🥋𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎/ 18🥋
Todos estavam rindo de mim! Parecia que eu havia me tornado a chacota deles... Que raiva!
Sensei Lawrence: O que diabos está acontecendo aqui? -ele gritou assim que abriu a porta do dojô- O quê que vocês fizeram com ela?
Todos os alunos ficaram em silêncio, juntamente com o Sensei Kreese que estava com os braços cruzados. Esse velhinho não gostou nem um pouco de mim? E nem eu dele!
Sensei Lawrence: Miguel, eu não te disse para ficar de olho nela? -ele entrou no tatame- Em formação! -todos ficaram em linhas organizadas, apenas eu fiquei no chão- Quem deu a ordem para fazer isso?
A loira oxigenada deu um passo para frente.
Sensei Kreese: O que aconteceu aqui no tatame não foi nada. -ele sorriu- A jovem aí, apenas ensinou a coleguinha como se defender usando as três regras do Cobra Kai.
Sensei Lawrence: Entendo, mas ela é ainda inexperiência. -ele olhou para mim- Não era para usar golpes fortes com ela agora.
Tory: Eu sinto muito, Sn.
Miguel: Sn, você está bem? -ele se aproximou de mim- Consegue movimentar o braço?
― Está doendo muito...
Aisha: Eu acho que ela quebrou o meu braço.
O Sensei Lawrence se aproximou de mim, rapidamente, mexendo no meu braço e depois no meu ombro como se estivesse me examinando à moda antiga.
― Isso dói... -gritei.
Sensei Lawrence: Ela não quebrou nenhum osso. -ele sorriu- Foi apenas uma torção e isso é normal para gente, me ouviu princesinha?
― Como pode sorrir?
Kyler: Sn, você não queria aprender a lutar? -ele sorriu me provocando- Isso faz parte do treinamento, princesinha.
Sensei Kreese: SILÊNCIO!
O velhote foi embora enquanto o Sensei Lawrence e o Miguel me ajudaram a sair do tatame até um banco para os alunos descansarem, e a partir de agora vou ficar observando os treinamentos exaustivos com uma das mãos machucadas.
Sensei Lawrence: Tory dá um passo à frente! -ele gritou e ela obedeceu rapidamente- Você pensou no prejuízo que teríamos se ela quebrasse o braço? Imaginou o que vai acontecer quando os pais dela souber do que acabou de acontecer?
Tory: Não, Sensei!
Sensei Lawrence: Imagina como eles podem reagir ao saber que ela quase quebrou o braço?
Tory: Não, Sensei!
Sensei Lawrence: Se ela quebrasse o braço, com certeza iríamos fechar a academia. -ele sorriu, levantando a mão para o céu- Mas graças a Deus, não foi nada grave, não é mesmo Sn?
― É. -fiz uma joinha para eles.
Sensei Lawrence: Quero só relembrar que vocês não podem faltar a nenhuma aula, me entenderam? A não ser que você esteja muito doente ou morrendo no hospital!
O treinamento durou mais do que uma hora de relógio e eu fiquei só observando... Só espero que o Robby apareça amanhã, pois é por ele que eu estou fazendo tudo isso...
Sensei Lawrence: Estão todos dispensados!
Estiquei os meus braços e movimentar os ombros ainda sentindo uma dorzinha. Do canto do olho pude ver a loira oxigenada se aproximando com aquele sorriso debochado, e a outra garota que não parece gostar de mim.
Tory: O treinamento de hoje foi muito bom! -ela se esticou tirando o Kimono- Só espero que amanhã eu possa me sair ainda melhor que hoje.
Aisha: Ei, você não precisa voltar amanhã. -ela sussurrou- É muito arriscado para uma princesinha igual a você.
Kyler: Verdade. -ele se aproximou sorrindo- Pois amanhã pode ser bem pior do que hoje.
― Vocês acham que isso é só pra vocês? -encarei cada um que estava rindo de mim- Não gostaram de mim? Hum... Se preparem porque amanhã eu vou estar aqui. -cruzei os meus braços- E vocês não podem me pedir!
Xxx: Falcão, porque está olhando assim para ela? -me virei olhando para os três garotos.
Falcão: Ei, princesinha, por acaso você entendeu as três regras do dojô? -ele sorriu- Hoje foi o braço esquerdo e amanhã pode ser o direito.
― Está tentando me colocar medo? Vocês podem dizer o que quiserem, isso não vai me intimidar... Querem saber porquê? -olhei para cada um deles- Porque eu sou, Sn H. Stark!
Eles ficaram em silêncio, enquanto a loira oxigenada me encarava achando que iria continuar me intimidando, mas não deu certo.
