Annara sumanara

Vendo nossos pais ali era um choque de realidade total pra Rieul, tantos anos sem ver os nossos pais.

Ambos estavam estranhos, como uma expressão indecifrável, talvez um olhar de arrependimento?

— Rieul... — nossa mãe disse com lágrimas nos olhos enquanto se aproximava do palco.
Cruzei sua frente e impedi ela de se aproximar.
— Mãe! Você não vai tocar um dedo sequer nele!— tentei afastar ela.
— Espere...— Rieul gritou.
Me virei para o meu irmão esperando ele falar.
Rieul suspirou e olhou para os nossos pais.
— Ao menos devemos ouvir oque eles tem para dizer.

Assenti concordando e dando espaço para eles passarem e irem até Rieu.

— Meu pequeno garoto... — nossa mãe choramingou e se ajoelhou frente a Rieul. Não dando muito tempo nosso pai também se ajoelhou.
— Perdão, perdão por tudo que eu disse ou deixei de dizer, não deveria ter tentando controlar suas vidas, isso foi um erro fatal, quase impossível de se salvar. Talvez vocês três não me perdoaram nunca mais, mas mesmo assim, eu continuarei amando vocês, um coração de mãe que se arrepender amargamente dos próprios atos. Filho eu sinto muito por fazer você passar por toda essa pressão psicológica que quase o matou e de seu abandono.

Com lágrimas derretendo em seu rosto ela olhou com amor para Rieul e eu, surpresa subo no palco junto de meu irmão que sorriu me tranquilizando.

— Mãe... Eu...— Rieul tentou falar e foi interrompido pelo seu pai.
— Sim, filho tudo que sua mãe disse eu torno a dizer e se for preciso repetiremos mil vezes. — seus olhos voltaram a mim.
— E você também minha filha, perdão por não te aceitar como você realmente era.

Meu coração parecia ter se livrado de um grande peso, a aceitação, foi a melhor coisa que havia acontecido na minha vida.
Meu olhar cruzou com o do meu irmão, seus olhos marejados e vermelhos de tanto chorar. Lá havia um brilho diferente em seu olhar, não via isso desde que quase morreu, Rieul sorriu abertamente olhando para nossos pais.

— Mãe... pai...— fez uma pausa enquanto descias as escadas do palco indo de encontro com nossos pais.

— Filho... — nossa mãe se abraço fortemente em Rieul como se não tivesse amanhã.
— Mãe, pai, quanta saudade... — choramingou ele.

Guando me deu conta, olhei pras minhas mãos, elas eram de criança, não me assustei, já havia acostumado com as mágicas repentinas de Rieul. Olhei para frente vejo nossos pais jovens e Rian abraçados no adolescente Rieul enquanto o mesmo chorava de alegria.
A nossa família estava mais unida do que nunca, finalmente havíamos rompido a barreira do preconceito.
Os quatros olharam para mim abrindo os braços então eu corri como uma criança extremamente animada e recebo o abraço calorosos da minha família.

Olho pra quelé jovem sem preocupações, ele sorriu pra mim antes de perguntar.
— Você... Acredita... Em mágica...?
— Acredito maninho, nossa família acredita.
— Annara sumanara...

Então ele estalou os dedos, o parque abandonado se tornou um jardim de rosas brancas e perfumadas, um lugar calmo e tranquilo com o som vivido dos pássaros.

— É lindo, não é mesmo? — comentei animada.
— É mágica, minha irmãzinha...
— Bella! — Chamei, logo avistei ela voando livremente entre o jardim.

E finalmente eu acredito em mágica e mais ainda acredito no amor forte que nossa família criou.

Annara sumanara....

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