twenty

You'll believe God is woman

~ Ariana Grande - God is a Woman

Parte 1


Mamãe dizia-me palavras de como eu estava perfeita durante a apresentação, ajudando-me a escolher roupas que levaria para casa de Louise. As francesas concordavam com Meredith, Diaphné dando palpites sobre a peça e como adorou a mensagem no final, o senso de crítica da senhora brilhava em nosso dormitório bagunçado. A filha da outra estava sentada educadamente em sua cama, tentando a todo custo mostrar para sua progenitora que era alguém digno de sua confiança, cruzava as pernas de forma elegante e quase não mexia as mãos, como se fosse uma aula de etiquetas.

— Fico tão feliz que nossas filhas estão tão amigas! - mamãe comentou com Daphné, dando-lhe um sorriso meigo.

A francesa mais velha concordou, iniciando uma conversa calma com a americana mais baixa. Ficaram alguns minutos assim, nesse meio tempo, minha amiga tomava o lugar de minha mãe e ajudava-me a escolher roupas, comentando que não precisava levar casacos ou calças, já que estávamos entrando no verão e a temperatura começava a aumentar.

Após arrumarmos a pequena trouxa, busquei por meu telefone e seu carregador, colocando os dois de qualquer forma na bolsa que quase estourava de tão cheia. Levava em uma mala diferente minhas maquiagens e peças para a festa, tendo duas opções de figurinos para o sábado tão esperado por Louise. Nossas mães estavam cientes da festa, sendo convencidas por nós de que seria apenas uma social entre amigos, sem muitos detalhes sobre possíveis drogas e bebidas que apresentam.

Caminhamos as quatro pelos corredores do colégio, a noite caía pelo campus, uma cachoeira de escuridão tomando todo o céu. Eu vestia uma blusa de mangas compridas, impedindo o meio gélido arrepiar meus pelos e deixar-me levemente com frio. Meredith e Daphné ainda conversavam, trocando telefones e combinando de tomarem um chá em algum dia. O caminho pelo internato estava silencioso entre mim e Louise, estando cansadas da semana de festivais e aliviadas por saímos um dia antes do final da semana de apresentações.

Quando chegamos no carro luxuoso de Daphné, mamãe despediu-se de mim dramaticamente, como de costume. Deu beijos molhados por meu rosto e pediu para que tenha cuidado durante aqueles três dias na casa das francesas, verificando comigo se tudo que eu estava estava na mochila. Concordei cansada, tendo meus ombros tensos por conta da peça hoje mais cedo.

— Se cuidem - mandou um beijou depois que entrei no automóvel caro.

Papai que estava ao lado de Meredith acenou, um sorriso singelo brincando em seus lábios ressecados. Quando percebi, já saíamos do campus, fazendo a viagem pela estrada vazia que levava à Hyogo. O negrume dos preparados com que meu sono aumentasse drasticamente, assim como em Louise, que adormeceu ao meu lado em poucos segundos.

*

Já era sábado, dois dias que eu estava na casa de minha amiga. Ontem fora um dia divertido com ela, vimos filmes e tomamos banho de banheira no quarto de sua mãe, que de bom grado nos ofereceu vinho sem álcool. A senhora Daphné ficou encantada ao saber que meu sonho era ser modelo, dando todo seu apoio em minha dedicação para tal profissão. Até mesmo recomendou agências que havia conhecido na França, eu agradecendo sua generosidade e dedicação para me ajudar.

Naquele momento, encontrávamos em seu extenso jardim, um suco de laranja pendendo nas mãos de Louise enquanto eu fazia em seus fios loiros uma trança raiz despojada. Conversávamos baixos, fofocando sobre a vida amorosa dos alunos da Inarizaki e algumas intrigas que havia entre pessoas de dentro da escola. A francesa criticava algumas garotas do clube de jornalismo, dizendo o quanto eram falsas e enxeridas. O sol levemente se punha no horizonte, trazendo uma coloração alaranjada e rubra para as plantas do quintal, meu rosto e o de minha amiga eram tingidos pelos tons dados ao céu, as bochechas corando-se suavemente pela tarde na piscina que tivemos.

