ao sair do hotel. Ele se virou para a esquerda e começou a andar.
Então, aquela era SweetCherry...
Ele pensava consigo mesmo e um pequeno sorriso apareceu nos cantos de seus lábios. Era surreal vê-la na frente dele de verdade, sem tela de computador entre eles. Ela era menor do que ele havia imaginado, mas era ainda mais sexy pessoalmente.
Henry parou em um semáforo, apertando o botão para atravessar a rua. Ele ainda tinha o seu perfume no nariz. Quando ele fechou os olhos por um momento, ele imediatamente viu como seus lábios vermelhos se fecharam ao redor do vibrador em sua mão. E como seus olhos estavam fixos nos dele quando você levou mais fundo em sua boca ...
Henry sentiu o telefone vibrar no bolso e, por uma fração de segundo, pensou que poderia ser você, mas então ele percebeu que era seu telefone normal, e o nome PETER pode ser lido na tela. Henry suspirou. Ele não queria falar com ele agora, mas sabia que Peter não o deixaria sozinho até que ele tivesse algumas informações sobre a reunião desta noite. Muito relutantemente, Henry aceitou a chamada e segurou o telefone contra o ouvido.
- Como foi, Cavill?
Ele ouviu do outro lado da linha.
- Legal.
Henry respondeu de forma custa e simples.
- Só legal? Pelo menos valeu a pena oelo dinheiro?
O amigo perguntou e sua voz parecia desapontada.
- Definitivamente valeu a pena o dinheiro gasto. O que mais você quer saber? Com certeza não darei detalhes.
Henry falou enquanto verificava os lados da rua antes de atravessar.
- Vamos, Henners. Sério, nada?
Seu amigo o provocou, tentando fazer com que ele revelasse alguma coisa.
- Não, nada.
Henry riu. Ele pensou em pegar um táxi, mas precisava andar alguns quarteirões, tentando tirar a adrenalina de seu sistema. Seu casaco era longo o suficiente para cobrir as manchas de esperma em seu jeans. Ele nunca tinha experimentado algo parecido com o que aconteceu naquele quarto de hotel.
- Você pode pelo menos recomendá-la? Talvez eu tente aquela garota cereja para variar...
As palavras de Peter fizeram os cabelos de Henry em seu pescoço se arrepiarem.
- Absolutamente não.
Henry disse com uma voz áspera, quase um rosnado, sua mão livre fechada em um punho. Só de pensar que outro cara, mas especialmente Peter, poderia experimentar algo assim com você em um quarto de hotel como ele acabou de fazer...
- Uau, tudo bem. Ela é sua. Show de sexo privado de Henry Cavill. Sem problema, amigo.
Peter riu de forma suja do outro lado da linha. Às vezes Henry se perguntava por que era amigo daquele cara.
- Quer beber uma cerveja? Ainda é cedo.
Peter perguntou a ele, mas Henry não estava com vontade de ser cercado por pessoas agora, principalmente não por Peter.
- Outra hora.
Ele recusou.
- Tudo bem. Sem você, eu tenho todos os holofotes para mim de qualquer maneira.
- Divirta-se.
Henry disse e balançou a cabeça antes de desligar.
***
POV'S S/N
Respirei o ar fresco enquanto rapidamente me afastava do hotel. Uma boa parte de mim ainda não acreditava que aquilo realmente havia acontecido, enquanto isso uma outra parte, uma parte bem pequena, no fundo da minha mente... desejava que nunca tivesse acabado.
Senti meu telefone tocando em meu bolso, eu o peguei e verifiquei o número, era Ana.
- Você já foi assassinada?
Essa foi a primeira pergunta que ela me fez.
- Sim, estou morta. Cadáveres são famosos por atender telefone.
Eu debochei.
- Você não mandou mensagem quando acabou como me prometeu, já faz quase uma hora. Eu fiquei preocupada.
- Eu sei, me desculpe por isso. Eu precisei tomar banho, me vestir e depois limpar o quarto antes de sair, essas coisas.
- Limpar? O que diabos vocês fizeram?
