𝕲𝖆𝖕 21

Cap 21: No lugar da dor

A derrota de Jackson foi nítida. Enquanto falcão voltava para seu lugar. Jackson também saia do tatame. Ele havia sido derrotado. E Beatrice estava tão orgulhosa de Falcão.

Porém, a tensão foi grande quando o apresentador anunciou a próxima luta.

— Agora, Beatrice Raynott do Presas de águia e Isabella Halley do Cobra Kai.

Beatrice olhou para Isabella que disse uma última coisa ao seu sensei Silver antes de ir para o tatame. Beatrice também saiu de seu lugar indo até o tatame.

— Bea...— Isabella disse.

— Não vou ter piedade. Que vença a melhor — Ela disse antes de entrar em posição de luta.

O público está em silêncio, as luzes focam nas duas competidoras que estão preparadas e com os uniformes impecavelmente ajustados. Ambas têm os olhos fixos uma na outra, respirando profundamente, concentradas.

O árbitro dá a ordem para começarem. Beatrice se posiciona com sua perna esquerda ligeiramente à frente, os braços levantados em guarda, enquanto Isabella adota uma postura mais agressiva, com os punhos cerrados e pronta para atacar. O árbitro sinaliza o começo.

Beatrice avança com uma rápida movimentação, preparando-se para um ataque direto. Ela tenta um chute frontal, rápido e preciso, mas Isabella reage com uma defesa ágil, bloqueando o golpe com o antebraço. Aproveitando a abertura, Isabella contra-ataca com um soco direcionado ao torso de Beatrice. O golpe acerta com precisão, fazendo Beatrice recuar, um pouco desequilibrada. O árbitro marca o primeiro ponto para Isabella.

— Ponto, Halley!

Beatrice, agora mais cautelosa, recua um pouco, tentando observar os movimentos de Isabella. Isabella, mais confiante, tenta um soco forte, mas Beatrice desvia para o lado e, com um movimento rápido, aplica um chute para o lado do corpo de Isabella, fazendo com que ela perca o equilíbrio momentaneamente. A plateia murmura, impressionada com a precisão de Beatrice. O árbitro marca o ponto para ela.

— Ponto, Raynott!

O ritmo da luta acelera. Isabella, sentindo-se pressionada, avança com um chute alto. Beatrice se esquiva para o lado e, em um movimento ágil, contra-ataca com um soco direto, mirando no estômago de Isabella. O golpe a atinge, mas Isabella se recompõe rapidamente e, com um passo firme, avança para um novo ataque. Ela tenta um golpe baixo, visando as pernas de Beatrice, que, com um movimento rápido, pula para trás, evitando o impacto. No entanto, ao tentar reagir, Beatrice não consegue se esquivar a tempo e é atingida por um golpe rápido no peito. O árbitro marca o segundo ponto para Isabella.

— Ponto, Halley!

Beatrice está respirando pesadamente, mas a chama da determinação em seus olhos está mais forte do que nunca. Ela tenta se concentrar, dando pequenos passos para o lado, evitando as investidas rápidas de Isabella. De repente, Beatrice avança, colocando toda a força em um soco potente, mas Isabella defende e, com um movimento ágil, tenta um chute lateral. Beatrice bloqueia com um braço, mas o impacto a faz se mover para trás. Isabella não perde a chance e tenta um outro ataque direto, mas Beatrice, em um último esforço, dá um passo à frente e acerta um golpe bem colocado no torso de Isabella, derrubando-a para o chão. O árbitro, com a leveza do movimento, marca o ponto para Beatrice.

— Ponto, Raynott!

O último round chega e a tensão é palpável no ar. Ambas as competidoras estão exaustas, os corpos suados e cansados, mas as duas ainda estão focadas em garantir a vitória. Isabella tenta um chute baixo para desestabilizar Beatrice, mas ela se esquiva habilidosamente. Beatrice, aproveitando a abertura, aplica um chute frontal com a perna esquerda, atingindo Isabella no peito. Isabella recua um passo, mas não consegue evitar o contra-ataque de Beatrice, que com uma combinação de movimentos rápidos, aplica um soco direto e um golpe rápido no abdômen de Isabella, fazendo com que ela perca o equilíbrio e caia. O árbitro marca o ponto decisivo para Beatrice.

— Ponto, Raynott! Com isso, vitória de Beatrice Raynott!

O árbitro levanta a mão de Beatrice, que, cansada mas sorrindo, é declarada vencedora após uma luta tensa e cheia de técnica.

Isabella se aproxima lentamente de Beatrice.

— Beatrice...eu preciso falar com você...

Mas antes que pudesse dizer mais. Beatrice acabou sendo rodeada pelo seu dojo e pelos Miyagi-do que parabenizavam ela.

Agora, quem passou para a semi-final foram, Miguel Diaz, Eli Moskovitz, Robby Keene e Demitre Alexopoulos. E das meninas, Beatrice Raynott, Tory Nichols, Samantha LaRusso. As coisas estavam prestes a complicar.