Enquanto eu escutava suas palavras indignadas, meus olhos negros  compartilhavam uma experiência única com o entardecer, refletindo em minhas orbes negras as cores alaranjadas e roseadas. Eu admirava abismada o céu torna-se escuro pouco a pouco, a música calma de fundo levando-me à um transe esquisito. Não prestei atenção quando Louise levantou de meu colo e me chamou para dentro de casa, o intuito de nos arrumarmos para a festa tão esperada. Segui os passos da garota mais alta, ajeitando o biquíni no corpo enquanto andava decidida para seu quarto.

— Qual roupa pretende usar? - perguntou, abrindo o próprio armário.

— Estou decidindo entre este vestido - peguei a peça, que era na cor vinho - Ou este conjunto.

Meu dedos apontaram para uma saia estilo colegial nos tons de preto e branco, uma camiseta preta e uma jaqueta da mesma cor, tendo como acessórios o cinto e os anéis diversos.

— Dois extremos - comentou sobre o vestido mais ousado e as roupas que combinavam mais comigo - Eu iria no conjunto.

— Boa escolha, gatinha - pisquei, guardando o figurino que não usaria.

— Agora me ajuda aqui - pediu, jogando um terno em cima da própria cama - O que acha?

— Vai ficar gostosa - sorri, segurando a social branca e o blazer preto - Qual calça vai usar?

Louise pegou a tradicional jeans surrada que sempre usava, que era em tom negro opaco, trazendo com si uma correntinha que prenderia na calça.

— Vai ficar linda - busquei por meus coturno dentro de uma sacolinha - Vou tomar banho, ok?

A francesa concordou, observando seu traje com animação por finalmente realizar seu sonho de consumo. Senti-me feliz por ela, caminhando para o banheiro tranquilamente. Naquele momento, o sol já havia ido embora, deixando a escuridão tomar o seu lugar. Era 18h30, a festa começaria às oito horas da noite e já começávamos a agilizar nossa arrumação, sabendo que iriamos demorar algumas horas até o momento certo. Eu lavava o cabelo com calma, esfregando o shampoo nos fios escurecidos e medianos, fazendo uma massagem no couro cabeludo enquanto tentava a todo custo não ficar ansiosa, já que não era meu hábito ir em festas.

Sai do banho, tendo uma toalha enrolada no alto da cabeça. O banheiro foi invadido pela loira, que me deixou sozinha em seu quarto bagunçado e espaçoso. Aproveitei sua demora no banho para secar o cabelo e vestir-me com as roupas escolhidas, dando início na maquiagem assim que minha amiga saiu do cômodo, trazendo com si o vapor em excesso do banheiro. Começamos a pintura no rosto juntas, nem eu e nem ela exagerando nos produtos que passaríamos, apenas usando o tradicional delineado preto e passando o gloss rosado nos lábios, o máximo de coisas que usamos a mais foram o blush, corretivo e rímel.

Ficamos prontas quando o relógio já batia oito horas e xinguei a francesa por sua enrolação desnecessária, entrando rapidamente no carro de sua irmã mais velha -- que estava encarregada de nos levar já que era caminho para a casa de seu namorado. Durante o trajeto, eu e Louise tirávamos fotos aleatórias, todas sendo postadas no stories da garota, onde algumas pessoas que também estariam na festa viam.

Quando finalmente chegamos na casa dos gêmeos, uma música alta tocava por todo os arredores da mansão dos mesmos. Perguntei-me qual profissão seus pais seguiam para terem tanto dinheiro, impressionando-me ainda mais quando adentramos o interior da moradia, que era preenchida por milhares de jovens drogados e embriagados. A cada passo dado eu sentia medo de me perder ou ficar sozinha no meio daquela sufocante multidão, me arrependendo de ter aceitado o convite de Tsumu. Andamos sem rumo por uns minutos, encontrando o jardim gigantesco acompanhado de uma piscina maior ainda, do outro lado do mesmo encontrava-se os gêmeos e alguns garotos do time de vôlei.