Ela perguntou com um tom levemente alto.
- Nada! É só que quando acabou o show tive que reorganizar o quarto. A camareira não precisava de pistas para adivinhar o que andou acontecendo lá.
Eu falava enquanto virava a esquina.
- Certo... mas me conta - Recomeçou.- Como ele era? Era um velho ou alguém super novinho? Ele foi nojento? Ele tentou alguma coisa? Ele te pagou?
É, como eu imaginava as perguntas começaram a chover.
- Relaxa - Comecei com um suspiro.- Ele era legal. Surpreendentemente bonito sendo honesta. Pagou adiantado assim como pedi.
Falei mais baixo no final, minha paranóia sugerindo que as pessoas poderiam captar qualquer coisa que eu dissesse e magicamente descobrir tudo o que venho fazendo.
- Certo, parece ótimo. Agora fica para trás e você pode voltar a sua rotina.
Ela comenta.
- Uhum...
Murmurei.
- Acabou, não é?
Eu fiquei em silêncio, mordi meu lábio inferior.
- Ele pediu um segundo show.
Admiti.
- E o que você disse a ele?
- Que ele iria saber... caso fosse eu mandaria mensagem.
- Por que? Foi ruim...?
- Não, foi bom. Muito bom na verdade.
Eu confessei.
- Então qual é o problema?
- Eu não sei...
Murmurei totalmente incerta. Eu não tenho certeza de nada com relação aos meus sentimentos com tudo o que rolou essa noite.
Uma parte minha queria só ir para casa e ficar sozinha, tentando digerir tudo isso, mas outra parte queria conversar com alguém, falar e falar ou invés de pensar e me permitir surtar com as memórias. Foi por isso que meus pés me guiaram em direção ao apartamento de Anna.
***
Na manhã seguinte quando acordei, percebi com um pouco de preocupação que minha mente estava vagando lentamente para ele. Me lembrando constantemente daqueles orbes azuis fixos em mim o tempo todo. Seu olhar era tão intenso em minha pele que eu sentia como se estivesse com queimaduras solares. Eu mal acredito que aquele show aconteceu há pouco mais de 12 horas. Parecia que quase uma vida toda tinha se passado desde aquele momento.
Eu não posso dizer que me sinto diferente de antes. De certa forma sim... mas ao mesmo tempo não. É, é confuso. A noite passada mudou com certeza algo em mim, eu só não sei se é bom ou ruim... é quase como se mais uma parte da minha inocência tenha se perdido.
Q
uando fecho os olhos, posso ouvir os gemidos dele, como um eco desbotado... eu mordi meu lábio inferior, arrepios se espalhando por cada pedaço de pele.
Como se fosse controlada por outra pessoa, minha mão se moveu sob os cobertores, deslizou por entre minhas pernas até que meus dedos roçaram em meu centro através do tecido da calcinha, o músculo se contraiu devido a sensação.
Senti um gemido subindo pela minha garganta, lambi meus lábios e apertei mais os olhos fechados enquanto era tomada por imagens do grande membro dele. Eu não pensei nisso, foi inconsciente, mas de repente eu estava imaginando como seria correr minha lingua ao longo daquele eixo, imaginando se seria capaz de colocá-lo todo na boca.
Meu celular tocou e me arrancou dos devaneios. Bufei irritada e retirei minha mão, apanhei o celular na cômoda e li o nome no visor.
"Mãe" .
Ótimo, que bela piada estúpida e de mau gosto.
- Ei, mãe..
Falei quando atendi. Rolei para fora da cama e me levantei.
***
Dei os últimos retoques em minha maquiagem e apaguei as luzes do banheiro. Eu já havia cuidado de preparar todo o meu quarto para a transmissão ao vivo dessa noite. Meu apartamento de fato não é dos maiores, sendo assim os shows são feitos no meu quarto mesmo, eu já me acostumei com isso.
O figurino de hoje conta com uma calcinha vermelho cereja, combinando com o batom. Os olhos estavam carregandos, como sempre, sombra cinza e delineador preto. Me ajoelhei na cama e coloquei uma tiara com chifres de diabinha que acabei comprando no último halloween por motivos de consumismo idiota, mas que se mostrou útil, já que será meu pequeno truque esta noite.
