Preciso de explicações

- Como assim não?

Ri-eul pega a sua outra mão e aperta firmemente a minha mão.
A tristeza em seu olhar e mágoas que só ele pode explicar.

- Tenho certeza que ela não quer me ver.

Suspiro tristemente.

- Eu não vou insistir, quando você estiver pronto pode contar a mim, agora me ajude a voltar pra casa. Dou um leve tapinha na mão dele tentando reconfortar.

Ri-eul me levou até o meu apartamento me deixando lá, disse pra ele pegar o meu carro e voltar para o parque, mas ele se recusou disse que gostava de caminhar e tals.
Com a ajuda da muleta eu apoio o meu braço que não está quebrado e ajudo a minha perna a se equilibrar, me direciono até o meu quarto pra trocar de roupa.
Por mais difícil que pareça eu consigo me vestir.
Paro frente ao espelho para me olhar, era realmente eu que estava me enxergamdo no reflexo?
Durante todos esses anos sem Ri-eul l, vivo escondida na minha segunda face, a jovem que é inteligente que cursou advocacia tem um belo emprego como advogada e é o exemplo de filha de professores exemplares.
Mas com Ri-eul eu sou, a menina fraca que precisa da ajuda de seu irmão caçula pois ela parou no tempo e se recusou crescer porque tinha medo da vida adulta depois que ele desapareceu, a menina que ama os animais e os protege como se fosse a sua vida , a garota que tem vontade de se arrumar mexer no cabelo pintar e se sentir feliz sem regras de restrições idiotas.

Mas eu era capaz de voltar a antiga eu? Ultrapassando os limites da minha família?

Respirei fundo

- É hora de descobrir...

A mansão Min-hyuk, engoli seco me lembrando de Ri-eul.

- Por ele você prometeu. - Me repreendo.

Uso a muleta para me ajudar a andar, passo o meu cartão da família em uma máquina para liberar o meu acesso ao portão de entrada da mansão.

- Bem-vinda senhorita Jin-yang. - A voz da máquina diz.

Com um pouco de dificuldade com a muleta em apertar a campainha, mas logo aperto ela a fazendo tocar.

Logo a porta se abre e minha mãe me recebe com a mão na boca reprimindo um grito de desespero ao me ver com a muleta um braço enfaixado e uma perna meia enfaixada.

- Boa noite mamãe. - Digo tentando fazer uma pequena referência.

- Não se esforça filha. Vem eu vou te ajudar.

Faço que sim e apoio a muleta na parede assim minha mãe me assegurar pelo ombro me ajudando a me locomover até a sala de star.

Avisto meu pai e meu irmão mais velho sentados e conversando sobre negócios.

- Boa noite pai, irmão.

Meu pai para de falar e se levanta ao perceber o meu estado.

- Oque aconteceu com você? - Ele me olha de cima a baixo vendo as faixas.

- Jin-yang... - O meu irmão se levantou e me olhou com Pena.

- Não me olha assim Yian-koo! - Resmungou.

- Desculpa. - Ele ficou cabisbaixo.

- Enfim...

Suspiro tristemente

- Nada que se preocupem eu estou bem é só isso que precisam saber. - ( E sobre o Ri-eul também) passou pela minha mente, mas isso eu prometi a ele.

A minha mãe me ajuda a sentar no sofá.

- Eu vou conferir o jantar.
- Obrigada mãe.

Meu irmão senta ao meu lado e esfrega o meu cabelo dando uma risada.

- Seja lá oque for oque fez parecia ser bem perigoso... - Ele riu novamente.

Meu pai me observava silencioso, algo ele pensou ou está pensando.

- Você está bem pai? - Perguntou curiosa.

- Não se preocupe minha filha, nada que possa entender.

- Hum?

- O jantar está posto.

Farejo o ar sentindo o cheiro fluir entre as minhas narinas, se Ri-eul estivesse aqui, oque será que ela come se não tem ninguém para o alimentar ou cozinhar?

Sentamos à mesa e começamos a comer em silêncio, bom menos eu.

Estava com dificuldade de pegar os hashis.

- Droga. - Resmungou baixinho.

Meu irmão pega a minha mão e posiciona os dois hashis entre os meus dedos.

- Obrigada.

Ele sorriu em resposta.

Um silêncio familiar pairou na sala de jantar.

- Como anda as audiências?

Os hashis caiem da minha mão com o choque.
Esqueci que sou "advogada"

- E- elas estão ao meu controle. - Digo isso e dou o meu melhor sorriso.

- Que bom ouvir isso de você minha filha.

Estava nervosa, mas eu sempre conseguia me conter porque agora eu...
Meu irmão me dá outros dois hashis e me ajuda a colocar entre os meus dedos novamente.

-Meu filho, fique sabendo que a um novo concorrente com a sua empresa. Meu pai levantou o assunto.

- Sim meu pai, mas estamos fazendo o possível para que nós sempre sejamos os primeiros em propostas e essa empresa não tem a mínima chance de roubar o mercado.

Enquanto meu pai e meu irmão conversavam, eu por outro lado olhava para a cadeira vazia de Ri-eul, as tais investigações nunca haviam o encontrado, equipes de busca procuraram ele por todos as cidades e nada, como ele parou ali? E como eu o achei?

- Mãe....
- Chamei a atenção da minha mãe ela sorriu para mim.

- Tem alguma coisa pra me perguntar filha?

-Sim... Respirei fundo - As investigações pra encontrarem o Ri-eul, eles acharam mais alguma coisa?

Ao ouvir isso a minha mãe arregala os olhos.
Todos param de comer para me olhar.

- F-filha. - Ela largou uma risada nervosa. - Me conta como você está?

- Você mudou de assunto....

- É um assunto delicado que não se pode ser tratado agora.- Ela disse entre dentes.

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- Tenho certeza que ela não quer me ver.

- Eu não vou insistir, quando você estiver pronto pode contar a mim, agora me ajude a voltar pra casa.

Esse pensamento fica preso a mim a noite toda....
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