Assim que o irmão de cabelos descoloridos avistou eu e Louise, Atsumu pulou de alegria, vindo em nossa direção rapidamente com um sorriso alegre tomando seu rosto belíssimo. Nos abraçou, puxando nós duas para seu grupo de amigos.

— Vocês estão lindas! - disse, um de seus braços circulando meu ombro enquanto outro envolvia os da francesa.

— Você também, Tsumu - elogiei o garoto, vendo sua satisfação ao ser chamado de lindo.

— Viu isso, Samu? - cutucou o irmão - Ela me chamou de lindo.

Osamu encarou o clone de fios loiros incrédulo.

— Nós temos o mesmo rosto - ri, aproximando-me do platinado enquanto via Louise enturmar com um pessoal aleatório.

— Oi - sussurrei, tendo minha cintura agarrada pelo gêmeo - Não nos vemos faz um tempo.

— Verdade - puxou meu queixo com suavidade, dando um selinho demorado.

Automaticamente lembrei-me de Suna e seu olhar penetrante durante a peça de teatro, mudando minha atenção para o Rintarou e percebendo que novamente seus olhos amarelados me observavam. Dessa vez não tampava a boca, já que bebia de um líquido rosado. Encarei de volta, disfarçando para que Osamu não percebesse a leve conexão que eu e o moreno estávamos tendo.

— Quer beber algo? - sua voz me trouxe de volta para as orbes castanhas dele.

— Hm... Talvez - sorri um pouco.

Samu me levou para dento da casa, onde os alunos da Inarizaki dançavam incansávelmente. Andou comigo até a cozinha, que estava coberta de garrafas vazias e copos jogados pelo chão. Perguntou sobre o que eu preferia beber e apenas lhe respondi com a minha escolha em uma vodka de morango. O mais alto questionou se poderia modificar um pouco a bebida, adicionando um pouco de licor sabor cereja e eu concordei com ele, observando o garoto preparar meu drink. Conversamos um pouco, Samu perguntando sobre meus resultados das provas e depois elogiando meu desempenho na peça de teatro.

Quando voltamos para o grupinho de antes, Atsumu me tirou de perto do irmão, iniciando um assunto extremamente animado e promissor — em seu ponto de vista. Eu tomava a bebida que seu clone de cabelos cinzentos preparou para mim, ficando encantada com o gosto bom que tinha. Aos poucos o álcool começou preencher meu sangue, dando leves indícios da embriaguez que eu estava tendo aos poucos. Tentava a todo custo prestar atenção em Tsumu, sendo repreendida várias vezes pelo mesmo por não estar escutando.

— Acho que preciso usar o banheiro - falei, observando meu copo ser preenchido pela sexta vez com outro líquido oferecido por meu amigo.

— Sabe onde é? - concordei, fingindo saber o que estava fazendo.

Eu daria um jeito, de qualquer forma. Levantei-me devagar, andando com calma até a multidão que fazia a mansão se tornar um pesadelo para mim. Nunca fui chegada a festas, todas que havia ido no passado foram trágicas e nada divertidas, sempre dando algo errado no final ou eu sendo deixada para trás por meus antigos colegas de classe. Suspirei pesado, encarando a extensa escada que levava ao segundo andar da residência dos Miya, provavelmente havia algum banheiro por lá.

Enquanto subia, percebi que Louise havia sumido e simplesmente me deixou com os gêmeos. Anotei
mentalmente que deveria brigar com ela depois. Meus olhos vagaram pelo segundo andar, vendo corredores longos formarem-se e me deixarem levemente confusa sobre que caminho seguir, resolvi ir pelo que estava mais vazio e aparentemente seguro. Olhava de porta em porta, procurando achar alguma plaquinha que indicasse o banheiro tão desejado por mim, encontrando uma fila de três pessoas se formando no meu objetivo encontrado. Fiquei lá, esperando minha hora chegar enquanto observava alguns casais desconhecidos passarem pelo corredor largo.

