CAPÍTULO TRINTA
Chego exausta, tanto que apenas vou para o meu quarto e me jogo na cama. Quando eu acordo aquela presença boa se foi, o que me deixa triste. E já é o dia seguinte as dez da manhã! Eu nunca tinha dormido tanto, hoje era a folga do balé. Isso é aliviador.
Fui para a sala, comecei a arrumar toda minha casa. Desde que Jeongguk foi embora eu nunca mais entrei naquele quarto, aquele lugar deve estar cheio de poeira. Mas vou deixá-lo por último, coloquei uma boa música e comecei a varrer e passar pano enquanto dançava.
Quando eu ia entrando no quarto de Jeongguk, um frio na barriga me percorreu.
— Estou com fome, vou arrumar a comida primeiro. — Era parte verdade, mas eu aguentava terminar. Afinal, depois que eu como fico com preguiça.
Olhei a geladeira e peguei as coisas para fazer um bom ramen, fiz o que me deu na telha. Não segui nenhuma receita, eu só fui indo acrescentando as coisas e quando eu vi estava pronto e com um cheiro maravilhoso.
Comi o meu delicioso ramen, ao terminar a preguiça me percorreu – como previsto – mas eu tinha que limpar aquele quarto, eu tinha que seguir em frente e superar que ele não irá voltar e nem responder minhas mensagens. Fiquei um tempo parada, apenas olhando para parede. Até que finalmente levantei-me e fui alimpar aquele quarto, coloquei uma música. E para meu total azar só tocava músicas tristes, então ao invés de limpar dançando. Eu limpei com minhas lágrimas mesmo.
Brincadeira, ou quase. Mas eu estava segurando o choro, se eu tive ou não sucesso já não importa.
Quando finalizei, me deitei naquele chão gelado e fechei os olhos. O sol que entrava pela fresta da janela aquecia meu rosto, o que deixou minhas bochechas avermelhadas e quentes.
Quando eu estava quase caindo no sono eu escutei o vidro da sala se quebrando, levantei assustada. Aquela sensação ruim me inundou.
— Aí meu Deus! — Murmurei desesperada, olhei para porta. — O que eu faço?
Minha respiração ficou ofegante, respirei fundo. Não foi nada demais, não tem como alguém invadir. Ao menos que seja o homem aranha, eu moro no quinto andar e minha porta não tem vidro algum.
Tinha que ser uma janela, fui andando devagar para sala. Franzi o cenho ao ver uma pena preta, agachei-me para pega-la. Ela estava no meio da sala. Como isso é possível, então uma presença física surgiu atrás de mim.
— Lalisa Manobal. — Falou lentamente, sua voz era grossa não era familiar e sua presença me causava calafrios, como ele invadiu minha casa?
Eu virei-me lentamente, ficando totalmente boquiaberta e com os olhos arregalados até ver a divindade que estava na minha frente. Era um homem forte, com asas pretas, cabelos pretos, um olhar medonho e penetrante. Seus lábios são finos, um maxilar definido e uma das suas sobrancelhas estão arqueadas.
— Que merda é você? — Falei rapidamente, obviamente sem pensar. Ele sorriu maliciosamente.
— Sou a sua morte. — Então ele avançou para cima de mim, eu soltei um grito e fechei os olhos.
Mas um vento forte balançou meus cabelos e o jogou para longe, o cheiro de Jeongguk invadiram minhas narinas e aquele boa presença se tornou presente. Escutei barulhos de uma possível luta, então abri meus olhos.
Outro homem alto, com os cabelos pretos, asas brancas e roupas brancas e aquela costa.
— J-Jeongguk? — Gaguejei, ele jogou o outro homem para minha cozinha. Se virou para mim e era definitivamente o Jeongguk, suas bochechas tinham corações! É tão lindo, meu Deus.
Ele correu, me pegou nos braços – estilo noiva – e voou para longe, eu o apertei fortemente. Não consegui fechar os olhos, fiquei olhando para seu rosto avermelhado, lábios franzidos e seu olhar distante. Ele estava com raiva, se tivesse que chutar diria que é muita raiva.
Puta merda, o Jeongguk está voando? E me carregando, que diabos?
Ele olhou para trás, olhei para baixo e todos não se importavam. Como se não nos vissem, que merda está acontecendo?
— Jeongguk? — Sussurrei, ele olhou para mim rapidamente. Até desviar para o lado oposto e começando a subir. Desse jeito iríamos sair do planeta! Eu apertei ele e fechei os olhos com força.
Quando abri de novo alguns minutos depois, vi uma cidade flutuante. Cheia de castelos, ele foi para um deles. Me colocou no chão, segurando na minha cintura. Minhas pernas estavam bambas.
— Onde estamos? — Indaguei olhando em volta, ele tocou no meu rosto e me analisou. — O que você está fazendo? — Continuei sem resposta. — Me responde!
O palácio indo estávamos era de mármore em um tom leve de marrom, aqui é tão lindo.
— Estamos na minha casa, merda Lalisa. Você está bem? Ele fez alguma coisa? — Indagou, eu balancei a cabeça negativamente.
— Tirando a parte onde ele quebrou meu vidro, está tudo bem. — Falei, ele passou as mãos no cabelo. — Quem é ele? Não, o que você é?
Ele lambeu os lábios.
