#𝟑𝟑 - 𝖭𝗈́𝗌 𝗍𝖾𝗆𝗈𝗌 𝖺 𝐒𝐲𝐫𝐚𝐱, 𝐂𝐚𝐫𝐚𝐱𝐞𝐬, 𝐅𝐥𝐚𝐫𝐢𝐨𝐧 e 𝐌𝐞𝐥𝐞𝐲𝐬.
Desde que Rasmus tinha falecido e Drasilla ido embora para a capital, as coisas em Jardim de Cima estavam mais complicadas, Carmine não queria assumir que eles faziam falta, um pouco de seu orgulho como coração pulsante do lugar não deixava, mas até ela poderia afirmar isso. Alys era quem ficava no encalço dos filhos de Drasilla o tempo todo, não só ela, como Cadmus Stark também, como a princesa bem tinha pedido a ele, não perder seus filhos de vista, nunca.
Harrold Westerling ainda não havia chegado a residência Tyrell, mas outra coisa havia. O corvo enviado por Erryk Cargyll antes de partir para Pedra do Dragão, a pedido de Drasilla, havia chego. Uma ama levou a carta para a lady Carmine, já que estava endereçada a ela, junto da lady-viúva estavam a sua filha Alys, com quem conversava e quem levava Lyonel no colo, além de Cadmus, que estava abaixado brincando de blocos com a pequena Aemma, que muito insistira para que ele fizesse isso. Os olhos foram em Carmine assim que a carta lhe foi entregue, todos em silêncio.
── É da Drasilla, veio da capital. ── Ela disse abrindo lentamente e lê silenciosa. ── É sobre ...
── A morte do rei e a usurpação da Rhaenyra, como era de se imaginar. ── Cadmus responde, se levantando devagar. ── Guarde essa informação por enquanto.
── Logo os apoiadores do Aegon espalharão a notícia. ── Alys caminhava para colocar Lyonel que dormia em um berço. ── Você precisa partir para o Norte, avisar ao Cregan e convocar os exércitos.
── Mas e vocês? ── Cadmus olha ambas as Tyrell adultas e depois as crianças. ── Como fica vossa segurança? Com certeza o Leo apoiará o Aegon.
── Nós ficaremos bem. ── Ela apertava os próprios dedos. ── Leo não machucará as crianças ou a nós, é uma vantagem que ele tem contra a Drasilla.
── Você precisará ir até o Rochedo. ── Alys caminha até a mãe. ── Conseguir apoio dos vassalos, Jason e Tyland são leais ao Otto, duvido que os Lannister apoiem a Rhaenyra, mas seu exército é composto parte por vassalos.
── Claro, mas a Drasilla avisou que mandaria um reforço na carta. ── Carmine mostrou o papel aos outros dois. ── Vou esperar que chegue para partir e você garoto, vá logo.
Algumas horas após a Princesa Drasilla ter partido dois guardas trazem um homem sendo arrastado pelos corredores da Fortaleza Vermelha, o ruivo reclamava, mas sequer conseguiria se manter de pé perante a seu estado de alcoolismo atual. Quando Otto soube que Gwayne sequer tinha partido com a carruagem, mas na verdade tinha sido encontrado bêbaod entre os becos da cidade, ele não teve tempo nem de se irritar com o filho, mas sim com Drasilla, ele sabia que tinha dedo dela em tudo isso.
Quando os guardas abriram as portas, Otto conversava com outra pessoa, com um aceno de cabeça do Mão do Rei, ambos os guardas jogaram Gwayne no chão, saindo em seguida. Gwayne gemeu de dor, não havia sido um trajeto muito confortável para ele, os únicos barulhos que se ouvia além disso, era o crepidar do fogo da lareira e também as botas de Otto se aproximando do filho rapidamente.
── Por que essa decepção não é surpreende? ── O pai ralhou com o filho, chutando um Gwayne caído ao chão. ── Você só tinha um trabalho, chegar ao maldito Jardim de Cima e garantir o apoio daquele garoto.