Quando chegou minha vez, me senti leve após fazer as necessidades sufocantes que sentia, lavando a mão com vontade para tirar qualquer bactéria que havia no cômodo. Sai de lá, perguntando-me qual era o caminho de volta, amaldiçoando-me por ter esquecido desse fator importantíssimo. Continuei a vagar pela mansão, nunca encontrando o local por onde tinha vindo, quase perdendo a paciência com aquilo. Até que decidi entrar na varanda escura e espaçosa que apareceu para mim durante minha aventura pela casa.

Meus dedos batucaram impacientes no ferro que me impedia de pular, observando os adolescentes inconsequentes dançarem loucamente na lateral do jardim, onde encontrava-se a sacada que eu estava. Suspirei pesado, vendo de longe o grupinho de Atsumu sentado debaixo de uma árvore mediana, todos conversando animadamente. Passei a mão pela testa, respirando fundo por estar irritada com meu fracasso em achar a saída.

— O que aconteceu? - escutei a voz cansada e baixa de Rintarou, me assustando com sua presença repentina.

*

recomendo escutarem as músicas que aparecerem durante o capítulo


No need to imagine
'Caus I know it's true
They say: All good boys go to heaven
Bu bad boys bring heaven to you

~ Julia Michaels - Hevaen

Parte 2

(+18)

   Observei seu reflexo tampado pela sombra do céu, nenhuma iluminação vindo dos corredores para iluminar seu rosto belo e meio drogado. Apenas conseguia ver Suna pelo fato das luzes do quintal estarem acesas e baterem na sacada em que estávamos. Eu realmente achei que estivesse sozinha ali.

— E então? Por que está estressada? - fumou do baseado entre seus dedos.

— Não te interessa - respondi grosseira, virando o rosto.

— Se não interessasse, eu não estaria perguntando - respondeu no mesmo tom.

— Idiota - xinguei ele, apoiando meu corpo no parapeito da varanda.

   Escutei uma risada nasal do moreno, logo vendo de soslaio ele se aproximar e ficar na mesma posição que eu, oferencendo em silêncio a erva que fumava.

— Não, obrigada - neguei, fazendo gestos com a mão.

   Conseguia ver seu rosto com clareza dessa vez, os olhos amarelados estavam baixos e avermelhados, a boca tragava o cigarro com maestria e me dava leve espasmos de admiração. Sua habilidade para fumar deixava Rintarou com um aspecto atraente e excitante, chamando minha atenção suavemente. Ele percebeu que eu o encarava, levando seu brilho esverdeado com uma mistura de âmbar até meu rosto meio pálido. Nos encaramos por alguns segundos, até perguntar:

— Sou tão bonito que não consegue desviar o olhar? - sorriu ladino, chegando mais perto tão lentamente que quase não percebi.

— Eu que te pergunto, ficou tão excitado assim para morder os lábios quando me viu dançar? - comentei sobre a apresentação alguns dias atras, lembrando-me detalhadamente de suas encaradas.

   Rintarou foi pego de surpresa, levantando as sobrancelhas finas e virando o rosto logo após, pensando no que me diria sobre seus atos perversos na quinta-feira passada. Dessa vez, quem estava rindo era eu.

— Ficou com vergonha, gatinho? - ousei dizer.

— Você está bem ousada hoje, não está?

— Talvez seja o álcool - eu não era tão forte para bebida, poucas quantidades já me deixavam minimamente extrovertida.

— Bebeu demais? - acendeu o baseado que se apagara.

— Não tanto - respondi, observando o beck pendurado em sua boca enquanto o fogo queimava a seda e a maconha.

