— sim, eu sei que é difícil. Mais não há nada em que eu possa fazer. Apenas você pode fazer isso. — Elizabeth estava certa, eu sou a única pessoa nesse mundo que tem que resolver isso.

— Tudo bem, eu farei. — digo e fico cabisbaixa.

— vem, vou te apresentar o resto do castelo. — ela segura minha mão e me leva até os outros cômodos do castelo.

Depois dela me apresentar todo o castelo, ela foi e me apresentou as outras meninas. Conheci Florence Brown e Adélia honely. Elas duas foram super gentis comigo e nenhum momento me destratou, pelo contrário, elas me animou e se tornaram minhas amigas, eu agradeço plenamente Elizabeth auston por ter me apresentado elas.

Florence Brown é muito conhecida por ter os cabelos loiros e ter olhos azuis, e o que chamou mais minha atenção foi os laços que ela usa no cabelo. E a japonesa Adélia Honely tem umas semelhanças comigo. Usa franja e seus vestidos são muito coloridos. Ela usa muito gargantilhas ao invés de pérolas, mais também combinam com seus vestidos. E sempre anda com um leque em mãos.

Eu e minhas novas amigas estávamos conversando até ouvimos um barulho chato de um sino e alguém dizer:

— vamos, meninas! Cada uma para seu quarto. — eu não sabia o número do quarto, então resolvo perguntar.

— onde fica o meu quarto?

— ele fica no último andar, no quarto 234. Você vai dividir a cama com a Elizabeth auston. — ela fala e eu sorrio, sem acreditar que iria dormir no mesmo quarto que minha melhor amiga, aquilo tudo que eu estava vivendo só pode ser um sonho. Um sonho tão difícil de dizer se estava sendo realizado ou eu ainda estava dormindo.

— muito obrigada, como poderei te chamar, ja que nos veremos todos os dias?

— Celine, apenas celine. Acredito que você se chama Lisa, certo?

— sim, como sabe?. — pergunto com um leve sorriso.

— sei lá, passou pela minha mente. Mais tá, acho melhor você ir dormir. — eu confirmo e me retiro. Entro no quarto e vejo Elizabeth auston tomando um alguma coisa, me sento do lado dela.

— olá, Elizabeth. — digo e ela olha para mim e sorrir.

— Oi, Lili. Posso te chamar assim?

— claro que pode, você é minha melhor amiga. — falo e Elizabeth sorri e beija minha bochecha. Vejo sua bochecha corar. Seus fios ruivos naquele instante estava castanhos por causa do escuro, e só clareava um pouco com a vela.

— então, eu acho que vou dormir, Elizabeth. — digo e vou até minha cama.

— eu também vou. Boa noite, Lili.

Me deito na cama e descanso minha cabeça na cabeceira e me cubro com o lençol.

Baekhyun

Aquela garota pobre me encheu a paciência, ela definitivamente ia chamar o rei, meu pai, de louco. Ela ainda saiu ganhando porque se meu pai estivesse aqui, ela ia se dar mal. Meu pai está muito cansado ultimamente, tudo isso por causa da minha irmã, Byun Wihyuna. Ela acha que a vida de rei é fácil, e quer simplesmente tomar todo o governo de meu pai, sabendo que ela não tem mais o direito, desde que eu nasci.

Ela quer usurpar a liderança que meu pai tem sobre o reino, e ela sabe bem que tudo isso será dado apenas para mim, ou seja, ela não tem direito nem a metade da herança, ela não pode e nunca poderá ter o que eu tenho e vou ter mais no pra frente. Eu irei possuir todos os reinos de Siena e nada mudará isso.

Meu pai esqueceu dela, desde que vim ao mundo, porque o meu nascimento é mais importante do que o daquela sirigaita. Ela ainda esbanja colares de ouro e outros bens de meu pai porque ele tem pena dela. E eu odeio olhar pro rosto daquela mulher.

Estava sentado no trono que em breve será meu e bebo um pouco do meu vinho, e eu realmente estava amando sentir o gosto da uva na minha boca, é um vinho de alta qualidade, não há outro vinho melhor que esse.

Ouço o barulho do grande portão se abrir e eu nem olho pra pessoa pobre que entrou.

— Onde o papai estar?. — Byun Wihyuna pergunta e eu reviro os olhos.

— no quarto. Por quê?

— pare de ser chato, baekhyun. Eu sou sua irmã, tenha mais respeito. E outra, o que eu te fiz? Sempre estive com você, é isso que eu mereço de ti? — ela pergunta e eu concordo, olhando para minha taça de ouro só meu. — você é um orgulhoso! Você nunca foi com a minha cara e eu não entendo o motivo para me tratares assim. — ela fala e eu dou de ombros. — essa é a última vez que eu vou frequentar esse lugar, apartir de hoje nunca mais você me verá neste castelo. E eu sei que nem você nem meu pai vai sentir falta de mim, talvez minha mãe que me ama.