── Onde está a minha esposa? ── Aemond rodou a mesa, se aproximando do tio.
── E...Eu, hm. ── Gwayne mal conseguia organizar as palavras.
── Voe até a Campina. ── Otto assinalou ao neto. ── Encontre a princesa e garanta o apoio do Leo.
── Ela não estará lá. ── Aemond se afastou, visivelmente impaciente, por tê-la deixado escapar, como um passarinho. ── Ela está com o dragão, se quisesse ir pra Campina tinha entrado naquela carruagem, quem foi nela, aliás?
── Deuses outro problema. ── Otto resmungou se afastando. ── Nós precisamos encontrá-la.
── Perseguir a Drasilla é perda de tempo. ── Aemond mantinha as mãos nas costas. ── Ela fugiu porque quis.
── Porque você permitiu isso, sendo conivente com ela. ── Otto ralhou, mas quando o príncipe, maior que si, avançou três passos na sua direção, o Mão do Rei só soltou o ar pesado. ── Vá onde quiser, mas resolva isso, ela é seu problema agora.
── Vou voar até Ponta Tempestade, falar com o Lord Borros. ── Os ombros do loiro relaxaram. ── Já temos os exércitos Lannister e Tyrell, com o apoio dos Baratheon não haverá muito lá fora pra eles.
── Certo, eu vou a Pedra do Dragão, negociar a rendição da Rhaenyra para ganhar tempo para nós e você ... ── Ele apontou a Gwayne. ── Se recomponha, suba no primeiro cavalo que encontrar no estábulo, pegue a Estrada da Rosa e chegue em Jardim de Cima ... PRA ONTEM.
── Ok ... ── Gwayne se levantava, seu corpo estava mole, ele se debruçou, apoiando as mãos no chão, para em seguida vomitar, fazendo Otto revirar os olhos e Aemond passar desviando por ele para sair pela porta. ── Pai ...
O sol já tinha raiado quando a princesa chegou até Pedra do Dragão, de longe ela poderia ver um grupo de pessoas em uma parte da montanha que cercava o castelo, em uma espécie de ritual, pelo que via de longe parecia ser algo relacionado a uma coração, não conseguia identificar as pessoas com exatidão, então ela precisava planar mais baixo. Olhando para cima eles poderiam ver um dragão se aproximar, todos sabiam que os selvagens não chegavam tão perto, Daemon não tinha dúvidas de quem se tratava.
Não era necessário estar perto para saber, Rhaenyra olhava trêmula, enquanto os olhos de Daemon carregavam um ódio. Drasilla teve que pousar um pouco mais longe, Flarion urrou após ela saltar de sua cela e ergueu voo, possivelmente para se encontrar com Caraxes e Syrax, com quem se dava melhor. A princesa morena parou próxima à prima Rhaenys, que eu um ponto mais distante assistia à coroação. Quando ela está prestes a se aproximar mais, para alcançar alguns apoiadores e depois os sobrinhos, que estavam mais próximos, o braço de Rhaenys passa a sua frente, impedindo que continue.
── Tome cuidado. ── Ela recolheu o braço, olhando a mais jovem. ── Seu irmão está sendo guiado apenas pelo ódio, se aproximar da Rhaenyra pode ser complicado.
── Eu conheço o Daemon. ── Drasilla a olhou. ── Sei como lidar com ele, com os dois.
── Não quando ele está verdadeiramente lidando com o luto. ── A mais velha respondeu, ainda se lembrava de Madlyn, ao ver Daemon e ao olhar para Drasilla.
As duas ficaram ali por mais tempo, até que todos se recolhessem para dentro do castelo, a caminhada de volta era soturna e silenciosa. Nos salões do castelo todos conversavam baixo, a princesa morena ainda estava com as suas vestes de voo, assim como Rhaenys, elas ficaram lado a lado, silenciosas, no fundo. Quando Rhaenyra passou, já trajando roupas adequadas e usando a sua coroa, ela olhou Rhaenys e Drasilla, as duas apenas concordaram com a cabeça.