   Suna soltou uma onomatopeia, acompanhando meu silêncio e observando a lua cheia iluminar a superfície terrestre, seu brilho forte se diminuindo em contato a atmosfera e tornando-se fraco. Nossos braços se tocavam, o calor do garoto passando por minha jaqueta e esquentando minha pele diáfana, uma sensação boa passando por nós. De fundo, Me & U da Cassie versão remix tocava alta, sendo abafada apenas pela distância que nos encontrávamos do aparelho de som. A vibe da música penetrava meu corpo e por um momento, senti vontade de me drogar enquanto beijava Rintarou, porém a ideia se foi na mesma velocidade que chegou.

— Certeza que não quer? - voltou a oferecer o baseado.

   Encarei seu rosto pálido que era iluminado pela lua, caindo em seus encantos novamente. Fiquei tanto tempo observando Suna que havia esquecido de o responder, sendo encarada de volta com a mesma intensidade, o garoto percebendo minhas desavenças com a confusão entre o beijar ou o ignorar, como sempre. Aproximou-se, colocando uma mão em minha bochecha gelada, os dedos entrando por meu cabelo escuro e dando leves puxões ferozes.

— Você não precisa redimir seus desejos por mim - sussurrou, molhando os lábios enquanto seus olhos amarelados encarava minha boca rosada.

   Não sabia se aquela sensação era feita pelo álcool ingerido, ou se realmente era meu desejo carnal por Suna se manifestando em meio peito. Talvez o álcool apenas tivesse me dado coragem para livrar minhas necessidades que sempre foram escondidas. Eu realmente lutava constantemente contra a elegância que Rintarou transpirava, sempre ignorando seus encantos e fingindo não existir, contudo dessa vez os meus desejos falavam mais altos.

— Achei vocês dois - o moreno mais alto tirou rapidamente os dedos de meu rosto, aproveitando a escuridão para disfarçar o quase beijo que tivemos.

   Osamu entrava pela varanda, as mãos no bolso e os alargadores deixavam o gêmeo extremamente bonito. Respirei fundo, tentando controlar a excitação que sentia pelos dois garotos ali presentes. Um
formigamento estranho passava por meu corpo, agora quente.

— Estão fumando? - perguntou e Suna concordou, oferecendo a erva para o amigo, que aceitou de bom grado - O que acham de ir para meu quarto? Tem um pessoal vindo para cá.

   Assim que disse, um grupo de jovens invadiu a sacada, um deles segurando uma garrafa de vodka e outros com
copos em mãos. Concordei com Samu, me desencostando do parapeito de ferro e me aproximando do platinado, que passou o braço por minha cintura como mais cedo. Andamos os três para os aposentos do gêmeo, Rintarou caminhando por trás de nós dois. Virei meu rosto em sua direção, encontrando as orbes amareladas encarando meu corpo com seriedade e me questionei no que o garoto estaria pensando.

   Quando chegamos no quarto de Osamu, o rapaz destrancou a porta e nos deixou entrar, a coloração da led tomando nossa visão. O vermelho preenchia todo o cômodo, Slide do Chase Atlantic tocava em um volume ideal que não permitia a música da festa interromper o clima que tomava as três almas ali dentro. Suna chegou se jogando na poltrona do amigo, já começando a bolar um novo baseado para nós enquanto eu e o Miya nos acomodávamos no ambiente.

   Um silêncio confortável instalou-se no quarto, eu pegando meu celular para ver as horas e me deparando com uma mensagem de Louise. Era exatamente meia noite, o relógio digital  havia acabado de mudar o horário quando mais uma notificação da francesa chegava. Abri, vendo o que a garota havia escrito para mim. Ela apenas avisava que estaria ocupada com uma menina e que eu deveria me cuidar, apenas lhe mandei um emoji concordando, desligando o aparelho e jogando-o em cima da bancada onde estava a televisão.

— Ei, gatinha - Samu me chamou, mostrando o beck já bolado em mãos.

   Me aproximei, observando os dois garotos atraentes sentados um do lado do outro. Eram tingidos pela led vermelha, as cores reais das roupas se modificando por conta da coloração da luz. Eu ainda sentia o olhar de Suna me penetrar, encarando-me enquanto tragava da droga e soltava a fumaça pelo quarto. Meu corpo estava sentado na beirada da cama, Osamu e Rintarou na poltrona, um no braço da cadeira e outro no acento real da mesma. Passei a erva para o moreno, que negou minha proposta e deixou que eu fumasse mais.