— Gente... a próxima luta... Miguel e Eli... — Beatrice disse, a voz baixa e tensa, uma expressão de preocupação estampada em seu rosto.

Ela observava atentamente os dois, sentindo o peso do que estava prestes a acontecer. Miguel e Eli, ou Falcão, eram amigos, mas agora estavam do lado opostos. O ambiente estava carregado de energia, a plateia ansiosa para ver o confronto entre os dois, mas Beatrice não podia deixar de sentir um nó no estômago. Ela se perguntava se aquele seria o momento que definiria o futuro de ambos.

Johnny, se aproximou de Miguel, com um olhar cheio de determinação. A voz dele estava carregada de um tom sério, mas também de uma certa brutalidade.

— Essa é sua! Você já venceu ele antes! Só lembra do instinto assassino. Acaba com a raça dele. — Johnny disse com firmeza.

Miguel olhou para Johnny, confuso, seu rosto demonstrando a estranheza da sugestão.

— O quê? — Miguel perguntou, a surpresa e a dúvida em sua voz. — Acabar com a raça dele? O Falcão é meu amigo.

— Ele tá com os LaRusso, ele escolheu o lado dele. Qual o seu lado? — Johnny perguntou com um tom de desafio.

— O seu. — Miguel respondeu.

— Tem certeza? O Falcão é seu amigo... mas, se quiser vencer, tem que derrotar ele. — Johnny insistiu, quase como um lembrete de que a vitória não viria sem sacrifícios.

— E qual o seu lado? — Miguel perguntou, a voz agora mais firme, querendo entender o que Johnny realmente acreditava.

Johnny, aparentemente desconcertado pela pergunta de Miguel, olhou para ele com surpresa.

— O quê? Como assim? — Johnny perguntou, tentando entender a indagação de Miguel.

A tensão cresceu no ar por um momento, mas antes que qualquer resposta fosse dada, o árbitro, com uma postura séria, interrompeu a conversa.

— Senhores, em suas posições. — O árbitro disse, sua voz cortante, e imediatamente a atenção de todos se voltou para o tatame. A luta estava prestes a começar, e não havia mais tempo para conversas.

Johnny deu um último olhar a Miguel, com um leve sorriso no rosto e uma expressão que misturava confiança e expectativa.

— Eu tô do seu lado, Diaz. Sempre. — Johnny disse com um tom firme e cheio de apoio. Miguel, sentindo a pressão, subiu ao tatame, e logo Eli, Falcão, seguiu o mesmo caminho, entrando na área de combate. Ambos se posicionaram, prontos para o confronto.

— Vai, garoto! — Johnny gritou para Miguel, o encorajando enquanto a luta começava. Beatrice, ainda preocupada, observava atentamente, sentindo que aquele confronto não seria apenas físico, mas também emocional.

Falcão, com um sorriso confiante, olhou para Miguel e disse:

— Um oponente digno. — Ele falou, sua voz carregada de respeito, mas também com um toque de rivalidade. Lembrava-se do tempo em que estiveram juntos na floresta, quando tudo parecia mais simples. Mas agora, a luta entre eles era inevitável. — Não vai pegar leve, né?

— Não. — Miguel respondeu, seus olhos se estreitando em Falcão.

— Ótimo. Nem eu. — Falcão disse com um sorriso ligeiramente desafiador, o toque de seu punho contra o de Miguel ressoando no ambiente. A batalha começaria agora, e ambos sabiam que não haveria espaço para hesitação.

O público estava em silêncio, esperando o primeiro movimento. A luta se iniciou, com ambos se movendo rapidamente, testando os limites um do outro. Miguel até estava levando a maioria, mas Falcão não ficava para trás. Eles estavam iguais, o ritmo da luta aumentando a cada segundo. Cada soco, cada chute, cada movimento, era uma expressão de suas emoções, mas ninguém sabia o que realmente estava em jogo.

De repente, Miguel saltou no ar, se preparando para realizar o chute giratório. Todos na plateia prenderam a respiração, esperando ver o golpe certeiro. Mas, ao invés de aterrissar com elegância, Miguel caiu abruptamente no chão, gritando de dor. O impacto foi tão forte que ele não conseguiu se manter de pé. A luta foi imediatamente parada, e todos se concentraram em Miguel, que estava no chão, visivelmente em sofrimento.

Falcão, preocupado, se aproximou rapidamente, correndo até seu amigo para verificar se ele estava bem. Beatrice, acompanhada de Johnny, também correu até ele. O ambiente ficou tenso enquanto todos esperavam uma reação de Miguel, mas foi o grito dele que cortou o silêncio.

— Sensei! — Miguel gritou, a dor clara em sua voz, enquanto estava no chão. O som de sua voz aguda e cheia de sofrimento ecoou na arena, e todos sentiram o peso do momento.

Continua...

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