𝕮𝖆𝖕 3
Cap 3: Cobra Kai no topo
— Isso com certeza foi um bom jeito de arranjar entretenimento — Yuna disse com um sorriso empolgado, observando Kwon se exibir no centro do círculo que havia se formado ao redor dele.
Cobra Kai estava realmente chamando atenção. Kwon desafiava os outros participantes, competindo em quem conseguia marcar a risca de giz mais alta na parede com um chute. Era uma disputa acirrada, mas o recorde de Kwon parecia inalcançável. Ninguém chegava perto.
Yuna cruzou os braços, observando cada tentativa falha com um brilho divertido nos olhos.
— Ele é bom mesmo — Yoon comentou ao lado dela, um sorriso de admiração se formando em seu rosto enquanto Kwon se preparava para mais uma demonstração.
— É claro que é, é meu irmãozinho — Yuna respondeu, com um tom de orgulho falso, mas que carregava um certo afeto.
Kwon, ouvindo o elogio, virou a cabeça para ela com um sorriso convencido.
— Não precisa de tantos elogios, maninha. Está sendo molezinha. Eles são muito fracos mesmo — ele disse enquanto um dos competidores tentava e falhava miseravelmente em alcançar a marca de Kwon.
— Não chegaram nem perto, o recorde ainda é dele — Yuna provocou, rindo baixinho ao ver a expressão frustrada do garoto que havia acabado de tentar.
De repente, a movimentação no ambiente mudou. Todos começaram a perceber a aproximação de um grupo conhecido: o Miyagi-Do. Suas presenças já haviam sido mencionadas pelos senseis, e a expectativa de vê-los em ação era alta. No entanto, nem todos do grupo estavam presentes.
Kwon, sempre disposto a provocar, abriu um sorriso irônico ao notar quem se aproximava.
— Equipe dos Estados Unidos? Todo mundo sabe que os americanos são melhores em tudo, não é? — ele disse, cheio de sarcasmo, arrancando algumas risadas dos que estavam ao seu redor. — Vem aqui, eu quero ver.
Os integrantes do Miyagi-Do trocaram olhares confusos, parecendo incertos se deveriam responder à provocação. Percebendo a hesitação deles, Yuna decidiu entrar na brincadeira.
— Estados Unidos! Estados Unidos! — ela começou a gritar, incitando o restante do público a fazer o mesmo. A energia no local aumentou, e os gritos ganharam força.
— Vem pra cá! Deu medinho, é? — Kwon continuou provocando, um sorriso malicioso estampado no rosto.
O garoto de moicano, que claramente se irritou com as provocações, deu um passo à frente, caminhando diretamente na direção de Yuna. Ela continuava segurando o giz, com um sorriso provocador, sem demonstrar qualquer sinal de intimidação.
Ele estendeu a mão para pegar o giz, tentando intimidá-la com sua postura. Mas Yuna, impassível, apenas estreitou os olhos e manteve o sorriso, aumentando ainda mais a irritação do adversário.
Ele pegou o giz e passou no tênis, se posicionando. Todos observaram em silêncio enquanto ele se preparava, soltando um chute alto que chegou perto, mas não superou a marca de Kwon.
— Mais um pouco e você conseguia — Yuna comentou, atraindo o olhar dele. — Conseguia cair no chão — completou, soltando uma risada. A piada foi acompanhada por gargalhadas do público, que ecoaram pelo ambiente. — Caramba, tanta expectativa pra nada. Parece que o que falavam de vocês era só contos mesmo.
— Boa, Yuna — Yoon disse, batendo as mãos em um toque com ela.
— Eles são fracos mesmo — Kwon completou, sorrindo enquanto cruzava os braços.
O garoto de moicano voltou para junto de seus amigos, claramente frustrado, limpando o tênis enquanto murmurava algo inaudível.
Yoon, percebendo a derrota iminente deles, decidiu pressionar ainda mais.
— Aí, é sério que você é o melhor que o seu dojo tem a oferecer? — ele perguntou, encarando diretamente o de moicano.
— Sou bom o suficiente para arrebentar sua cara — ele retrucou com raiva, mas sem muita convicção.
— Cala a boca, você nem é o capitão da equipe — Kwon respondeu, rindo e aumentando ainda mais o constrangimento do garoto.
Yuna, curiosa, inclinou a cabeça e perguntou:
— Falando nisso, cadê ele?
Uma voz calma, mas firme, respondeu do meio do grupo:
— Eu tô aqui.
Todos se viraram para olhar, e o público que havia se formado começou a murmurar. Ele era exatamente como Kreese havia descrito. Robby Keene, o capitão do Miyagi-Do, dava um passo à frente.
— Vem, pessoal. Vamos embora — Robby disse, sem dar muita atenção ao grupo de Cobra Kai, já se virando para sair com seus colegas.
Yuna, entretanto, não queria que a diversão acabasse tão rápido.
— Você sempre foge de um desafio? Ou é só porque a sua namoradinha tá na nossa equipe? — ela perguntou, cruzando os braços e deixando a provocação no ar.