Quando Drasilla olhava para mesa, além dos lordes, ela também via quem estava faltando ali, mas suas orbes foram rapidamente na direção de Daemon, conversando com dois deles, como se sua autoridade fosse superior a qualquer outra coisa, havia uma energia emanando dele, não poderia ser vista, mas era sentida, Drasilla rapidamente olhou para Rhaenys, concordando com tudo que ela havia dito antes, seu irmão era guiado por um nível de ódio e luto que ela não reconhecia.
── Como está nosso poderio? ── Rhaenyra questionou a mesa.
── Temos 30 cavaleiros sem besteiros e 300 homens de armas. Pedra do Dragão é fácil de proteger, mas como objeto de conquista, nosso exército deixa a desejar. ── Daemon tomou a frente. ── Contatei meus leais homens da patrulha da cidade como apoio, mas não posso falar de números.
── Já temos as declarações de Celltigar, Stolton, Darklin e Baremon. ── Um dos lordes a mesa falou.
── A minha mãe era uma Arryn, o Vale não virará o manto contra seus parentes. ── Rhaenyra apontou na mesa.
── Riverlands sempre foi muito fiel ao seu pai, Majestade. ── O mesmo lorde de antes voltou a falar. ── Com o consentimento do Príncipe Daemon eu já mandei corvos para o Lorde Grover.
── Lorde Grover é instável e facilmente persuadido, não precisará ser convencido com força e que o apoiaremos em caso de guerra. ── A rainha falava olhando diretamente para Daemon.
── Vou tratar pessoalmente com ele. ── Daemon rebateu olhando a esposa.
── E quanto a Ponta Tempestade? E Winterfell? ── Outra voz questionou.
Daemon tinha seu olhar fixo em Rhaenyra, mas mudou para Drasilla assim que os dois lugares foram mencionados, como se quisesse que a irmã falasse alguma coisa ou desse algum parecer, mas passaram-se alguns segundos em silêncio e ela nada disse, apenas virou o rosto, falando algo baixo e inaudível para a Princesa Rhaenys, isso não fez com que Daemon deixasse de encará-la, só reforçava o que Rhaenys havia dito sobre ele mais cedo.
── Em Winterfell jamais viveu um Stark que esquecesse um juramento. ── Alguém respondeu. ── E com a casa Stark, o Norte seguirá.
── Lorde Borros Baratheon precisará ser lembrado das promessas de seu pai. ── Rhaenyra cortou a conversa, olhando de relance para Drasilla. ── Notícias de Driftmark? ── A rainha questionou olhando para Rhaenys.
── Lorde Corlys está navegando com destino a Pedra do Dragão. ── Ela respondeu de pronto.
── Para apoiar sua rainha. ── Daemon falou com meio sorriso.
── A Frota Velaryon está sob julgo do meu marido. ── Rhaenys rebateu. ── Ele decide pra onde navegam.
── Estamos rezando por seu apoio e de seu marido. ── Rhaenyra direcionou a Rhaenys. ── Assim como sempre rezamos para que a saúde do Serpente Marinha retornasse. Não há um porto no Mar Estreito que ousaria ter a tropa Velaryon como inimiga. E os nossos inimigos?
O silêncio se fez, Drasilla apertava as mãos, umas nas outras, sabia que a sua presença e suas alianças poderiam decidir muita coisa, mas não lhe agradava deixar o marido na capital. Aemond e Drasilla tinham uma relação complicada, depois de perder Rasmus ela não sabia o que sentia por ele, mas em muitos momentos, enquanto ela tinha suas crises de choro ou desespero, mesmo antes do casamento, era ele que a confortava, como ela queria que ele ficasse do lado de Rhaenyra, não haveria guerra assim, eles poderiam ficar juntos, mas era tudo mais complicado.
