ㅤㅤ ㅤㅤ II. welcome to the first death.

But if I'm all dressed up
They might as well be lookin' at us
And if they call me a slut
You know it might be worth it for once
And if I'm gonna be drunk
Might as well be drunk in love


"slut!", (taylor's version), (from the vault), TAYLOR SWIFT!

capítulo dois<﹐(WTD)﹐🏠 .
a primeira morte ❳┊-slytheprongs
  ۫   𝆹ㅤ࿀   ׄ   ₊    ۪   ׂ   ۪   ೀ  ˙  𝅄  ֪  ࣪   ♪   ׅ  ࣪

BROOKE REVIROU OS OLHOS PELA décima vez enquanto terminava de ler o terceiro jornal que estava em suas mãos. Não ficou triste como Henry havia suposto. Fora um pouco ao contrário. Estava furiosa com toda a matéria sensacionalista e machista.

Ela sabia desde o começo que isso aconteceria. Michael era o mais bem falados entre ambos, porque além de todos os privilégios que a mídia dava a homens, que para as mulheres quando não as xingava, as sexualizava, ele também tinha aprendido a ter uma oratória muito boa com o que os paparazzi queriam ouvir, e eles obviamente pagariam para ouvir o que o filho do gênio, William Afton, teria a dizer.

Brooke nunca foi a fã número um do pai de Michael. Mesmo não simpatizando com o adolescente, ainda havia os irmãos dele, e ambos pareciam sofrer nas mãos de um homem que para as câmeras era o pai perfeito. Fora delas, Michael fora pego chorando varias vezes por Brooke após os ataques do mais velho. O motivo de o detestar era por sua ingratidão em todas as circunstâncias em que só queria ajudar.

Enquanto Michael parecia ser muito querido pela mídia, Brooke era o contrário. Não dava abertura para que soubessem de nada além do que já tinham conhecimento e no segundo que a desrespeitassem minimamente, mandava todos tomarem naquele lugar. Já estava acostumada a ser mal vista de qualquer forma.

Mas ser chamada de puta? Isso era demais. Os jornalistas exageraram no pior nível na última noite. No meio da briga que surgiu e que havia diversas fotos, as palavras "drogada" apareciam várias vezes. Um deles até afirmou que Mike a acusou de ter transado com alguém aquela noite. Era verdade, porém, ele não tinha falado nada... que soubesse...

Enquanto bufava, pisava forte no corredor da escola com Becky ao seu encalço, indo em direção a Michael que guardava seus livros no armário. Brooke o fechou com tudo, assustando o rapaz.

Que porra é isso daqui?! — o entregou o jornal, apontando a parte em que falava todas as ofensas perjorativas a Brooke. — Sei que me odeia e eu também. Mas inventar isso sabendo que eu seria chamada de puta — começou a listar. —, vagabunda, rodada, além dos outros como: drogada, explosiva, perigosa?

Brooke estava mais magoada do que irritada. Mesmo que os dois brigassem o tempo todo, sabiam como palavras da mídia podiam ferir mais do que os socos e naquele nível, era quase como se ele escolhesse um jogo baixo até para eles.

— Eu não falei que você transou... — ele respondeu com um olhar confuso, fazendo Brooke rir irônica. — Eu nem sequer sabia dessa informação!

Isso era verdade. Brooke não contou a ninguém então sabe-se-lá quem expôs isso, agiu escondido até mesmo dela. A conclusão a deixou com um medo leve.

Iria pedir desculpas a Mike pelo nível da explosão, só então notou o amontoado de alunos curiosos olhando para a possível briga. Poderia ignorar como já fizera tantas vezes em sua vida, já que era acostumada com esse interesse absurso em sua vida, contudo, viu um garoto com uma câmera registrando tudo aquilo. Sem perder tempo andou até ele e espatifou o aparelho no chão com fúria.

— O próximo que achar ter o direito de gravar a minha vida vai ter a sua cara no lugar dessa câmera! — ameaçou com sangue em seus olhos. Todos voltaram com suas vidas após isso.