O comentário surtiu efeito. Robby parou e virou-se novamente para eles, enquanto Kwon ria baixo, satisfeito com a ousadia da irmã.
O garoto de moicano, ao lado de Robby, entregou o giz a ele, incentivando-o a aceitar o desafio. Robby pegou o giz e caminhou até ficar cara a cara com Kwon.
— É só chutar acima daquela linha? — Robby perguntou com um tom de simplicidade, como se fosse algo fácil.
Kwon soltou uma risada curta, aproximando-se.
— Acha que é molezinha? Beleza, vamos apostar então. Você chuta, depois eu chuto. Se ganhar, você fica com meu quarto. Se eu ganhar, o seu quarto é meu.
Robby deu um pequeno sorriso confiante.
— Fechado.
Os dois apertaram as mãos enquanto o público assistia ansioso.
— Ah, isso vai acabar rápido. Aquele americano metido não tem nem chance — Yuna comentou, sorrindo enquanto cruzava os braços, confiante no resultado.
[...]
Robby respirou fundo, concentrando-se, enquanto os olhos de todos estavam fixos nele. Ele deu um salto no ar, e o chute foi firme e preciso. Quando seu pé atingiu a parede, o giz deixou uma marca limpa e alta, chamando atenção de todos os presentes.
O som dos murmúrios cresceu entre a multidão, e algumas pessoas pareciam impressionadas. Yuna começou a bater palmas lentamente, um gesto claramente sarcástico, enquanto um sorriso divertido surgia em seus lábios.
Kwon, por outro lado, manteve a calma, observando com um sorriso debochado no rosto, como se já soubesse o resultado final.
— Eita p̶o̶r̶r̶a̶! — exclamou o garoto de moicano, que os outros chamavam de Falcão. Ele olhou para Robby com uma mistura de surpresa e orgulho pelo chute impressionante.
Yuna deu um passo à frente, virando-se para Kwon com confiança.
— Você supera — ela disse, encorajando-o, embora seu tom fosse mais provocador do que motivador.
— Eu sei — Kwon respondeu, sem hesitar. Ele tirou o casaco e o entregou a um dos membros de seu dojo, ajeitando-se antes de caminhar em direção à parede.
Os olhos de todos acompanharam seus movimentos. Kwon parou por um momento, respirou fundo, e então deu o salto. Seu chute era perfeito, preciso e fluido, quase como uma coreografia planejada. O som de seu pé atingindo a parede foi alto, e quando o giz deixou a marca, era claro: ele havia superado Robby.
Os amigos de Robby trocaram olhares decepcionados, e os murmúrios começaram novamente, mas dessa vez com um tom diferente. Já o grupo de Cobra Kai irrompeu em sorrisos e gritos de comemoração, satisfeitos com a vitória de Kwon.
Kwon se aproximou de Robby, um sorriso debochado estampado no rosto. Ele estendeu a mão, e, sem escolha, Robby entregou os cartões do quarto, acompanhado de um dos amigos de Robby ainda relutante.
— Relaxa, cara, eu deixo suas malas no corredor — Kwon disse, com um tom que transbordava provocação, arrancando gargalhadas de seus amigos.
Yuna, sem perder o ritmo, levantou a mão e puxou mais um coro animado:
— Cobra Kai! Cobra Kai! Cobra Kai!
Os gritos ecoaram pelo local enquanto o grupo de Cobra Kai comemorava a vitória. A plateia, empolgada com o show, também se juntou ao coro, celebrando junto deles.
Antes de seguir seu caminho, Yuna não resistiu a mais uma provocação. Virou-se para Robby, piscou e disse:
— Boa sorte da próxima vez, bonitinho.
Ela saiu correndo, rindo, para alcançar Kwon.
— Legal, ganhamos mais um quarto — disse ela, satisfeita.
Kwon arqueou uma sobrancelha, sem interromper seus passos.
— Ganhamos nada. Eu ganhei. Você que se vire.
Yuna parou abruptamente, cruzando os braços, indignada.
— Ah, é? Vai me deixar mesmo com aquela loirinha insuportável?
Kwon riu, aproveitando o momento.
— Eu disse pra você que seu atraso ia te fazer ficar com a pior cama.
Yuna ficou de boca aberta, surpresa com a resposta do irmão, mas antes que pudesse retrucar, Kwon começou a andar novamente.
Ela sorriu de canto, decidindo se vingar. Correu na direção dele e chutou sua perna por trás, fazendo-o tropeçar.
— Ah, sua pestinha! Eu te pego! — Kwon gritou, mas Yuna já estava longe, rindo enquanto corria pelo caminho.
O ar da noite estava cheio de energia e provocações. Yuna sentia o entusiasmo correr em suas veias. Amanhã as provas começariam, e ela sabia que o verdadeiro desafio ainda estava por vir. Mas, por enquanto, era hora de aproveitar cada momento de diversão.
Continua...
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