── Não temos aliados entre os Lannister, o Tyland serviu a Mão por muito tempo para se virar contra ele. ── Daemon falou. ── E os Hightowers precisam da frota deles.
── Sem os Lannisters não encontraremos aliados ao leste de Dente Dourado. ── Rhaenyra conclui. ── Não há nada que sua sogra possa fazer, Drasilla?
── Não sei dizer, um corvo foi mandado ao sir Cadmus que estava lá, mas sem o apoio dos Tyrell não sei se a Carmine pode ir tão longe e conseguir ajuda dos vassalos. ── A morena olhou o mapa. ── Inclusive não temos o apoio deles também, Leo lidera o exército da Campina e não se virará contra os Hightower.
── Então é um não. ── Daemon soltou olhando sério a irmã. ── Riverlands é essencial, majestade.
── Perdoe a minha franqueza, mas especular sobre homens é inútil. ── Um dos lordes os interrompeu. ── A sua causa detém um poder jamais visto por essas terras desde os tempos da Antiga Valíria ... Dragões.
Todos ficara em silêncio após ouvir aquilo, Drasilla olhava diretamente para Rhaenyra, lembrava da fala de Aemond, sobre ela não precisar ir para uma guerra sob o dorso de Flarion, sobre ela não precisar morrer por isso, ela não sabia quais medos ele tinha, sobre os negros serem mais fortes que os verdes quando se falava de dragões, sobre perdê-la, sobre tantas outras coisas, mas ela concordava com ele, não queria ter que voar com Flarion para a guerra.
── Os verdes também tem dragões. ── Rhaenyra afirmou o óbvio.
── Pelas minhas contas eles tem três adultos. ── Daemon interrompeu a rainha. ── Nós temos a Syrax, Caraxes, Flarion e Meleys.
Nesse momento Drasilla e Rhaenys se olharam, eleas não haviam concordado e subir em um dragão e provocar uma guerra civil pelo reino, a mais jovem olhou para Rhaenyra de pronto, sabia que também não concordaria em expor Syrax a isso, a dragão não tinha o menor preparo bélico, não que Flarion fosse muito mais capacitado pra isso, voar de dragão e lutar numa guerra eram coisas bem diferentes.
── Seus filhos tem Vermax, Arrax e Tyraxes. ── Daemon continuou. ── Baela tem a Moondancer.
── Nenhum dos nossos dragões esteve numa guerra. ── Rhaenyra o lembrou.
── Ainda há dragões sem montadores, o Seasmoke reside em Driftmark. ── Daemon continuou. ── Vermithor e Silverwing vivem em Monte Dragão, também sem montadores. Temos quatro dragões selvagens aninhados aqui.
── Quem os montará? ── A rainha seguia insistindo, sabendo que não era uma ideia viável.
── Pedra do Dragão tem 14, contra quatro deles. ── O Príncipe Rebelde tentava convencê-la. ── Eu ainda tenho 20 ovos sendo chocados em Monte Dragão.
── Mas nenhum deles conseguirá ser montado a tempo. ── Drasilla ergueu a voz o lembrando.
── Agora precisamos de um lugar, um ponto de partida, grande o suficiente par abrigar o anfitrião considerável. ── Daemon ignorou totalmente a irmã. ── Aqui em Harrenlhall podemos cercar o oeste e chegar a King's Landing com os dragões. E logo teremos a cabeça de cada um dos verdes enfiados em uma estaca.
── Rhaenyra ... ── Drasilla a chamou, foi baixo mas ela conseguiu ser vista pela rainha.
── Majestade navios form avistados perto do porto. ── Sir Erryk falou para a rainha. ── Com bandeiras de dragão de três cabeças.
── Certo ... ── A rainha olhou para Daemon e depois Drasilla. ── Cuide disso e você ... Venha.