Brooke estava estressada demais para apenas dez horas da manhã de uma segunda-feira. Ela pegou o seu walkman, colocando os fones de ouvido em Michael Jackson. Definitivamente não estava a fim de ter duas aulas seguidas de física e química. Era tortura demais.

Brooke era muito boa na escola, se escola fosse considerado todas as matéria de humanas. Não entendia nada de tudo que envolvia calculos e ao mesmo tempo era fascinada em tudo aquilo que criticava o sistema.

Ora, ela tinha consciência de classe e sabia que era muito privilegiada, porém isso não a impedia de achar toda a situação injusta. Ela tinha direito a saúde, educação e vida na melhor qualidade que o dinheiro poderia proporcionar, então porque todos não poderiam ter esse direito? Por que alguns tinham que trabalhar excessivamente para ter um salário que só os faria sobreviver da forma mais suburbana possível?

Ela agradecia por em partes seu pai concordar com suas ideias. Em comparação a parte que William gerenciava, a de Henry era muito melhor aos trabalhadores. O salário, além de receberem uma porcentagem do lucro obtido, era muito melhor, incluindo todos os direitos que tinham. Por isso, acreditava ela, que todos os projetos da parte de Henry dava muito mais certo do que os de William. Brooke planejaria deixar isso cada vez mais igualitário quando herdasse essa parte da empresa, porém, tudo que ela não queria era ser empresaria. Seu sonho era fazer faculdade de cinema ou artes cênicas. Estar nas telas de forma merecida fazendo o que mais amava: filmes. Esperava que Charlie gostasse de ser empresária, caso contrário, Henry, ou tio Oliver, teriam de ter outro filho.

Brooke estava tentando achar uma forma de cabular aula no banheiro, até ouvir um barulho de choro vindo de uma das cabines. Se aproximou cautelosa e bateu levemente:

— 'Tá tudo bem?

A pessoa pareceu parar por um momento para abrir a porta. Brooke pode ver uma garota loira, com talvez a sua idade. Ela tinha os seus olhos verdes completamente vermelhos pelas lágrimas que teimavam em não parar de sair. Brooke sabia quem era ela. Vanessa Monroe. Em todo o ensino fundamental e até o último do ensino médio a garota foi invisível na escola. Não parecia se destacar em nada e sempre era vista deprimida rodeada por seus zero amigos. Uma vez Brooke fez um trabalho em dupla com ela e teria aprofundado amizade caso descobrisse uma forma de fazer a loira se abrir mais.

— Não é nada... Quer usar o banheiro?

— Eu sei que não é nada. — Brooke tentou sorrir amigavelmente para Vanessa que ainda estava insegura em se abrir. — Pode tentar...

— Promete que não vai rir de mim ou espalhar, qualquer coisa? — indagou em praticamente desespero.

A reputação de Brooke era uma droga por causa de todo o sensacionalismo, entretanto, Vanessa já a conhecia minimamente para saber que não faria isso, então se ainda assim pedia para assegurar isso, era por se tratar de algo sério.

Brooke assentiu e Vanessa se sentou no chão, ainda sem conseguir controlar o choro.

— Eu... estou grávida...

Brooke se surpreendeu bastante com a revelação. De muitas coisas ao qual esperava, Vanessa grávida era a última.

— Como isso aconteceu?

— Acreditei nas palavras de amor de um cara que só queria tirar minha virgindade. — revelou rindo, irônica. A raiva da traição não podia sair de seu corpo da forma que queria. As gotas do líquido salgado que seu corpo liberava era a única forma de se ver livre de tamanha angústia, e infelizmente, era um processo muito lento. — Nathan Roer.

Brooke fez uma careta de nojo. Nathan Roer foi quem substituiu o título de valentão de Michael após ele cessar tais comportamentos há alguns anos. Se isso já não fosse alerta suficiente, era um atleta, e todos sabem que atletas em escola tem noventa e nove por cento de chance de serem babacas por completo.

— E deixe-me advinhar, ele disse que não irá assumir?

Se nem eu quero, óbvio que sim. — a loira suspirou. Estava muito cansada de toda a pressão que passava nos últimos dias. — E para piorar, tentei contar a minha irmã, e além de me xingar de puta e vagabunda, disse que contaria aos nossos pais.