— Conhece os deuses gregos? — Indagou, eu assenti. — Sou um deles, sou o Deus do amor. O famoso cúpido, fui para terra te fazer amar, mas eu falhei e me apaixonei por você e você se apaixonou por mim. Sem ser acertada pelas minhas flechas, resumidamente eu não posso amar. Então tive que voltar, para proteger todos que conheço.
Ele falava rápido, meu coração batia fortemente.
— Então a merda dos deuses gregos existem? — Perguntei alto, novamente sem pensar. Acabei de ofender todos os Deus, inclusive Jeongguk.
— Sim, você não podia ter se apaixonado por mim. — Ele falava, eu balancei a cabeça. — E eu não deveria ter me apaixonado por você, agora você corre perigo e é tudo culpa minha.
— Quem era aquele? — Perguntei ignorando tudo que ele disse, ele suspirou.
— Brian, o Deus da violência e guerra. — Explicou-me, ele pegou meu braço e me levou para uma sala. Onde tinha um enorme telão, com o meu nome e embaixo o seu nome. Tinha meus dados, como nome completo, mãe e pai, o que eu fazia, onde morava e do que gostava. — Preciso que você fique aqui, será mais seguro.
— Puta merda, você tem até os números do meu documentos? — Indaguei, ele riu nervosamente.
— Sei decorado. — Olhei para ele totalmente assustada, Jeongguk me puxou pela cintura. — Não vou deixar nada lhe acontecer, eu prometo com a minha vida.
Senti meus olhos arderem e as lágrimas surgirem, eu o abracei. Eu me apaixonei por um Deus e por isso eu estava em grande problemas, mas não estou em desespero. Só muito confusa com tudo isso. O Jeongguk consegue ficar ainda mais lindo em sua forma divina, minha mente voa longe. Mas também olha essa roupa! É um pedaço de pano branco, que mostra parte do seu peitoral.
— Senti a sua falta. — Admiti baixinho, ele olhou para os meus lábios.
— Você não tem noção do quanto eu senti a sua, eu morria todos os dias por não poder ficar com você. — Ele falou, minhas lágrimas caíram. Puxei seu rosto e o beijei, Jeongguk apertou minha cintura.
Quando eu passei meus braços pelo seu pescoço, minha mão bateu nas suas asas. Isso é surreal. Eu estou apaixonada pelo Deus do amor, isso é maluquice.
— Lali, eu tenho que ir. Tenho uma guerra para lutar. — Ele murmurou, então escutamos barulho no andar de cima. — Minha irmã deve ter chegado, fique aqui.
Ele se afastou, eu fiquei ali. Sentei na poltrona e fiquei olhando para minha foto e dados, alguns minutos depois escutei as vozes de Jeongguk e outras. Entre elas uma feminina.
Olhei para a enorme porta, uma mulher com os cabelos ondulados, roupas escuras, brinco da lua e uma coração com a lua nova encima. Do seu lado estava um garoto com roupas claras, em tons de amarelo e laranja. Com uma tiara com o sol, ele usava apenas um brinco com o sol e suas bochechas eram avermelhadas.
— Deixe-me adivinhar. — Falei, o menino sorriu. — Deusa da Lua e Deus do Sol, que são casados e as lendas da terra são reias sobre o romance de vocês.
— Quase um bingo completo. — O Deus do sim falou, eu franzi o cenho. — Nos somos casados, não apenas noivos e Saturno não guarda nossas alianças. Elas estão aqui.
Ele mostrou sua mão, depois mostrou a mão de sua esposa. Ela riu baixinho.
— Essa é minha irmã, Jennie e esse é seu esposo Taehyung. — Apresentou, ele se aproximou de mim. — Ela é a Lalisa.
— Um prazer, finalmente conhecê-la. — Jennie falou gentilmente, eu corei.
— O prazer é meu. — Falei mais baixo que o esperado, Jeongguk colocou as mãos na sua cintura.
— Mamãe e papai estão falando com Zeus? — Indagou, Jennie assentiu.
— Espero que Brian finalmente seja punido, caso contrário nós o puniremos. — Taehyung falou, Jeongguk olhou para mim. — Exceto a Jennie, ela não poderá lutar.
Ela bateu no seu braço, Jeongguk franziu o cenho.
— Por que? Jennie luta melhor que a maioria que estarão ao meu lado, não é o seu lado super protetor não. Né?
Taehyung revirou os olhos.
— Não! Ela está...
— É sim. — Interrompeu o marido, ela lançou-lhe um olhar mortífero. — Você sabe como ele é.
— Ela está grávida. — Taehyung falou rapidamente, Jennie arregalou os olhos. E minha mente viajou, o sol e a lua... eles... como? Ele deve ficar quente que só, provavelmente queimando-a.
Então lembrei das manchas e crateras da lua, o que cientificamente já foi explicado. Mas deixe-me imaginar isso, ao menos para alguma coisa nisso fazer sentido.
— Sério? — Indagou, Jennie fechou os olhos. Enquanto os olhos do seu marido brilhavam mais que tudo e seu sorriso era de orelha a orelha. — Eu vou ser titio, isso é maravilhoso! Parabéns maninha, vai vir mais um pirralho ou pirralha para família. — Falou, Jennie finalmente sorriu. — Você está definitivamente fora da luta, mas você pode fazer companhia para a Laliz.
— Ao menos não irei ficar sozinha. — Jennie falou delicadamente, Jeongguk foi até ela e a puxou para um abraço.
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