Havia um silêncio estranho entre as duas, Drasilla e Rhaenyra eram mais próximas do que qualquer pessoa naquela sala, mesmo com Daemon ali, as duas sabiam como sua relação desde o berço era estreita, passaram por mita coisa juntas, mesmo quando fisicamente estavam separadas, elas sempre voariam uma para outra. Quando a porta do cômodo se fechou foi a loira que puxou a tia para um abraço, Rhaenyra não queria ser tocada pela maioria das pessoas, mas queria o abraço dela.
Drasilla passou os braços por baixo dos dela, enquanto a rainha rodeou os seus aos ombros da morena e elas se apertaram com força, a loira ainda sentia dores do bebê que tinha perdido, Drasilla não precisou perguntar, Rhaenys havia assinalado enquanto desciam para o castelo após a coroação, a morena sabia muito bem como era aquela dor, tinha perdido três filhos, um deles com aquela mesma dor de perder alguém, seu Lyonel quase não nasceu quando ela soube da morte de Rasmus. Porém, no ombro de Rhaenyra, quando as duas começaram a chorar em um silêncio, quando apoiavam uma a outra, era sobre Viserys que se referia.
── Me desculpe por não ter estado aqui antes, com a Rhaenys. ── Drasilla se afastou, limpando o rosto dela antes do seu.
── Eu sei que você precisou distraí-los para garantir que a Rhaenys chegasse. ── A rainha se afastou da tia, respirando pesado. ── Sir Erryk reportou tudo ao Daemon e a mim.
── Eu faria tudo para garantir o seu direito de nascença. ── O corpo de Drasilla se afastou, se apoiando em uma poltrona.
── Preciso que você vá ao Norte, no lugar do Jace. ── Rhaenyra pediu, conhecendo a relação de Drasilla com os Stark. ── Você conseguirá o apoio do Lord Cregan, poderá voar a Riverlands também na volta e confirmar o apoio dos Tully. Deixemos o Jace falar com a Jeyne no Ninho.
── O Norte não precisará ser convencido. Mandei um corvo ao Cadmus, ele já está a caminho de Winterfell, eles o escutarão. ── Drasilla ponderou, confiava no Stark. ── Mas o Lord Borros precisará ser convencido, irei junto com o Luke, para garantir que seja mais fácil e rápido.
Os ventos frios já tocavam o rosto de Cadmus Stark quando ele chegava a Winterfell, o Stark sempre sabia quando estava perto demais de sua casa, aqueles lugar sempre o deixaria confortávele desconfortável na mesma medida, pendendo um pouco para mais ou menos nos últimos anos. Ele não precisava mais se identificar, as pessoas conheciam o guarda onde quer que ele estivesse, não era como em outra ocasião, anos antes, os guardas de seu tio Rickon o levaram preso, como um forasteiro, mesmo com a barba maior e os cabelos nos ombros, Cadmus era reconhecido pelos seus.
Não havia necessidade de escolta, mas dois guardas o acompanhavam quando ele exigiu encontrar com Cregan e Sara, ele sabia que os irmãos quase sempre estavam juntos, naquele tempo em que questões políticas eram mais recorrentes que momentos de lazer, eram Sara e Cregan que continham quais quer ânimos elevados no Norte, se antes eles eram vistos como crianças, hoje o Lorde de 23 anos e a irmã de 31, eram pessoas respeitadas pelos seus, após alguns anos já liderando Winterfell e seus vassalos. O que Cadmus encontrou foi um Conselho de Guerra Nortenho, ele queria acreditar que as notícias tinham chegado rápido demais ali, mas sabia que eram problemas do Norte.
── Aconteceu alguma coisa? ── A voz dele chamou a atenção de todos, em torno da mesa, além de seus primos haviam os lordes Bolton, Kastark, Glover, Dustin, Manderly, Cerwyn e Locke. ── Problemas próximos a Muralha de novo?
── Não, em Bear Island. ── Cregan foi quem respondeu. ── Lord Manffred tem alguns aliados consigo, por isso unimos o conselho as pressas.
── Ele tem os Flint, Dustin, Reed, Hornwood, Umber e Ryswell. ── Dessa vez foi Sara a responder.
