twenty seven

Baby, I got good luck with you
Yeah, I didn't know we'd get so far
And it's only the start
Baby, you got me worried

~ The Neighbourhood - Scary Love



O som alto revestia todos os cantos da casa desconhecida por mim, multidão de pessoas dançavam e se embebedavam em grupos, a angústia dos jovens se multiplicava e a cada segundo, a necessidade de esquecer a dura realidade se fazia entre todos ali. O ritmo agressivo das músicas penetravam-se pelo sangue pulsante, as drogas misturadas surgiam mais efeito quando a adrenalina e ansiedade impulsavam os adolescentes para o abismo de decisões erradas. Todos ali se arrependeriam no dia seguinte, lamentariam por terem feito certas coisas e sofreriam com a ressaca pesada.

Festas organizadas por veteranos eram dignas de liberdade e esquecimento de problemas. Buscávamos o contentamento de pessoas mais velhas e quando nos decepcionávamos com a avaliação dos mesmos, escondíamos em músicas estouradas, bebidas desconhecidas e drogas ilícitas. A vida dos adolescentes era repleta de surpresa e maldições, por isso nos despedíamos da angústia quando envolvíamos nossos corpos em melodias estranhas que tocavam em festanças. Aquela era uma delas, encontrávamos na mansão de uma veterana do terceiro ano, era final do bimestre, início das férias, os estudantes estavam loucos para finalmente descansarem de toda cobrança do ensino médio. Ali seria a cerimônia de entrada para milhares de festas e encontros que teriam durante um mês inteiro de recesso.

— Hey, Ivy - Louise gritou do meu lado - Quer?

Me ofereceu uma bebida estranha, seu rosto pouco maquiado estava eufórico, como se estivesse finalmente vivendo adequadamente. Neguei gentilmente, fazendo gestos com as mãos enquanto via a loira beber todo o líquido amarelado do copo oferecido à mim. Atsumu a minha direita bateu palmas, apoiando os atos da francesa e logo entregando a ela mais um copo de bebida alcoólica. A garota sorria, parecendo se animar a cada vez mais que as batidas de After Hours do The Weekend tocava pelos cantos do local. Sentia inveja de sua tranquilidade.

— Vamos jogar body shot! - alguém anunciou assim que a música deu uma pausa longa.

   Se reuniram ali uma quantidade adequada de jovens, entre eles a dupla atraente por quem me via totalmente entregue. Osamu estava sem camisa, apenas uma jaqueta de couro cobria seus ombros, já Rintarou se encontrava com uma camisa social de seda branca que reluzia quando as milhares de luzes coloridas batiam em si, a calça jeans preta levava consigo algumas correntes pratas e nos pés, Suna usava um coturno escuro.

— Vamos sortear um nome para ser o body da rodada - uma voz fina, feminina e trêmula tomou a iniciativa.

   Body shot, a famosa brincadeira em que uma pessoa tomaria tequila no corpo da outra. Era simples, sorteadando ambos parceiros, um escolheria qual parte do corpo tomaria a bebida alcoólica com um pouco de sal — pescoço, ombro, barriga e etc — enquanto o body seguraria entre os lábios uma rodela de limão. Era sensual, todos da roda podiam ver explicitamente o envolvimento que possivelmente os parceiros teriam.

O jogo rolava, a sensualidade no olhar de todos ali preenchia o ambiente, fazendo assim com que a maioria se sentisse influenciada pelos atos libidinosos e profanos. Garotas expunham seus corpos para terem a boca de garotos em suas peles, o álcool forte escorria por cada parte das curvas delas e o limão mordido pelas mesmas era espremido quando sentia calafrios pelo choque de temperaturas. Duas rodadas passaram e Osamu foi sorteado como body juntamente com um veterano do grêmio estudantil. O gêmeo tirou a jaqueta de acordo com a escolha da rapaz, logo se deitando no chão enquanto o sal era despejado em excesso no peitoral marcado. A tequila molhou o abdômen do platinado, Samu mordeu o limão, encarando o mais velho lamber sua barriga enquanto a amargura do líquido descia pela garganta. Foi uma cena bonita de se ver, os pelos do Miya se arrepiaram quando a língua do veterano percorreu seus gominhos.