   Estranhei, porém não perguntei o motivo. Continuei observando eles, percebendo Suna se levantar da poltrona e se por ao lado de seu amigo, passando os dedos pelo queixo dele e trazendo levemente para perto de seu próprio rosto. Prestei mais atenção, vendo os olhos baixos de Rintarou encararem a boca de Osamu enquanto quase tocava seus lábios no platinado. Parei de fumar, deixando o cigarro apoiado entre os dedos trêmulos, sentindo-me um pouco chocada pelo o que via.

   Suna beijou Osamu, iniciando movimentos lentos, contudo profundos e pervertidos, instigando o outro a ficar com vontade de mais contato com o maior entre nós três — vulgo Rintarou. O Miya segurou na nuca do amigo, aumentando a intensidade do beijo enquanto o moreno passava as mãos por sua coxa aberta. Eu observava tudo atentamente, aliviada por não ser a única que estava necessitada dos dois ao meu lado. Uma tremedeira passou por minhas pernas, que esfreguei uma na outra por um tempo até que Rintarou separasse seus lábios de Osamu, aproximando-se de mim com um sorisso ladino.

   Suna apoiou um dos braços na cama e outro em meus rosto, trazendo-me para perto com maestria e rapidez, sua boca úmida raspando na minha enquanto inclinávamo-nos para o colchão lentamente. A respiração do maior batia em mim, seus olhos me encaravam com luxúria, intensificando minha excitação por ele e vontade de ter seus lábios aos meus. Rintarou finalmente me beijou, a língua invadindo todo meu interior com vontade e habilidade. O piercings gélido que tinha em seu músculo da boca percorria-me toda, o frio do metal dando arrepios por meu corpo e deixando-me extremamente desestabilizada.

   Nos deitou na cama, colocando seu peso por cima do meu enquanto ainda possuía meus lábios para si próprio, segurando meu rosto com força em um gesto de dominância. Me vi perdida em seus atos perversos, me perguntando o por que de nunca ter presenciado uma sensação tão prazerosa como aquela. Separou-se de mim, o olhar baixo dele penetrando meu interior com força e luxúria, suas mãos percorrendo minhas extremidades com lentidão, torturando-me com minha própria excitação. Suna se levantou, tirando a camiseta no mesmo momento que Osamu, pegando de minha mão o beck e colocando-o na boca, tragando profundamente e se virando pro gêmeo platinado, se
aproximando de novo e passando a fumaça pelos lábios de Miya, que se drogou com a mesma.

   Apoiei os cotovelos na cama, observando os atos dos dois e me sentindo mais sedenta para ter eles comigo naquele colchão de casal. O corpo estrutural dos garotos era evidente, os músculos e definições que tinham por entre o abdômen me cativava e encantava todo o meu subconsciente perverso. Osamu puxou Rintarou pelo cinto para que se sentasse ao meu lado, aproximando-se de mim para beijar meus lábios necessitados. Eu aceitava de bom grado cada toque e carícia que recebia dos dois garotos, meu prazer aumentando gradativamente com todos os contatos tímidos que tínhamos.

   O platinado se agachou na frente do moreno, tirando o cinto de sua calça e a descendo lentamente pelo corpo de Suna, que apenas observava os atos pervertidos do amigo. Levantou a bunda para ajudar Osamu, tendo seu membro dotado para fora das peças de roupa. Um arrepio intenso percorreu minhas extremidades, minha intimidade se molhando inteira com a visão de Samu colocando o pau de Rintarou na boca. Chupou Suna com vontade, passando a língua por toda a extensão do garoto enquanto observava as expressões dele sendo chupado.