― Tchauzinho, e até amanhã!
Eu simplesmente fui embora do dojô.
Caminhei para uma sorveteria que fica perto da loja de brinquedos, me sentei em um banco próximo esperando pelo meu motorista que 'segundo ele' não iria demorar. Fechei os meus olhos enquanto movimentava o meu ombro dolorido.
Miguel: Oi? -a voz dele me fez abrir os olhos- Eu posso me sentar aqui?
― O banco não é meu! -coloquei uma das mãos no ombro.
Miguel: Está doendo? -ele sentando-se ao seu lado- Tem certeza que está bem?
― Não está doendo, apenas dolorido... -olhei para uma pulseira no braço dele- É melhor você ficar longe de mim, eu não quero criar mais problemas com sua namorada.
Miguel: É o quê? -ele se espantou- A Tory não é a minha namorada...
― Hum, poderia pedir para ela me deixar em paz? Em nenhum momento eu provoquei ela.
Miguel: Não se preocupe, a Tory é sempre assim com os novatos do dojô... Ela vai parar logo.
― Aff! -abaixei a minha cabeça- Onde foi que eu estava com cabeça quando resolvi gastar a minha mesada toda para entrar nisso?
Miguel: Eu nunca imaginei que você gostasse desse tipo de esportes.
― Hum... Seu nome é Miguel Diaz, né? -ele balançou a cabeça positivamente- Por que você veio falar comigo? Por acaso está se sentindo culpado pelo que ela fez comigo hoje?
Miguel: É... Talvez esteja me sentindo culpado, mas só estou esperando o ônibus. -ele sorriu.
― Tudo bem. -sorrio desanimada- Posso te contar um segredo? -ele se inclinou para perto de mim- De todos os seus amigos no dojô, você foi o único que eu não senti tanto medo... Meu Deus, isso foi diferente para mim e ainda mais a garota quase quebrei o braço.
Miguel: É... Nem todos somos iguais, uns acabam aprendendo coisas e praticam de um jeito errado. -ele ficou sério- Você não...
― Que carro é esse? -digo apontando para um carro vermelho que parou quase em sua frente.
Sensei Lawrence: Bora Miguel? -ele perguntou, assim que abriu a porta do carro.
Miguel: Hoje não, Sensei Lawrence. -ele respondeu se levantando- Eu vou de ônibus.
Sensei Lawrence: Está bem... Fica sabendo que amanhã eu não vou te oferecer nenhuma carona! -ele voltou para dentro do carro- E princesinha, não se esqueça de passar gelo no braço e no ombro porque amanhã o treinamento vai ser pior! -ele acelerou o carro e foi embora com classe.
― Eu tenho medo do seu pai.
Miguel: Ele não é meu pai. -sorriu sem jeito- Ele é apenas o meu Sensei no dojô.
― Tem certeza? Eu achei que ele fosse seu pai, então porque ele pega muito no seu pé?
Miguel: Ele foi meu primeiro professor de luta e conseguimos trazer o Cobra Kai em alta de novo... Recentemente ganhamos o campeonato e derrotamos o Miyagi-do. -ele ficou sério.
― Miyagi-do? Eu já ouvi alguém falando sobre...
Miguel: Sim, o Miyagi-do é outro dojô meio que rival da gente. -ele olhou para o outro lado- Não fica muito longe daqui, sabe? No colégio tem alguns lutadores de lá...
― Onde foi que eu entrei? Acho que quando amamos alguém de verdade somos capazes de muita coisa... -me levantei, estendendo uma das mãos para ele- Vamos começar do começo, prazer eu sou a Sn Stark.
Miguel: O prazer é todo meu! -ele segurou a minha mão delicadamente- Eu sou, Miguel Diaz! E seja-vinda ao Cobra Kai. -nós sorrimos.
Happy: Com licença, eu interrompi algo?
― Que susto! Pelo visto, a cavalaria chegou. -sorrio- O senhor demorou demais, o que estava fazendo? Você não é desses.
Happy: Assunto pessoal.
― Hum... Vamos embora de uma vez?
Happy: Sim, senhorita! -ele olhou para o Miguel- O jovem deseja uma carona?
Miguel: Não precisa, senhor! Eu vou continuar esperando por um ônibus. -ele fez uma reverência- Muito obrigado!
Happy: Ok... Vamos, Sn? -ele abriu a porta do carro para mim- E não se esqueça de colocar o cinto de segurança de novo!
― Viu, Happy! -entrei no carro e olhei para o Miguel do lado de dentro- Até amanhã, tchau!
Miguel: Tchau Sn, se cuida!
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