— Certo! - novamente a voz trêmula e fina soou - Vou sortear o próximo body.

   Um silêncio tomou conta da roda de adolescentes ali presentes. Uma garota olhava atentamente para o celular, de onde os nomes sorteados saíam. Todos haviam dado seus nomes para ela e a própria tomava controle do jogo.

— Ivy será o body - os olhos dela não desgrudaram do telefone, ainda esperando o nome de meu parceiro.

   Esperava que saísse com alguém familiar, não me sentiria confortável com alguém desconhecido tomando tequila em meu corpo.

— Sunarin - o apelido de Rintarou soou alto e claro, como se fosse predestinado nosso encontro naquela noite.

   O moreno se levantou, esperando meus movimentos até ele. Seus olhos esverdeados observavam meu rosto, contemplando-se de minhas expressões impassíveis. Por dentro, uma ansiedade estranha percorreu minhas extremidades, eu não sabia o que esperar vindo de suas escolhas, me questionava se Suna escolheria algo mais imprudente ou respeitaria meu corpo, porém eu desejava secretamente que o maior me lambesse por toda parte. Suas mãos pálidas me chamaram, abertas enquanto os dedos — enfeitados com anéis prateados — se movimentavam tentando me instigar para ir até si, e eu fui.

— Até aqui nossos caminhos se cruzam - sussurrou em meu ouvido, sua voz abafada, preenchida de sentimentos que eu não tinha consciência, suspirou como uma súplica por mim.

   Seus dígitos passaram por minha cintura, dando um aperto agressivo que me causou falhas no sistema. Um suspiro pesado escapou por meus lábios e me vi perdida entre seus braços. Rintarou cheirava a uma mistura de groselha e álcool, um cheiro forte com um toque afrodisíaco.

— Vou querer tomar na sua clavícula - apontou para o local, dando um sorriso perverso.

Aceitei sua escolha, colocando eu mesma o sal na curvatura do osso em meu pescoço. A alça do vestido estava caída por meu ombro, deixando mais amostra o local para o garoto. Eu estava sentada, os braços apoiados no chão e a cabeça jogada de lado. Suna ajoelhado em minha frente enquanto despejava gotas do líquido alcoólico e amargo. Ao sentir o gélido contato com a tequila, dei uma mordida leve no limão grudado aos meu lábios, a bebida escorrendo suavemente por meus seios e se perdendo no tecido escuro de minha roupa.

Rintarou se aproximou, prendendo-me com seus braços enquanto o rosto se abaixava na altura de meu busto. Sua respiração pesada bateu contra minha pele arrepiada, causando calafrios e tremores em meu ventre sensível. Sua língua com um piercing prateado apareceu, lambendo a extensão de meus seios até que chegassem na clavícula. O objeto gélido em sua boca subiu por minha derme, fazendo esfriar as partes quentes da pele, sua calorosa boca arrastava por mim e então sugou todo o teor alcoólico em meu corpo, fazendo com que pensamentos impuros percorressem minha mente e um gemido contido soasse, apenas ele escutou. Suna pareceu sorrir quando o barulho erótico se fez presente.

   Ao se afastar de mim, senti o calor me dominar e ao mesmo tempo, fiquei desconfortável com o resto de tequila em meus seios. Pedi licença do resto da roda, alegando que iria me limpar, porém assim que a atenção se desfez de mim, minhas orbes negras voaram até o rapaz de olhos amarelados e cabelo castanho, chamando-o silenciosamente até mim. Esperava que o mesmo me seguisse.

*
hey! é a nanda :)

gente, eu sei que a história anda meio monótona, mas eu preciso seguir o roteiro em minha mente para então as coisas começarem a esquentar na história (não falta muito para isso)

enfim, vai ter continuação dessa história da festa e para vocês não ficarem muito confusos, vou explicar aqui rapidinho:
as aulas acabaram e como comemoração, uma garota do terceiro ano fez uma festa e convidou a escola e afins, depois disso, vai vir as férias, então não vamos ter um cenário no internato na escola por um tempo, ok?
beijocas

se gostaram, deixem a estrelinha e comentem, me anima muito a continuar a história:))

até amores <3

cap sem revisão!!! [06/08/21]

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