A mulher é sempre vista como uma puta, não é? — ela deixou sua indignação a vista para Vanessa. — Aposto que ela nem deve questionado sobre o pai, não é?

A loira assentiu.

— Olha, não se importa com a opinião desses babacas. — aconselhou Brooke. — Se você precisar de ajuda para aguentar isso ou então companhia para interromper a gravidez, sabe onde me encontrar.

Obrigada, de verdade. — o alívio era perceptível no sorriso que se formara. Alguém que não a julgava, insultava e dava o apoio e a decisão de algo tão importante, não a empurrando mais pressão e responsabilidade era muito significante.

— Quer ficar aqui ou quer se distrair cabulando aula? — ofereceu Brooke de face amigável a Vanessa, que aceitou sem pensar duas vezes.

Quando sairam do banheiro, os corredores já estavam vazios, significando que todos estavam em aula. Andando de forma silenciosa e esperta para não serem pegas, foram para fora da escola, mas pararam de repente ao verem duas pessoas que conheciam.

A irmã de Vanessa, Liana Monroe, estava conversando com Mark atrás de uma árvore. A loira ao lado de Brooke não entendeu o motivo de alguém tão preconceituosa como ela, conversar com um bolsista. Brooke, por outro lado, sabia muito bem o assunto que queria do moreno, ou melhor, comprar dele.

Esse foi um único momento onde a Emily esquecera de que Liana era alguém repugnante. Para ela, alguém que necessitava de algo que todos sabiam o mal que poderia fazer e ainda assim aceitar, era porque haviam problemas maiores. Sabia disso por experiência própria. Tinha o dever de não julgar.

Ambas decidiram ignorar que viram aquilo e foram tentar esquecer os próprios aborrecimentos diários. Brooke foi levemente manipuladora na escolha do passatempo quando convenceu Vanessa a assistir o novo filme bastante comentado: "A Escolha de Sofia". Não tinha mesmo como negar que aquela era a sua área que gostaria de estar em qualquer forma. Era completamente apaixonada por toda a arte do cinema.

E enquanto Vanessa era obrigada a ouvir os cochichos de cada mínima opinião crítica de Brooke sobre o filme, a aula tinha acabado e todos os alunos retornavam as suas casas, incluindo Liana.

Ela escorou-se sobre a árvore da floresta que tinha de atravessar para chegar até sua casa, praguejando por seus pais não terem aparecido para a buscar hoje. Retirou do seu bolso o item comprado de Mark, embalando-o como ele ensinou. Em seguida, ascendeu e deu as primeiras tragadas, tossindo após. Não demorou muitos minutos até que os efeitos surgissem e percebia como era fácil não se importar com nada. Sua ansiedade agradeceu.

Um barulho de galho se quebrando surgiu a despertando numa dose de adrenalina que não caiu bem com a droga recém fazendo efeito em seu organismo.

Quem está aí? — perguntou ela ao vazio completo das folhas de outono caindo com o vento leve. Ficou nervosa. — Acho que essa porra faz alucinar mais rápido do que imaginei.

Voltou a andar, apertando mais o passo. Ainda não confiava de que era totalmente irreal o barulho. Teve a certeza disso ao escutar de novo. Sua respiração acelerou quando decidiu ignorar tudo e somente correr.

A adrenalina atingiu patamares que seu coração nem sabia poder bater tão rápido ao ouvir o barulho frequente dos galhos partindo ao meio. Estava sendo perseguida.

Liana nunca correu tão rápido em sua vida. Por algum milagre a qual se lembraria de agradecer depois, conseguiu chegar em sua casa que não era tão longe. Ela trancou a porta e deslizou por ela, começando a chorar pelo tamanho do medo que passara.

Foi então que parou de se sentir segura. Em nenhum momento o perseguidor bateu na porta e seus pais não vieram saber o motivo dela ter entrado na residência tão rápida e o fato de ter o feito sem necessitar destrancar impossibilitava o fato de terem saido.