Cadmus sentia um dejavu, parecia que todas as vezes em que ele volta para seu lar há problemas com os Mormont e ele sentia, mais do que muitos, que parte era sua culpa, sua mãe estava lá, se ele tivesse ficado e a apoiado, ficado com suas irmãs também, algumas coisas poderiam ser evitadas, ele deveria ser o senhor de sua casa, sua mãe não deveria achar que precisava buscar apoio em Manffred Mormont, seu primo, seu único filho deveria resolver. As mãos de Cadmus pinicavam de ansiedade, mas haviam problemas maiores.
── Preciso falar com vocês dois. ── Ele direcionou o olhar a Cregan e Sara. ── A sós, é urgente.
── Você pode falar na frente de todos, jovem guarda. ── A voz do velho Lorde Cerwyn chama a atenção, Cadmus troca um olhar com o primo e Cregan só confirma com a cabeça. ── Esse é um Conselho de Guerra Nortenho, não há assuntos do Norte que não possamos saber.
── Viserys está morto. ── Ele solta sem medir as palavras e chocando a maioria. ── O direito de nascença da Princesa Rhaenyra foi tomado, na capital os Hightower e seus apoiadores coroaram o usurpador como Aegon II, o Norte precisa apoiá-la. Nossa atenção precisa ser nisso e não novamente nesse conflito com o Lord Manffred
── Nós não iremos recuar. ── O Lord Bolton se exalta, ele tinha menos de uma década a mais que Cadmus, tinha suscedido o avô a pouco também. ── Recuar para resolver os problemas dos Targaryen é garantir que quando acabar não haverá Norte para voltar.
── Ele está atiçando vassalos contra a minha liderança. ── Cregans e vira ao primo. ── Não queremos derramar sangue por isso, mas Lord Bolton tem razão, precisa ser resolvido.
O conjunto de vozes se altera falando um por cima do outro no Conselho de Guerra Nortenho, há aqueles que achem que devem se concentrar apenas nos problemas do Norte e outros que acham que o Mormont entenderá prioridades ao focar em defender Rhaenyra, mas a própria Sara acreditava que um Norte dividido iria causar apoiadores de Aegon nas terrar frias daquele lado do reino, quando seus olhos foram em Cadmus, eles sabiam que precisavam unir o Norte pra isso dar certo.
── Ok, CHEGA! ── O grito de Cadmus impaciente chama a atenção de todos. ── Eu vou a Bear Island resolver isso, mas vocês aqui, se preparem para lutar pela Rainha Dragão.
── Eu vou com você. ── Sara se ergue de pronto. ── Levaremos alguns soldados.
── Eu não vou pra lutar com o Lord Manffred. ── Cadmus a advertiu. ── Irei só e seu irmão precisará de você aqui.
── Ok, vamos nos organizar então. ── Cregan falou ajeitando o casaco pesado nos ombros. ── Mandemos corvos a Pedra do Dragão, vamos ver o que a nossa rainha precisa.
Havia uma organização em Pedra do Dragão, todos já se orientavam rapidamente para seguirem por onde o time dos negros tinha organizado. Na parte exterior do castelo, com o sol já se ponto naquele momento, Drasilla e Jace estavam em um ponto mais afastado, a princesa olhava na direçãod e Rhaenyra e Lucerys, conversando alguma coisa, o jovem príncipe parecia nervoso e Rhaenyra ali não era a sua rainha, mas a sua mãe o acalmando. Já Jacaerys, do lado de Drasilla, olhava o horizonte, como se preocurasse alguma coisa lá fora.
── Preocupado demais? ── Ela quebra o silêncio. ── Ser o Príncipe de Pedra do Dragão traz algumas responsabilidades.
── Você ainda é a Senhora de Pedra do Dragão não é? ── Ele não a olhou de início. ── Vai estar aqui para me ajudar a cuidar das coisas.