   Me segurei para não me tocar ali mesmo, cruzando as pernas com força, mordendo o lábio fracamente. Rintarou percebeu meu 'sofrimento' , passando a mão livre por minha perna e subindo pela saia com cuidado, como se pedisse permissão para tocar meu corpo. Recebi seus toques de bom grado, não ligando o que ele faria comigo naquele momento, apenas queria sua boca na minha novamente. Suna apertava fortemente minha coxa, segurando ferozmente quando Osamu fazia algo que instigava o limite do garoto. Eu soltava múrmuros baixos quando seu toques ficavam agressivos em minha derme a mostra, suspiros pesados saindo por entre meus lábios úmidos.

   Ficaram por um tempo no sexo oral, Osamu não deixando que Suna gozasse em sua boca. Levantou-se do chão e olhou para mim, meus olhos escuros encontrando os seus com suavidade. Rintarou não ficou parado, virou para mim e tirou meus fios do rosto, pegando em meu queixo com cuidado e encarando minha face.

— Quer continuar? - acariciou meus lábios.

Me sentei na cama, segurando seu pulso enquanto me aproximava de seu rosto bonito, selando nossas bocas novamente. Eu puxava o cabelo de Suna, indo para seu colo devagar enquanto sentia suas mãos tirando minha jaqueta rapidamente. Osamu ajudou o garoto, também me despindo enquanto via eu cavalgar no membro de Rintarou. Tirou minha blusa, jogando-a no chão de qualquer forma, deixando-me apenas com as roupas íntimas e a saia. Separei meus lábios do moreno, respirando fundo enquanto sentia suas mãos apertarem minha bunda fortemente.

Suna passou os dedos por minha cintura, ajudando meus movimentos em seu colo. Sua ereção esfregava-se por minha intimidade, instigando minha excitação escorrer pelas paredes de minhas pernas, gemidos baixos acompanhando a melodia da nova música que tocava no quarto. Sex money feelings die tocava, entrando por meu ouvido e eletrizando todos os meus nervos sedentos de uma foda com Suna e Samu. Sai do colo do garoto, tirando o resto das peças que prendiam-se em meu corpo enquanto observava Rintarou pegar uma camisinha em sua calça. Osamu fazia o mesmo que eu, tirando os tecidos escuros e os jogando de qualquer forma pelo quarto.

Voltei para o colo de Suna, segurando seu pau ereto e sentando no mesmo. Gemi com o ato, sentindo ele penetrar de uma vez em minha intimidade pegajosa de tão molhada que estava. Iniciei movimentos lentos de vai e vem na ereção do garoto, vendo Rintarou fechar os olhos fortemente quando pressionei seu pau com minha buceta. As mãos dele percorriam toda as minhas coxas, apertando elas e icentivando minhas sentadas em si. Vi Miya se aproximar, sentando ao meu lado enquanto se masturbava. Segurei seu membro, ajudando ele a chegar em seu limite enquanto levava estocadas de Rintarou ferozmente, não dando-me tempo para raciocinar a situação. Minhas pernas tremiam e a boca não parava de soltar gemidos baixos e suspiros sôfregos, a sensação de prazer subindo por todo meu corpo quente.

Ficamos naquele ritmo contínuo até Rintarou gozar, pressionando seu pau dentro de mim enquanto soltava um grunhido baixo. Logo depois eu me desfiz em si, quase desabando em cima do maior se não fosse minha vontade de fazer Osamu também gozar. Masturbei o gêmeo com vontade, uma tremedeira tomando minhas pernas e buceta, a sensação de cansaço consumindo a minha pessoa. Miya derramou seu leite em minha mão, suspirando pesado e se jogando na cama, fiz o mesmo, deitando a cabeça o peito de Suna e descansando da recém transa que tivemos.

*
essa capítulo merece engajamento porque puta que pariu, quatro mil palavras escritas

deixem sua avaliação e comentários pfv, tia nanda agradece demais 🥺

beijocas amores, até maisKKKKKK
vou fingir que nao fui eu que escrevi isso
aiai

cap sem revisão!!! [01/06/21]

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