Respirei fundo antes de colocar um sorriso sexy em meus lábios e então liguei a câmera.
- Boa noite, querido... Você deve ter sido muito, muito malvado essa semana. Ou não teria sido mandado para o inferno.
Eu ronronei para a câmera.
- Aqui embaixo está tão quente...
Falei enquanto me abanava com uma mão.- Não tenho como usar todas roupas com isso.
Falei ao público que eu não conseguia ver, mas sabia que estava lá, então pisquei para a lente.
- Agora, vamos falar do seu castigo.
Falei e estiquei meu braço para apanhar um pequeno chicote, segurei a extremidade inferior e dei um tapa na outra mão. Assoviei com a pequena dor na palma da sua mão, exagerando para a câmera.
Enquanto falava sobre o que faria com "ele", pois sempre faço parecer que estou falando e fazendo tudo para um só homem. Virei na cama e comecei a tirar a lingerie começando pelo sutiã. Isso me lembrou imediatamente da noite anterior e me levou direto para ele.
Ele estava assistindo agora? Ele está gostando do que está vendo?
Quando olhei para a câmera, eu o imaginei sentado em frente ao seu computador, me observando atentamente como ontem. Será que sua mão estava ao redor de seu pênis? Ele está duro por mim?
- Você está duro por mim?
Perguntei em voz alta, minha voz coberta por luxúria. Eu brinquei com o vibrador em minhas mãos e o passeio entre os lábios, depositei um beijo na ponta, meus olhos não desgrudando da câmera. Imagens dele passando a mão para cima e para baixo por seu comprimento surgiram em frente aos meus olhos e me fizeram gemer.
Continuei o show... comecei a empurrar o vibrador para dentro e fora de mim, sempre cumprindo meu papel; gemendo e suspirando. Xinguei baixinho e então gritei quando empurrei o vibrador para o fundo repentinamente.
Todo esse tempo eu o imaginei me olhando enquanto se masturbava, exatamente como na noite passada.
- Oh, merda... querido, sim, SIM!
Eu gritei enquanto encenava um orgasmo ao final da transmissão.
Eu estava perto, muito perto, mas não vim de verdade. Eu não tinha aquilo que realmente havia me feito derramar... os olhos dele em mim.
***
POV'S Narrado;
Henry agarrou a borda da mesa quando gozou ao mesmo tempo que você na sua transmissão ao vivo. Agora que ele conheceu você, que ele sabia como você soava quando você estava a apenas alguns metros de distância dele... seu orgasmo não tinha sido tão intenso quanto na noite anterior, mas definitivamente muito melhor do que todas as outras vezes que ele tinha se masturbado aos seus vídeos e transmissões ao vivo na frente do computador dele.
Assim que se limpou, ele de alguma forma, pela primeira vez, percebeu que dezenas de homens, senão centenas, estavam fazendo a mesma coisa agora depois de terem assistido à transmissão ao vivo de SweetCherry. E uma sensação estranha se espalhou em seu peito. Ele estava com ciúmes. Ele queria você só para ele.
Ele ficou um pouco assustado quando percebeu o que acabara de pensar. Ele começou a soar como um psicopata. O zumbido de seu telefone "privado" o tirou de seus pensamentos. Ele jogou o lenço de papel na lixeira embaixo da mesa e pegou o telefone.
"Tá bom, vou fazer outro show pra você"
Ele leu a mensagem que você havia mandado para ele. Mesmo se você tentasse, não poderia negar a si mesma que queria vê-lo novamente. Ouvi-lo novamente... e o dinheiro também era bom.
"Obrigado"
Foi a resposta imediata dele. Você sorriu. Sua polidez nesse assunto surpreendia você todas as vezes. "Mesma hora, mesmo lugar?"
Você perguntou mais adiante.
"Vou providenciar isso."
Ele mandou uma mensagem de volta e assim você iria vê-lo novamente.
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