── Claro que eu vou. ── Ela colocou a mão no ombro dele. ── Devo trazer a Aemma e o Lyonel pra cá quando tudo ficar mais tranquilo, não há espaço pra mim na Campina, eu receio.
── E seu segundo casamento? ── Jace então a olhou.
── É complicado. ── Ela desviou os olhos dele. ── Mas eu estarei aqui com você, não se preocupe. Você agora tem uma grande responsabilidade Jace, a Rhaenyra sabe que pode não estar aqui no fim desses conflitos e o Daemon sabe que não vai estar, ela precisa de uma pessoa que os Lordes confiem.
── Eu farei tudo por ela. ── Ele confirma, olhando a mãe e o irmão.
── Fique seguro, o legado vale mais do que a coroa pra ela. ── A morena o alertou.
── Porque estamos lutando em uma guerra que pode nos matar então? ── Jace não tirava os olhos da mãe e de Lucerys.
── Você sabe a resposta. ── Drasilla pegou a mão dele, segurando com firmeza. ── Eu quero que você encontre o Cadmus no Norte, diga a ele que estou bem, fique lá até que um corvo ou um de nós te peça pra voltar.
── Mas e os outros? ── Ele a olhou. ── Claro que falo com ele.
── Nós ficaremos bem, vai ser rápido. ── Ela ponderou com a cabeça. ── Esqueça o Vale, a Baela vai voar até lá.
── Tudo bem. ── Ele viu Rhaenyra o chamando com um aceno. ── Boa viagem e cuide do Luke.
── Claro e para você também, querido. ── Ela disse com meio sorriso.
Lucerys estava nervoso, esfregava as suas mãos umas nas outras, mesmo com luvas, veio caminhando na direção de Drasilla após falar com Rhaenyra, mesmo que a tia não fosse a sua rainha ele estava nervoso, mas do que normalmente estaria, uma coisa er avoar por aí no dorso de Arrax, a outra bem diferente era fazer isso em nome da sua mãe, ou melhor, da sua rainha. Quando ele aproximou da tia, Drasilla esticou as mãos a ele, balançando os dedos e pegou as mãos menores de Luke.
── Você está muito nervoso. ── Ela sorriu para tentar acalmá-lo. ── Nós estamos juntos.
── Eu sei, mas ainda sim, não tem como ficar de outro jeito. ── Ele respondeu repirando fundo. ── Obrigado por me acompanhar.
── Tudo bem querido, mas saiba que quando estivermos lá, você é o emissário mor da rainha. ── Drasilla o lembrou. ── Você vai tomar a frente.
── Porque não você? ── Para ele era óbvio, ela era mais velha, experiente e meio Baratheon.
── Você precisará ser forte daqui pra frente. ── Ela ponderou com a cabeça com um leve sorriso. ── Desculpa, mas é verdade, mais do que nunca.
── Não quero perder mais ninguém, tia. ── Ele falou com seus grandes olhos lilás e brilhantes.
── Eu também não. ── Ela queria puxá-lo pra um abraço. ── Mas precisamos estar preparados para tomar decisões difíceis, nós conhecemos o seu caráter, mas você é - antes de tudo - apenas um mensageiro.
── Porque está com a Coração de Valíria? ── Luke olhou a cintura dela, não dava para não notar.
── Você é o mensageiro. ── Ela repetiu. ── Eu sou seu guarda nessa missão, todo mensageiro precisa de um.
── Vai fazer um juramento? ── Ele perguntou com meio sorriso. ── Me sinto mais seguro com você.
── Você já está mais calmo, está com tempo para piadas. ── Ela deu de ombros, soltando as mãos dele e apertando uma de suas bochechas. ── Vamos!
Os dois desceram pelas escadas laterais, de longe dava para ver os dragões na enseada, Flarion estava perto dos dragões dos filhos de Rhaenyra, perto dele, os dos sobrinhos pareciam filhotes, não que Flarion fosse grande demais, mas era como seu irmão mais velho.
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