— minha mãe não te ama! Ela nunca te amou. Quando você nasceu ela obrigou ao papai a te jogar no rio sinniela. — sinto que as lágrimas se formaram nos olhos dela, mais aquilo não me atingiu. — Ele é nem a mamãe te ama, mais a empregada por pena, insistiu para o papai e a mamãe cuidar de você. — minhas palavras soam cruéis.

— i-isso é mentira! Eles me amam sim, apenas não querem que eu reine por ser eu mulher. — ela fala com suas lágrimas caindo desesperada.

— eu tô falando a verdade, Wihyuna. Eles nunca te quis, pergunte pra mamãe. — digo sem pena e sem piedade e ela sobe até o quarto dela chorando. Olho para ela subindo a escada e solto uma risada maligna e volto a olhar pra frente, voltando a tomar meu vinho.

Wihyuna

   Eu não consigo entender por que esse ódio todo que ele tem por mim. Eu nunca fiz mau a ele e sempre estive com ele. Eu ajudei a mamãe e o papai a cuidar dele junto com a empregada, sempre amei meu irmão e tudo que ganho em troca é falta de respeito e amor?

Eu tenho raiva, raiva de como eu fico fragilizada quando ouço essas palavras cruéis feito espada de dois gumes saindo dos lábios dele. Eu nunca, nunca falei assim com ele, jamais.

Se eu falasse meu pai iria me colocar no olho da rua por um bom tempo e eu não teria pra onde ir. Pode até ser que meu pai não me ama, mais eu sei que minha mãe tem um grande afeto por mim, e ela nunca me deixaria ir embora do lar aonde nasci e fui criada até hoje.

Deito na cama e começo a chorar. Aquelas palavras de baekhyun martelava minha cabeça, e aquilo me machuca. Saber que posso não ser digna o suficiente e sempre decepicionar meus pais.

Lisa

Acordo com o sol clareando o quarto todo e uma garota cantarolando enquanto penteava os cabelos no espelho. Sorri e ela olhou para mim cantarolando.

— hoje o dia começou, já está na hora de acordar... vamos, Lisa, levante!. — ela fala cantando me fazendo sorrir e levantar. — Olhe pra janela, o sol apareceu!.. vamos descer e tomar café da manhã. A cozinheira Belly já preparou.... nosso ...café da manhã. —  bato Palmas e ela sorri dando um jiro e saltitando. Ela olha pro meu vestido e franzi o cenho. — É.. você dormiu com essa roupa?

— sim, algum problema?

— não, claro não. Só que há roupa apropriada pra dormir. — ela responde e eu boto minha cabeça pro lado. — estava no guarda roupa real. — então começo a entender.

— aaaata. Na próxima eu troco de roupa.

— enfim, vamos tomar café?. — ela pergunta e eu concordo. Ela segura minha mão e fomos até o refeitório.

As meninas estavam sentadas cada uma em suas cadeira sob uma grande mesa cheia de refeições que aparentemente são deliciosas.

— nossa, quantas meninas. — digo surpresa ao ver aquela quantidade imensa de garotas.

— você vai se acostumar. — Elizabeth auston diz e eu respiro fundo, ver tanta gente me deixou tímida. — vamos, Lili.

Eu asinto e me sento ao lado de Elizabeth auston. Ela era tão bonita, muito mais que eu, ficar ao lado dela me fez me sentir inferior, mais eu me lembrei de tudo que minha avó disse sobre aparência.

— Bom meninas, essa aqui é Lalisa manobal. Ela não é uma princesa?. — Elizabeth auston fala e eu fico envergonhada.

— Huhum... gostei do seu cabelo, Lisa. — a garota fala e eu concordo com um sorriso de canto meio forçado.

— o que vamos comer no café da manhã de hoje?. — Elizabeth auston fala.

— tudo que está aí na mesa. — fala uma das cozinheiras, ela era muito engraçada. Tinha as sobrancelhas cheias e os dentes de Coelho.

— essa é a cozinha Caterine. Todo mundo chama ela de feiosa, menos eu, Florence Brown e Adélia honely. — ela fala e eu volto a olhar para a Caterine.

— ela não se importa com a opinião das pessoas, não é?. — pergunto.

— claro que não, porque a pergunta?. — Elizabeth fala.

— eu me acho feia. — digo e ela rir. Eu franzi meu cenho. — por quê está rindo?

— você com essa sua opinião... amiga, você é linda. Quem me dera ter um cabelo ondulado e castanho, ter uma pele morena e ser tão linda como você. — ela fala e eu fico surpresa. Como ela pode me achar bonita? É a primeira vez que escuto algo assim vindo de alguém.