Se levantando lentamente ela rastejou sobre o piso frio tentando não fazer barulho. O que viu ao chegar na cozinha fez com que ela gritasse para que demorasse a voltar a falar. Seus pais estavam deitados sobre o líquido vermelho que preenchia a cor branca do chão. Não se mexiam e não havia duvidoso pelo nível de sangue que estavam mortos.

O pior não era isso.

Era o homem fantasiado de coelho amarelo sentado na mesa de jantar. De alguma forma, Liana sabia que ele sorria por de trás da máscara enquanto retirava a faca do corpo de seu pai.

Liana, com lágrimas de desespero e tristeza, levantou-se para esquivar da facada e correr. O medo nunca foi tão presente em tudo que já viu em filmes de terror. Nada se comparava com aquela situação.

E teve a certeza que a dor de receber uma facada era pior do que via sobre as mesmas telas. Recebeu essa ao abrir a porta e se deparar com a pessoa que a perseguia anteriormente. Não era o coelho, esse, na verdade, apenas assistia de longe seu parceiro golpear a garota loira várias vezes. Ele era diferente. Tinha uma fantasia preta assim como o capuz e o punhal de sua faca. Entretanto, a máscara que cobria a culpa do assassino era prata, tal qual a lâmina que retirava a vida de Liana Monroe.

Antes que perdesse completamente suas forças e desse o passo para encontrar seus pais, Liana moveu sua mão lentamente, independente da dor excruciante que sentia a cada punhalada, para a máscara prateada. Quando retirou, seus olhos se arregalaram.

Você...?

E com tantos golpes, Liana faleceu, vendo por último, o executor limpar seu sangue da faca num movimento rápido e sutil.

A noite chegou e a preocupação de Vanessa somente aumentava. Brooke havia a convidado para dormir em sua casa hoje por sentir o medo de Liana ter contado seu segredo para seus pais como havia ameaçado fazer, e com tanta covardia aceitou.

Brooke sabia que Henry não ligaria. Contando que não fosse garotos que ela trouxesse, estava ótimo.

A Emily ainda comentava animadamente do filme quando girou a chave da casa e empurrou a porta. Começou a apresentar sua casa para a visita sem esperar o que veria. Quando Brooke chegou em seu quarto, animada por ter companhia, viu aquela cena que a fez berrar em uníssono junto de Vanessa.

Simplesmente Liana Monroe estava morta em cima dos lençóis vermelhos de sangue de sua cama. Seus olhos aberto sem vida, a pele pálida e todos os cortes em sua barriga e abdômen ficariam marcados para sempre na memória de Brooke Emily.

E se soubesse futuramente que seria um dos traumas mais leves de sua vida, não teria ficado por tanto tempo em estado de choque e horror.

𓄹⸼ ⊹ ִ  notas finais:

I. meu deus divos, acabei reescrevendo esse capítulo por inteiro também, e por conta disso, a "revisão" não saiu como eu esperava então mil perdões os erros ortográficos/digitação.

II. eu sei que também disse que não adicionaria a Vanessa aqui, porém, acabei vendo muitos edits e pensando em muitos plots para esta diva, então cá está? O que acharam da minha versão dela, que adianto, assim como de todos os personagens não é o mesmo da saga de jogos/filmes/livros de FNAF?

III. Queria avisar aos leitores que estão relendo, que eu mudei muitos dos plots originais, incluindo a identidade do assassino que eu criei (que futuramente será revelado o nome "mítico"). E aproveitando esse embalo, queria mostrar a arte que fiz com IA para que saibam como ele é:

IV. Só relembrando que, em toda fanfic minha eu acabo, as vezes, extrapolando na "militância" como algumas pessoas já falaram. Mas assim, eu acho que pelo menos um pouco é necessário. Também nesse tema, é uma história adulta. Deu para ver pelos temas que abordo, tendo drogas, homicídio, violência (meio filme de terror), mídia, problemas psicólogos e etc etc. Apenas relembrando para não ser acusado de estar muito "pesada".

V. Acho que é isso, espero que tenham gostado. Comentem o que acharam e suas teorias. Tchau fml 💕

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